[ONE POST] Rank D ~ Treinamento

Que missão estranha. Pensou, caminhando sonolento enquanto saltava quase maquinalmente por entre as grandes árvores. Estava curiosamente cansado naquele dia, nem mesmo o café forte preparado por sua querida mãe fora suficiente para despertá-lo de todo. Seu corpo movendo-se numa cadência quase soporífera, embalado pelo som distante de um riacho que cruzava a floresta, um ruído tênue que fundia-se ao farfalhar das árvores. Tudo remetia ao cansaço para ele, como se sua mente, por alguma compensação alheia à sua consciência, estivesse pregando-lhe uma peça. Tinha consigo uma barra de chocolate amargo, mordiscou o primeiro pedaço como se tomasse um tônico infalível, em pouco tempo reapurava a sensibilidade, voltava aos eixos, despertava. Mas o vigor desapareceu tão rápido quanto surgira.

Percorreu aquele caminho entre os galhos até chegar numa clareira próxima do rio. Ali, o som da correnteza fazia-se mais imponente e isso aguçou a sua memória. Preciso treinar um pouco mais as minhas técnicas básicas mesmo. E desde que se conhecia por gente, tais exercícios exigiam, em suma, um ciclo de repetições consideravelmente longo. Pensou pela primeira vez em desistir ali mesmo e ir para casa, dormir, jogar-se como uma pedra sobre sua cama novamente, no conforto quase celeste de seus edredons. Há dias na vida em que, não importa qual seja a nossa estratégia, somos obrigados a ceder às tentações impostas pelo abatimento da vontade ou pelo próprio corpo, quando esgotado. Yasunari, todavia, decidiu que aquele era um dia diferente, afinal, por mais patético que pareça, estou sendo pago pra isto. Portanto, decidiu perdurar e suportar a lassidão que o consumia.

Depois de um breve aquecimento envolvendo uma escalada até o topo de uma árvore comprida, resolveu treinar a sua técnica de caminhada sobre as águas. O objetivo era, caminhando sobre o riacho, atingir sua velocidade máxima, sem perder o controle da energia que envolvia a sola dos seus pés. Na primeira vez, ao usar o Shushin enquanto corria em alta velocidade sobre o rio, convergiu uma quantidade suficiente de chakra para gerar uma leve oscilação, que, apesar de sucinta, foi capaz de desequilibrá-lo, uma vez que seus pés afundaram enquanto movia-se de maneira célere sobre a água. Por pouco não se chocou contra o leito do rio, a descarga de adrenalina inesperada teve o efeito de acordá-lo definitivamente, o coração batendo apressurado enquanto levava a mão à superfície da água, imbuindo-a também de energia, para aumentar a tensão superficial e impedir a submersão total do seu corpo.

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Praticou por mais algum tempo, focando sobretudo em treinar sua mobilidade e acrobacias, percebendo que o mais importante era manter a estabilidade do curso de energia que era emitido para a região dos pés. Ao cabo de tantas repetições, cedeu ao cansaço e dormira, jogado na relva.