Nezuko procurava desesperadamente nas suas coisas pelo seu diário, ela tinha acabado de se tornar Tokubetsu e queria escrever sobre esse momento, afinal isso era uma boa memória para se guardar e as páginas de seu diário precisavam disso, ultimamente ela só havia escrito suas tristezas, medos e preocupações.

-Que droga, mas onde ele está? - se jogou de costas na cama, deitando. Sua mente logo começou a pensar para onde ela teria o levado da última vez que o pegou e logo lembrou do dia que o levou para o campo de treinamento, mas não conseguia de jeito nenhum lembrar se o tinha trazido de volta.

O céu já estava escuro e as estrelas brilhavam junto a grande lua, a menina decidiu que deixaria essa procura para o dia seguinte, tinha acabado de voltar de sua missão e estava bem cansada, precisava recuperar suas forças. Do mesmo jeito que estava, caiu no sono.

As horas se passaram e logo os raios de sol invadiram o quarto da recém Tokubetsu Jounin, chegando a tocar seus olhos que logo se abriram, incomodados pela grande iluminação. Naquele momento a menina percebia que tinha pegado no sono e que agora já era manhã do outro dia.

-Preciso encontrar meu diário - falava baixinho enquanto se levantava para começar a se arrumar para ir para o campo de treinamento.

Quase uma hora se passou e a Hyuuga já se encontrava no campo de treinamento. Primeiro vasculhou o local em busca de seu diário, porém não o achou. “É óbvio que ele não vai estar aqui, já se passaram muitos dia… Não acredito que eu perdi ele” pensava enquanto sentava no chão, triste.

- Me lembro de na última batalha não ter conseguido defender muito bem os inocentes, Jashin acabou aparecendo e tudo saiu do controle, metade da população mundial acabou tendo suas almas roubadas por ele e isso faz com que eu me culpe todos os dias - repentinamente uma voz feminina ecoou pelos ouvidos da Tokubetsu e quase que instantaneamente ela pôde reconhecer aquelas palavras que foram escritas em seu diário - Será que se eu tivesse o poder que a Hydra tem a oferecer eu conseguiria ter salvo pelo menos 25% dessas almas que se foram? - a mulher continuava a falar. Nezuko apenas fechou os olhos, sem ter coragem de virar para trás para poder encarar a pessoa que o lia - Tenho que arriscar, preciso dessa força para o futuro. Espero que aqueles que forem contra me entendam… Hail Hydra! - assim que terminou de ler, a mulher apenas riu e o silêncio prevaleceu no local.

Nezuko continuava virada para frente, como ela poderia encarar a pessoa que lia aquilo depois de tudo que vinha acontecendo por culpa da Hydra? Como ela pôde sequer cogitar em apoiar uma organização dessas, não era ela que vivia dizendo que protegeria aqueles que mais ama?

-Não vai falar nada, garota? - a mesma voz voltou a se pronunciar e logo Nezuko pôde perceber uma pessoa sentando ao lado dela - esse é o seu diário, não? - voltou a falar enquanto entregava o objeto a menina

-Você quer que eu fale o que? - quando finalmente olhou para a mulher pôde ver uma figura feminina de cabelos ruivos, porém seu rosto estava tapado por uma máscara.

-Não sei, pelo menos dizer que se arrepende dessas palavras escritas aqui - a mulher olhava para frente enquanto falava.

-Sim, eu me arrependo… E se eu soubesse como, me juntaria a Liberty contra esses vermes - a Hyuga falava com raiva, talvez tivesse mais raiva ainda por um dia ter acreditado nas palavras da Hydra

-Pois bem, se junte a nós - a mulher entregou um pergaminho para a Tokubetsu - espero vê-la lá - ao terminar de falar a mulher se levantou e sumiu de perto da menina que agora se encontrava sozinha enquanto abria o pergaminho para poder ver o que havia dentro.

“Você está sendo convocada para participar de uma investigação, em nome da Liberty, à mansão da Senhora do Fogo, fortes indícios indicam um certo movimento de aliados a Hydra naquela direção.”

Além dessas palavras, o pergaminho continha a hora e o local onde ela se reuniria com o restante dos integrantes do grupo que estariam naquela investigação. “Eu com certeza estarei la”. Falaria antes de guardar o pergaminho e coloca-lo dentro da bolsa de armas. Poucos minutos depois estava saindo do campo de treinamento com o diário em mãos, voltando para a casa.

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