[RP] — 輪廻

Por acaso ou não, meus passos me levaram novamente até aquela pedra. Na realidade, eu podia dizer que havia sido movido por uma coisa, por um sentimento oculto, digo, por uma curiosidade latente. Essa vontade pulsante era semelhante à outra vez que estive diante da estela; embora, agora, meus olhos fossem diferentes, encantados pelo novo estágio de poder que eu havia alcançado. Assim, me movi lentamente até a presença da pedra, e então, deixei que o chakra revestisse os meus globos oculares. Se eu estivesse diante de um espelho, veria o meu olhar cinzento transformar-se numa cor sanguinária, salpicada por pequenas vírgulas que transmutar-se-iam num caleidoscópio de padrões retilíneos. Isso tudo seria feito em instantes, e a aparição de novos inscritos no corpo da pedra acompanhariam esse mesmo ritmo frenético. —— Vejamos o que ela tem a dizer. —— Disse em voz alta, atento às palavras que lia em minha cabeça. As inscrições embaralharam-se como num turbilhão, me fazendo perder o foco em alguns momentos. No entanto, a frase que antes dizia sobre a “pior das perdas”, metamorfoseou numa saga ancestral, um conto antigo, supostamente perdido nos confins da história humana.

Diferente de antes, o que estava diante dos meus olhos não era a história de vingança de um irmão, nem mesmo um relato de arrependimento. O que eu via, na verdade, era uma fábula, uma narrativa que parecia fantasiosa e, ao mesmo tempo, bastante crível. Nas primeiras sentenças gravadas na pedra, eram mencionados dois personagens: Ashura e Indra. A pedra também revelava um terceiro de nome Hagoromo, que dizia ser o homem que conseguiu dominar a besta de dez caudas. “Dez caudas?”, a dúvida me veio no segundo que li esse termo. Pelos meus estudos, eu sabia que apenas nove feras existiam no mundo. O que significava, então, essa décima bijū? A resposta chegou no parágrafo seguinte da leitura, que dizia que, quando próximo de seu leito de morte, Hagoromo dividiu a besta de dez caudas em nove outras bestas. “Era um homem poderoso”, assegurava, imaginando se, um dia, as bestas poderiam ser reunidas novamente em uma só. A história continuava, e ao que parecia, Hagoromo e seus filhos, Ashura e Indra, pertenciam ao clã Ōtsutsuki, o mesmo clã da deusa que enfrentei anos atrás. Antes de sua morte, Hagoromo deu aos seus descendentes a missão de guiar o mundo através do ninshū, um tipo de religião que buscava trazer a paz através do uso do ninjutsu. No entanto, segundo as palavras na pedra, a interpretação dessa vontade paterna gerou divergências entre Ashura e Indra.

Uma batalha foi travada entre os irmãos, semelhante à história que eu havia lido em outra oportunidade. Contudo, dessa vez, as inscrições diziam que esse embate lendário se arrastou por longos anos, atravessando, inclusive, inúmeras eras. “Mas como isso foi possível?”, me perguntei, arregalando os olhos. A resposta apareceu em sequência: reencarnação. A pedra dizia que novas batalhas foram travadas entre reencarnações de Ashura e Indra, se repetindo incansavelmente, como se os reencarnados estivessem destinados a isso até o fim dos tempos. “Quem seriam as reencarnações dos irmãos nesta era?”, me fiz a pergunta, coçando o queixo. Felizmente, esse determinismo absoluto teve um fim, quando, em certa era, as reencarnações conseguiram entrar em um consenso, e, através de uma união entre elas, um novo poder foi conquistado. —— Rinnegan, os olhos da reencarnação. —— Dizia em voz alta, lendo e compreendendo as palavras gravadas no monólito. Sim, segundo a pedra, este era o nome do novo poder que reunia a força dos dois irmãos. No fim, a pedra se esforçava para dizer que este não era um poder exclusivo das reencarnações de Ashura e Indra, sendo possível alcançá-lo através da união entre os membros dos clãs Uchiha e Senju, que são descentes diretos dos irmãos. A revelação bombástica me fez ler a mesma sentença final repetidas vezes, e mesmo assim, ainda cabiam dúvidas de como isso podia ser feito. Apesar disso, em epifania, recordei-me do estranho dōjutsu apresentado por Yohma, o líder Uchiha. Seria aquele, então, o Rinnegan? Incapaz de ter uma resposta sobre isso, restava-me dissipar o caleidoscópio eterno em meus olhos e voltar a andar para longe dali, sem uma ideia certa de para onde iria.

Emiya; 2375/2375 3600/3600 00/500 01/08

Consid.:

Aparência: A aparência atualmente utilizada é esta. Selo amaldiçoado no pescoço, lado direito. Fūinjutsu: Kai ativo no centro do peito. A respeito de vestes e indumentárias, são estas. Bolsas de armas na cintura, lados direito e esquerdo. Protetor de testa com símbolo de Kirigakure preso no braço direito.

Considerações adicionais: Aquisição dos conhecimentos do Rinnegan, seus mistérios e antecedentes através da leitura da pedra Danketsu, vide regra.

Adendos: Nenhum.

Chakra: -00CH.

Descontos: -25%CH em Técnicas Gerais, -10CH em Ninjutsus Puros & -50%CH em Técnicas Katon.
Sakki: 12/50.
Palavras: 704.
Ficha: Aqui.
Fūinjutsu: Kai: Aqui.