Kaido se encontrava de pé em meio a caverna onde havia até então dominado dois diferentes níveis de controle de Ichibi. O jovem suava, ele nunca antes havia chegado tão perto do descontrole e da morte “É, parece que eu estava certo, se eu tivesse ignorado as possibilidades e ficado na inércia até o evento, sem fazer nada para mudar minhas chances, talvez o pior acontecesse durante o evento. Ter me isolado e tirado um tempo para explorar os poderes de Ichibi foi a melhor decisão que tomei”. Os punhos de Kaido se fecharam, mas em contraponto, seu sorriso voltou a se abrir.
Conhecendo o perigo que corria se voltasse a usar o poder de Ichibi, que por pouco não lhe roubara a sanidade e a vida, Kaido precisava decidir o que fazer. O Raikage havia se isolado para dominar os poderes da besta, mas aos poucos descobria que não era tão fácil assim, que o ódio que constituía o demônio era demasiadamente forte para que a mente de um humano pudesse suportar.
Kaido estava tão preso no mundo das ideias que nem ao menos havia notado que estava de pé. Quando se deu por conta de suas condições, o garoto fez questão de voltar até o canto onde estivera sentado durante o processo de desenvolvimento de suas habilidades.

”Considerações”:

”Equipamentos”:

”Jutsus Utilizados”:

Novamente sentado sobre a rocha fria, Kaido se arrumou, tentando evitar que os ossos de seu quadril fossem massacrados pelo “banco” desconfortável que ele havia arrumado. Após alinhar sua postura e entrar novamente em um estado meditativo, Kaido buscou percorrer o mesmo caminho que antes havia realizado, acessando a escuridão e o cenário onde Ichibi se encontrava presa.
Kaido retornou ao ambiente negro, onde a água alcançava a altura de seus pés, onde o frio fazia com que seus pelos se oiriçassem e onde os portões de ferro frio se erguiam imponentes a frente do garoto. Por detrás dos portões, Ichibi não mais se encontrava sentado, o demônio estava sobre suas patas, ereto.
Kaido precisou olhar para cima para que conseguisse encarar o demônio. Logo que os olhos do garoto encontraram o rosto de Ichibi, ele percebeu que um sorriso estava estampado em meio a pele pálida da besta. Ichibi soltou sua familiar e inigualável gargalhada – Eu te avisei, garoto! Você pode ser determinado, mas meu poder é demais para você -. Kaido continuou encarando o demônio com seriedade.
Após alguns segundos o jovem se sentou sobre a água e cruzou suas pernas – Ichibi, me conte... Quem é você? -.

”Considerações”:

”Equipamentos”:

”Jutsus Utilizados”:

A besta mudou sua expressão de felicidade para uma próxima a confusão. Ichibi não entendia a pergunta do rapaz que se encontrava em sua frente, ele não entendia o que um humano, que o via unicamente como fonte de poder, como objeto, queria dizer com aquelas palavras – O que você quer dizer com isso, garoto? -.
Kaido não mudou sua expressão, continuou a encarar a besta e manteve o mesmo tom de voz, insistindo na pergunta – De onde você veio? Todos dizem que as bestas de caudas são um amontoado de chakra e ódio, mas para mim isso não faz sentido algum, é como dizer que vocês não possuem mente, sentimentos, etc. Eu posso não conhecer sua história e nem nada do tipo, mas sinto suas emoções se manifestando em minha mente, consigo perceber que você não é apenas chakra e ódio como dizem -.
Diante das palavras de Kaido a besta desmontou, perdeu a postura que a pouco mantinha e se aproximou dos portões, mantendo sua face na altura de seu hospedeiro – Você é diferente garoto. Você é individualista, tem sede de poder e não mede esforços para conquistar seus objetivos... Em muitas maneiras você é igual a todos os outros de sua raça, mas no final você é diferente... -.
Naquele momento a visão de Ichibi para com seu hospedeiro mudou completamente, ao perceber que o garoto não lhe enxergava como um objeto, mas como um ser com alma, Ichibi passou a aceitar Kaido e não mais buscar uma forma de prejudica-lo.

”Considerações”:

”Equipamentos”:

”Jutsus Utilizados”: