Iniciava-se um novo dia em Konohagakure e os moradores já estavam agitados com suas rotinas, como de costume. Os pássaros sobrevoavam o espaço aéreo, aproveitando o dia ensolarado. Orihime também estava empolgada, pois finalmente conseguiu permissão para explorar os arredores da vila. Bem, o verdadeiro objetivo é patrulhar, mas a rosada não parecia ter perdido o foco.

Trajando seu habitual vestido curto de mangas longas na cor preta, usando por cima uma jaqueta, também da mesma cor. Orihime também veste meias que cobrem toda sua perna até o início de suas coxas. Seu cabelo estava dividido e trançado em cinco partes, que a rosada dedicava algumas horas do seu dia para fazê-las.

Após se arrumar, partiu em direção ao portão norte da Vila. Lá encontrou um pequeno grupo de gennin’s, estavam aguardando as ordens dos superiores para iniciarem a patrulha.

— Muito bem, pessoal. Prestem atenção. Vocês vão realizar a patrulha dos arredores da nossa vila em duplas. Então, quando eu chamar seus nomes deem um passo à frente. Orihime Yamanaka e Junichiro. — Foram formadas duas duplas e a rosada foi uma das primeiras a descobrir sua dupla, um garoto alto de pele clara e cabelos escuros. Seu semblante era um dos mais sérios dentre todos os gennins.

— O-hay-õ! — Falou pausadamente, enquanto formava um bico com seus lábios ao proferir cada sílaba.

— Vamos, o sensei já me entregou nossas coordenadas. — Proferiu, friamente. O rapaz não estava aberto para conversa, aparentemente seu único interesse era essa missão. —  Iremos nos posicionar um pouco mais ao sul. Ele te entregou o apito? — Indagou.

— Sim, sim. Está aqui comigo. Ele me disse para usar caso houvesse alguma situação de perigo. — Respondeu, com o apito em suas mãos. Uma corda estava presa ao instrumento, que a garota usou para prender em seu pescoço, improvisando uma espécie de “colar”. — Eu me chamo Orihime Yamanaka e você? —  Ela tinha ouvido o nome dele, mas estava tentando estabelecer uma conversa agradável.

— Junichiro.

— Junichiro-kun! — Sorriu. O rapaz ficava meio envergonhado, mas logo a seriedade voltava a dominar seu semblante. Orihime estava se divertindo ao ver tantas flores e árvores em terreno aberto. Mesmo não estando muito distante da vila, tentava desfrutar de cada sensação. Aproximando-se de cada flor que chamava sua atenção.

Ambos estavam realizando a patrulha ao seu modo, Junichiro mantinha completamente o foco, enquanto Orihime se distraía em alguns momentos. Isso parecia incomodar Junichiro de alguma forma. De repente, a rosada gritou, assustando seu parceiro de patrulha. — O que foi? Um bandido?

— Pior! Um inseto!! —  A Yamanaka havia se enroscado numa teia de aranha e embora gostasse dos elementos que a natureza oferecesse, insetos não estavam presentes nessa lista. Já haviam se passado quarenta minutos desde que iniciaram a missão e nesse meio tempo, adentraram ainda mais na floresta.

— Você só pode estar de brincadeira. Com tantos gennins para eu ter como dupla, caí logo com essa garota.

— Você está levando tudo isso muito a sério. Estamos realizando uma pequena patrulha. E está tudo bem calmo. Não precisa fazer essa pose toda. —  Retrucou o que o garoto disse, colocando sua língua de fora em forma de deboche.

— Escuta aqui, garota! — Junichiro avançava para cima de Orihime, tomando a força o apito que o sensei entregou para ela. — Isso vai ficar comigo. Se algo acontecer, sou eu quem vai receber os elogios. Sua garota burra! — Ele estava tão concentrado em seu individualismo, que não percebeu a aproximação de um bandido. Este que estava prestes a cortá-lo com uma kunai.

Orihime conseguiu reagir a tempo, empurrando Junichiro para longe do alcance da arma. Evitando que o mesmo se machucasse gravemente. A rosada pediu para que ele usasse o apito para chamar ajuda, mas o garoto estava paralisado com o susto que havia tomado. A garota, mesmo assustada, tomou de volta o apito, e o usou para pedir por ajuda. Ambos acabaram sendo salvos graças ao pedido de resgate ter sido feito a tempo.

Quando o pior passou, e a patrulha foi finalizada, Orihime tentou falar com Junichiro que voltou a ignorá-la. Mas antes de partir, ele agradeceu por ela tê-lo salvo. Mesmo não querendo admitir.

Considerações gerais: