O dia estava calmo e propício para um descanso logo após uma missão cansativa, Taiga anda até as montanhas, pois fora lá que criou o hábito que admirar o céu e observar a flora local, foi bem no topo, onde deitou de bruços e começou a brincar com a grama e como sempre, avistou um dandelion e não pode perder a oportunidade de fazer um pedido que “tudo dê certo”, pensou e encheu o peito de ar e enfim soprou os as nuvens, observou as pétalas dançarem e foi então que adormeceu.

Não demorou muito para que de repente seu pedido se tornasse contrário, o curso tremeu de maneira que nunca havia ocorrido antes, Taiga se assusta com o tremor e levanta rapidamente, como se estivesse se preparando para um próximo.

— Socorro! — Uma voz ao longe gritou.

Taiga não pensou duas vezes e foi atrás da voz. Percebeu que o local tinha marcas de caminhos gastos e quando olhou percebeu uma caverna.

— Socorro! — a voz vinha de dentro da caverna.

Procurando por algo inflamável para ajudá-la a enxergar encontrou uma pequena lamparina, que por sorte havia um sinal fraco de fogo, pegou e entrou.

Ao entrar Taiga se depara com os trabalhadores da mina, um estava inconsciente e o outro estava preso pois algumas madeiras caíram sobre ele, não podia ajudar o colega que havia se ferido.

— Mas o que aconteceu aqui? — Taiga colocou a lamparina no chão e foi pegar o trabalhador desmaiado, sofreu uma contusão na cabeça, provavelmente uma pedra caiu nele e o desacordou, a menina rasgou um pedaço da roupa do trabalhador e lia o nome na etiqueta

— Zi-on — leu silabando o nome, pois havia pouca claridade — Zion Acordei por favor...

Pedia a ele enquanto enfaixava sua cabeça com o retalho, o mesmo soltava um grunhido e ali ela acalmou-se.

— Por favor, aguarde aqui. — Taiga disse para o outro trabalhador enquanto colocava Zion nas costas para o levar para fora, teve dificuldades, pois não estava acostumada a carregar peso e o local estava repleto de pedregulhos.

Ao sair, encostou Zion em um tronco de árvore que havia próximo e retornou para ajudar o outro trabalhador.

— E como você se chama? — perguntou enquanto observava e pensava como iria ajudar.

— Me chamo Otto, sou trabalhador aqui nas minas.

— Isso eu percebi, mas o que aconteceu? — continuava os questionamentos enquanto tirava a primeira peça de madeira de cima de Otto.

— Acontece que Zion colocou mais dinamites do que deveria, ao explodires houve um tremor horrível, aqui escureceu, foi poeira para todos os lados e as vigas que usei para suporte caíram sobre mim e Zion desmaiou. — contava sobre o ocorrido com dificuldade, pois Otto havia respirado muita poeira.

— O senhor está bem? Sente suas pernas. — perguntou Taiga ao tirar a última bota e apertou as pernas de Otto.

— Estão doloridas, mas sinto sim.

— Por favor, se apoie em mim irei te guiar para fora. — foi então que Taiga passou o braço esquerdo de Otto sobre si e o auxiliou até a saída, onde encontrou Zion acordado olhando com cara de dúvidas.

— Que bom que acordou — Taiga soltou um sorriso emocionado para o homem.

Ao colocar Otto próximo de Zion para descansar, ouve novamente um tremor. Assim, a entrada da minha foi fechada pelas pedras, por sorte Taiga conseguiu retirar ambos a tempo.

Com esforço e cuidado, Taiga os levou de volta para a vila afim de cuidados médicos, e no dia seguinte foi visitá-los, levando uma sopa de Cúrcuma.

No final, o pedido do dandelion não foi em vão.