[CHEGADA] Invasão à Areia

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[CHEGADA] Invasão à Areia
[CHEGADA] Invasão à Areia

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AKCL

Tokubetsu Jonin

1/5/2022, 22:15

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Os ventos logo se transformavam em uma intensa tempestade, e se não fosse pela singela cabine naquele barco, estaríamos ensopados e mal conseguiríamos guiar a embarcação. Ao menos, o vendaval acelerava a viagem, puxando a vela para a direção soprada pelos ventos. A primeira tempestade durou toda a noite, onde pude descansar com calma e me recuperar de todos os danos que afetavam meu corpo. Já entardecia quando eu acordava, procurando pelo Kaguya. — Ei, ta tudo de boa? Eu to morrendo de fome cara. — Me levantei do chão de madeira e comecei a observar melhor o barco que havíamos pego. — Parece um barco de pesca... — Haviam algumas redes no convés, arpões, e caixas fechadas dentro da cabine. Com um pouco de força, a madeira se rompeu na tampa, e uma velha caixa de suprimentos emergenciais foi encontrada. — Eles estavam preparados mesmo para fugir... — Provavelmente aqueles eram os suprimentos que os homens de Kala usariam para sobreviver a viagem. Puxei um cantil cheio de água doce e dei um bom gole, somente após certificar de que teríamos mais. — Isso deve durar, mas teremos que racionar. — Puxei um pacote de bolachas e fui até o convés. Dois corpos estavam jogados ali, e por muito tempo os observei. Havia de fato matado alguém, e estava carregando-o pela viagem. — Lembre-se... é necessário... — Precisava resistir a vontade de me livrar daquele fardo. Entrei na cabine com o anoitecer, hidratado e levemente suprido de calorias. — Temos que traçar uma rota... — Me sentei, apoiando a tampa da caixa no colo, retirando uma kunai da bolsa de armas, cravando a ponta e começando a desenhar o mapa-mundi. O desenho era bastante simples, não destacava com tanta perfeição as fronteiras dos países e os símbolos das grandes aldeias ocultas. — Estamos aqui, maninho. — Apontei com o armamento para o mar da Água, e tracei uma linha imaginaria até o Vento, local indicado por Akuma. — Aqui é o Vento e Sunagakure, de onde o Akuma veio... é para lá que devemos ir primeiro. Vamos ter que atravessar o território do Fogo. Concorda amigo? — Sorri e me levantei, entregando a tampa para que ele observasse o desenho. — Sem julgar minha obra de arte, por favor. —

Os dias se passaram na embarcação, as chuvas ajudavam a repor o estoque de água doce e a comida durava até atracarmos em uma praia, finalmente atingindo o território do Fogo. — Vamos com cuidado, não sei mais o que pode nos encontrar aqui. — Com calma, cortei a vela do barco e enrolei o corpo inimigo, jogando-o por cima de meus ombros durante a viagem. Era o momento de nos mantermos calados, conversando apenas com olhares, sinais, indicando barulhos dentro da mata, utilizando de nossa agilidade para ocultar ao máximo nossos movimentos. O mapa estava em minha cabeça e por isso me permiti ir na frente durante todo o trajeto, utilizando dos galhos mais altos para evitar as rotas via solo. Recolhi algumas frutas, prestando atenção naquelas que os pássaros bicavam, entregando-as para o Kaguya sempre que avistasse um pé, água era tomada de rios límpidos e com presença de animais, mantendo o cantil cheio. A noite caia novamente, mantive os corpos pendurados nos galhos altos para evitar a aproximação de alguns animais, e descansei próximo, para continuar a vigia. — Vamos revezar? — Sussurrei para Eru, mantendo turno de vigia para um descansar enquanto o outro observa. Nosso trajeto se tornava seco aos poucos, árido, onde até mesmo o ar que adentrava nossos pulmões ardia as narinas, causando um certo desconforto. Não demorou, para as arvores sumirem gradativamente, obrigando nosso caminho ser por terra, ou melhor areia. — Então finalmente chegamos... no território de Altria? — Imaginar uma figura de poder me trazia lembranças de Kirigakure e sua gestão de abandono a pequenos povoados. Precisaria confiar nas palavras de Akuma. O caminhar no deserto era árduo, doloroso. O sol castigava nossas cabeças, e o entardecer vinha como um abraço, mas se tornava gélido com o tempo. O ultimo gole d'agua me manteve lucido, e as muralhas da areia cresciam por trás das dunas. — É bem grande, não é Eru? — Sorri para meu amigo e deslizei pela duna, acelerando o passo até os portões. Um homem com o símbolo de Sunagakure em seu protetor de testa surgia. — Preciso que pare agora mesmo, estrangeiro... — Sua postura era de alerta, e não poderia ser diferente. — Meu nome é Izuku, vim a procura de Altria e Akuma, pode chamar eles para mim? Posso esperar, não tem problema. — Suspirei, ajeitando aquele corpo mal cheiroso enrolado em um pano em meus ombros.

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staz blood

Nukenin A

3/5/2022, 04:41

HP: 2125/2125 - CH: 3400/3400 - ST: 00/09 - CJ: 400/400

O OSSO NO DESERTO
PARTE ÚNICA

ㅤㅤ
ㅤㅤTudo era tão diferente. Ele era diferente, Izuku, o ar, o céu, a terra e até mesmo o clima. Kala sussurrava com mais frequência em sua mente, mas havia um sentimento sólido e seguro crescendo em seu âmago. Já não era tão indeciso, algumas coisas ele sabia agora.

ㅤㅤO sol daquele lugar brilhava tão incessantemente, tão anormalmente que parecia ser eterno. Algumas horas de exposição e sua pele já se encontrava avermelhada e corada, o corpo implorando por hidratação a cada segundo. Tentou tirar sua vestimenta superior e se arrependeu amargamente com a incidência dos raios solares o atingindo como uma labareda de fogo. Como essas pessoas vivem num clima desses? A noite o responderia, gélida e seca como o coração de uma garota. Se antes tentava se despir a todo custo agora lhe faltavam roupas para se proteger dos ventos frios e ressequidos do deserto noturno.

ㅤㅤ– Esse clima é doentio... – Comentou com Izuku. Já estava quase acabando com a água de seu cantil e por sorte já conseguia ver as muralhas pedregosas de Suna. O Lee tinha um conhecimento razoável da localização de Sunagakure, muito melhor do que o que Eru tinha. Meu conhecimento geográfico vai até Iwagakure... Lembrou-se da missão que culminou em sua batalha contra o atual Tsuchikage, Darkon. Naquela ocasião era um ninja da Névoa, e fez o que fez para proteger os interesses do País da Água. Um erro...

ㅤㅤA dupla de nukenins cruzou a entrada rochosa que marcava o fim do deserto do Vento e ia em direção ao portão principal de Sunagakure. Havia uma espécia de desfiladeiro criando uma passagem retilínea até o portão, do alto vários sentinelas observavam os dois garotos se aproximarem dos guardas do portão. Um deles ordenou que parássemos, Izuku, ingênuo, deu com a língua nos dentes e revelou por completo suas intenções. Não era inteligente chegar na entrada de um vilarejo e pedir para que o Kage fosse trazido até você. Porém houve o nome "Akuma" citado na frase de Izuku, e a isso os guardas se atentaram. Parece que aquele demônio tem mesmo aliados poderosos...

ㅤㅤEles não permitiram que os dois shinobis adentrassem na aldeia, claro, e a dupla teve de aguardar no portão. Um dos guardas partiu em direção ao gabinete da kazekage, para lhe informar da presença dos dois ninjas. Eru preferia que não fosse ela a vir e sim Akuma, já que temia represálias, afinal era um foragido da Névoa. Mas o tal Akuma também nos disse ser um nukenin e que a Areia não nos rechaçaria...

ㅤㅤSe mantiveram esperando até que alguém os recebesse.

Notas:

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Myrddin

Innin

3/5/2022, 19:28

Estava imersa em pensamentos. Ponderava em como iria fazer Sunagakure reerguer-se e superar as quatro grandes nações quando sequer expulsava o país do trovão de suas fronteiras. Akuma estava desaparecido há bastante tempo, e ainda sim, altria não havia feito o que prometeu ao homem: angariar força e tomar suas fronteiras de volta. A mulher sequer havia feito algo, pelo contrário, seu último feito foi deixar mais civis morrerem pela falta de sua força. Altria suspirou, sentando-se na mesa enquanto fitava pela janela o grande vilarejo abaixo de si.

De súbito, foi convocada por um de seus ninjas: haviam dois indivíduos estranhos no portão que chamavam por ela e Akuma. A mulher dispensou o homem ao mover as mãos e pegou o chapéu em cima da mesa, pondo-o na cabeça e deixando o gabinete rumo aos portões para conhecer os dois homens. Um deles, inclusive, havia se apresentado: Izuku era seu nome.

Altria galgou por entre os aldeões com velocidade moderada, deixando para trás apenas a poeira que subia de suas botas. A mulher cruzou o vilarejo em cinco minutos, e então chegou a seu destino. Observou, distante, com os olhos esmeraldas, ambos os rapazes que a aguardavam do lado de fora dos portões, cercados pelos ninjas da areia. —— E vocês seriam amigos do Akuma? Sabem como ele está? Há muito nós não nos falamos. —— disse em tom afável, parando a exatos oito metros de ambos. —— Altria Pendragon, líder do vento. E vocês? Aliás, vocé é Izuku? O quão bem você conhece Akuma? Ele disse que ia angariar pessoas fortes para me ajudar, mas o mesmo desapareceu há algum tempo… estou preocupada com ele. Talvez ele tenha sido pego por uma das colônias de Kumogakure aqui próximas… —— finalizou, levando a destra ao queixo, franzindo o cenho enquanto se punha a caminhar de um lado para o outro, pensativa.

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AKCL

Tokubetsu Jonin

4/5/2022, 09:51

Não demorou para que a líder da Aldeia Oculta da Areia atravessasse a grande fenda que separava as muralhas de seu vilarejo. Os ninjas de Sunagakure assistiam sua aproximação com um enorme respeito, e até davam passos para trás, se distanciando de mim e do Kaguya. De Genins a Kages, todos eram iguais para mim e meu tratamento não poderia ser diferente com nenhum deles, mesmo para uma aliada do grande Akuma. Seu questionamento quanto a localização do avermelhado me fez franzir a testa, apertando levemente aquele corpo em meus ombros. — Ele não voltou para o seu vilarejo? Deve ter encontrado um inimigo forte para se divertir no caminho. — No fim, acabei deixando um sorriso bobo sair dos meus lábios, olhando para Eru esperando que concordasse. — Isso, isso, eu sou o Izuku! O Velhinho Vermelho veio me encontrar longe daqui, disse que estava precisando de pessoas fortes para formar uma equipe e... mesmo não concordando muuito com o jeitão dele, me pareceu uma ótima ideia. — Sorri, gesticulando bastante com a mão livre. De fato entrar em uma equipe de ninjas poderosos poderia me auxiliar com a busca pela paz. — Kumo tem colônias próximas daqui? Mas... essa região não pertence ao Vento? Eles tomaram a força? — Meus olhos transmitiam a preocupação de uma nação sobrepor a outra pelo poder. — Enfim, enfim, enfim... Se o velhote Akuma não voltou ainda, podemos esperar ele? Talvez tenha algum lugar onde eu e meu camarada aqui possamos descansar? E bom... deixar essa encomenda... — Dei um tapinha na bunda do homem enrolado no pano.

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Nukenin A

5/5/2022, 03:57

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O OSSO NO DESERTO
PARTE ÚNICA

ㅤㅤ
ㅤㅤApós um tempo não muito longo de espera os dois nukenins foram surpreendidos pela presença da grande sombra da Areia, Altria Pedragon. O Kaguya de logo se sentiu decepcionado, não esperava que a kazekage fosse apenas um jovem garota, de traços finos e aparência frágil. É só uma menina...? Havia escutado que uma mulher liderava a grande Sunagakure atualmente, mas não que uma adolescente o fazia. A despeito da primeira impressão frustrada de Eru, Altria manteve-se bastante imponente perante os dois nukenins.

ㅤㅤIzuku tratou de responder a todas as indagações feitas pela kazekage, que parecia não saber o paradeiro de Akuma, o demônio que havia os interceptado momentos antes de partirem para a ilha de Kala. Julgando pelo jeito daquele homem deve estar envolvido em alguma batalha ou então partiu para recrutar mais ninjas livres para sua causa. As falas do velho indiciavam tais atitudes.

ㅤㅤQuando o parceiro comentou sobre Kumogakure alguns devaneios sinistros lhe vieram, coisas que já devia ter superado mas não fora capaz.

ㅤㅤA última fala de Izuku havia sido bastante ousada, percebeu Eru. Está pedindo abrigo para dois nukenins diretamente para uma kage? Parecia absurdo, principalmente se Kirigakure descobrisse. O mal estar entre as duas grandes nações seria inevitável e a isto o garoto dos ossos ofereceu ainda uma outra sugestão.

ㅤㅤ– Não precisa ser necessariamente dentro do vilarejo, senhorita, não queremos causar problemas. Nós dois nos viramos bem pelos arredores da Areia. – Lançou em tom médio, mostrando um traquejo político mais aguçado do que o do amigo. – Há algum entreposto comercial por aqui? Ou um local ou lugar específico para tal. – Era um mercado clandestino a que ele se referia mas não se atreveu a ser tão direto assim na presença da kazekage. – Nós temos alguns negócios a fazer. – Concluiu sem deixar transparecer demais suas intenções. O que ela irá pensar se souber que temos dois corpos conosco?

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Innin

5/5/2022, 09:39

—— Bom, sim, eu acho. Virei líder há pouco menos de um ano, mas Kumogakure já possuía sua força por aqui. Quanto a Akuma… ele está demorando demais. Temo que algo pior tenha ocorrido com o mesmo. —— Finalizou, observando ambos os rapazes, principalmente Izuku que demonstrava uma grande felicidade. —— Nossa intenção era criar uma equipe que residisse no país do vento e agisse sob minhas ordens, ou com seus interesses. Estávamos angariando pessoas fortes para lidar com problemas, como por exemplo, esse das colônias de Kumogakure. De qualquer forma, ele está sumido e nós estamos sem força para tomá-las de volta; estou cogitando falar com o líder de Kumo, mas temo que este não irá entregar as colônias de bom grado. —— Fez uma pausa, suspirando. —— E sim, podem ficar. Inclusive há um ótimo restaurante aqui em Sunagakure, recomendo-o. —— finalizou com Izuku, agora prestando atenção nas falas do outro rapaz.

—— Bom, vocês são bem-vindos a ficarem dentro do vilarejo já que são colegas do Akuma. Só torço para que sejam tão fortes quanto àquela besta. Quanto ao entreposto comercial, não que eu tenha conhecimento. Essa “encomenda” que vocês possuem, podem me dizer mais sobre? Tenho uma futura cientista no vilarejo que adoraria saber mais. —— concluiu, estampando um largo sorriso. Altria estava de bom humor e não tinha motivos para tratar mal os convidados de Akuma, cogitou, também, levá-los até o restaurante que comentou, mas só o faria caso estes tivessem fome. —— Aliás, querem entrar e ir até o restaurante que citei? Isto é, se estiverem com fome. Já que são companheiros de Akuma, os tratarei decentemente e ninguém irá importuná-los. Caso não tenham vontade, continuemos a conversa aqui e vocês podem ir quando acabarmos. —— finalizou, ainda em tom afável.

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AKCL

Tokubetsu Jonin

5/5/2022, 10:15

Quanto mais conversava com a jovem Kazekage, mais me livrava do preconceito contra os lideres das grandes nações. Altria era receptiva, mesmo que eu carregasse um corpo em meus ombros, mesmo na presença de seus guardas ela demonstrava cordialidade, respeitando tanto a mim quanto a Eru. A educação do Kaguya me fazia lembrar do quão mal educado eu estava sendo, me fazendo arregalar os olhos por alguns segundos ao perceber. — Devo me desculpar? Que que eu faço agora?! — Tentei buscar alguma solução, nitidamente incomodado enquanto o Kaguya falava. Suspirei, me acalmando aos poucos enquanto o assunto se desviava um pouco. Agir sobre as ordens de alguém estava fora dos meus planos mesmo durante minha estadia em Kirigakure, mas pelos meus interesses e com o auxilio de Suna, a ideia de me aliar a nação do Vento crescia ainda mais forte. — Uou, ir falar com o líder de Kumo? Isso parece bom... posso ir junto? — Ignorei totalmente os modos, já que aquela parecia a oportunidade perfeita de expandir meus contatos e alcançar meu objetivo.

Meu olhar mudou levemente quando o assunto foi direcionado para aquilo que carregava nos ombros. Com calma, deitei o corpo na areia e puxei levemente o pano que tampava seu rosto, o suficiente para que ela pudesse ver os cabelos do homem. — Somos fugitivos, Kazekage. Mas não entenda mal, não somos criminosos de verdade, eu apenas tenho minhas próprias vontades. Para sobreviver aqui fora, coisas precisam ser feitas, coisas como está. — Tapei o corpo novamente e engoli seco. — Não me parece correto... mas talvez tenha algum valor para sua cientista. Este possuía a habilidade de retirar chakra dos alvos. — Levei a mão no meu próprio pescoço, relembrando a sensação. Meu estomago imediatamente emitiu um ruido monstruoso, como se uma fera acordasse das dunas de areia. — R-Restaurante? — A dias comia apenas o que encontrava na floresta. — C-comida de verdade? Por favor! — Curvei levemente, cedendo minha lealdade a um prato farto de comida.

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Nukenin A

5/5/2022, 23:29

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O OSSO NO DESERTO
PARTE ÚNICA

ㅤㅤA menina do Vento era bastante amistosa e convidativa, o que não era uma postura que Eru esperava vindo de uma kage. Em seus pensamentos tentou imaginar o porquê daquilo. Talvez ela precise de reforços...? Ou talvez a ideia de formação da tal equipe tenha vindo da própria Altria... Eram as hipóteses mais plausíveis.

ㅤㅤO tom da conversa entre os três oscilava entre política, suspeitas e comida. Izuku, diferente de Eru, tinha pouco cuidado com as coisas que dizia. Revelou imediatamente que os dois eram fugitivos, algo que o Kaguya jamais faria, em especial para um figura de poder da estirpe de Altria. Quando o amigo fez menção a Kumogakure, teve de intervir.

ㅤㅤ– É cedo pra isso, Izuku... Faremos na hora certa. – Era sobre os envolvimentos em tramas de vilas a que se referia. Não era sua intenção agir de forma direta, pelo menos não naquele momento.

ㅤㅤApós a pequena repreensão viu o amigo desfazer o invólucro dos corpos e os revelar para Altria, que parecia interessada, e era de se imaginar, afinal eles poderiam servir de experimentos para seus pesquisadores e cientista. Até que traze-los para cá não foi uma má ideia... Para os dois os cadáveres eram um estorvo, para Suna poderia ser uma arma poderosa. Que o valor seja adequado pelo menos. Fez sua única consideração aquele respeito.

ㅤㅤHouve uma calmaria no momento seguinte ao revelar dos corpos, que inclusive acarretou em um convite para jantar. A jovem kazekage tinha grandes interesses nos dois nukenins. E consigo imaginar o porquê... Iria recusar no ato, mas não foi rápido o suficiente para negar antes que Izuku já o tivesse aceito. Não seu idiota... convites desse tipo não são aceitos assim do nada... Foi tardio, e sua única solução foi seguir com o amigo para o interior do vilarejo, muitíssimo a contragosto.

ㅤㅤEspero que Altria fosse na frente para que segredasse seu desconforto e suspeitas com o parceiro.

ㅤㅤ– Cara, como assim? Nem conhecemos ela direito e já estamos indo pra dentro da vila, perdeu o juízo? – cochichou baixo para Izuku enquanto caminhavam atrás da Kazekage.

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Myrddin

Innin

6/5/2022, 00:01

Altria esboçou um riso quando o rapaz de cabelos azuis a indagou se poderia acompanhá-la quando a mesma fosse ao encontro do líder da nuvem. Não se conteve, sequer conseguiu: o rapaz era atrevido, e ela gostava. —— É claro, farei questão de anunciá-lo como meu guarda-costas, Izuku-san. —— disse em tom jocoso. Apesar de toda cordialidade que a líder da areia demonstrava, ela não confiava nos homens à sua frente. Akuma estava desaparecido há muito, e agora dois ninjas aparecem dizendo que são amigos deste… era difícil de acreditar, principalmente após o mesmo expor o corpo no solo do deserto e contar sobre suas habilidades. Estava tudo muito fácil para ser crível.

—— Você, Izuku-san, me lembra de eu mesma há algum tempo atrás. Mas felizmente decidi ajudar as pessoas ao meu redor, e hoje faço isso com um sorriso no rosto. —— concluiu. Cinco metros a separavam de ambos os Nukenins, e a mesma os fitava intensamente. O outro rapaz, porém, era mais sério e comedido, ao ponto de sequer revelar seu nome, o que fizera Altria arquear a sobrancelha direita conforme este falava com seu companheiro. Qual seria o motivo de tanta cautela? Se eram de fato, fugitivos, não deveriam temer Sunagakure, principalmente se de fato Akuma os convidou. —— Infelizmente, Izuku-san, seu amigo diz a verdade. É cedo para você se envolver em politicagem. Aguarde a hora certa para tal. —— disse, mas o tom de outrora se perdeu, agora Altria portava-se como uma líder de fato.

A mesma, apesar dos pesares, deu as costas para o homem, mas no instante em que se virou, os olhos verdes deram lugar ao lilás proveniente de sua habilidade ocular. Os via, via a tudo e todos em uma longa distância, desse modo, não seria pega desprevenida por aqueles que estavam ali. Com a destra, chamou um de seus ninjas, e sussurrou para este quando o mesmo se aproximou: Convoque Kõga e diga para o infanto me encontrar no restaurante junto de meus convidados. E então pôs-se a caminhar vilarejo adentro.

—— Quanto tempo faz desde que viram Akuma pela última vez? Esse sumiço repentino e a aparição de vocês é um tanto estranha para mim. De que vilarejo os senhores são fugitivos? Não confio em vocês, mas não os tratarei mal em respeito à Akuma, isto é, se de fato forem amigos deste. —— Suspirou, ainda caminhando adiante. —— Mas saibam que se fizerem mal a qualquer pessoa do vento, teremos uma conversa totalmente diferente. —— finalizou, séria.

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