[ CENA ] O Poderoso Portão — Revescream

Cena
O Poderoso Portão
00/06
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A tarde de Sunagakure estava tranquila, talvez até demais. A vila, que seguia pouco a pouco se reestruturando, aceitava quaisquer tipos de missões no momento, afinal de contas, recusar dinheiro não era uma escolha muito inteligente. Um casal, que morava noroeste do País do Vento, chegavam até a Aldeia da Areia agitados, precisavam falar urgentemente com alguém. Um dos guardas do portão os levaram até o gabinete do Kazekage, onde conversaram com uma encarregada que ficou a par da situação e imediatamente chamou uma equipe. A equipe formalizou um pedido de duas missões ao mesmo tempo. O casal veio até a grande vila para pedir que alguém recuperasse o filho deles, que foi sequestrado por um nukenin. Formalmente as missões eram: resgatar o garoto e prender o renegado. Ravena Romanoff foi escolhida para esta missão. Um mensageiro foi enviado para contar toda a situação e instruí-la para comparecer ao portão imediatamente, a genin deveria voltar com o casal o mais rápido possível.

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366Palavras

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Falas | Pensamentos

Protegendo-se do clima escaldante, como é o Verão de Sunagakure no Sato, a jovem Romanoff estava dentro de sua casa lendo as notícias do jornal internacional. Ainda que não houvesse nenhum assunto que fosse de seu interesse pessoal naquela edição, ela sabia que era necessário estar sempre informada dos acontecimentos mais relevantes em todo globo, não podendo ficar desatualizada de nenhuma novidade que pudesse influenciar o Mundo Ninja e o meio técnico-científico-informacional. No entanto, durante sua leitura, o soar das batidas em sua porta faziam-na se levantar de seu assento e caminhar em direção a entrada, atendendo um mensageiro que rapidamente lhe instruía as duas missões nas quais ficaria de sua responsabilidade cumpri-las naquela tarde.

Passando-se algum tempo, necessário para organizar suas ferramentas e vestimentas ninjas, a Kunoichi partia rumo aos portões que delimitavam a entrada e saída do vilarejo. Desejava que não tivesse provocado nenhum atraso de sua parte, visto que o casal já deveria está a sua espera desde que a missão lhe foi encarregada. Quando chegasse ao local a morena se dirigiria rapidamente aos guardas do portão e lhe mostraria a documentação que permitiria sua saída, prosseguindo para o casal escoltado instantes depois.

– Boa tarde... Sou eu a responsável... Pela missão de vocês. – Falava pausadamente, mantendo a serenidade tanto em seu rosto quanto no tom de voz. – ... Favor, me chamem de Romanoff. – Apresentava-se, respirando profundamente após seu término, sentindo uma leve pontada de conquista por conseguir fazer sua introdução sem gaguejar uma palavra. Ela sempre esteve tensa em relação a primeira impressão que causaria nas pessoas que cuidaria durante as missões, sabendo que mostrar insegurança diante delas poderia ser um gravíssimo erro para todo seu desempenho, então preferia agir de forma mais cautelosa (mesmo que estranha) nas palavras do que demonstrar quaisquer traços de seus defeitos sociais.

Por fim, com as apresentações e explicações feitas, a iniciante Genin partiria junto ao casal em sua viagem de retorno para a terra natal desse último, rumo ao Noroeste do deserto que cobria todo o País do Vento, seguindo na retaguarda da dupla e mantendo sua atenção nos arredores que os cercavam, sempre priorizando a segurança deles antes da sua própria.

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O Poderoso Portão
01/06
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A missão se iniciava. Romanoff e o casal seguiam para o noroeste do País do Vento, aonde viviam e também fora onde o filho deles foi sequestrado pelo nukenin. O deserto daquele país era cruel, porém todos ali já estavam adaptados ao clima, por isso a viagem parecia comum e tranquila, mesmo diante dessas adversidades. Na metade do caminho, já no final da tarde, quase noite, o trio fora surpreendido por um outro trio, dessa vez de ladrões, saindo da areia de repente. A vinte metros do casal e de Romanoff, os criminosos preparavam um ataque, alinhados horizontalmente, lançavam um jutsu do elemento vento em conjunto. As três técnicas juntas vinham na direção do casal e, em contato com a areia, partículas da mesma se juntavam, aumentando a dificuldade de se defender.

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490Palavras

O Poderoso Portão

Falas | Pensamentos

Do início a metade do caminho, a viagem para as terras do vento ao Noroeste parecia uma missão tranquila. A Romanoff decidiu permanecer em silêncio durante a maior parte do tempo, observando que o casal possivelmente também preferia a quietude ou simplesmente manter a conversa entre si. Independente das circunstâncias verdadeiras, fato era que a Kunoichi estava mais confortável sem precisar interagir com eles. A calmaria perdurou até o final da tarde, momento em que um trio de ladrões surgia a frente no caminho, quase como uma emboscada previamente orquestrada.

— Afastem-se, para trás. — Rapidamente, a Kunoichi dava a voz de comando enquanto saltava para a frente da dupla que escoltava. Suas mãos alcançavam a bolsa de ferramentas em suas costas e pegavam cerca de oito Shurikens – segurando cada uma entre os dedos – imbuindo todas com sua afinidade natural (Chakra Nagashi: Fūton), aumentando drasticamente seu alcance e poder de corte. Por mais que tivesse insegurança de muitas coisas, defender sua missão não era uma delas e seu arsenal limitado também ajudava a fazer uma escolha rápida de ações. Vendo que o grupo inimigo estava prestes a lançar um ataque combinado, Ravena endurecia suas feições, criaria linhas de chakra (Chakura no Ito) que se conectariam a cada shuriken antes de arremessar todas elas na direção do trio adversário, uma dupla de lâminas de vento para um dos ladrões com as duas restantes entre elas.

Uma colisão de ataques seria inevitável, no entanto, os vendavais mais cortantes decidiriam qual dos lados seria reduzidos a fatias de carne e sangue, tendo em vista que ambas as técnicas pareciam ser da liberação de vento, porém com a diferença da primeira ser uma grande e ampla rajada enquanto a segunda era composta de múltiplos projéteis tão cortantes que dissipavam o atrito do ar em sua volta enquanto voavam ao seu destino. Devido a quantidade de areia poluindo a visão do cenário, principalmente quando levantada para cima com a ventania, a Titereira esperava que suas finíssimas linhas de chakra estivessem bem ocultadas a fim de passarem desapercebidas no ataque, visto que as próximas artimanhas teriam sucesso dependendo apenas do elemento surpresa ao seu favor.

Seguindo a hipotética situação onde seu contra-ataque tivera sucesso na defesa, superando a ofensiva inimiga, porém falhasse quanto a acertar os alvos pretendidos – seja pela esquiva inimiga ou uma defesa improvisada – a usuária de kugutsu manusearia suas linhas de chakra para fazer com que cada par de Shurikens se chocassem uma contra a outra em determinado ângulo, mudando a trajetória de todas em pleno ar, sendo que uma continuaria seguir na direção de cada ladrão junto ao impulso do fio de chakra e outra seria resgatada de volta para as mãos da Kunoichi com destreza através da sua própria linha. Totalizando, ao menos, metade de sua munição ainda no percurso de ataque e outra metade novamente pronta a ser lançada mais uma vez quando surgisse a oportunidade.

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O Poderoso Portão
02/06
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Três contra uma, mas aquela breve luta parecia que a vantagem estava com a kunoichi que estava protegendo o casal. O tufão vinha na direção deles, porém a ninja sacava suas armas ninjas e com sua afinidade elemental conseguia se defender e ainda contra-atacar aqueles inimigos. As – ainda mais cortantes – shurikens surpreendiam os homens que perdiam membros com uma facilidade incrível, exceto por um, que, podemos dizer destino, conseguia mover seu corpo inconscientemente e evitou um golpe fatal, restando um corte médio em seu braço. Ele aproveitou a fumaça de areia para correr. — Merda, tenho que alertar o chefe! — exclamou. Quando a fumaça se dissipasse, a genin poderia vê-lo correndo de longe.

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680Palavras

O Poderoso Portão

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O combate terminava mais rápido do que começava, sendo necessário apenas um contra-ataque bem sucedido para que o trio de invasores fosse completamente subjugado. No entanto, enquanto a primeira dupla de ladrões tinha suas vidas ceifadas pelas lâminas imbuídas com vento, o terceiro e último dos atacantes escapava vivo ao ter somente um corte mediano como sequela, Ravena percebia esses fatos quando escutava o remanescente gritar em retirada e escapulir uma informação reveladora dessa situação.

"Entendo, não foi apenas uma oportunidade ao acaso." Pensava em reflexão, ao mesmo tempo em que resgatava todas as shurikens de volta para suas mãos através dos fios previamente colocados e as guardava em sua bolsa. "A dedução mais plausível... O chefe é meu alvo principal." Relembrava-se da segunda missão que tinha a fazer, "prender o renegado que sequestrou o filho do casal", sua linha de pensamento era um tanto óbvia demais, mas também era a única possibilidade coerente que lhe passava naquela situação. Quando a cortina de areia finalmente abaixava Ravena podia visualizar o quão longe o seu fugitivo já estava dali, entretanto, ainda não seria o suficiente para convencer a Romanoff de não tentar impedi-lo. "Não deixarei isso tão fácil!"

Utilizando de sua velocidade máxima com os braços, a perita em Shurikenjutsu retirava de sua bolsa dois pares de Kunais em apenas uma mão e refazia o mesmo processo que tinha realizado primeiro com as Shurikens; imbuindo as armas com sua afinidade elemental (Chakra Nagashi: Fūton), aumentando seu poder de corte e alcance, e conectando-as em linhas de chakra (Chakura no Ito) novamente criadas para seu manuseio eficiente. No instante seguinte, as lançava em direção ao fugitivo com impulso de suas cordas e manipulando seus projéteis através das mesmas para que seguissem numa trajetória incomum – como se voassem e manobrassem conscientemente pelo ar – com o objetivo específico de perfurar/esfaquear cada membro superior e inferior do ladrão com uma respectiva lâmina de vento. A intenção desse movimento era debilita-lo o suficiente para inibir sua fuga e resistência a tomada de corpo que as linhas de chakra fariam ao se conectarem em seus membros através das perfurações.

Caso fracasse nesse movimento, resultando no sucesso da fuga do meliante, a Romanoff pegaria suas armas de volta com as linhas e as guardaria em suas bolsas, suspirando enquanto observaria atentamente a direção onde o foragido escapava. Seguiria analisando os arredores, tomando cuidados ao buscar por alguma armadilha talvez deixada para trás, e quando percebesse uma rota segura a titereira retornaria em direção ao casal que mantinha escolta. — Prosseguimos daqui... Tomaremos mais cuidado... Certamente. — Diria num esforço de tentar acalmar possíveis reações nervosas do casal, visto que tinham acabado de presenciar uma batalha com risco verdadeiro de morte muito próximos, torcendo para que essas curtas e diretas palavras fossem suficiente para todos continuarem em frente, ainda mais que Ravena não tinha nenhuma real ideia de como acalma-los numa situação desesperadora. Permaneceria em silêncio após isso, aguardando que todos estivessem prontos para voltarem ao caminho do Noroeste ou então descansassem por aquela noite.

Entretanto, na hipotética realidade onde conseguisse alcançar e imobilizar o fugitivo com suas linhas, Ravena sacaria uma quinta Kunai de sua bolsa com a mão livre e a colocaria rente ao pescoço do aprisionado. — Sejamos breves... Conte-me tudo sobre esse tal chefe... E as intenções dessa emboscada. — Forçava sua voz inquieta, percebendo que era mais difícil manter a timidez sob controle a um desconhecido inimigo, mesmo que tal homem já estivesse totalmente em sua mãos. — Do contrário... Você não terá um destino diferente do seus colegas... Dou minha palavra de deixa-lo vivo... Embora preso, se colaborar. — Recitaria pausadamente, no entanto, pressionando a lâmina fria contra o a pele e garganta do marginal, estando preparada para finalizar o movimento de corte o mais fácil possível. Independente da escolha do homem, colaborando ou negando, a Romanoff seguiria de acordo com sua palavra, mantendo-o vivo e preso ou matando-o, e faria as ações com o casal planejadas anteriormente, com o único possível diferencial de agora terem um literal peso-morto a carregar.

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O Poderoso Portão
03/06
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Apesar de o braço estar ferido, aquele último inimigo ainda sabia algumas manobras de esquiva, conseguindo desviar até com que uma certa facilidade das kunais de Ravena. O casal e a ninja, então, seguiam o nukenin por onde ele ia.

Cerca de duas horas perseguindo ele, o grupo o via adentrando rapidamente numa espécie de galpão, com um gigante portão de entrada. Aquela grande porta era o que separava a kunoichi de seu alvo final, e quem sabe do filho do casal que fora sequestrado. Porém, para destruir aquele obstáculo, ela deveria ter força, muita força.

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601Palavras

O Poderoso Portão

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Embora a decisão de perseguir o foragido não fosse um problema, inicialmente, Ravena discordava em ter que levar o casal de civis para o mesmo caminho. Não somente colocariam suas vidas em risco como também atrapalhariam a Kunoichi que teria de manter sua atenção tanto no combate quanto na segurança deles mesmos. No entanto, eles pareciam insistir em continuar aquela trilha e não encontrando coragem suficiente para argumentar a Romanoff cedia ao pedido, seguindo algumas condições de precaução no decorrer do caminho.

Após duas horas de perseguição constante o grupo conseguia visualizar o fugitivo adentrando ao que parecia um alçapão, uma possível entrada para a base dos Nukenins envolvidos com o sequestro da criança. Um poderoso portão era seu único obstáculo, mas também se mostrava uma tarefa árdua para se quer destruí-lo com os recursos que tinha atualmente. "Nesses momentos eu lembro que devo comprar uma cartela de Kibaku Fūdas..." Uma breve lamentação escapava em forma de suspiro, antes da Kunoichi se virar em direção ao casal que escoltava. — Encontrem... Um local mais distante... e seguro... Ficar conosco daqui em diante... Está muito longe de ser uma boa escolha. — Advertia, com seu olhar sereno penetrando a dupla de civis, observando se os mesmos iriam fazer a escolha certa ou seguir com um erro, mas, independente da escolha que fizessem, Ravena tinha um evento a priorizar naquele momento: a destruição do portão.

Sacando mais outra vez duas kunais de sua bolsa, imbuindo ambas com sua afinidade elemental (Chakra Nagashi: Fūton), a perita em Shurinkenjutsu girava suas lâminas com rápida destreza manual, com a inteção de que as duas armas ganhassem mais velocidade de impacto e pressão quando seus ataques fossem executados. Por mais que seus conhecimentos científicos, especificamente a Física, tivesse seu auxílio naquela tarefa, a Romanoff sabia que a base da resolução desse problema seria medida com a sua própria Força bruta; atributo esse que, infelizmente, ainda era uma deficiência da Kunoichi da Areia Oculta.

Contudo, não encontrando outra alternativa viável nesse curto espaço de tempo que detinha, Ravena persistiria com o básico e começaria a golpear o portão, utilizando o máximo de sua Força e Velocidade combinadas a suas armas laminadas pela agudeza da liberação de vento. Os ataques seriam constantes, primeiramente, direcionados num ângulo diagonal da direita para a esquerda e vice-versa de ambos os lados, vez ou outra precisando girar seu próprio eixo para manter seu fluxo de ataques e propulsar suas investidas com ainda mais intensidade. Suas mãos desacostumadas começavam a sentir os pesares de suas ações em poucos minutos, sofrendo bastante pela intensidade com a qual a Genin segurava suas armas e as batia contra o portão, além dos músculos dos braços também se desgastarem fácil e rapidamente pela sequência consecutiva de ataques corpo-a-corpo.

Assim, a Romonaff decidia por fazer curtos intervalos de repouso, entre seus ataques e até algumas paradas de descanso, buscando alcançar uma melhora progressiva verdadeira, apesar de que a necessidade gritava para ser mais rápida devido a situação em que se encontrava. Minutos depois, alternava dos golpes diagonais para um estilo mais livre e espontâneo de sua força, realizando cortes de impacto verticais, horizontais e mesmo cruzados simultâneos durante suas novas sequências. O suor quente escorrendo pelo corpo alvo, mais perceptível em seus braços, causando um arrepio gélido devido a brisa congelante que vinha com a noite do deserto. A mentalidade centrada de Romanoff ainda estaria focada nos golpes que acertaria no portão, entretanto, sem distrair-se de um possível ataque surpresa vindo das sombras, esquivando-se paras as laterais caso necessário, sentindo seu sangue esquentar conforme imaginava estar progredindo naquele "treinamento".

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O Poderoso Portão
04/06
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Os socos em conjunto com sua afinidade elemental e armas ninjas pareciam fazer efeito naquele grande portão pouco a pouco. Cortes surgiam no espesso material devido à peculiaridade do elemento vento e suas kunais. Aquele treinamento trazia à Ravena uma evolução física, ficando mais forte.

Depois de mais alguns golpes, o portão ficava menos rígido e assim poderia ser facilmente destruído com algum jutsu ou algo parecido.

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Enquanto Ravena sentia aprimorar sua força física naquele exercício inesperado, a Romanoff também podia visualizar seu obstáculo se deteriorando cada vez mais conforme os ataques investidos continuavam. Era uma atividade lenta e exaustiva, principalmente a um corpo que não tinha costume para isso, todavia, sempre deveria começar de algum ponto e Ravena já começava a perceber que deveria olhar com mais atenção para seu treinamento de combate corpo-a-corpo.

Relembrando desse último, talvez pudesse utilizar desse momento também como oportunidade de treino para sua técnica ninja. Analisava o grandioso portão e via que o mesmo já estava muito enfraquecido pelos golpes anteriores, uma técnica ou semelhante já seria o bastante para derruba-lo, no entanto, uma ideia ressoava melhor no pensamento da Kunoichi. "As instruções de treinamento para Taijutsu... Nunca imaginei que colocaria em prática numa situação dessas, mãe." Colocava-se em posição, novamente, estreitando seu olhar para o portão enquanto empunhava suas kunais em cada mão, ainda imbuídas com sua afinidade elemental.

Sem mais tempo a perder, Ravena voltava a golpear o portão com suas armas, no entanto, desta vez era visível um esforço maior para que seus ataques saíssem com mais destreza e precisão quanto a movimentação de seu corpo. Inicialmente, seus golpes estavam mais lentos para conseguirem acompanhar o novo ritmo de aprendizado, contudo, a medida que sentia mais segurança no que estava fazendo mais rápido os ataques iam acelerando. Sua concentração estava principalmente na forma em que estava causando impacto no sólido e em sua própria respiração na tentativa de mantê-la regular e constante, embora fosse ainda mais difícil quando lembrava que tinha acabado de realizar um treinamento de Força em poucos instantes, causando fadiga ao seus músculos e cansaço do vigor. O suor continuava a escorrer pelo corpo da Romanoff, mesmo na gélida noite do deserto. Entretanto, o treinamento continuaria dessa forma, no mesmo ritmo do anterior, praticando seu controle corporal até satisfazer dos resultados... Ou então quando o portão finalmente cedesse aos impactos.

Terminando com sua prática, voltaria seu olhar de relance para trás averiguando a segurança do casal distante dali, e quando acabasse com o bloqueio que impedia seu avanço a Romanoff prosseguiria de maneira cautelosa, focando sua atenção para os arredores do novo caminho, mantendo sua guarda alta com as duas Kunais ainda empunhadas. Sinalizaria para que o casal permanecesse oculto e distante como estava, não querendo arriscar coloca-los sob mais perigo do que já estavam ali próximos, embora também não fizesse ideia de apaziguar uma mãe desesperada pelo sequestro de seu filho.

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05/06
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Os golpes de Ravena traziam o efeito esperado, o portão finalmente caía, gerando um grande estrondo que todo aquele pequeno vilarejo poderia escutar. Sem perder tempo, a ninja de Suna seguia para dentro do esconderijo, porém não demoraria menos de dez minutos para encontrar seu alvo. Ele estava esperando pela Romanoff, no meio do pátio. O machucado inimigo de outrora estava numa situação deplorável no canto do local, tendo seus últimos minutos de vida, os cortes não estancados fizeram perecer. O filho do casal estava no outro canto, amarrado. — Finalmente! Venha! — chamou Ravena para a luta final. Naquele momento, o homem avançou contra a garota e tentaria desferir golpes na garota, com chutes, socos, o seu taijutsu tinha um nível acima dos demais.

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Por um lado, a Kunoichi da Areia finalmente conseguia ultrapassar aquele obstáculo depois de tantas investidas contra o mesmo, alcançando poucos minutos depois um salão principal, onde encontrava não somente o foragido basicamente neutralizado para todo o sempre como também seus dois objetivos de ambas as missões que detinha; por outro lado, uma batalha final estava prestes a ser travada e apenas a noção da palavra "batalha" fazia todo o corpo da jovem estremecer de cansaço, visto que a mesma não tivera um verdadeiro descanso em nenhum momento durante sua missão, restando-lhe a sentir os pesares do seu corpo quase a beira do colapso.

"Não posso duvidar agora... Tenho que atacar com o melhor que eu posso." Uma simples linha de raciocínio, por mais que fosse uma tentativa fútil de não deixar sua ansiedade e insegurança dominarem esse momento, ainda seria o necessário para que a Romanoff estivesse de prontidão para o avanço seguinte. No mesmo instante em que o Nukenin investia para cima a Kunoichi saltava para trás com toda sua velocidade, buscando criar mais distância enquanto trocava suas kunais por uma Hikaridama e arremessava-a para frente, levando a outra mão livre para proteger seus olhos da explosão de luz.

Enquanto isso, com a mão novamente livre após jogar a bomba, Ravena pegava seus Makibishi e jogava para sua frente e laterais, minando o chão em suas proximidades para evitar que o Nukenin chegasse mais perto. Eram 10 para sua frente e outros 5 para cada lateral. Depois que o clarão sumisse, Ravena pegaria outra vez suas Shurikens e as imbuiria com sua afinidade elemental (Chakra Nagashi: Fūton) antes de as conectarem com seus fios de chakra (Chakura no Ito), lançando todas elas em seguida na direção do Nukenin com destreza e rapidez, cobrindo uma grande área pela quantidade de prójeteis. No caso do mesmo tentar esquivar dos arremessos, a Romanoff utilizaria de seu manuseio com Shurikenjutsu para fazer as linhas conectadas agirem como propulsores guiados, consequentemente desviando a trajetória dos lançamentos da maneira que fosse necessária para conseguir atingir o último inimigo.

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A batalha final se iniciava. O nukenin avançou contra Ravena, porém a mesma conseguia se distanciar com um pulo e rapidamente jogou uma bomba de luz em direção a ele. Surpreendido, pouco conseguiu fazer para evitar que a luminosidade o afetasse. Cego e atordoado, tentava se movimentar, por não enxergar aonde estava pisando, acabou por machucar seu pé nas armadilhas da kunoichi. O homem recobrava a visão e com sua movimentação debilitada, fez um esforço enorme para tentar defender-se das armas ninjas imbuídas com chakra Futon da Romanoff. Com sua kunai, defendia uma com dificuldade, mas as subsequentes acertavam-no em cheio, perfurando seu corpo com facilidade. As dores o fizeram ficar de joelhos enquanto cuspia sangue. — Maldita, não posso perder aqui! — exclamou e tentou avançar contra a kunoichi com seus últimos esforços, porém parou no meio do caminho, já sem vida, e caiu. Restava à ninja de Suna recuperar o garoto e informar a missão para seus superiores.

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"... Missão cumprida?" Um questionamento simples, no entanto, que por um instante fazia a Kunoichi repensar em suas ações e considerar que tinha acabado de falhar em toda sua missão. "A ordem era prender o Nukenin... Rendê-lo e leva-lo sob custódia para a vila seria o procedimento mais adequado... Mas, ao invés disso, acabei sendo levada pela emoção e tomei um curso de ação que fugiu da missão original..." Os pensamentos de reprovação assombravam a mente da Kunoichi, sentindo a insegurança paralisa-la enquanto seu corpo repousava sentado sobre o chão. Tanto seu físico quanto sua mente necessitavam de um descanso para conseguir proceder a situação, visto que sua percepção desse pequeno detalhe fazia surgir um dilema do qual a Romanoff não sabia como reagir, fazendo a mesma temer pelo resultado que dariam em seu desempenho quando relentasse seu desempenho geral.

Antes que se visse presa durante mais tempo naquele conflito interno, um barulho estrangulado chamaria a atenção da Kunoichi insegura. Vendo a origem do som, o refém sequestrado, Ravena saia de seu transe e rapidamente se colocava próxima do garoto para começar a desamarra-lo de sua prisão. "Ao menos uma missão tenho certeza que cumpri perfeitamente... Não posso deixar espaço para dúvidas." Ainda pensaria no seu "erro" contra o Nukenin, terminando enfim de soltar o menino nesse meio tempo. — Certo, vamos retornar para a vila, minha missão ainda exige que eu o devolva para seus pais. — Falava com indiferença, estando tão distraída com sua "falha" na primeira missão que até esquecia sua timidez ao falar com o garoto, esperando que o mesmo cooperasse antes de seguir no caminho de retorno.

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@ Roleplay concluída
2 Missões Rank-C feitas & +2 em Força e Taijutsu.
Recompensa máxima em ambas.

Re: [ CENA ] O Poderoso Portão — Revescream - Publicado

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