{Capítulo} — Cathedrals of Mourning.

Catedrais do Infortúnio

HP: 1750 / 1750 || CH: 2700 / 2700 || ST: 00 / 07

Assim como se esperava - A convocação de Kayneth era verdadeira, mas só poderia ser atendida pelo período da madrugada. Desta forma, eu me via rendido, ao mesmo por enquanto, nas mãos da impaciência enfurecida do Oyabun. Ainda mascarado, ele andava de um lado para o outro através dos salões da organização, não apenas lamentando a perda de seu filho, como também deixando com que as emoções há tanto tempo reprimidas se deixassem sair naturalmente. Este ódio acumulado durante tantos anos seria liberado na forma de um genocídio que ocorreria na noite seguinte, em Uzushiogakure. Porém, sua fúria cegou-lhe.

— "Tua situação é verdadeiramente deplorável. Veja só o que fizeste contigo mesmo. Heh - Me dá vontade de rir só de vê-lo assim, tão patético. Mas veja pelo lado bom, ao menos teu desencontro com o filho não será de longa duração. Teu fim já foi marcado para o dia de amanhã, desgraçado." — Pensei, enquanto o observava.

Desta forma, aguardei pelo momento certo - A fim de deixar o local antes que qualquer um pudesse perceber, mesmo Aysha ou o próprio líder do Vento Áureo. Meus passos sorrateiros e fantasmagóricos cruzavam a brisa noturno do vilarejo congelado pelas areias do tempo. Deixando-o pelos portões da frente que careciam de shinobis da guarnição especial, carregava a carta escrita com sangue de Kayneth. Meu objetivo? Descobrir o paradeiro de sua catedral decaída, a qual se fazia parte de um rito, que a princípio deduzi como macabro.

Enquanto meus deveres noturnos ocorreriam, o planejamento da carnificina de amanhã também se dava sequência, pois afinal, o tempo não para. Eu tinha poucas horas antes que começassem a desconfiar de mim, e desta maneira, teria que dar um jeito de não apenas comparecer ao exercício religioso de Kayneth, mas também retornar em tempo hábil para a guerra em Uzushiogakure. Meus olhares afiaram-se, pois mesmo que o Nekronomicon e o chamado da escuridão fossem tentadores, não esperava encontrar nada além de um bando de cultistas luáticos nesta decadente igreja maldita.

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Através do horizonte arenoso, desloquei-me até que finalmente pudesse encontrar a silhueta sombria da catedral em ruínas. De fato, assim como Kayneth dissera, não seria nem um pouco fácil de encontrá-la. Porém, com cerca de duas horas após deixar os portões de Suna, pude seguir a sua trilha através de um pequeno Oásis escondido por trás de enormes montes de areia. Ao fundo, resquícios do que um dia fora uma vila - Algumas estruturas haviam ruído completamente, outras afogaram-se no lago do Oásis, enquanto a catedral manteve-se relativamente de pé, ainda que completamente desgastada pelo tempo e outros fatores diversos. Logo na entrada, via diversos homens e mulheres ajoelhados de frente para a igreja, como se estivessem a adorá-la. Sem proferir uma única palavra, os fiéis contentavam-se com o caminho que decidiram seguir. E, antes que eu alcançasse as portas do santuário sombrio, Kayneth aparecerá por trás de mim.

— "Oh, vejo que tu realmente não desperdiçara tal oportunidade! Maravilhoso, isto será divino!" — Ele ditou, animado. — "Meu pequeno irmão bastardo...Não sei se realmente está interessado em tal culto, mas farei o possível para que você entenda o propósito de nossas vidas neste mundo. Vamos, entre! Os fiéis não lhe incomodarão." — Ele disse.

— "E o que seria esse tal culto? Por acaso tu se fizeste de Deus frente a estes homens e mulheres? Não me parece uma boa ideia." — O Respondi, em tom irônico.

Kayneth deu algumas leves risadas, e em seguida, mostrou-me o caminho para o interior da catedral. Lá, havia uma enorme sala, muito maior do que aparentava pelo lado de fora. Diversas estátuas, bancos, mesas e outros símbolos ligados a tal religião. O que mais me chamava a atenção era que todas as referências presentes no local davam a entender que aquilo se tratava de um culto de adoração a um deus ocultista ou algo do tipo. A morte estava presente, e sobre uma das mesas, uma pessoa desacordada, com outras em volta, que pareciam estar a preparando para alguma coisa. Naquele lugar esquecido em meio às areias infindáveis do grande deserto de Sunagakure, a mais sombria entre as seitas nascia. Porém...Por que eu fui convocado por Kayneth? Havia algo aí que eu não estava enxergando. O que diabos aquele louco quer?

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Ao estalar dos dedos, o loiro que se vestia como um verdadeiro padre fez com que as tochas da catedral se acendessem, ao mesmo tempo em que seus servos baixaram as cortinas, para que a própria luz solar natural não pudesse alcançar o salão glorioso da igreja decaída. Então, todos os fiéis se aglomeraram ao centro, onde se ajoelharam. Alguns segundos se passaram, e o primeiro comentário feito pelo homem viria após o silêncio agonizante.

— "Irmãos e irmãs! Hoje nós temos uma grande surpresa! Louvem! Adorem vosso senhor por nos ter enviado tal beldade!" — Ele exclamava, referindo-se a mim. — "Este jovem que aqui se faz presente é o bastardo de minha família. Teu poder é bastante notável, e não sendo o bastante - Toda a sua vida fora dedicada a própria escuridão. Mesmo sem saber, trilhou os passos de vosso mestre! Então, peço que a cerimônia seja preparada. Nosso novo irmão...Senki Youjomaru será batizado, aqui e agora!" — Ele finalizou, enquanto todos saudavam.

— "Que diabos de papo é esse? Você me trouxe até aqui só para me fazer parte dessa loucura? Poupe-me desta idiotice, Kayneth! Eu tenho muito mais a fazer do que perder meu tempo com tal...Estrume." — O Respondi, visivelmente desapontado.

— "Não te apressas, infanto. A Glória aguarda-o. Apenas se mantenha em silêncio enquanto tua cerimônia é realizada. Em breve você conhecerá o verdadeiro poder de nosso senhor. Você já o viu antes, através da morte. Se tu querias tanto afogar este plano em trevas, que o faço ao lado daqueles que já pereceram diante de ti." — Ditou, afastando-se.

Aquilo foi um aviso ou uma mensagem subliminar quanto ao que estava por vir? Eu não sabia muito bem como interpretar as palavras dogmáticas e extremamente confusas de Kayneth, apesar de reconhecer que ele não havia simplesmente ficado maluco. De qualquer forma, aquele desgraçado era um demônio - E muito mais poderoso do que eu. Não poderia simplesmente recusá-lo, pois a morte seria certa. Desta maneira, me mantive em silêncio e atento ao que aconteceria. Mesmo que fazer parte dessa seita macabra fosse necessário, eu priorizava tudo o que geraria benefícios para mim, não importando os métodos ou preços a serem pagos, desde que eu pudesse me aproximar cada vez mais da ambição máxima proposta por meu próprio espírito.

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Então, teus servos lunáticos desenharam um símbolo referente a religião Jashinista no solo - Sim, eu havia ouvido falar de tal caminho dogmático, mas não pensava que o nível se elevaria a este. Um culto sombrio escondido do mundo e das pessoas, devoto à lavagem cerebral de seus fiéis, para que sigam cegamente as ordens de seu falso lorde. Após isso, algumas mulheres carregaram a mesa de pedra com o indivíduo desacordado, colocando-o ao centro do símbolo religioso. Na sequência, todos formaram um círculo ao redor do mesmo enquanto Kayneth tomava a iniciativa, abrindo os braços ao se encontrar de frente ao servo caído.

— "LEMBREM-SE, IRMÃOS:" — Exclamou. — "O Nosso senhor jamais pregou a morte. Vosso salvador decaído enxerga a vida através da morte. Somente com a destruição, é possível criar. Nosso dever é converter todos aqueles aptos a receber a intervenção divina. Somente os dignos e dotados da mais pura vontade de servi-lo, por bem ou mal, poderá desfrutar do paraíso e da vida eterna! Este nosso irmão aqui desacordado devotou sua existência por Jashin, e agora está pronto para morrer por ele! Aplaudam! Saúdam a coragem e lealdade deste homem! Tudo para que Youjomaru...Seja capaz de cumprir seu dever nesta terra." — Finalizou.

Então, apontou para mim. Me aproximando, meu corpo se sentia nutrido por uma vontade irracional de ceifar a vida daquele a minha frente. Não apenas isso, mas eu podia ver claramente os olhos do indivíduo, mesmo através da máscara: Eram negros, com rachaduras em volta. O que diabos era aquilo? Uma ilusão, ou seria premonição? Levei a mão destra até minha testa, como se estivesse sendo incomodado por algo. Enquanto isto ocorria, velas foram acesas nas extremidades do símbolo, e Kayneth cedeu-me uma longa espada cerimonial, que tinha como único objetivo unificar o corpo, mente e alma daqueles que se entregavam a Jashin através de um sacrifício.

Colocando a arma em minhas mãos, levantei o rosto lentamente. E, no topo da catedral, conseguia observar um rosto sorridente completamente desfigurado que me observava. Porém, ao piscar - A figura desapareceu. Será mesmo que, no fim de tudo, eu havia perdido a sanidade? Ou realmente...Fui escolhido pelos céus? Somente com o sangue derramado eu poderia descobrir, e de qualquer forma, não era como se eu pudesse negar. Meu corpo e mente me forçavam a tomar tal decisão. O gosto de sangue já estava em minha boca. Assim como um fetiche, eu sentia um grande prazer apenas de pensar na sensação de matar alguém. Além disso, os pensamentos relacionados a Jashin surgiam, quase como se fora uma maldição premeditada. Eu já não mais pensava direito. E, no próximo passo, tudo mudaria.

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Não apenas uma perfuração - Várias. A brutalidade com a qual eu assassinei aquela pobre alma fora tanta que até mesmo alguns fiéis viraram o rosto. Porém, não era como se eu desejasse fazê-lo de maneira tão deselegante. Eu estava sendo movido por uma força maior, como se meu próprio espírito fosse controlado por algo oculto na escuridão. Kayneth observava com um leve sorriso no rosto, até o momento em que o corpo desmaiado foi reduzido a uma poça de sangue e órgãos espalhados pelo símbolo religioso. Ele não repudiou o meu ato, muito pelo contrário: O Aplaudiu. Era isso que ele queria? O que diabos ele estava fazendo comigo? Eu sentia que já não era eu mesmo, talvez fosse obra de uma técnica ilusória ou até mesmo pior.

— "Veja...Veja só o que fez! Não é maravilhoso? A maneira que escolheu para despachar-se deste indivíduo fora verdadeiramente linda. Vosso senhor realmente está ao seu lado. Sinto na sua alma e vejo no teu rosto a dúvida. O motivo pelo qual o assassinou de forma tão cruel? Não foi sua decisão - E sim a dele. Ele vê algo em você que nós ainda teremos que descobrir. Vamos, aproxime-se do sangue! O beba! Come os órgãos e o estripe até que não sobre nada! O banquete é teu por direito, e portanto, a bênção de Jashin! Somente ele, o criador e destruidor, pode julgar a nós, servos!" — Exclamou.

Os fiéis choravam - Não de tristeza ou repulsa, mas sim emoção. Eles estavam completamente admirados pela maneira a qual ceifei tal vida. Então, sem muitas opções, aproximei-me do corpo desfigurado. Eu também já sentia que a influência do Nekronomicon se tornava cada vez mais forte. A junção do selo mental e das tutelas sombrias do livro em conjunto com a influência espiritual do culto de Jashin fez-me enxergar coisas que antes não poderia. Eu havia ficado louco? Minha mente estava turbulenta, mas aos poucos, eu percebia que talvez aquele fosse o caminho correto a se seguir. Com as mãos trêmulas, toquei na poça de sangue, até que minha mão estivesse repleta de sangue, que escorria através das bandagens. Na sequência, atirei o líquido vital contra meu próprio rosto.

— "Jashin...Jashin..." — Murmurei.

Naquele instante, minha mente mudou. Talvez por livre e espontânea vontade, ou influência exterior. Eu já não mais enxergava aquele culto como algo a ser temido ou evitado. A partir daquele momento, senti a força do deus da escuridão sobre mim. Como se teu próprio espírito etéreo estivesse abraçado ao meu corpo, eu deveria respondê-lo de maneira digna. Tudo por Jashin. Nada sem Jashin. Eu seguiria este caminho até o último de meus dias, para concretizar o desejo mútuo entre nós de afogar esse mundo nas trevas mais profundas. Talvez tudo fosse um truque mental e manipulação de Kayneth para trazer-me a este lado obscuro, mas sinceramente, eu aceito este destino.

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HP: 1750 / 1750 || CH: 2700 / 2700 || ST: 00 / 07

Após esvaziar minha própria mente e aceitar o caminho do Jashinismo, uma grande onda de luz misturada a diversos selos surgiram a partir da poça de sangue. Na sequência, meu corpo fora completamente envolvido pelas inscrições de chakra. E então, sem explicação alguma, a perda da consciência. Quanto tempo de passou? Aquela era uma incógnita que realizei por diversas vezes, mesmo enquanto desacordado. Eu conseguia sentir leves vibrações por todo o meu corpo, apenas acordando quando uma profunda sensação de perfuração advinda de um objeto afiado me causou calafrios por todo o corpo. Levantei o torso imediatamente, e ao olhar para meus arredores, nada além de uma sala vazia, inundada pelo sangue de diversos fiéis. Eu me encontrava sobre uma grande tabuleta de pedra, com mantos esbranquiçados. Em um leve suspiro, olhei para minhas próprias mãos.

— "O que é isso? O que diabos ocorreu aqui? Eu sinto como se meu corpo estivesse indo contra a minha própria vontade novamente. E agora...Não consigo mais ver o que há em minha frente sem me recordar das palavras de Kayneth." — Dizia a mim mesmo. — "Espere, por que os fiéis estão se levantando?" — Continuei.

Em minha visão, os corpos dos servos do culto Jashinista se erguiam por uma vez, com pele cinza e olhos negros como a noite. Eles estendiam seus braços em minha direção, mas em uma fração de segundo, a visão desapareceu, retornando ao palácio sangrento que ali se fazia. Com todo o meu corpo coberto por sangue, entendia que eu havia sido o responsável pela desgraça.

— "Você foi bem, bastardo. Mesmo inconsciente e prestes a perder sua sanidade, pôde resistir à condenação. Todos os fiéis foram mortos, sem exceção. Esplêndido! Eu estava aguardando por este momento, aguardei por toda a minha vida para criar algo como tu." — Kayneth exclamou, à distância. — "As tutelas do Necromante agora fazem parte de ti. Busque no fundo de tua mente, e será capaz de enxergar. As visões dos mortos se levantando não são meras ilusões, e sim premonições. Você é o único que pode reger o plano dos vivos e mortos. Se há algo que pode morrer, então tu podes trazê-lo de volta. Este é o poder do Edo Tensei! Vamos, vá em frente! Me mostre quem realmente és, Youjomaru!!!" — Ele finalizou, gargalhando de euforia.

— "Ressuscitar os mortos, é? É uma pena para você, Kayneth. Vou lhe falar a verdade - Você quase conseguiu me controlar. Eu estava sendo submetido a uma sessão estranha de lavagem cerebral por intermédio de técnicas especiais, não é? Porém você anulou os efeitos do Nekronomicon. Você não pode me controlar, desgraçado. Seu deus de merda e você vão desaparecer hoje." — O Respondi.

Porém, de fato - Ele me entregou o poder e conhecimentos necessários para utilizar o Edo Tensei enquanto eu me mantive desacordado. A sequência de selos, as descrições extremamente detalhadas eram frutos de manipulação das minhas próprias memórias. Mesmo com tal força em mãos, não me renderia a um simples cultista como ele. Eu era muito mais que isso, não um mero escravo de uma religião tão pífia e patética como esta. Me colocando em posição de combate, aguardei pacientemente a aparição de Kayneth. O mesmo calou-se, e pareceu grunhir em sinal de surpresa ao ouvir minhas palavras. Só me restava saber...Se ele se acorvadaria por mais uma vez.

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| N° de Palavras: 539|

Catedrais do Infortúnio

HP: 1750 / 1750 || CH: 2300 / 2700 || ST: 01 / 07

Enfim, a verdade se sobressaía além das mentiras de Kayneth. Aquele homem não seguia um caminho desvirtuoso a partir de uma religião, ele apenas utilizava seus fiéis como sacrifícios em prol do seu próprio bem. Era um homem extremamente arrogante e egoísta, e para falar a verdade, eu gostei bastante disso. Me lembra como eu um dia já fui, e talvez retorne a ser. De qualquer forma, pacientemente aguardei pela chegada do loiro. Sem hesitação, o homem saltou de uma das janelas cobertas da catedral caída, arremessando uma saraivada de arremessáveis em altíssima velocidade. E, sem nem mesmo pensar, meu corpo moveu-se automaticamente para realizar os selos necessários do Edo Tensei. Feitos em um único segundo, após ditar o nome da habilidade sombria, um caixão ergueu-se da terra.

— "Não pode ser! Desgraçado, o selo do Nekronomicon realmente se fundiu ao seu corpo?! Desgraça! Desgraça! Desgraça!" — Kayneth exclamava — "Como um mero peão de merda como você pode obter uma habilidade deste nível? Não vou permitir...Eu não admito que um lixo como tu tenhas algo que supere os meus próprios poderes! Morra, maldito bastardo!" — Ele continuou.

O Caixão erguido rapidamente retornou ao solo, uma vez que não havia nada dentro do mesmo. Com ele, carregou as kunais e shurikens, mas tudo aquilo se sucederia para a investida de Kayneth. Criando chamas em suas mãos, ele disparou uma enorme barragem de adagas elementais que viajavam a uma velocidade comparável a de meus próprios Ninjutsus. Porém, sem esforço, o Réquiem Carmesim, após ativado, não apenas defendeu-se, como também agarrou algumas das Kunais e as arremessou de volta para o próprio Kayneth, que sem reação, fora perfurado pelos seus próprios artifícios.

— "Ainda posso não ter controle desta habilidade, mas saiba que em breve você e toda a sua laia de baixo nível será exterminada deste mundo. Não só você, mas o pai também. Vamos, Kayneth...Cadê seu sorriso bobo? Não consegue mais prever os meus movimentos?! FALE LOGO DE UMA VEZ, FILHO DA PUTA!!!" — Ditei, gargalhando.

Na sequência, o Emerald Splash fora disparado duas vezes em sequência, enviando gigantescas estacas elementais que destruíram tudo a sua frente, derrubando três pilares da catedral, perfurando os bancos, e além disso, também decepando dois dos dedos da mão esquerda do loiro, que parecia agonizar de dor, apesar de suprimi-la. Ele estava tão forte da última vez, o que será que ocorreu a ele? Perdeu seus poderes? O mais velho então se recompôs, colando os dedos arrancados em seus respectivos lugares, e na sequência, conjurando a mesma massa viscosa de aço ao seu lado.

— "Pode ter certeza, maldito...Você não deixará este local. Sou eu...O único que possui o direito de reger a vida e a morte. Um bastardo miserável como ti não passa de um mero plebeu frente a minha verdadeira força! Agora...Se me permite, hei de acabar com isto de uma vez por todas! SCALP!'" — Ordenou, preparando seu próximo ataque.

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| N° de Palavras: 503|

Catedrais do Infortúnio

HP: 1750 / 1750 || CH: 2273 / 2700 || ST: 02 / 07

Desesperado, Kayneth tentou contra-atacar com uma de suas mais poderosas técnicas envolvendo a liberação de aço, o Koton, mas fora inútil. Não porque fui capaz de me defender, e sim pelo fato do Réquiem Carmesim ter me puxado para que nós dois pudéssemos nos esquivar de cada lança metálica criada a partir do chão. Porém, tais lanças se comportavam como uma teia, e dentro de poucos segundos, toda a catedral estava infestada por diversas ligas metálicas. O contato com aquele chakra poderia ser fatal, pois era possível observar o escorrimento de um líquido peculiar através da extensão de sua técnica. Já Kayneth parecia gabar-se do poderio ofensivo de suas técnicas.

— "E agora, Bastardo? Mesmo que tu possas agora utilizar-se do teu Edo Tensei, jamais conseguirá me alcançar. Sem nenhum corpo sequer para auxiliá-lo aqui, a derrota se torna inevitável! Se ficares aí parado, será esmagado pela minha próxima técnica. Se decidires avançar, será interceptado. E se defender, irei destruir todo esse lugar para você sucumba perante o desmoronamento da catedral! Não há como você ~" — Fora interrompido.

— "Blah, blah, blah" — Ditei, em tom de deboche. — "Falas muito para quem está prestes a morrer, não achas, Kayneth? Um lixo como tu nunca demonstrou perigo frente a mim. Naquela situação, fui pego de surpresa, mas agora...É tu quem estás em meu domínio." — Finalizei, sorrindo.

Então, sem realizar selos manuais, o Crocodilian emergira da terra. Com a aparência de um jacaré completamente desfigurado, abriu sua mandíbula o suficiente para me engolir junto ao Réquiem por completo, afundando-se no solo para cerca de cinco metros. Se movendo em uma velocidade colossal, cruzou a distância entre mim e Kayneth dentro de um único segundo. Quando estivesse logo abaixo do imortal, o solo acima seria destroçado, e o ataque final iniciaria.

O Réquiem manipulou ambos os seus braços para formarem chicotes longos o suficiente para prenderem Kayneth, e na sequência, seu corpo fora feito de peneira pelo Emerald Splash. Para finalizá-lo de uma vez, o Crocodilian saltou sobre seu corpo, mastigando-o por diversas vezes antes de retornar ao solo e desaparecer. Porém, eu sabia que aquilo não seria o suficiente para derrubá-lo. Com um suspiro, desativei as técnicas ali presentes, enquanto via a estrutura de aço criada por Kayneth ruir. O desgraçado provavelmente arranjou uma maneira de escapar, e agora, acabaria com toda a catedral.

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| N° de Palavras: 406|

Catedrais do Infortúnio

HP: 1750 / 1750 || CH: 2273 / 2700 || ST: 02 / 07

E então, tudo ruiu. Porém, antes que a catedral pudesse desmoronar, utilizei-me das cordas acopladas às cortinas do lugar para alcançar o teto, e assim fugir por uma das grandes aberturas causadas pela destruição parcial do edifício por culpa do próprio tempo. Apenas deu tempo para pular. Antes de olhar para trás, as vigas de aço consumiram toda a estrutura, fazendo-a cair de uma só vez, levantando uma enorme nuvem de areia e poeira, além de causar um barulho tão alto que me fizera ficar tonto durante alguns segundos.

— "Mas que desgraça. O que aquele maldito estava planejando com isso? Ele não pode simplesmente ter pensado que este plano único poderia dar certo, não é? Me recuso a crer que Kayneth seja tão burro. Ele deve ter algo na manga. Vou ficar atento, sei que não será a última vez que ele tentará vir até mim. Mas das próximas, ele com certeza não será tão gentil." — Me questionava.

As atitudes tomadas pelo loiro eram questionáveis. Ele dedicou tempo e bastante esforço em prol da criação desta seita Jashinista. Mesmo que ele própria fosse um dos cultistas do deus sombrio, ele não demonstrou qualquer apego a sua religião ou seguidores. Tudo isso com o único objetivo de dominar a minha mente? Me perguntava o que diabos ele estava querendo com isso, mas de qualquer forma, não o permitira completar quaisquer passos de sua missão. Se houvesse ou não um motivo por trás de toda essa loucura, eu o descobriria. Era apenas questão de tempo para que ele caísse, assim como todos os outros.

Ninguém é eterno. Mesmo os próprios deuses um dia cairão - Não por força, e sim pelo esquecimento. Não existe nada que se mantenha de pé neste mundo para sempre, e mesmo que ele se gabasse de ser um imortal, ainda havia uma maneira de ao menos incapacitá-lo. Eu deveria descobrir o segredo por trás de seus poderes, para então colocar tudo em prática. Agora, tendo roubado os conhecimentos da arte da Necromancia, e com o Edo Tensei em mãos, deveria retornar até a Yakuza.

O próximo alvo deste massacre sombrio...Seriam aqueles que me acolheram. Um por um, esta organização maldita cairia diante meus pés.

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| N° de Palavras: 373|

Catedrais do Infortúnio

HP: 1750 / 1750 || CH: 2619 / 2700 || ST: 01 / 07

Felizmente, não haviam se passado mais do que quatro horas desde o início do culto sombrio de Kayneth. Apesar disso, o sol já estava a se pôr, e a reunião na Yakuza deveria estar prestes a começar. De qualquer formei, disparei em direção a Sunagakure por mais uma vez, para conseguir alcançá-los antes do amanhecer por intermédio de atalhos já conhecidos por mim ao longo do caminho. Mesmo depois de tudo isso, ainda conseguia sentir resquícios dos efeitos do que Kayneth utilizou para temporariamente controlar-me.

Era como se a presença divina dotada de carga negativa de Jashin ainda estivesse comigo. Falso ou verdadeiro? Eu não fazia ideia. Apenas continuei seguindo em frente, mesmo que aquilo pudesse significar o meu próprio fim. Se tudo aquilo não passou de uma farsa, então o loiro pagaria com sua própria língua por ter ousado se intrometer em meu caminho. Mas se as preces obscuras se mostrassem verdadeiras, então perceberia que o destino estaria de olhos virados para mim.

Fui agraciado com o conhecimento proibido para reger o plano dos mortos. Com a capacidade de erguê-los do cemitério por mais uma vez para que lutassem ao meu lado, poderia convocar legiões destes poderosos guerreiros. Seria o início de uma nova era, mas desta vez, a era que colocaria um fim em todas as eras. O primeiro e último lorde absoluto: Eu. Seria eu quem cumpriria o desejo primordial da escuridão: Afogar este maldito mundo nas trevas mais profundas.

Quanto mais eu pensava, mais percebia que me aproximava dos dogmas do Jashinismo. Talvez eu realmente houvesse parcialmente me convertido à causa. De qualquer forma, mesmo sem ser dotado da vida eterna, compartilhava de um desejo mútuo com o deus sombrio: O de ceifar as vidas ingratas e indignas de existirem neste mundo. Somente eu poderia mediar o certo e errado. Como o absoluto senhor dos mortos, o primeiro e último Necromante - O Juiz da humanidade. Somente com meu julgamento...As almas poderiam ser elevadas ao paraíso, ou sofrer eternamente na tormenta de seus erros em vida, trazidos de volta como soldados irracionais em minhas mãos. Sem escrúipulos...Somente...Poder absoluto.

Essa é a verdadeira justiça.
A justiça que decidirá o único destino da humanidade.
Um destino tão sombrio quanto os abismos do inferno.

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| N° de Palavras: 380|

Situação: Aprovado
Considerações: Texto legal. O Senki abraçando o jashinismo é uma coisa bastante coerente com o personagem e ao mesmo tempo muito relevante para as tramas do fórum. O desfecho da história foi um pouco batido, devo admitir, mas envolvimento do personagem a nova religião é promissor. A habilidade única ficou um pouco secundária na história eu achei, por mais que o Nekromicon tenha sido um objeto criativo para inseri-la.
Recompensa: Habilidade Única - Edo Tensei.

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{Capítulo} — Cathedrals of Mourning.

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