Graduação


@Shiro - 1/3 (Linka os redutores)

Yamamoto Akira
やまもと あきら

Era um dia comum como qualquer outro. Levantei, tomei um café da manhã bem reforçado, contendo tudo o que eu precisava para que não sentisse fome pelo menos até a hora do almoço. Organizei a casa e logo me troquei, colocando as minhas roupas pretas de sempre e logo saindo de casa. Estava caminhando tranquilamente, com as mãos nos bolsos, aproveitando os últimos dias de um clima agradável, pois logo chegaria o frio.

Durante o trajeto, cumprimentava alguns conhecidos de outrora, de outras missões e até ex-colegas da academia que não via a algum tempo. Em um dado momento, algum ninja aleatório se acercava me felicitando por alguma coisa e entregando uma carta. Apenas acenei agradecendo ao ninja e logo lia a carta, que não tinha nada demais, apenas solicitava que eu fosse até o quartel general. E assim o faria. Caminhando agora um pouco mais rápido fui até o ponto de encontro solicitado.

"Será que vão me dar algum tipo de missão especial que outros desejavam?! Por isso o cara esquisito me dava os parabéns?! Bom, finalmente algo interessante então..."

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@Shiro - 2/6 - Eu conheço esse template!

Yamamoto Akira
やまもと あきら

Adentrando o silencioso ambiente, caminhava da mesma forma que anteriormente e assim permaneceria - com as mãos nos bolsos. A tranquilidade do local fora irrompida pelo próprio trabalhador do local. Liberei um tímido sorriso de canto de boca pela situação e logo o respondia.

- Sou eu mesmo. Você viu como meu desempenho foi sensacional?! Todo mundo caiu como um patinho na minha técnica, kukuku. - Fazia o comentário só para me gabar mesmo, afinal, esse tipo de evento ao menos fica conhecido internamente, nem que seja um pouco. - Ah... Sou eu sim. Afinal de contas era para um teste? Isso quer dizer promoção de cargo?!

"Ging-sensei... Estou cada vez mais seguindo os teus passos... Em pouco tempo lhe alcançarei e você terá de cumprir a promessa de me enfrentar com tudo..."

Agradecia ao balconista com um gesto positivo e logo rumara para a porta indicada. Em pouquíssimos segundos fui atendido, revelando-se do outro lado um homem-cientista-louco. Os seus olhos azuis foi o único que me chamou atenção, já que se assemelhavam aos meus.

- Sim, vamos fazer esse caralho. - Dizia adentrando ao ambiente hostil e observando ao meu redor, fazendo um reconhecimento do mesmo.

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@Shiro - 3/6

Yamamoto Akira
やまもと あきら

Diante da explicação do cientista, demonstrava um sorriso levemente sádico para com a situação. Estava gostando do que via. O teste basicamente é o que ninjas com maior envolvimento, no alto-escalão, faziam. E graças a isso já me sentia um verdadeiro tokujo, com anseios de evoluir ainda mais, logicamente. Antes de entrar em qualquer uma das salas indaguei o aplicador do teste, querendo saber mais informações.

- Tudo bem, vou fazer o que quiser e perguntar o que quiser pra eles. Mas eu lhe tenho uma pergunta e gostaria muito de ouvir sua resposta. - Coçava a cabeça enquanto continuava, pensando nas possibilidades básicas - Qual foi o crime cometido?! Estes dois possuem algum parentesco ou já se relacionaram? Se conhecem?!

Com as perguntas devidamente respondidas, rumava para as salas. Iria primeiro em uma e logo depois em outra. Em todo caso, em ambas, faria a mesma coisa. Com os meus devidos conhecimentos e experiência que tinha adquirido até aqui, primeiramente iria analisar algumas reações básicas dos dois enquanto fazia uma leve atuação. Absorveria tudo o que fosse notado, seja trejeitos ou desvio de olhar, tudo que pudesse facilitar a minha leitura corporal deles.

- Olá, tudo bem?! Sabe... Eu tenho que sair daqui e realizar uma missão muito importante fora da vila. Mas antes me pediram para vir aqui. - Falava enquanto andava ao seu redor. - Pouco me importa se você é o inocente ou o culpado. Tudo o que eu peço é a sinceridade aqui. Felizmente, me deram o tarefa de torturá-los para obter as devidas informações. - Sorria simpaticamente, contrastando com o momento tenso da situação. - Graças a várias missões que fiz de alto risco, matei muita gente. Minha marca é a decapitação ou cortes profundos no pescoço, fazendo a vítima sucumbir. Então assim, só para que você saiba... Quando eu chegar no pescoço... Repito o que disse antes: não me importa se você é inocente ou culpado... Você vai morrer. - Demonstrava uma enorme tristeza caricaturalmente, para que o sarcasmo em minha feição seja facilmente notado. - Espero que nos divirtamos com isso! - Retirava uma kunai da bolsa e me aproximava do interrogado. Em seguida começava a cantarolar, pegando a sua mão direita e cortando o seu dedo mindinho fora como se fosse uma carne de segunda. - Que dedinho mais fresquinho, kukuku... Agora me diga, qual foi o motivo que o levou a nos trair? O que fizemos pra você? - Enquanto esperava uma resposta, sentava-me a sua frente, olhando com um sorriso de orelha a orelha. Uma cena um tanto quanto... perturbadora.

"Puta que pariu... Isso aqui é do caralhoooo... Podiam ter ensinado isso na academia né?! Poxa..."  

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Yamamoto Akira
やまもと あきら

Observava com atenção a resposta de ambos perante as minhas ações de tortura. Cada um reagindo a sua maneira. O homem parecia comigo no que se diz respeito a boca suja, simpatizei com ele por alguns nano-segundos. Já a mulher fazia birra e se apegava aos filhos. Levantei-me, ficando algum tempo na frente de cada um e logo saía da sala de braços cruzados, andando próximo ao meu avaliador, em círculos. Neste momento, pensava quais seriam os próximos passos a seguir e qual a abordagem que deveria utilizar.

"Tenho que tomar cuidado de não machucar tanto assim aquele que é inocente... Preciso ser bem mais incisivo e mostrar que a vida deles depende da minha vontade..."

Logo então voltei para a sala do homem com um sorriso de orelha a orelha, sádico. Dei umas três voltas ao seu redor, colocando a mão em sua cabeça como se tivesse fazendo carinho em seus cabelos e, por fim, iniciando a palavra.

- Meu bom e querido guarda... Estar perto do gabinete lhe gera uma boa fonte de informações não é mesmo?! Presenciar todos os dias pessoas importantes da vila e do mundo passarem por ela todos os dias... - Subitamente, me colocaria a sua frente, encostando minha testa à sua e forçando levemente para frente. - Com certeza você estava bem atento aos acontecimentos ali, NÃO É?! Me diga! - Com a mesma kunai de outrora em mãos, percorria desde o seu ombro esquerdo até a mão com sua ponta, perfurando-o por toda a extensão com a ponta afiada da arma, mais ou menos meio centímetro. - Ops, desculpe-me, kukuku... A NOSSA QUERIDA NANADAIME CONFIOU EM SEU TRABALHO, CONFIOU EM VOCÊ PARA QUE FAÇA UMA MERDA TÃO GRANDE ASSIM?! - Falava salivando em sua cara, fincando a kunai em seu pé esquerdo, a deixando ali. - Não sou paciente, como você pode perceber... Porque nos traiu?! Que informação você precisava passar adiante...? - Neste momento ficava em pé à sua frente, rindo da situação e provocando-o. - Na próxima vez que voltar, vou cortar o seu pé. Vai me falar alguma coisa ou não, meu querido?!

Assim que ele me respondesse, lhe faria um joínha, saindo dali e entrando na sala ao lado.

- Yare yare yare... Minha querida Kunoichi. - Me aproximava dando um belo tapa em sua face e sentando-me próximo de si, cruzando as pernas comodamente. - Olha, vou ser direto e reto. Você tem duas opções... - Dizia colocando as mãos por trás da cabeça, como se estivesse bem relaxado mesmo diante de tal situação. - Se você confessar a traição, seus filhos terão todo o apoio de nossa nação, serão amparados para que tenham a melhor educação, o melhor suporte e o melhor tratamento para o seu filho  que supostamente está doente. - Fazia uma cara de quem estava extremamente chateado. - O seus filhos estão agora mesmo com alguns oficiais de konoha, no hospital, fazendo exames pra ver o estado de sua saúde, você quer lhes dar a chance de ter uma boa vida daqui pra frente?! De não serem vistos como os filhos que tiveram a desonra de ter uma mãe que não se entregou devidamente pelo crime que cometera?! De não terem vergonha da mãe por ter sido humilde e se entregar?! Se é isso que você quer, posso lhe dar uma chance de se confessar, agora... Vamos supor que você realmente seja a traidora e não confesse... Poxa, seria muito triste que seus filhos pegassem uma infecção mortal agora mesmo no hospital e morram, não é mesmo?! - As mãos que estavam na cabeça passavam pra frente, apoiando uma delas ao tronco e a outra no queixo, como se estivesse bastante reflexivo/pensativo com a situação, dando a entender que, de forma sarcástica, eles morreriam por causa da enfermidade e não por outra coisa. - Será que você se provará uma mãe verdadeiramente protetora?! - Fazia agora o selo da cobra seguido pelo selo do rato, um genjutsu considerado básico era ativo, porém, diante da fragilidade da mãe, poderia ser deveras efetivo perante a situação imposta por mim, com a chantagem emocional apelativa.

"Vamos ver se ela aguenta ver a morte de seus queridos filhos..."

E assim foram as táticas do momento. Com um, fui bem mais bruto, usando fortemente da tortura física seguida de palavras que o agrediam moralmente, visto que seu cargo exigia tamanha resistência, precisava atuar desta forma. Com a outra, apelei mais pelo lado emocional, vendo se realmente os filhos dela eram de suma importância ou se ela falava da boca pra fora. Iria tirar muitas conclusões com essas ações, veremos o que se sucederá.

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Yamamoto Akira
やまもと あきら

A tática para colher as informações fora alcançada com sucesso. O perfil do homem, que estava emputecido com toda a situação, era compreensível uma vez que havia descoberto que a traidora era a mulher. Em nenhum momento mostrou com desvios de atitudes, sempre se mantendo retilíneo. Já a mulher claramente mostrava seu comportamento instável e após forçar a barra, finalmente a verdade era exposta, ainda que timidamente, mas já foi o suficiente para poder focar as atenções somente a ela. ao ouvir a mulher me dirigia para a sala do homem, informando-lhe da descoberta.

- Bom, não sei os motivos pelos quais suspeitaram de sua pessoa, mas eu vim aqui apenas fazer o meu trabalho, então trate de plantar dúvidas sobre a sua lealdade naqueles que o cercam, assim você não passará por isso de novo, seu animal. - Com um tchauzinho, lhe dava as costas e voltava para a sala da mulher, dando sequencia a interrogação.

Antes de entrar na sala falaria em voz alta a propósito para que a mulher me escute, trazendo ainda mais realismo a situação criada anteriormente e levando-a a crer em minha pessoa ainda mais.

- Por favor, avise urgentemente para que Ikebana não mate as crianças, por enquanto. - Assim, poucos segundos depois já estava dentro da sala, agachado, na frente da mulher. - Você acha certo esse caminho que você tomou? Porque não procurou ajuda da vila? Você é uma jounin, caralho. Uma ninja com capacidades de fazer missões maiores e que ainda lhe rendessem uma boa grana... - Pegava uma tarja explosiva, inserindo chakra na mesma e colando na testa da mulher. - Você conhece o que isso faz né?! Em vinte segundos ela vai explodir se você não abrir o bico. Me conte direitinho de onde você roubou e como o roubou. Eu tenho como me proteger dessa explosão, mas e você?! - Levantava já fazendo selos que com certeza ela reconheceria. - Estou esperaaaandooooo... Se você morreeeer os seus filhos também morreeeeemmmm... - Falava em um leve tom cantante.      

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Yamamoto Akira
やまもと あきら

Havia gostado muito e até talvez exagerado bastante na atuação exacerbada de um torturador de elite. Sabia disso, mas queria seguir o personagem criado inicialmente. Enquanto a mulher tentava me ofender de alguma forma, simplesmente ria de sua cara em tom de deboche.

- HAHAHAHA! Não importa o motivo, você foi a que fez merda aqui. Posso ser todos os adjetivos que você está me dando, mas pelo menos sou uma pessoa leal, tchau FILHA DA PUTA! - Logo me despedia do avaliador também, este que fora completamente amável comigo no final. - Falou trouxa!

Obviamente tinha muito a aprender, afinal, ainda era um chunin prestes a se graduar. Prestes a entender que no mundo, as coisas não eram assim tão ingênuas ou simples como eu pensara que fosse. Se tudo se resumisse a pessoas inocentes e a pessoas culpadas, o mundo poderia até ser um lugar mais simples. Mas não é assim que a banda toca e, deveria aprender com o máximo de pessoas para evoluir em todas as áreas. Aprendi hoje com os interrogados e aprenderei amanhã diante de outras situações.

E assim faria todos os trâmites para receber meu novo cargo e continuar em minha jornada evoluindo cada vez mais.

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