Chozen Senju

Em meio a névoa, a Sombra da Água liderava um grupo de trabalhadores rumo ao local escolhido para a construção do grandioso coliseu Maracanã. Seus olhos expressavam determinação, e suas vestes movimentavam-se suavemente durante o caminhar, ainda que de maneira quase imperceptível, até por circunstâncias da névoa que se alojava pelas ruas. O homem tinha uma postura imponente, confiante, deixando a entender que estava convicto daquela construção que pensara para o futuro de Kirigakure.
 
O terreno estava sendo preparado meticulosamente para abrigar o imponente monumento. A equipe de trabalhadores, formada por ninjas e cidadãos da Névoa, seguiam os comandos do Mizukage com respeito e prontidão. Ferramentas ressoavam, madeira era cortada e pedras eram posicionadas com destreza, todos comprometidos em transformar a visão do Godaime em uma realidade palpável.
 
O Senju estava profundamente envolvido no processo, não apenas como líder, mas como um participante ativo. Entendia que não deveria deixar todo o trabalho aos seus companheiros de vila. Ele carregava pedras com seus próprios braços, dirigia conversas elaboradas com os trabalhadores e demonstrava empenho para a construção se levantar. Tentaria inspirá-los para que dessem o seu melhor na construção. A construção de um coliseu em sua vila fora justamente para que pudesse salientar a imponência de Kirigakure em combate e inspirar ninjas em um futuro, independente se fossem ninjas de sua vila ou não, mas das novas gerações. Lidou com vários em meio ao enfrentamento de uma Deusa, então entendia que o futuro dependia bastante da nova geração também.

Chozen Senju

O coliseu vinha não somente para uma fonte de treinamento, mas de reconhecimento. Enquanto todos trabalhavam, o albino almejara pensar em maneiras de ilustrar grandes potências que já passaram por Kirigakure e que ainda estavam lá, como uma forma de homenagear as antigas Sombras da vila, a fim de inspirar as novas gerações, para que tentassem colocar seu nome naquele coliseu, tal como essas antigas sombras – e a si próprio – fariam. 

Após um longo período de grandioso trabalho, onde todos agiam como unidade, inspirados pelo seu Kage, a estrutura começava a tomar forma. As paredes do Coliseu se erguiam, tomando as proporções de um local majestoso. O trabalho árduo dos trabalhadores estava trazendo vida à visão do Mizukage, e a energia pulsante no canteiro de obras era palpável. O Maracanã, como fora intitulado por ele, antes mesmo da finalização deste, teria paredes bastante altas e um teto aberto, como uma redoma, e a abertura fora deixada proposital. Kirigakure era a casa daqueles ninjas, então se houvessem embates contra outras vilas, eles teriam de lidar com a névoa dentro do ambiente, propositalmente deixada e pensada, visando gerar conforto aos ninjas daquele ambiente.

Era nítido a quem passasse que a construção começava a tomar mais forma, e tratava de tomar todo o cuidado para que ela ficasse como desejasse. Além de levantá-lo, dentro, em meio ao solo, tentaria, com ajuda dos trabalhadores, elaborar um desenho de uma espiral, o símbolo central de sua vila, deixando realmente identificado como uma construção de Kirigakure.

Chozen Senju

À medida que o dia se aproximava do fim, o Godaime subia até um ponto elevado para observar o progresso. Seu coração inflava de orgulho e gratidão ao ver a dedicação de sua vila por realizar algo que enriqueceria a cultura e a história da Névoa. Ele sabia que o Coliseu não seria apenas uma estrutura física, mas um símbolo de unidade e aspirações compartilhadas. Era um local para reunir o passado, o presente e o futuro da Névoa.
 
Por dentro das paredes do Maracanã, nos corredores, ilustrações gravadas nas paredes estavam sendo esculpidas, principalmente referentes aos nomes de grandes ninjas que já passaram por Kirigakure e que eram de conhecimento mundial, como: Jyu, Noboru e Yohma, além do próprio Chozen, atual Mizukage da vila. Próximo dos nomes, algumas frases eram visíveis, frases essas que serviriam como incentivo aos ninjas mais novos que pudessem passar por ali, mas também ressaltando a filosofia da vila, onde deveriam colocar a vila acima de qualquer coisa e preço.
 
O coliseu possuí diversos corredores, além da arena ao centro do domo. Além de corredores que marcam a história de Kirigakure, o coliseu é composto por algumas salas designadas para quem quer assistir, além de arquibancadas, sala para os kages e cargos mais altos, assim como seus assistentes e/ou guardas. As salas específicas para os líderes são no último andar do coliseu, tendo total vista do ambiente e teriam trabalhadores da vila que serviriam ali. Nos demais andares das paredes do coliseu, haveriam escadarias com acessos por todos, e ninjas de nível Jonin fariam a guarnição do local, a fim de que não haja bandidos pelas redondezas e dentro do coliseu, para que não o usem como abrigo.
 
Dentre as entradas do coliseu, há também um local designado para o descanso daqueles que forem treinar ou batalhar entre si. Também é disponibilizado água para que se hidratem. Todo feito em homenagem a Kirigakure, o Maracanã, como fora intitulado, poderia ser bem visível a todos dentro da vila, assim como toda sua segurança. Com ele construído, se com sucesso, retornaria para o seu gabinete – estava na hora de lidar diretamente com um problema interno.