A missão que o pergaminho me passou hoje me causava uma pequena ansiedade:

- Cara, sério que vou ter que acabar com todas as colmeias daquele parque?! - Meu grito podia ser ouvido por todo o andar

Embora fosse um protesto legítimo, eu não tinha o direito de reclamar. Sabe como é, mundo ninja... Hierarquia. Precisava ir lá resolver aquilo. Me vesti rapidamente, coloquei minhas bainhas e guardas na cintura e logo saí de casa. Chegando no parque, há alguns quilômetros de casa, eu vi que, de cara, eram pelo menos 50 colmeias e ninhos de marimbondo.

"Cara... Porque não chamaram um Aburame pra tirar isso daqui? Era só eles tocarem a flautinha deles lá... sei lá..."

Não era como se eu tivesse medo especificamente de abelhas ou marimbondos. Mas ninguém gosta de ser picado, não é mesmo? Enfim, quando ia derrubar a primeira colmeia eu tive uma ideia. Eu já tinha sido forçado a aprender a usar o Katon Goukakyuu no Jutsu mesmo, então ia dar uso pra ele.

Realizei alguns selos e inflei o peito. Eu precisava ser atencioso o bastante pra soltar bolas de fogo pequenas e muito bem orientadas, caso contrário eu botaria fogo na floresta. Mas eu confiava que seria capaz. Além disso, eu soltaria bolas de fogo bem pequenas, já que claramente o fogo se alastraria pela colmeia. Então eu comecei. Fui ateando fogo de uma a uma. Conforme fui soltando bolas de fogo nas colmeias, eu via que algumas abelhas conseguiam fugir e vinham atacar o foco da ameaça delas. Por isso, percebi que deveria fazer isso mais rápido. E acelerei meus ataques às colmeias e caixas de marimbondo.


Depois de uma hora estava tudo acabado. Todas as colmeias e caixas de marimbondo estavam no chão, queimadas, alguns galhos queimados também... porque não? Pelo menos eu agi rápido e não deixei que o fogo alcançasse o restante da árvore ou pior, da floresta. Além disso, o que tinha acabado era meu chakra e meu fôlego. Soltar tantos Goukakyuus era bem cansativo. Nem no meu melhor dia de treino eu fiquei tão sem fôlego. A cena final era esta: eu, sentado no chão, cheio de fuligem no corpo e todo chamuscado, e com bolotas nas mãos, nos braços e principalmente... No rosto. Alguns marimbondos e abelhas tinham me picado. O mais humilhante era aquela logo no supercilio. Sério. Eu amaldiçoo aquele marimbondo. Desgraçado. Essa foi minha segunda missão ninja. Parecia que essa história de ser ninja não poderia me surpreender mais. E pra acabar com meu resto de dignidade, encontrei Matahachi no caminho de casa. O miserável danou a rir de mim.

Tudo bem. Um dia ele me paga.