— Desloquei-me com excentricidade. O teleporte advindo de Kumogakure pelas mãos do Yakuza ressurgido fora mais do que o ideal para me aproximar silenciosamente da Vila da Folha, através de suas infindáveis florestas tropicais. Com grama alta e grandes árvores que embebedavam-me com a beleza natural do local, mantinha o ideal firme de que era a hora de demonstrar o verdadeiro poder e propósito da força que me fora concedida pelo ser superior: Jashin. Com os trajes militares brancos e a Hirakemarei em mãos, vaguei durante alguns minutos até encontrar os portões de Konohagakure no Sato, reforçado pelos seus ordinários guardiões. Eu sempre odiei esta vila, e este país. Perdi as contas de quantos destes shinobis já atrapalharam a minha jornada, e de quantos companheiros foram mortos pelas suas mãos. Era o local ideal para iniciar a expansão do Novo Império Jashinista. Pouco tempo passou-se; Me mantive ligeiro entre as sombras, pensativo antes de agir. Até que enfim me revelei para a luz do entardecer. Os raios alaranjados do pôr do sol eram contemplados pela aura maligna que naturalmente vinha a ser liberada de meu corpo. O símbolo da morte e do medo havia alcançado os portões da Folha. Era hora de enterrar esta história de uma vez por todas.

— "Youjomaru Senki?! O que está fazendo aqui?" — Um dos guardas bradou. — "...Maldito! Chamem por reforços, agora!" — Exclamou.

— "Por favor, não há necessidade em gritar. Só fará o seu sofrimento ser ainda mais doloroso." — Ditei, com calmaria.

Na sequência, a lâmina da Hirakemarei rasgara o teu pescoço, separando a cabeça do corpo com um golpe singular. Seu companheiro sacou uma kunai, mas logo o interrompi com um chute giratório que destroçou a sua mão, seguido por um golpe perfurante da lendária lâmina da névoa, atravessando o seu torso e órgãos vitais, o que levaria o homem a óbito dentro de poucos segundos, ainda empalado pela grande espada. Os outros guardas que estavam ao redor corriam, desesperados. Adentravam na vila, gritando, e clamando por ajuda. Assassinei vários civis ao longo do caminho. Mulheres, homens, idosos e crianças.

Eu os matei, um a um, sem hesitar.

A lâmina estava banhada pelo sangue, sua coloração cinzenta tornou-se carmesim com o sangue solidificado daqueles os quais ceifei. Não havia escapatória. Cerrei o punho destro o qual empunhava a espada, enquanto notava a aproximação de mais três homens, estes que pareciam ser ligeiramente mais poderosos que os anteriores. Juntos, eles lançaram uma chuva de esferas flamejantes que voaram sobre a vila. E mesmo que estivessem miradas a mim, pude me esquivar com extrema facilidade daquela técnica de baixo nível, eliminando o primeiro ao saltar sobre uma das casas e em seguida voltar ao chão contra o mesmo, decepando-o com um golpe cadente. Ao mesmo tempo, libertei minhas pernas da influência dos pesos de treinamento. Os outros dois se mantiveram juntos. O primeiro conjurou um dragão de água, e o segundo, um dragão de fogo. As criaturas rodopiaram ao redor de uma da outra, como uma dança elemental, antes de rumarem contra mim em um ataque espiralado, tomando a forma de uma broca gêmea.

Era inútil. Minha velocidade estava muito além de suas capacidades. A técnica havia tocado o meu traje, mas retirei o mesmo e me esquivei, deixando que o nobre terno branco fosse destroçado pelo impacto explosivo dos dragões gêmeos, que criaram uma cratera e destruíram uma casa inteira ao contato com o solo. Aproveitando da poeira erguida pela dupla, não hesitei em saltar contra os mesmos, agarrando o pescoço do primeiro e colidindo sua cabeça contra o de seu companheiro várias vezes, até que perdessem a consciência. Para finalizar, no entanto, mutilei os seus corpos ao rasgar seus rostos diversas vezes com a Hirakemarei, os deixando irreconhecíveis, afogados pelo próprio sangue. O caos havia se instaurado. E eu continuei avançando, até chegar na parte mais populosa daquele centro populacional de Konoha, onde shinobis de alto nível se concentravam junto aos civis.

— "MANTENHAM A POSIÇÃO!" — O aparente líder gritou. — "AQUELE DEMÔNIO NÃO PASSARÁ! MATEM-NO A TODO CUSTO!" — Continuou.

— "Me matar? Quantas vezes eu já ouvi isto, mesmo? Você é só mais uma voz na multidão, capitão." — Dei uma breve pausa, suspirando. — "Venha, eu vou te mostrar o motivo de eu ser chamado de Caçador de Imortais!" — O provoquei, apontando a lâmina para seu pelotão.

Ele pareceu se irritar. Apontou sua mão destra em minha direção, e ordenou o ataque. Diversos ninjas de menor patente saltaram até mim, portando Tantos e Katanas. Sem hesitação, girei ao redor de meu próprio corpo, realizando um golpe anti-aéreo com a Hirakemarei em formato de um arco, que destroçara as espadas que visavam me atingir. Os que acabaram por desviar a sua rota ainda insistam em ataques a curtas distâncias, mas era inútil. Com um único salto, evitava os ataques sincronizados, caindo com ambos os pés sobre as costas de um moribundo, e empalando o que estava imediatamente atrás de mim com a ponta da lâmina lendária, antes de rachar o crânio do que estava abaixo da mesma forma. Ataques surpresas daquele calibre não me faziam sequer suar, então ao menos esperava que o capitão viesse a tomar uma atitude.

— "O Dia do Julgamento chegou." — Ditei, enquanto partia em dois um outro shinobi. — "É inútil resistir. Ainda não perceberam?" — Deixava o corpo cair sobre meus pés.

— "Tsc." — O Capitão pareceu se incomodar, vendo a trilha de corpos deixada por mim. — "Não pense que já acabou, seu demônio!" — Exclamou, antes de ativar o seu Senjutsu.

Os outros shinobis ao seu redor também utilizavam-se de suas próprias habilidades e técnicas singulares, provando que aquele, de fato, era o esquadrão mais poderoso de Konoha. Ativei o Senninka Parcial, deixando um de meus olhos completamente negro, e escamas cinzentas surgindo por cima da pele do lado direito de meu corpo. Além disso, estruturas similares a chifres surgiam do mesmo lado da cabeça, bem como ao longo de toda a extensão do braço, que tinha seus músculos e força consideravelmente aumentados. A coisa iria ficar séria. Eles eram muito mais rápidos. Tinham habilidade, força, técnica, timing.

Eram verdadeiros assassinos. Via em seus olhares afiados.

Portando lâminas longas, eles sincronizavam seus ataques para maior efetivamente. Não tive tempo para contra-atacar na primeira investida, e ao invés disso, saltei para trás para me esquivar, mas fui seguido e atingido por uma voadora certeira, a qual fui capaz de bloquear ao cruzar os braços em X. Fui arremessado a vários metros de distância, mas me mantive de pé, equilibrado, sem sofrer danos. Logo atrás de mim, no entanto, um dos subordinados do capitão surgia, com utilização do Shunshin no Jutsu, e se preparava para desferir o Raikiri contra mim. Por sorte, tive a chance de ouvir as fagulhas elétricas e saltar por cima do mesmo, girando no ar com um ataque giratório que partiu o crânio do ninja ao meio, simultaneamente a execução de sua técnica mortal. Havia sido por pouco. Na sequência, um tentou me atacar pela direita - Mas foi facilmente repelido com um golpe certeiro de meu punho destro, que o jogou contra uma casa, desabando parte da estrutura com o impacto do corpo do homem, que não pareceu sofrer grandes danos.

O que eu não esperava era a atitude repentina do capitão, que viera diretamente contra mim. Desferi um golpe horizontal com a Hirakemarei para impedir sua aproximação, mas o homem fora rápido em seus reflexos, e baixou o seu corpo, derrubando-me com uma rasteira. Na sequência, um outro shinobi surgia dos céus, reforçando sua Tõken com poder elétrico, caindo contra mim na intenção de perfurar o meu coração com tal ataque, que com certeza me mataria. Mas no momento de sua aproximação, encostei o dedo indicador esquerdo, da mão que continha a manopla de Yoton, e canalizei o chakra, desferindo uma explosão de lava tão violenta que reduziu o corpo do homem a uma pilha e carne carbonizada, espalhada por vários metros.

Levantei-me. Restavam ainda mais dois homens.

— "Essa foi por pouco." — Pensei, afiando os olhares. — "Estes caras são mesmo fortes, mas acho que posso matá-los com facilidade neste estado." — Continuei.

O Capitão do pelotão então descartou a sua Token e a substituiu por um par de Tantos ocultas, aplicando o Hien sobre ambas as lâmina e avançando para desferir uma sequência prolongada de golpes a curta distância. Batalhei contra o mesmo ao colidir a minha espada contra as dele, deixando que os sons de aço ecoassem através da vila. Até que, em determinado momento, fui desarmado. A Hirakemarei voou aos céus, mas não havia preocupação. Ele pensou que era o fim, mas antes mesmo que pudesse reagir, retirei a Kokuto que estava oculta por debaixo de minha camisa, e perfurei o seu umbigo, paralisando o corpo em contato com o veneno contido na lâmina negra. Então, pus a lâmina contra a sua garganta.

— "Este é o preço da heresia." — Ditei, antes de separar a cabeça do shinobi do restante de seu corpo. — "Huff...Acabou?" — Me questionei.

Ainda havia mais um. Ele viera pelas costas, mas imediatamente me virei, realizando uma postura defensiva com a Kokuto. A mesma foi arrancada de minhas mãos e jogada para longe. Desta vez, eu realmente estava desarmado, mas mantinha um leve sorriso no rosto. O homem insistia no combate, chegando a desaparecer de minha vista e surgir por diversos ângulos, desferindo golpes singulares. Era rápido, e eu só conseguia me defender. Se tentasse atacar com meus punhos, ele se esquivaria com facilidade. Por tanto, tinha algo em mente. Deixei, propositalmente, que o mesmo viesse até mim. Bloqueando seu golpe, me joguei para trás, pondo a mão esquerda no chão para realizar um mortal e em seguida me pôr de pé. Naquele momento, o contato da luva com o solo espalhou o chakra através da superfície, e no instante que o shinobi ressurgiu, o solo rachou, e detonou em um gêiser de lava que consumiu o seu corpo por completo. Pele, carne e ossos, completamente destruídos. Na sequência, recuperei a Kokuto e a Hirakemarei, seguindo minha jornada através da vila.

Assassinando civis e destruindo seus sonhos.
Ceifando vidas de acordo com os ensinamentos sagrados de Jashin.
Dominando nossos inimigos para a ressurreição de seu império.

Até que alguém decidisse me parar.

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