Luna esperou a noite passar e a vila adormecer para que eu pudesse realizar o seu treino. Se arrumou com suas roupas leves como sempre, levar muito peso não ajudaria muito nesse momento, então após estar pronta a garota deixou os seus aposentos, carregando apenas uma lanterna de papel. A noite era fria devido aos ventos que sopravam em Iwa, e os uivos dos ventos e o balançar de guizos e chocalhos eram as únicas coisa que Luna podia ouvir enquanto caminhava subindo ao teto dos seus aposentos. Obviamente as ruas estavam totalmente vazias. O objetivo era obter máxima concentração e evitar distrações, por isso o treino seria realizado aquele horário. Colocou a lanterna sobre o teto e se sentou a cerca de 2 metros de distância da mesma.

Sentada ali, fechou seus olhos e tentou se concentrar no seu subconsciente. Havia agora, além do barulho do vento, sons dos animais noturnos que a cada segundo pareciam preencher ainda mais a sua cabeça ficando mais altos. A garota permaneceu ali, tentando encontrar seu subconsciente em meio aos sons externos durante alguns minutos, poderia durar o tempo que fosse, ela não desistiria. Ela havia lido sobre isso em diversos livros, que devemos entender a nossa própria mente antes de entrar na mente das outras pessoas.

Após algum tempo em meditação, os sons da noite pareciam ficar mais e mais abafados até que desapareceram de vez. Sentia seu corpo tão leve que a mesma parecia que ia flutuar imerso em uma completa escuridão. Flutuou por alguns segundos sem que pudesse enxergar nada até que em sua frente surgiu uma grande porta vermelha, grande demais para um ser humano normal. Começou a se aproximar da porta tentando alcança-la com uma das mãos e esta parecia se distanciar mais e mais, e conforme ia ficava cada vez mais frustada, maior a porta se tornava. Após alguns minutos, Luna parou de tentar alcança-la e passou a refletir sobre o significado daquela porta, até que ela pode entender que não era a porta que estava ficando maior, mas ela que estava ficando menor conforme sentia diminuindo pela frustração. Toda essa ilusão da porta trazia a tona seus problemas de ego e que, para supera-lo ela deveria entender seu lugar e que para ter mais ela deveria entender que ela era menos. Sabendo dos seus limites, tentou novamente se aproximar da porta e conforme tentava, menor a porta se parecia, até o ponto em que ela chegou ao tamanho de uma porta comum quebrando aquela ilusão. Luna colocou sua  mão na maçaneta da porta, que estava quente, então ela a girou e a porta se abriu, deixando uma imensa fonte de luz entrar naquele espaço ocupado antes apenas pela escuridão.

A Chinoike se despertou de sua meditação e percebeu que já se haviam passado várias horas, levantou-se e caminhou até a lanterna de papel que havia deixado em sua frente, cujo a vela já havia esgotado. esticou os seus dois braços em direção ao céu alongando-os.
*Quão complexa é a nossa mente...* Pensava, antes de recolher a lanterna e tomar rumo de volta aos seus aposentos para dormir.

HP: 275/275· CH: 275/275· ST: 00/04

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