O líder da caravana analisava cada traça e movimentação de Seiya, viveu toda sua existência na estrada, e lidado com muitos ladrões, não achava tão ruim os que assolavam a estrada atualmente, pois nunca mataram ninguém, porém, para um comerciante seus produtos são seus únicos bens e forma de viver, qualquer perda seria sentida, ao pedir a missão, ficou com receio depois de ver o garoto, tão jovem e obrigado a fazer tais ações. Um velho morrer não é lamentável, mas um jovem? Esse não é o curso da natureza. Suspirou e caminhou até um baú, pegando um conjunto de roupa. — Essas roupas são de um anão que viaja conosco, caberá em você. E sim, suas hipóteses estão todas corretas, pode se acomodar na caroça que preferir, nunca se sabe de onde virá o ataque. — Como o líder, o homem teria que ir na primeira carroça. — Qualquer coisa que precisar, pode vir até mim. — Sem mais o que falar, tomou seu lugar.

A caravana estava andando a um bom tempo agora, a lua cheia alta no céu e todas as carroças tinham lanternas em seus cantos para iluminar o caminho e os arredores. O clima calmo, sons ambientes não retratava os sentimentos dentro das carroças. [...] — Irmão, a caravana tá bem no horário, vamos atacar? — Um homem pequeno e forte perguntou, e no alto de um morro distante, a silhueta de três pessoas reinavam, longe demais para serem avistadas pelas pessoas nas carroças. — Sim, mesma formação. Eu iniciarei e sigam minha liderança. — Os três sumiram em direção a caravana usando as árvores que margeiam a estrada, mas mantendo uma posição segura e não atacando.

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O chunnin foi alocado na carroça do meio, onde teria uma visão ampla do comboio e poderia reagir a tempo, e o chunnin perdido em seus devaneios não viu quando um homem parado bem no meio da estrada fez com que todo o comboio tivesse que interromper sua marcha. — Boa noite amigo, posso ajudá-lo em algo? — O líder perguntou amigavelmente, porém, ainda que internamente estivesse bem apreensivo. — Sim, vamos levar todas as mercadorias, sejam bonzinhos e ninguém irá se machucar. — Assim que bradou o assalto, a figura do líder cruzaria o pequeno espaço entre ele e o homem e iniciaria o combate. O ladrão já esperava por isso e uma luta começou.

Os outros dois ladrões se dividiram e atacaram a caravana, com um indo diretamente contra a última carroça, mas outra surpresa, e um ninja de Konoha saiu de súbito e começou mais uma luta na outra extremidade do grupo. — QUE DROGA! Eles contrataram um ninja! — Sem perder tempo e não querendo mais surpresas, o assaltante restante selou rapidamente e seu cabelo endurece e disparou inúmeras senbons capilares que transformaram toda a carroça em uma peneira de tantas "agulhas" que atingiram o meio de transporte, não deixando nenhum local lá dentro seguro ou que não fosse acertado. O chunnin teria que ser tão veloz como novo amigo, pois depois das duas lutas, o homem se tornou mais alerta e conduziria sua ofensiva para qualquer coisa que saísse da carroça, perseguindo-o. Depois que cessasse a chuva de senbons de cabelo, o ladrão sacou suas espadas, caminhando em direção a carroça, caso ninguém tivesse saído dela. Se tivesse sido o contrário e um novo inimigo surgisse de dentro dela, voltaria alguns passos e avaliaria a situação de novo.

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As lutas atingiram o clímax enquanto a carroça do meio ficou irreconhecível, mesmo não vendo o início da luta entre os líderes dos dois grupos, Seiya poderia ter agido quando o segundo embate na última carroça começou, porém, decidiu ficar dentro da carroça e por isso foi alvejado em diferentes partes do corpo, tendo todos os seus membros perfurados pelas senbons que agrediram impiedosamente o meio de transporte, e por não tem visão total do ambiente não conseguiria se proteger adequadamente ou se esquivar de todas as agulhas, tendo cortes médios causados na maioria de seu corpo, no entanto, por sorte ou instinto, ao atingir seus membros as agulhas não perfuraram nenhum orgão vital ou transpassou seu coração ou crânio, mas seus braços e pernas possuíam diversas perfurações e agulhas de cabelos ainda cravadas, o que reduziria quase ao máximo sua habilidade de usar seu próprio corpo. — Ninguém saiu da carroça, então eram só dois obstáculos?! — O último ladrão caminhou cautelosamente para verificar seu alvo e ao afastar a cortina em frangalhos seus olhos se arregalaram, o corpo do chunnin totalmente machucado e inerte, pois com tantos ferimentos, teria sua movimentação totalmente afetada, entretanto ainda havia movimento abdominal denunciando que o chunnin mantinha sua vida. — Chegou seu dia de julgamento, adeus pequeno! — O ladrão ergue sua espada e iria desferir o golpe final quando seu irmão o conteve. — Nós não matamos, ainda mais um ninja de Konoha. Vencemos e iremos levar tudo, alguma objeção? — Um olhar mortal foi lançado para o líder da caravana, que abaixou sua cabeça, naquele momento o comboio havia se rendido.

A vida humana era mais valiosa que bens e Konoha seria obrigada a recompensar a caravana, com Seiya fora de combate, os ladrões recolheram seus espólios e foram embora. Toda a ação subsequente do chunnin não aconteceria, pois antes mesmo de preparar seu ataque o mesmo teria sofrido grandes perdas. Sendo assistido pelos membros do comboio e recebendo tratamento do Konoha-nin que entrou em combate na retaguarda da caravana, a vida do chunnin seria poupada, mas sua missão teve uma grande perda e não foi concluída com sucesso, com seu serviço de guarda-costas e entrega não alcançado o resultado mínimo esperado.

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A caravana retornou para Konoha no meio da noite, partiram inicialmente com três carroças, mas agora só uma podia se mover, carregada de feridos e exaustos, Seiya estava lá dentro e os primeiros socorros já prestados, o chunnin não conseguira concluir com êxito sua missão e isso poderia ser tornar um demônio interno visto sua personalidade, mas no momento não tinha nada que poderia fazer. — Te levarei até o hospital. — Com um ar esgotado, o outro Konoha-nin pegou Seiya em seus braços e rumou para o hospital, o jovem teria que receber tratamento para que pudesse ser curado completamente, ficando sem sequelas corporais.

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