Antes mesmo de o galo cantar e do sol encostar-se a cada canto da vila da folha, o jovem de cabelo avermelhado sentado na cadeira de madeira frente à mesa, parecia imerso em um mapa e algumas folhas de papel. Seus olhos já cheios de vida, apesar do horário pareciam agitados, buscando captar toda informação que pudesse. Chiharu buscava memorizar as informações que lhe foram repassadas no dia anterior, onde tinha adquirido mais uma missão através dos seus superiores. Sua tarefa agora era ajudar uma equipe de exploradores numa região desconhecida próxima a Konoha. Como queria ter total domínio sobre a localidade, mesmo com as informações minimizadas, estava estudando um pouco da geografia do lugar, a possibilidade da existência de plantas venenosas e como identifica-las, além de relembrar algumas informações sobre primeiros socorros em regiões como aquela.

Com o sol finalmente a amostra, o Senju se arrumava com todo seu material já separado de antemão. Seu sorriso habitual já estava em seu rosto, junto de sua empolgação de sempre. Estava ansioso para explorar uma região nova, além de poder auxiliar a equipe de exploradores.

Chegando então a uma região mais próxima da exploração, encontrou com a equipe, formada por cinco pessoas. Diferente da sua experiência anterior com o mensageiro, todos os membros o receberam com um grande sorriso e também se demonstravam animados com o que tinham pra fazer. Esse clima de aventura e leve, apenas motivava o garoto na sua missão.

Considerações:

Um dos membros do grupo, aceito como o líder entre todos, tirou um mapa de sua bolsa e mostrou para Chiharu uma mudança de rotas. Nos dias anteriores houve algumas pancadas de chuva, que acabaram por tampar a antiga passagem optada. O Senju balançou com a cabeça, aceitando a troca e se preparando mentalmente para a jornada. Então é iniciada a caminhada para região desconhecida. O local principal, onde a equipe estava mais ensejada a explorar era uma caverna, que ao ser observada geograficamente, parecia interligar algumas rotas, o que poderia ser capaz de encurtar alguns caminhos entre polos comerciais. Não apenas isso como a flora e fauna do local, pareciam possuir algumas diferenças do padrão dos arredores de Konoha.

Após uma rápida verificada no perímetro, em busca de qualquer outra rota interessante ou até mesmo na intenção de observação da possibilidade de desabamento, o grupo junto do ninja, decidem adentrar a caverna. Adentrando o local, o primeiro sentimento que pareceu ser compartilhado por todos ali era de surpresa, pela grandiosidade da local. Inicialmente o pensamento era que pudesse haver a possibilidade de se esgueirar e arrastar nos lugares, mas a imensidão daquele âmbito escuro, não parecia mais ser o caso. Iniciava-se então de vez a exploração do local, apesar de não se separarem tanto, cada membro se dirigiu a procurar coisas do seu interesse, enquanto Chiharu buscava observar tudo e todos.

Considerações:

O garoto observava atentamente a paixão desse grupo por sua respectiva área. No tempo passado explorando o local, Chiharu acabou criando certo vinculo com os membros. Alguns eram apaixonados pela botânica, outros por questões mais minerais e até mesmo pela geografia no geral, na criação de mapas e diversidades do tipo. Os olhos do jovem enchiam de emoção, de ver pessoas tão dedicadas aquilo que eles amavam. Seu desejo de proteger as pessoas e principalmente sua vila, apenas era reforçado com tamanhas personalidades distintas e paixões. Ainda que ainda fosse muito novo, a maturidade da concepção de sua responsabilidade e do que desejava trilhar, já era sólida. Não tinha dúvidas, não tinha desvios, desde que foi ensinado e indicado pelo seu pai, seu objetivo se tornou esse.

Após algumas horas de pesquisa, o grupo decidiu retornar a vila. Felizmente, nada de ofensivo resultou contra o grupo, apesar de Chiharu estar sempre atento a situação, sempre tentando fitar o perigo e estar sempre a disposição, permanecendo em lugares perto de todos. Chegando em Konoha, ele se despede, agradecendo pelas conversas e ensinamentos, o grupo lhe dá um abraço coletivo, por causa da grande intimidade conseguida mesmo em pouco tempo. Todos se despedem e o Senju esperava encontrar com eles novamente. Depois disso, ele realizou seu relatório, relatando que sua missão foi sucedida sem perigos.

Considerações:

O jovem Senju se movia rapidamente pelas arvores, demostrando urgência em preocupação em seu olhar. Quando estava em sua rotina matinal, foi informado de um sequestro por conta de um bando de criminosos a um grupo de reféns numa área mais remota de Konoha. A localização estava bem detalhada no pergaminho, o que foi de grande ajuda para o garoto conseguir chegar rapidamente e sem dificuldades ao local desejado. Ele se sentia um pouco nervoso diante a situação, por ter medo de não ser capaz de proteger as pessoas, era a sua primeira situação de perigo real vivenciada. Só que sabia que qualquer hesitação, poderia causar sua falha, então tentava rapidamente entrar em um consenso com sua mente e corpo, para não vacilar diante a ação.

Chegando às proximidades do esconderijo inimigo, diminuiu sua velocidade e a força do seu caminhar, no intuito de evitar ser percebido. Pela informação fornecida anteriormente, tinha ideia que os criminosos não tinham formação ninja, então a possibilidade de ser detectado, era relativamente baixa diante a diferença de habilidades, mas ainda assim se resguardava mantendo sua guarda totalmente alta. O local que os criminosos estavam reunidos era num velho galpão abandonado, dois homens estavam em frente à entrada, faziam rondas rápidas para olhar ao redor, mas sem se aprofundar muito, não permitindo que ninguém se esgueirasse pela frente.

Considerações:

Observava atentamente as movimentações. Buscava qualquer repetição de comportamento para ser capaz de criar uma brecha entre os turnos, para adentrar o local. Ainda assim, mesmo que ainda estivesse apenas observando, um suor começava a escorrer de sua testa, por conta do nervosismo de continuar esperando a chance. Não sabia as condições das vítimas, poderiam estar sofrendo, isso acaba por consumir a cabeça do ingênuo Chiharu, que acabava conflitando com seu plano de aguardar uma oportunidade. Estava desistindo do seu plano principal de tentar adentrar a porta da frente esgueirando, quando subitamente escuta um dos homens falando que queria urinar e se afastando do barraco indo um pouco floresta adentro.

Não se conteve, e correu, mesmo ainda tentando apagar sua presença, em direção aonde o homem foi. O sequestrador estava mijando numa arvore qualquer, aproveitando o descuido dele, o Senju acerta um forte soco na nuca e apesar de certa falta de força bruta, por conta do ponto exposto e da abertura, foi o suficiente para nocauteá-lo. Chiharu então observa atentamente as características e vestimentas do homem, segue por utilizar os selos: Cachorro, javali e carneiro, após isso clama o nome da técnica: Henge no Jutsu! E então se transforma na aparência do nocauteado. Ainda estava um pouco nervoso, apesar de finalmente estar apto a agir de alguma forma. Respirou fundo, conseguindo se aliviar suficientemente para tentar interpretar sua nova face.

Considerações:

Jutsus Utilizados:

Saindo cambaleando da mesma direção antes percorrida pelo agora homem nocauteado, Chiharu com aparência trocada, tenta fingir estar machucado e fugindo de um possível ataque.

O que aconteceu? - Perguntava o outro homem que estava guardando a entrada, assustado. O Senju então percebe que não sabia a voz de quem furtou a face, então simplesmente aponta e tenta demonstrar o desespero com seu semblante. – Pessoal, venham para cá, acho que os ninjas de Konoha chegaram. – Gritava bandido, chamando a atenção dos seus companheiros. Cerca de três homens, armados com facas saiam de dentro do galpão de madeira. – Fica aqui cuidando dos reféns, Sengoku, nós vamos pegar esses caras. – Chiharu percebia que essas falas eram direcionadas para ele, ou melhor, para quem ele estava transformado. Os homens então todos correm em direção à área apontada pelo Senju, adentrando a floresta e saindo de sua vista.

O garoto ficou em choque, esperava que seu plano dessa certo, mas não tanto. Queria apenas diminuir o número de inimigos, antes de adentrar o local. Ele então volta sua postura, ainda com um receio de entrar, mas de qualquerjeito segue. Ao adentrar o local, via algumas pessoas amarradas, que acabam se assustando com a presença dele, Chiharu então se lembra de que estava transformado e desfaz a técnica, voltando seu normal e mostrando sua bandana com o símbolo de Konoha, ganha após sua formação.

Agindo rápido antes que o grupo de sequestradores retorne, desamarra todos rapidamente, verifica se podiam andar, colocando uma criança em seu colo que parecia ainda assustada e guia todos para fora. Ainda sem sinal do bando, leva todos de volta para a vila da folha, busca eliminar qualquer rastro de pegada ou trilha, para não permitir que os bandidos os tentem seguir.

O grupo então volta para o galpão, após encontrar o corpo desmaiado de seu companheiro, mas percebem que os reféns tinham todos sumidos. Eles demonstram estar furiosos, sem qualquer noção para onde todos foram.

No entardecer do dia, Chiharu fez seu relatório da missão, que foi o suficiente para posteriormente aquele grupo ser encontrado e agora sem reféns, serem todos capturados. Quando o Senju soube da noticia ficou feliz, e ainda mais feliz de ter optado por salvar as vítimas acima de qualquer outra coisa.

Considerações: