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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Primavera
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
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Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
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Havilliard
Havilliard#3423
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Tails
Jōnin
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remorsos se acumulam como velhos amigos

estão aqui para reviver seus momentos mais sombrios

não consigo ver uma saída

todos os mortos-vivos saem para brincar

Spoiler:


Última edição por vieno em Sex 29 Jan - 14:13, editado 5 vez(es)

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「R」
Tails
Tails
Jōnin
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sem medo da escuridão


taichi não esperou o galo cantar para acordar naquele dia. antes mesmo que o primeiro raio de sol irrompesse no horizonte nublado de uzushiogakure e iluminasse a vida na vila, o jovem genin já se aprontava para as suas atividades diárias. levantou da cama em um só pulo, tomou um banho rápido e engoliu o seu desjejum sem lembrar-se de como se mastiga pão, tamanha era o anseio para ir imediatamente ao seu destino que, diga-se de passagem, não se tratava de uma missão.

em verdade, taichi havia separado a semana para desenvolver as suas habilidades em ninjutsu para além da kekkei genkai imposta a ele por seu pai. não era de hoje que o garoto percebia a dependência desconcertante que detinha sobre o satetsu, e essa linha invisível que o conectava à taro miura, o homem que o obrigou a vir ao mundo da pior forma possível, causava-lhe repulsa crescente em proporção equivalente ao seu avanço com o jiton. pior ainda: taichi parecia ser bom exclusivamente nisso, como se a sentença de sua existência fosse ser uma extensão involuntária de seu pai.

taichi não queria isso.

de cueca em frente ao longo espelho guardado em seu quarto, fixado de fora a fora à parede oposta à sua cama, ele observava o seu corpo com reflexão. nos olhos, a cor da dor e do ressentimento se misturavam ao âmbar que tingia sua íris, revelando lembranças pouco amistosas guardadas no fundo de sua memória pueril; e, por mais que tentasse, é bem verdade que não havia como taichi as esquecer – as marcas em seu corpo eram o eterno lembrete do seu passado gravado a ferro e sangue por taro. levou a mão ao rosto, tocando com suavidade a cicatriz que adornava seu nariz e a sua bochecha, e sentiu vontade de chorar – não por repudiar a própria aparência ou algo semelhante, mas por entender o significado dado a cada uma daquelas marcas.

sacudiu a cabeça para os lados, apertando as bochechas com força, e se esforçou ao máximo para afugentar os pensamentos ruins. vestiu uma roupa folgada e um tanto velha, bastante desgastada pelo uso recorrente, botou os chinelos e deu-se por satisfeito ao fitar o próprio reflexo olhando-o de volta. as suas vestes estavam ótimas para um dia intenso de treinamento, ele ponderou. resolveu que também deixaria a bandana para trás, já que não haveria chances de o convocarem para qualquer missão naquele momento. ou haveria? taichi havia solicitado a semana de folga há muito tempo, escolheu os dias que mais ninguém quis, e assim decidiu que a sua presença seria indiferente ao longo daquele período. deu de ombros – se faria de louco caso o convocassem de última hora.

saiu pela porta da frente do seu apartamento e parou na sacada, admirando a aquarela pintada no céu pela luz do sol. estava quente para os padrões da região, o que indicava que o fim da primavera estava próximo. ele sorriu para si, contente com o fato-- gostava de flertar com o calor da próxima estação. pulou então as grades de proteção da sacada, e tão logo atingiu o chão, começou uma corrida rápida pela aldeia até o campo de treinamento, escolhendo a dedo vielas, ruas e becos que o ajudassem a evitar pessoas o máximo possível. aquele seria um momento exclusivo seu que ele não se permitiria dividir com ninguém.

~

na ponta dos pés, ele esticou os braços para o alto o máximo que conseguiu, forçando as articulações e o músculos até senti-los completamente relaxados; dobrou as pernas, puxando os joelhos, um de cada vez, na direção do abdômen. pôde ouvir a conversa dos pássaros enquanto se alongava, o som do riacho correndo apressado e as folhas tocando umas às outras com a força do vento. focado ao máximo no aqui e no agora, ele se esforçava para manter a concentração durante a meditação.

taichi ainda não tinha certeza do que iria fazer. sabia, no entanto, que estava disposto a se livrar permanentemente de sua kekkei genkai, e, para isso, era impreterível que ele descobrisse outros talentos para além do magnetismo, e taichi bem sabia que ele tinha opções. ele não era obsoleto no uso do taijutsu e do genjutsu, por mais que não fosse nenhum gênio – já que raramente se aventurou nessas áreas com verdadeiro afinco e diligência, e ainda era capaz de dominar duas naturezas de chakra elemental diferentes para além do jiton. duas naturezas de chakra elemental que davam forma ao... duas?

franziu o cenho, intrigado. taichi não saberia dizer exatamente quantos elementos ele era capaz de dominar. sabia, obviamente, que detinha habilidades bastante surpreendentes no manejo do doton e do futon, além de, é claro, ser capaz de fundir a essência de ambos para criar o jiton, mas ele sempre se perguntara se aquele seria de fato o seu limite real. em verdade, desde que começara a treinar e a refinar a manipulação das naturezas, o garoto notava efeitos adjacentes aos esperados pelo poder do magnetismo, mas, por medo do pai, ele nunca se atreveu a explorar qualquer pormenor que fugisse ao menos um pouco da manipulação da areia de ferro.

presunçoso como era, taro miura jamais olharia com bons olhos qualquer proposta diferente que pudesse surgir no arsenal do seu filho. sempre o podara e o mantivera preso ao jiton, induzindo-o a acreditar que era ele a única alternativa viável para tornar-se um bom shinobi, e taichi não contestou. ainda assim, por vezes, enquanto praticava a conversão do chakra comum em chakra elemental, ele sentia descargas elétricas percorrerem o seu corpo e os seus nervos, atingindo seus músculos e o ar a sua volta, deixando-o ao mesmo tempo em alerta e estupefato. experiência repetitiva era aquela, e taichi se convenceu ao longo dos anos de que tais manifestações não eram nada além de uma mera impressão. não obstante ele já não tinha mais tanta certeza.

motivado pela curiosidade, e agora com a vontade ardente de romper completamente com o legado de seu genitor, ele se concentrou a fim de estimular a circulação do chakra pelo seu organismo, sentindo o fluxo da energia ser direcionado para todas as extremidades do seu corpo de acordo com os seus desejos. concentrado, ele permitia que a sua atenção o levasse para cada sensação que seu corpo sentia, cada mínimo detalhe se fazendo necessário enquanto buscava algo específico, algo único e conhecido, algo... eletrizante. taichi sorriu.

podia sentir a mudança de forma acontecer, desdobrando-se em sensações diferentes às que ele estava acostumado até então. não se tratava de uma energia potente e segura como a infusão da terra, tampouco era leve e ágil como a energia do vento; aquela sensação era mais instável, de temperamento volúvel, inesperado – uma natureza até então negligenciada, mas igualmente inerente à sua existência. o que era aquilo?

taichi decerto não conseguia definir exatamente as propriedades da sua nova descoberta, tampouco conhecia estudos, selos e jutsus capazes de dar forma a sua nova natureza – ele sequer sabia se poderia chamar aquilo de um novo tipo de chakra elemental. era cedo demais para qualquer conclusão, decidiu. ainda assim, precisava dar seguimento com as suas descobertas, e dar um jeito de testar mais afundo seja lá o que fosse aquela novidade.

~

o garoto espirrou quando uma pétala de flor voou para perto do seu nariz. graças a isso, ele notou as dores em seu corpo que antes não havia percebido. taichi estava sentado na mesma posição há horas, pernas cruzadas, as mãos unidas sobre o colo em posição do mudra cósmico, e ele sentia o desconforto na sua coluna. pior ainda, seu bumbum doía bastante, como se os músculos tivessem sido achatados, e ele torceu para que não tivesse dificuldade de sentar nos próximos dias.

mas ele não desistiria. de alguma forma, ele sentia que progredia um pouco a cada nova tentativa, como se as conexões necessárias fossem estabelecidas a partir do esforço consecutivo, das falhas e dos pequenos acertos. também se sentia grato por já dominar duas naturezas distintas e a sua kekkei genkai, o que ele acreditava que certamente influenciaria nos resultados que ele obteria, seja lá qual fosse.

ele olhou para o céu e assistiu à despedida do sol. não havia se dado conta do horário até então, mas sabia que não poderia desistir naquele momento. seu objetivo era acrescentar a sua descoberta à fusão que ele já dominava, obrigando o jiton a assumir uma nova nuance sob a influência da sensação de eletricidade que ele entendera possuir, e que naquele momento ele já estava consciente de ser real. ainda assim, taichi não sabia exatamente o que esperar, mas sentia que estava no caminho certo.

de olhos fechados, ele voltou a infundir o chakra para fora do seu corpo, sentindo a aura moldar-se ao seu redor. lentamente, começou a permutar a energia em poder elemental, trazendo à tona a fusão entre o doton e o futon; pôde sentir a areia de ferro dentro da cabaça começando a responder ao seu chakra, mas ele se concentrou ainda mais, forçando um passo além que ele precisava conseguir dar; e buscou a energia elétrica dentro do seu cerne, trazendo-a para o núcleo de seu chakra elemental. focado, obstinado, ele não se daria por satisfeito até sentir qualquer mínima mudança em sua kekkei genkai.

notou que o satetsu havia parado de se mexer, mesmo que seu chakra estivesse sendo estendido ao seu redor. em suas mãos, uma sensação de viscosidade atraiu a sua atenção, e, ao abaixar os olhos, taichi se deparou com algo novo entre seus dedos, algo que imaginou ser parecido com rocha derretida, mas não queimava nem incomodava. surgido de lugar nenhum, o material negro despertou em taichi uma ponta de esperança. evolua, disse a si mesmo, agora inteiramente focado na escuridão em seu colo. ele precisava fazer aquilo se mexer. ele faria aquilo se mexer.




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「R」
Tails
Revouv
Tokubetsu Jonin
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Aprovado @Vieno.
PS: Trate de cuidar bem do seu bumbum pra não doer mais.

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Yukikitsune Kaonashi


FICHA  |  GF  |  BANCO
Revouv
Ficha de Personagem : https://www.narutorpgakatsuki.net/t74385-fp-yukikitsune-kaonashi
Gestão de Fichas : https://www.narutorpgakatsuki.net/t72868-gf-kaonashi-yukikitsune
Tails
Jōnin
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por todas as esperanças que eu chutei para longe


o dia havia amanhecido quente naquele dia, e taichi se sentiu contente por isso. em uzushiogakure eram raros os momentos que poderia se dar ao luxo de sair sem se preocupar com a possibilidade de fazer frio ou chover futuramente. o verão tinha dessas coisas, ele gostava de reparar, e sentia-se muito bem por saber que seu aniversário era naquela época do ano. nove anos.

uma vida inteira!

taichi riu consigo mesmo, deleitado na própria piada – ele sabia que ainda era muito novo, e que os melhores momentos de sua existência estavam apenas começando. otimista como estava sendo, ele se sentia cada vez melhor desde que descobrira o seu talento com uma kekkei tōta relativamente desconhecida.

claro, certamente havia pessoas instruídas sobre a existência do yamiton, e muitas delas viviam mesmo dentro da sua própria vila, mas mesmo assim taichi aprendia todos os dias que o conhecimento sobre o elemento das trevas era pouco explorado e, para a maioria, completamente misterioso. e como a boa criança que era, a possibilidade de se aventurar pelo desconhecido o animava profundamente, quase tanto quanto dango, veja só. por isso, nas últimas semanas que sucedeu à revelação de seu elemento, taichi passou boa parte do seu tempo na biblioteca, no quartel general, na barra da calça de figuras importantes que ele imaginava saberem alguma coisa sobre o yamiton.

em verdade, taichi passara tanto tempo em êxtase com a novidade, que ele se esqueceu completamente de uma missão deveras importante – missão essa que já deveria ter realizado há vários dias. foi apenas quando acordou certa manhã, ainda preguiçoso e meio bêbado de sono, que ele esbarrou naquele objeto infortúnio e se lembrou da tarefa que seu cérebro não parecia fazer questão de rememorar. não obstante ele não se sentia culpado – não fazia questão de revisitar o seu passado com tanta frequência quanto gostaria. ainda assim, decidiu que o faria naquele dia, e colocaria, finalmente, um ponto final naquela história.

inconscientemente, ele levou o braço à boca e o mordeu com força. o gosto do néctar vermelho tocou a sua língua como de costume, acariciando seu paladar com o característico sabor de ferrugem, mas ao invés de se sentir relaxado com o ato, taichi se viu horrorizado pelo que acabara de fazer. voltou-se para o espelho preso à parede do seu quarto, o braço tombado ao lado do corpo logo após ser solto pela sua arcada dentária, e o reflexo que o olhou de volta o deixou assombrado.

de frente para ele, taichi estudou seus lábios cobertos de sangue, o líquido escorrendo pelo seu braço em direção ao chão. seu coração apertou de repente, e, por um breve momento, sentiu vontade de chorar. quando ele começara com aquilo?

desde que se entendia por gente, taichi se machucava constantemente. na maioria das vezes, uma mordida era suficiente, mas não era raro ele precisar se perfurar com uma kunai para conseguir resultados mais profundos. no começo, ele sabia que aquele ato detinha um sentido ideológico, um sinal para si mesmo de algo importante que ele jamais deveria esquecer; mas, com o passar o tempo, a mensagem se perdeu em meio à repetição, e tudo que lhe restou fora um hábito negativo.

fora por culpa de seu pai que ele desenvolveu aquele vicio. uma infância bordada em meio a agressões, humilhações e sofrimento fez com que ele procurasse na automutilação uma forma de escape, produzindo uma dor para encobrir a outra. em sua cabeça, dizia a si mesmo que aquilo era como um lembrete, uma forma de revisitar a sua angustia para que nunca a praticasse gratuitamente contra alguém... para que nunca se tornasse o que o seu pai um dia foi. apesar disso, o que de fato representava aqueles machucados era a sua incapacidade de lidar com o medo e com o passado, e a sua completa desesperança em aceitar as suas cicatrizes.

que epifania maluca aquela, taichi pensou. de onde havia vindo tudo aquilo?

ele olhou para o chão e encarou o objeto em que havia tropeçado. a cabaça. torceu o nariz para ela e a chutou com força; assistiu enquanto ela rolava desgovernadamente pelo quarto e se abria ao som de um baque forte. a areia nela contida escorreu para fora como uma poça de sujeira, carregada de ferro, maldade e lembranças ruins. era a areia de taro miura, o símbolo de seu poder, e também o elo que o conectava ao filho que tanto odiava.

taichi engoliu uma saliva que não tinha, e fechou os punhos com força. sentiu suas unhas perfurarem sua pele com a intensidade da raiva, mas se conteve tão logo sentiu a primeira pontada de dor. não faria mais aquilo. taichi não se machucaria mais por causa daquele homem.

de olhos fechados, ele respirou profundamente para recobrar a razão. ele gostava de se acalmar com técnicas de meditação, sentia-se adulto com elas. por um instante, se perguntou se de fato era responsabilidade de uma criança carregar tantos sentimentos e responsabilidades quanto ele carregava. decerto não lhe parecia saudável, concordou consigo mesmo. se pelo menos ele tivesse uma mãe... esbofeteou as próprias bochechas para afugentar os pensamentos. droga, ele precisava mesmo parar com essa mania de se machucar voluntariamente.

taichi caminhou pelo quarto, agachou ao lado da cabaça e, com suas mãos pequenas, recolheu a areia. jogou-a para dentro do recipiente com cuidado, evitando ao máximo que ela vazasse pela abertura redonda, e a tampou apenas quando não viu mais nenhum um único grão poluindo o seu lar. aquele era o jutsu de taro, não dele. tentaram fazer com que ele engolisse aquela merda toda, mas a sua inaptidão para o magnetismo era apenas mais um sinal de que não deveria se importar com as cobranças de um genitor que sequer deveria ser chamado de pai. taichi não era um usuário de jiton.

nunca fora.

ele passara anos se culpando por não ter desenvolvido o talento que tanto lhe cobraram, ainda que em seu íntimo soubesse que não havia nada de errado consigo. refinou os elementos basilares que supostamente o levariam ao encontro do jiton, mas seu corpo nunca sequer demonstrou aptidão para a arte do magnetismo. tanta pressão o impediu de desenvolver o seu terceiro elemento, e foi apenas quando se libertou das asas de taro que o seu raiton aflorou e taichi finalmente se encontrou com a sua verdadeira kekkei genkai. mas nada mais disso importava – ele finalmente deixaria tudo aquilo para trás.

com a cabaça debaixo do braço, tachi saiu pela porta da frente e começou a atravessar a vila. ele sabia que seu destino estava mais ou menos longe, para além dos muros que defendiam uzushiogakure, mas decidiu que não estava com pressa. caminhava calmamente pelas ruas da aldeia, dando-se ao trabalho de parar e conversar com os transeuntes conhecidos que o interceptavam pelo caminho. entre eles, uma senhora gentil com quem taichi estabelecera uma simpatia há não muito tempo, quando ele a ajudara com algumas compras durante uma missão. ainda assim, taichi foi pego de surpresa quando ela lhe ofereceu um bolinho bonito e muito bem enfeitado, como agradecimento pelo serviço prestado em outra ocasião. para te dar forças, ela segredou, e ele, muito encabulado, aceitou de imediato.

era sabor de chocolate, taichi descobriu. aproveitou cada mordida enquanto comia e andava ao mesmo tempo, e imaginou que aquele deveria ser o sabor da liberdade. ele engoliu o último pedaço quando já estava chegando próximo ao rio que procurava, lambendo os dedos para aproveitar ao máximo do seu presente inesperado. parou na margem, olhando a sua imagem na água, e ficou feliz por ver a sua boca suja de chocolate, não de sangue.

com os braços esticados, ele abriu a cabaça e entrou na parte rasa do rio, afundando os dois pés na água gelada e cristalina. taichi imaginou que o verão estaria deixando aquela sensação mais gostosa, mas a verdade é que todo a sua existência parecia mais satisfatória. uma onda de prazer percorreu o seu corpo quando virou a cabaça de cabeça para baixo, a areia de ferro se dissolvendo na água junto com os seus medos, as suas inseguranças e a sua tortura autoimposta. nunca mais, gritou a plenos pulmões, determinado a vencer o seu passado e a sua mutilação. sentia-se mais feliz, mais disposto, mais forte. era efeito do bolinho? não importava. aquele era o gosto da liberdade.

e era muito melhor que chocolate.  
            • hit points 1025 | 1025 • chakra 1175 | 1175 • stamina 00 | 05  •            
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「R」
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Bahko
Chūnin
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-x-
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ele estava sentado despreocupadamente em uma das áreas verdes da vila do redemoinho, a cabeça tombada para trás, olhos fechados, apenas curtindo a própria existência. taichi tocou o chapéu que deixara sobre a grama, sentindo a sua textura familiar, e se perguntou onde estaria a sua dona original. era dela, ele sabia. só poderia ser da sua mãe.

mas aquele não era o momento para se perder entre seus desejos e as provocações do destino. aquele seria o seu dia de folga, e taichi estava disposto a fazê-lo valer a pena. ao lado do chapéu, uma cesta recheada de coisas gostosas o aguardava; vários doces, salgadinhos e outras coisas que não pudessem ser verdadeiramente chamadas de refeição. taichi não ligava. havia gastado praticamente todo o seu último salário com aquela comida e faria com que ela valesse a pena – iria embora rolando, se preciso fosse.

abriu uma das abas da cesta e sorriu, satisfeito. tanta porcaria certamente lhe faria bem, e, como sempre, ele ignorou a tradicionalidade e começou a refeição pelo dango. um, dois, três. taichi não sabia o que era enjoar daquela sobremesa. estava pronto para pegar mais um quando o sentiu roçar em suas pernas, e se controlou para não sobressaltar.

ronronando, suplicando por atenção, o gatinho branco fazia de tudo para atrair os olhos do garoto. taichi observou sem entender, e ficou surpreso quando o bichano foi para debaixo do seu chapéu, logo depois de roubar um pedaço de sanduiche da cesta. taichi riu, achando graça. que sujeitinho engraçado era aquele. "quer ser meu amigo?" perguntou inocentemente, levantando a aba do objeto para encarar o felino... mas ele não esperava obter uma resposta. ficou incrédulo quando o bicho falou.

"claro, não tô fazendo nada mesmo."

                                          • hit points 1125 | 1125 • chakra 1450 | 1450 • stamina 00 | 05 •                                           
                                                                      • word 04; 0311  • aparência •                                                                      
[ sete vidas tenho para viver, sete chances tenho para vencer ]

referencial:
cactus

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「R」
Tails
Bahko
Chūnin
-x-
-x-
Ok

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Bahko
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Gestão de Fichas : https://www.narutorpgakatsuki.net/t79790-g-f-yuki-bahko
Tails
Jōnin
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Dentro da tenda, cercados por inúmeros destroços das grandes construções que um dia deram vida à Vila da Pedra, uma vasta quantidade de enfermos ansiava por tratamento e esperança. A luta contra Lilith ainda se desenrolava não muito distante dali, permitindo que os sons e as vibrações infundidas de terror invadissem o ambiente a ponto de encher de pavor os corações ali presentes. Entre eles, facilmente se destacava o coração de uma criança, demasiada diminuta para a arte da guerra, mas que se mantinha inabalável frente à missão que lhe havia sido delegada.

De joelhos no chão, o corpo inclinado para frente, suas pequenas palmas apoiadas sobre a ferida de um homem inconsciente, Taichi ignorava diligentemente qualquer sinal do mundo exterior, para focar-se inteiramente no tratamento de seu paciente. Havia escolhido se abdicar da batalha, para se dedicar exclusivamente ao tratamento dos afetados pelo confronto bárbaro que se arrastava através dos dias, procurando administrar suas habilidades da melhor forma possível, a fim de restaurar a vida de quem já não tinha mais nada a perder. Focado, disciplinado, devotado, o jonin insistia no tratamento dos feridos com um fervor que ainda não havia conseguido demonstrar no campo de batalha.

Ali, enfrentando o lado mais triste e desumano da guerra como se fosse um verdadeiro adulto, Taichi conseguiu deixar seu coração menos pesado frente à culpa que carregava. Sentia-se frustrado por não ter demonstrado seu valor em meio aos confrontos que participou, fosse na luta contra Brain ou contra o homem-serpente, ao mesmo tempo em que não conseguia afastar a ansiedade por ter deixado Jyu partir, sozinho, para a batalha. Cenas de seu amigo morto atormentavam o seu sono constantemente, e várias foram as vezes em que o menino acordou sobressaltado, após passar infindáveis horas recolhendo partes do corpo de Viole entre os resquícios desta guerra sem sentido.

Não obstante, ele passou a administrar seus anseios de forma mais saudável ao ter seu tempo exaurido pelo trabalho voluntário. Passava a maior parte do dia concentrado no tratamento dos demais shinobis, transitando entre os feridos de todas as aldeias em busca de alguém que precisasse de seus serviços. Taichi descobrira, com um pouco de alento ao seu coração, que seus conhecimentos eram bastante valorizados no contexto geral; pois, mesmo que houvesse um bom número de médicos capazes dispostos por todos os lados, não eram muitos os que detinham capacidade de tratar envenenamentos.

Desta forma, ele se sentiu útil. Não era uma criança egocêntrica, mas os elogios que recebia vez ou outra suavizavam os duros golpes sofridos em sua autoestima. Esforçou-se da melhor forma que pôde enquanto se achou necessário, mas, quando finalmente percebeu que não havia mais o que pudesse fazer, ele decidiu que estava na hora de retornar para casa. Não detinha condições para voltar à batalha, e decerto ele mesmo não sabia se havia ânimo em seu âmago para testar a sorte uma vez mais frente à morte iminente. Restava-lhe, apenas, orar para que Jyu sobrevivesse por mais um dia, enquanto partia de volta para Uzushiogakure.


                    • hit points 1950 | 1950 • chakra 3650 | 3650 • chakra natural 000 | 400 • stamina 00 | 07 •                    
Onde eu possa ser mais útil
referencial:
cactus

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「R」
Tails
Revouv
Tokubetsu Jonin
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Aprovado @Tails.

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Yukikitsune Kaonashi


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Revouv
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