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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
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anjos e demônios
As cordilheiras rochosas cortavam as nuvens de Iwagakure no Sato, formando um visual magnífico e paralisante. O inverno começava a dar suas caras, as brisas gélidas davam uma sensação de corte à qualquer pele exposta a ela. Mas, nada impedisse a jovem Uchiha Takara de continuar seu treinamento. Ela estava em um local bem afastado do centro da vila. Parecia uma espécie de plataforma, cercada por água e com pequenas estruturas de pedra ao redor.  A sensação de estar sendo observava a acompanhava a cada movimento. Contudo, mesmo que se esforçasse tanto para identificar o intruso, não conseguia ver nada.

Algumas horas se passaram desde então. Ela já havia treinado desde sua mente, até jutsus e uso de ferramentas ninja. Até ser interrompida por um homem de idade, careca, com bigodes e sobrancelhas brancas e longas. Vestido com um quimono preto, sobre seus ombros um pano branco e portava uma bengala.

— Seus movimentos são totalmente descornados. Uma pena que esses olhos magníficos estejam nas mãos de uma criança tão sem talento. — Falava com uma voz calma e rouca.

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Última edição por Gabz em Dom 19 Jul 2020 - 18:15, editado 1 vez(es)
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This garden bloomed full of thorns
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so don't break, sanctify my body with pain
Depois do meu quase fracasso na última missão, eu tinha algumas várias coisas para pensar sobre meu desempenho como ninja e consertar tudo isso no processo. Meus olhos pareciam ter se aprimorado, e eu percebi qual era o aparente gatilho para que esse fenômeno acontecesse. De frente para o espelho do banheiro, eu ativei o Sharingan apenas para observar o meu próprio reflexo. A nova marca em vírgula que apareceu era um sinal visível de algo tinha mudado. Tudo isso depois de eu passar uma outra experiência de risco extremo de vida. De alguma forma, meus poderes estavam diretamente relacionados à forma que eu agarrava minha vontade de viver. Se não era exatamente isso o motivo daqueles olhos continuarem evoluindo, então era algo próximo e a possibilidade de ser algo bem pior se tornou motivo de minha apreensão. Eu sabia que chegaria um momento que para me fortalecer eu teria que passar por um momento insano de desespero. Tentar imaginar qual seria esse momento só piorava tudo. Conclui que da mesma forma que aqueles olhos me abençoaram com a vida em dois momentos distintos, algum dia ele seria a minha maldição.

Minha dificuldade na última missão envolveu minha incapacidade de lutar de forma decente sem utilizar técnicas, isto é, utilizando Taijutsu. Por isso, assim que me aprontei eu saí de casa com um plano em mente: treinaria meu corpo para que aquilo não acontecesse de novo. Foi difícil achar um local calmo o suficiente para realizar aquele treinamento em paz, mas ao optar fugir do centro urbano da vila eu encontrei algo digno da meditação de monges. Uma lagoa com uma plataforma no centro foi o local escolhido. Caminhei calmamente até o centro daquela plataforma de pedra antes de fechar os olhos e respirar fundo. Ao longe se tornou possível ouvir o cantar dos pássaros fugindo do inverno que se aproximava. Sentir o sopro gélido contra a minha pele causava uma sensação de preguiça, mas eu não podia me dar por vencida por uma simples mudança de clima.

Com os incríveis olhos vermelhos ativados, eu treinei arremesso de projéteis naquelas pedras que me rodeavam. Eu não esperava melhorar em apenas um dia, mas ser um fracasso em absolutamente todos os arremessos foi por demais frustrante. Não só isso, mas sempre que eu ia até as pedras recolher meus equipamentos para fazer uma nova tentativa eu sentia... Era como se alguém estivesse espreitando. Procurei pelos arredores, varrendo o recinto com o meu Sharingan. Ao não encontrar nada eu guardei minhas ferramentas, mas aquela sensação latente não me deixou em paz a parte inteira.

Eu estava finalizando o treinamento de posturas marciais depois de também não avançar muito na minha desenvoltura de socos e chutes quando aquela voz se formou atrás de mim. Me virei de súbito para ver quem era aquele intruso. Nunca tinha ouvido aquela voz e suas palavras não me pareceram amigáveis. Minha mão direita deslizou pelo compartimento de couro em minha perna e de lá eu puxei uma kunai. A segurei à frente do corpo na tentativa de parecer devidamente preparada caso aquele velho tentasse algo. Meus olhos escarlates percorreram todo o seu corpo, desde a sua cabeça careca até o final de seu quimono escuro. De fato, eu não fazia ideia de quem era aquele homem diante de mim. Senti meu coração acelerar.

— E quem é você para decidir se tenho talento ou não? — retruquei de uma forma não muito amigável. Se tem uma coisa que odeio é quando duvidam do que sou capaz, então dar uma resposta atravessada acabou sendo um mecanismo de defesa automático. Assim que percebi ter sido por demais rude eu recuei um passo e segurei mais forte na kunai. Por algum motivo aquela situação fazia eu me sentir encurralada... E eu detesto isso.

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anjos e demônios
— Não se preocupe, eu não sou seu inimigo. — Levantou brevemente o pano do seu ombro esquerdo, revelando seu braço e amarrado a ele a bandana de sua vila. — Bem, não sou eu quem decidi isso, você mesmo demonstrou. A maldição de seu nome vem te salvando em diversos momentos, mas seus olhos você não é nada. — Virou-se, com um ar de desprezo. — Se eu estou errado, me prove. Me ataque com tudo que tem. Você sequer conseguiria arrancar este pano em meus ombros. Se conseguir, eu te conto quem eu sou. — Riu, começando a dar passos lentos para sair do local.

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Apesar do homem ter se anunciado como um aliado da vila, eu só afrouxei a pegada na kunai em minhas mãos quando ele revelou sua bandana com o símbolo da Pedra. Continuei o observando com meus olhos fixados em seus movimentos por mais alguns segundos antes de desfazer a posição de combate e guardar a ferramenta ninja no mesmo suporte que estava anteriormente. Apesar de ter relaxado meu corpo, meus olhos ainda estavam completamente vidrados no velho. Ele ter a bandana da vila não apagava as palavras ditas anteriormente, que no melhor dos casos eram um bom comentário ríspido comigo que sequer o conhecia.

O problema é que eu não podia realmente dizer que ele estava mentindo. Minha trajetória até ali tinha sido marcada por situações maiores do que as minhas habilidades naqueles momentos. Uma por uma eu fui as superando e sobrevivendo por causa desses poderes ainda incompreendidos que iam se revelando nos meus momentos de maior desespero e necessidade. Talvez contra o Kanechiro eu ainda tivesse a mínima chance sem esses olhos, mas contra o Fabian? Eu certamente estaria morta a esta altura se não fosse o aprimoramento repentino do meu Sharingan. Quando eu notei que eu estava simplesmente concordando com o que foi dito por aquele desconhecido... Ah, eu não gostei nada disso. Respirei mais forte como uma tentativa de manter a calma, mas só então percebi um detalhe importante.

— Ele chama meus olhos de maldição. — pensei — Isso significa que ele provavelmente também sabe o que significa tudo isso que está acontecendo. Eu preciso saber também. — conclui em seguida. Não permiti que meus olhos escarlates desviassem do corpo daquele homem um segundo sequer, ainda suspeitando de tudo que estava sendo dito. Se ele estivesse planejando algo, provavelmente eu já teria percebido. Se tem uma coisa que eu aprendi sobre esses olhos é que eles são milagrosos quando o assunto é antecipar os movimentos dos meus inimigos. Eu estava confiante que conseguiria me antecipar a qualquer ataque lançado em minha direção, embora a possibilidade dele me superar tal qual Fabian me superou nos primeiros momentos de combate ainda estivesse pairando.

Mas ele decretou o meu próximo curso de ação ao duvidar pela segunda vez de minhas habilidades. Atacar com tudo o que tenho? Que arrogante. Então quer dizer que ele acredita que pode interromper meu treinamento, me chamar de sem talento e ainda desafiar o meu desenvolvimento até ali? Para mim, isso é algo inaceitável. Eu permiti que ele caminhasse para longe por alguns breves segundos, quando então franzi as sobrancelhas. Sim, eu estava com raiva. Independente de quem aquele homem era, eu não podia aceitar tamanha humilhação. Se eu não fizesse algo, então estaria cuspindo em tudo aquilo que almejo conquistar. De nada valerá ser reconhecida no futuro sabendo que fraquejei logo nos meus primeiros momentos como kunoichi. Ah, isso com certeza não ficaria barato.

Selos de mãos começaram a ser feitos na maior velocidade que considerei ser possível. Ele queria que eu tirasse aquele manto do seu ombro? Pois que assim seja. Em um momento eu estava preparando algo, e no outro a ilusão já tinha sido lançada. Utilizando meu chakra para tomar de conta do sistema nervoso do velho, eu o induzi a acreditar que uma grandiosa árvore começou a surgir se enroscando em seu corpo. Uma técnica de imobilização de alto calibre, algo digno de Jounins. Eu sabia que aquela era a minha melhor cartada, e por isso as chances de funcionar eram muito maiores que qualquer outra coisa. Acreditando que tinha funcionado, realizei selos novamente. Desta vez, um jutsu de fogo mirando no ombro do homem. Sem medo de queimá-lo, afinal de contas foi ele que escolheu duvidar de minhas habilidades. Eu precisava provar meu valor, mesmo que não me importasse com a opinião dele. Eu estaria provando para mim, e nada além disso.

Os dedos se moveram formando um arco à frene da minha boca quando a bola de fogo foi lançada. Aquelas lembranças conturbadas já tinham me deixado claro que o Goukakyuu no Jutsu é parte da tradição do clã Uchiha. O meu clã. Por mais coincidência que possa ser esse ter sido justamente o primeiro jutsu que aprendi fora da academia, ainda assim era uma técnica incrível. A esfera de chamas avançou contra o homem possivelmente imobilizado. Mirei de propósito para que não acertasse em cheio. Meu foco era tirar o bendito pano dos seus ombros, nada além disso.

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O velho parecia conhecer muito bem a garota. Sabia como ferir seu orgulho e tocar em suas feridas. Takara foi tomada por um momento de raiva e realizou os seus ataques mais confiantes. O seu genjutsu não deu a menor chance para ele que se viu sendo enraizado por uma árvore. Sem temer pela vida do homem, complementou com um poderoso Gōkakyū no Jutsu, acertando-o em cheio no ombro e parte do peito.  Pareceu ser suficiente, viu o pano se queimando e começando a voar. Pareceu... Instantes depois uma nuvem de fumaça apareceu e o velho sumiu. Era apenas um clone.

— Um shinobi tomado pela raiva é um shinobi cego. — O velho apareceu por de trás de um dos pilares logo a frente da Uchiha. Com um sorriso irônico estampado no rosto. — Seu ataque foi poderoso, mas de que adianta se o seu alvo está bem na sua frente e sem nenhum arranhão? Só gastou o seu chakra em vão. — Abriu os braços, segurando uma bengala na mão direita. — Vamos, mais uma chance. Desta vez não sou um clone.

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Sorri ao ver ao ver o resultado assim que o homem realmente parou de andar e a bola de fogo lhe atingiu no ombro. Ver aquele pedaço de pano sendo consumido pelo fogo enquanto dançava no ar foi incrivelmente satisfatório, pois era a prova de que minhas habilidades não deveriam ser subestimadas. Ou pelo menos assim eu pensei. Quando não só o homem como o pano flutuando se desfizeram em fumaça e se revelaram apenas um clone a minha expressão mudou de forma quase instantânea. Então quer dizer que eu caí em um truque tão manjado quanto esse? Eu devia imaginar que ele não se arriscaria de forma tão trivial. Apesar de não ter mencionado nenhum posto, eu duvidava muito que alguém em sua idade seria algo abaixo de Jounin. As cicatrizes em sua pele deixavam a sua experiência estampada e independente disso ser algum tipo de teste ainda assim eu me senti pressionada por isso. Como eu disse antes, eu costumo pensar que não preciso me provar para ninguém além de mim, mas no fundo eu sei que só conversa furada porque meu maior desejo é me provar uma grande kunoichi para o mundo inteiro.

— Qual vai ser o significado disso tudo se não consigo provar o meu valor nem entre os outros ninjas de minha vila? — me questionei mentalmente enquanto virei o corpo na direção que ouvi a voz do homem vir agora. Na frente de um dos pilares, ele parecia me provocar com aquele sorriso no rosto. De alguma forma ele parecia conhecer minhas falhas e onde pressionar para me tirar uma reação. Não só isso, mas também sabia dos últimos problemas que enfrentei. O que isso significava então? Ele de alguma forma teve acesso à minha ficha? Talvez a própria Tsuchikage Takane tenha pedido para ele vir até mim, já que mostrei uma performance patética na frente da minha líder. Será que ela achou que precisaria me ajudar diretamente? É, isso parecia fazer algum sentido. Ainda que o velho não tinha dito nada que desse a entender isso, eu resolvi levar a sério as coisas que ele estava pedindo. Eu não podia demonstrar fraqueza na frente de outro superior.

Foi por isso que fixei novamente meus olhos no homem. Determinação corria por todo o meu corpo e me impulsionou a mover as mãos em mais selos. Eu estava o analisando enquanto isso, no que o homem seria capaz de ver os tomoes do meu Sharingan girando em sua própria órbita. Quando realizei o último selo, uma grande bola de fogo começou a descer do céu em direção ao velho. Diferente da bola de fogo soprada diretamente de minha posição, essa era ainda maior e vinda de cima. O motivo da escolha desse jutsu? A indução ao erro.

— Ele já conhece a minha Liberação do Fogo. — pensei — Posso me aproveitar disso para fazê-lo achar que esse é outro Katon, quando na verdade é apenas uma ilusão.

Eu queria que o homem tentasse desviar, era essa a minha intenção. Se ele optasse por ser atingido, acabaria sendo pego na dor simulada de um jutsu de fogo real. Não só isso, mas iria sentir o calor da chama se aproximando, induzindo-o ainda mais a se mover. O problema é que eu não pretendia permitir isso. O verdadeiro truque vem em seguida. Comecei a correr em sua direção realizando selos enquanto a bola de fogo ilusória descia. Minha intenção era travar o seu corpo de repente para surpreendê-lo e pegar o pano com minhas próprias mãos. Eu precisava da distração da bola de fogo porque simplesmente me aproximar era arriscado demais. Ao dividir sua atenção dessa maneira, eu esperava que o poder de antecipação do Sharingan fosse o suficiente para me resguardar de um contra-ataque.

— Agora vai!

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Apesar de se deixar levar pelas provocações do velho, a jovem Uchiha era perspicaz. Seus olhos fixaram no homem e começou a fazer alguns selos de mão, lançando uma enorme bola de fogo do céu. O senhor sorriu, satisfeito, e com um rápido movimento para o lado saiu do alcance do jutsu katon.  Contudo, sentiu seus movimentos debilitados e nada pode fazer com a kunoichi que veio em sua direção e arrancou o pano de seus ombros, revelando todo o seu manto negro.

— Excelente! — Exclamou enquanto olhava a jovem com o pano nas mãos. — Mas acho que poderia devolver o meu pano agora, estou com um pouco de frio. — Riu, removendo a parte de cima do quimono, deixando todo seu tronco exposto. Seu físico era tão surpreendente quando as cicatrizes que ficaram expostas. — Como prometido, eu sou um Jounin quase aposentado. Meu nome é Kojiro. — Deu uma breve pausa. — Bem, você mostrou ser muito boa com genjutsus, contudo, não pode depender só deles. Se pegar um inimigo que conhece esses olhos, eles de nada vão te servir. Então, mais uma vez, me mostre seu valor sem depender desses olhos. Se não vier com a intenção de me matar, não vai conseguir nada de mim, estamos em um nível muito diferente.

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Ter tomado minhas precauções afim de diminuir os riscos claros daquela minha investida se mostrou uma boa escolha. Quando enfim consegui me aproximar e o velho não mostrou resistência quando puxei o manto, eu percebi que de fato minha manobra de imobilização tinha dado certo. O seu salto sem motivo aparente indicava que seu cérebro tinha processado a bola de fogo ilusória e assim como previsto ele resolveu se desviar, o que criou a brecha necessária para eu finalizar meu movimento prendendo seu corpo. Eu não estava nem perto de esgotar minhas energias, mas aquele tinha sido o maior intervalo de tempo que cheguei a ficar com o Sharingan ativado e percebi como aquilo estava exigindo do meu corpo. Talvez nos momentos de adrenalina de antes essa sensação esgotamento tenha passado despercebida, mas agora em uma situação um tanto mais casual para mim ficou claro. Ainda assim, algo parecia me indicar que eu poderia aguentar muito mais tempo se eu quisesse. Ainda assim, eu fechei os olhos por alguns breves segundos e quando os abri o doujutsu já não estava mais lá. Me permiti analisar o homem que declarou se chama Kojiro, porém agora sem nenhum tipo de truque. Meus olhos azuis eram naquele momento a única coisa chamativa em meu rosto, e estendi o manto de volta para que o velho pudesse vestir.

Anteriormente ele parecia apenas estar querendo me provocar de graça, e até confirmou minhas suspeitas dele ser algo de Jounin para cima. A falta da citação sobre quem o mandou até ali indicava que talvez as intenções daquele encontro tinham um âmbito mais pessoal. Eu estava começando a entender que aqueles olhos realmente não são pouca coisa, e aparentemente as pessoas tendem a esperar grandes coisas daqueles que os carregam.

— Se eu conseguir tirar seu manto de novo... — comecei a falar, como se tivesse tentando negociar algo — Você vai ter que me contar tudo sobre esses olhos e o motivo de você chamá-los de maldição. — completei com uma expressão confiante no rosto. Com todo o respeito porque sei que Kojiro é meu superior, mas naquele momento eu não tinha o menor interesse em sua pessoa. Toda a minha atenção e curiosidade naquele momento giravam em torno daquele parecer saber sobre os Uchiha, e é claro que quero conhecer mais sobre as minhas origens. Foi por isso que sequer esperei por uma resposta antes de tomar uma distância afim de tornar o "embate" mais justo, só para avançar na direção do Jounin novamente com selos sendo feitos.

Eu tinha ido até aquele local treinar porque tenho plena consciência da minha deficiência com Taijutsu. Se ele esperava que eu fosse usar de combate corporal para cumprir o desafio, então ele poderia dar meia volta e ir para casa porque definitivamente não é esse tipo de vergonha que estou disposta a passar. Os selos enfim terminaram e eu sorri sem graça quando repassei o plano mentalmente.

— Isso vai ser incrivelmente previsível... Mas vou fazer o quê? Ainda não conheço tantas técnicas assim.

E o que vem em seguida? Uma bola de fogo sendo soprada, é claro! A mesma manobra de antes, exceto que desta vez nenhum dos elementos eram Genjutsu de fato. Ele mesmo pediu para que eu não pegasse leve e eu tinha plena certeza que o meu melhor não chegaria nem aos pés de um Jounin experiente. Por mais espalhafatosa que fosse a minha performance, eu sabia que ele não iria se machucar. E sem medo eu pude realmente pegar pesado. A bola de fogo foi soprada para atingir Kojiro em cheio, sem desviar como da outra vez. Sendo esta feita de chamas reais, seria importante que Kojiro realmente se esquivasse. Quando ele o fizesse, o Ninjutsu que vem em seguida seria a cereja do bolo mais uma vez, porque se acerto então Kojiro se verá imobilizado mais uma vez.

A partir daí, só corri para cima de novo para pegar seu manto. A mesma manobra de antes, é verdade, mas acredito que isso prova a minha astúcia ao conseguir replicá-la de forma quase idêntica com dois caminhos shinobi diferentes.

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A garota persistiu na mesma técnica, soprando outra enorme bola de fogo em direção à Kojiro. O velho, contudo, não demonstrou nenhum sinal de reação, apenas olhava a bola flamejante chegando, com um sorriso no rosto. Então, ele abriu os braços e gritou.

— Esplendido! Mas vou te mostrar como ainda não é suficiente.  — A partir dai, Takara não pode fazer mais nada. Apenas observar a bola de fogo atingindo o velho em cheio. Em meio as chamas, pode perceber uma movimentação estranha. Kojiro parecia se recolher no chão. Estava morrendo? Momentos depois ele se levantou, porém estava diferente. Sua pele havia ganhado uma tonalidade marrom clara misturada com cinza. Sua barba cresceu consideravelmente. Em suas costas, asas que mais se pareciam com garras. Ele havia recolhido seu corpo e se protegido do fogo com elas. — Então? O que achou disso?

O velho começou a se mover em direção a jovem, sem oferecer qualquer ameaça, voltando o seu corpo ao estado normal e colocando suas vestes como estavam logo quando chegou.

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O grande ponto de mesclar de forma astuta Ninjutsu e Genjutsu é que chega em um ponto que seu inimigo não mais vai saber o que é realidade e o que é ilusão. Utilizar de ilusões que simulam chamas é excepcionalmente bom para alguém que possui afinidade com o Elemento Fogo, que é o meu caso. Ainda assim, eu não esperava que Kojiro fosse negligenciar o meu ataque daquela forma. Franzi as sobrancelhas quando ele sequer tentou escapar da Bola de Fogo inicial e por um momento pensei em interromper o Kanashibari para não piorar ainda mais as coisas. Por mais que ele tenha dito que eu deveria atacá-lo com a intenção de matar, eu não o fiz mesmo com essa intenção. Quer dizer, eu jamais mataria alguém se eu tivesse outras alternativas para resolver uma situação. Por mais que essa seja a essência de um ninja, não é a forma que eu quero levar a minha carreira. Kanechiro me fez escolher entre a vida dele ou a minha, e é claro que eu escolhi viver. Nesse caso, sim, eu sou capaz de matar sem hesitar.

— Mas ele disse que aguentaria, não é? — tentei me confortar mentalmente quando a bola de fogo atingiu o velho e ele pareceu sair. Minhas mãos estavam suando e eu dei um passo para frente, como se estivesse me preparando para avançar em sua direção e ajudá-lo — Não é?!

Foi quando ele se movimentou de uma forma estranha enquanto deveria estar sendo machucado pelo fogo e eu pensei que aquilo era seu corpo se contorcendo pela dor. Dei um segundo passo em frente ainda desconfiada e foi quando sua silhueta pareceu se altera. Em um primeiro momento pareciam asas, mas quando o fogo diminuiu eu pude perceber que as coisas em suas costas mais pareciam mãos. Sua pele tinha alterado de cor também e se tornou mais cinzenta, assim como sua barba também parecia ter aumentado de tamanho (se é que aquilo conseguiria ficar ainda maior). O mesmo passo que dei para frente eu dei para trás, porque é óbvio que fui pega de surpresa por aquilo.

— O que eu achei? — repeti a pergunta, mas não era como se eu não tivesse entendido. Olhei novamente para o homem e percorri todo o seu corpo. Aquilo parecia por demais surreal, e eu comecei a suspeitar do lado que aquele encontro estava indo. Não sei se estava gostando muito disso — E meus olhos que são uma maldição? Digo, olha o estado do seu corpo. — respondi enquanto levava uma mão até minhas costas em um gesto de empatia, como se tivesse imaginando o quão doloroso devia ser ter aquelas coisas saindo das suas costas — Isso dói? — perguntei enfim, não conseguindo manter a curiosidade. Comecei a me aproximar de Kojiro sem nenhum motivo aparente também, minha intenção era procurar por cicatrizes no seu corpo. Estava realmente intrigada com aquela performance.

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— Se dói? No começo parece que você vai morrer, mas com o tempo você e seu corpo se acostumam e se adaptam a ele. — O velho andou, convidando a jovem para segui-lo, até encontrar uma pedra na qual poderiam se sentar, cerca de dez metros de onde estavam inicialmente. — Maldição? Você tem razão. Esse poder é fruto de um Selo Amaldiçoado. — Inclinou um pouco a cabeça, segurando-a com a mão esquerda e deixando todo o lado direito de seu pescoço exposto. Se Takara reparasse bem, veria uma marca muito semelhante aos tomoes do seu sharingan. — Este é o Selo do Céu. Ele aumenta consideravelmente suas habilidades por um período de tempo. Já salvou minha vida incontáveis vezes. Bem... É isso que eu tenho a para te oferecer, se estiver disposta a se arriscar. O que me diz?

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Eu pensei em tocar o corpo de Kojiro para realmente ter certeza de que depois daquela transformação ele ainda estava bem. Por considerar sem muito invasivo e não sentir que temos intimidade o suficiente para realizar tal pedido, eu precisei me contentar em apenas observá-lo. Ainda que não tivesse o poder de análise do Sharingan ao meu lado naquele momento, eu propositalmente caminhei alguns passos atrás do velho para poder observar a forma que ele andava. Me surpreendi ao não perceber realmente nenhuma dificuldade ou algo do tipo que pudesse indicar ele estar debilitado depois de tudo aquilo. Tudo isso era muito estranho para mim, sobretudo depois dele confirmar que a sensação era de quase estar morrendo. Apesar dele ter conseguido de fato se defender do meu jutsu apenas colocando aquelas mãos enormes na frente do corpo, eu me questionava se uma experiência que soava tão ruim valia mesmo a pena.

— Selo Amaldiçoado? — questionei sentando ao seu lado. Eu nunca tinha ouvido aquele termo na minha vida e não conseguia sequer imaginar do que se tratava. Quando ele mostrou aquela tatuagem no seu pescoço — e esta era igual ao meu doujutsu, exceto que tinha uma forma a mais —, eu fiquei ainda mais intrigada. Aquilo tinha alguma coisa a ver com aqueles malditos laboratórios que parecem sempre voltar para me atormentar em sonhos? Será que era por causa daquela marca que ele parecia ter certa experiência lidando com aqueles de meu clã? Cogitei até mesmo a possibilidade dele ter vindo do mesmo lugar que eu, mas logo descartei a ideia — Não sei do que se trata. — assumi por fim.

Selo do Céu... Para um selo tido como amaldiçoado aquilo se chamar algo relacionado ao Céu me pareceu algum tipo de piada. Eu até dei uma risadinha, mas notei que estava sendo boba e me contive no segundo seguinte. Kojiro disse que aquilo salvou a vida dele inúmeras vezes, e se você quer saber eu não duvidava disso nem um pouco. Ele foi bem convincente em sua apresentação de minutos antes, quando sequer esquivou do meu jutsu e conseguiu sair ileso só se defendendo com suas "asas". Lembrar da minha última missão e o meu quase fracasso por ainda não estar forte o suficiente me deixou estranhamente interessada naquele selo. Ainda assim me pegou de surpresa quando a oferta foi feita.

— Eu não sei... — respondi receosa enquanto escondi minhas mãos entre as pernas. Estava bastante pensativa naquele momento e sequer olhei no rosto do Jounin — Eu quero ser mais forte, sim, mas eu sequer conheço isso. O que eu precisaria arriscar?

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— Como o próprio nome já diz, é uma habilidade provinda de uma maldição. Então, em troca de te dar poder, aumentando temporariamente suas habilidades, ela te causará alguns danos. Contudo, a menos que você não exagere na frequência de uso dela, você ficará bem. — Sorriu, tentando ser simpático. — Mas, para ter isso, primeiro você tem que estar disposta a arriscar sua vida. Quando o selo é colocado em seu corpo, ele vai tentar tirar sua vida. Você vai precisar resistir. Estaria disposta a correr esse risco por mais poder? Se estiver, daqui iremos para minha casa e lá irei selar a maldição em você. Se você vai resistir ou não, vai depender de você apenas.

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Ouvir aquelas explicações só servirem para confirmar as minhas suspeitas. Eu sei bem que o nosso corpo possui limites e podemos superá-los até certo ponto com treinamentos e meditações. O grande problema para muitas pessoas é quando elas não conseguem mais se superar por meios normais e acabam buscando alternativas para que continuem evoluindo, nem que seja à força. Eu entendo que se você chegou no seu máximo, então é porque você não deveria ultrapassar aquele ponto. Quando você ignora esse limitador e faz seu corpo funcionar com uma potência para a qual ele não está preparado... Sabe, os resultados podem ser devastadores. Quando estudamos sobre o chakra na academia esses conceitos de superação por meios não naturais existe, mas ninguém recomenda. Agora eu estava ali, sentada com alguém que parece usufruir desses métodos alternativos de poder com orgulho e experiência. Se um Jounin me diz que algo lhe foi útil por diversas vezes, eu me pergunto se deveria duvidar de suas palavras. A resposta é clara.

— Eu entendo que não se deve abusar de coisas assim. Um recurso de emergência então? Bom, pelo menos até eu me acostumar, assim como você disse que se acostumou.

Cogitar tal coisa e ainda expor a vontade em voz alta é algo que me pegou realmente de surpresa. Eu não esperava que um dia levaria na esportiva alguém me oferecer uma habilidade tão perigosa e eu simplesmente ponderar se queria algo assim para mim ou não. Não parece meu comportamento normal, sabe? Mas eu acho que o ponto é justamente eu não ser mais a minha eu normal. Eu me tornei uma nova pessoa naquele porão com o Kanechiro e acredito ter mudado mais uma vez naquela luta com Fabian. Eu enfrentei a morte duas vezes recentemente e sobrevivi mesmo achando que seria o meu fim nessas mesmas duas vezes. Senti meu peito pulsar mais forte quando fechei os olhos e as memórias dos últimos acontecimentos se projetaram na minha mente de uma forma tão nítida.

Até ali os meus olhos tinham me ajudado a sobreviver, mas e quando ele próprio atingisse o seu limite? Eu quero provar o meu valor para o mundo, é verdade, mas eu não vou conseguir fazer isso morta. Eu preciso garantir que serei forte o suficiente para aguentar a jornada. Ser sempre mais forte do que eu era ontem, esse deveria ser meu lema.

— Eu aceito isso, senhor Kojiro. — respondi então olhando o homem nos olhos — No dia que eu precisar morrer eu não quero olhar para trás e perceber que eu perdi oportunidades de me aprimorar. Eu quero ser uma grande kunoichi e ter medo da morte não vai me ajudar a chegar ao topo. Não é? — expliquei enfim. A pergunta ao final não era exatamente um questionamento para o velho, e mais uma forma de ouvir eu mesma a resposta que eu tinha decidido para aquela situação. Foi por isso que sem enrolar muito mais eu levantei daquele banco e segui Kojiro. Sua bandana no ombro era o seu passe para conseguir a minha confiança, isso estava claro. Depois do incidente com Kanechiro é óbvio que não aceitar me isolar com qualquer um. Felizmente Kojiro não era qualquer um.

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O velho levantou com um sorriso no rosto. A última fala da pequena Uchiha era justamente o que ele queria ouvir. Ela estava determina e disposta a arriscar sua própria vida para ficar mais forte. Seguiram para a casa de de Kojiro que não ficava muito longe da plataforma a qual estavam. A casa era bem simples, diferente das outras na região. Havia apenas um cômodo. Suas paredes eram de pedra e continha apenas uma porta e uma janela de madeira. No centro uma mesa pequena. Logo à esquerda um colchão alto e à direita, um fogão e uma geladeira. Sobre a mesa, havia um cesto de pão e um de frutas.

— Sente-se e sirva-se, irei pegar algo para você beber. Aproveite bem, pois pode ser sua última refeição. — Riu, em tom de brincadeira. Logo depois, sentou-se ao lado da jovem. — Bem, o que eu tenho para te oferecer é o Selo Amaldiçoado da Terra. Ele é muito parecido com o meu em questões de atributos e danos que você recebe. A maior diferença mesmo vai estar nas marcas e as transformações em seu corpo no segundo nível. Você vai ganhar a aparência de um dinossauro nesse estágio. Não que seja ruim, dinossauros são criaturas intrigantes.— Tentava transparecer um ar de tranquilidade. — Assim que terminar de comer, vamos iniciar "ritual".

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Assim que chegamos na casa de Kojiro eu me senti estranhamente acolhida. Quer dizer, estranhamente por não ser a minha casa e no entanto ainda se parecer tanto com ela. A casa que me foi alugada por Kanechiro — e agora tinha se tornado minha com a sua morte e falta de herdeiros — também era basicamente um único cômodo em que os espaços eram divididos basicamente com móveis. Ainda assim aquela era a casa de alguém que eu tinha acabado de conhecer e como tal eu estava desconfiada.

Assim que entrei eu discretamente sentei no lugar mais próximo possível da porta. Quando me foi oferecido algo para beber eu pensei em recusar, mas era óbvio que depois de toda aquela ação eu estaria com sede. Essa parte tentei não fingir e aceitei apenas uma água. Imagino que minha expressão corporal com a cabeça abaixada e enrolando os dedos das mãos deixava claro que eu estava nervosa com aquilo tudo. Por um momento eu pensei em avisar Kojiro que eu tinha desistido daquilo, ainda mais que o tempo que ele se ausentou foi o suficiente para me permitir refletir naquilo tudo.

Eram duas linhas de pensamento que estavam conflitando em minha mente. A primeira delas tinha me levado até ali: o desejo de não me arrepender de não ter tentado. Eu espero morrer bem velhinha quando o tempo decidir que esse mundo não é mais o meu lugar, mas eu compreendo muito bem os perigos de ser um ninja. Toda missão pode ser a última e se esse momento chegar um dia eu realmente desejo poder partir daqui em paz sabendo que fiz tudo ao meu alcance.

A segunda linha era basicamente o medo de realmente morrer naquilo e acabar encerrando minha vida prematuramente. Eu não queria que as poucas pessoas que eu considero importantes para mim se lembrem da minha trajetória com um fim tão patético nela. Assim como o perigo constante faz parte da trajetória de um shinobi também é o trabalho dele se resguardar de perigos desnecessários.

Quando Kojiro chegou me oferecendo comida eu ainda estava imersa em meus pensamentos e comi tudo ainda muito dispersa, sem dizer uma única palavra. Quando ele anunciou que iríamos começar o ritual, eu tive então um lapso de coragem imenso e me levantei para decretar que iria fazer aquilo, sim.

— Dinossauros não tão ruins assim. Acho mais legal que as asas de mãos. Sem ofensa. — comentei. Por mais que parecesse algum tipo de piada, o meu rosto não deixava sequer cogitar que eu ainda estava brincando. Daquele ponto em diante eu estava completamente focada em superar mais uma adversidade das várias que enfrentei durante a vida — Estou pronta.

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Assim que terminou de comer, Takara encarou o velho com uma expressão de determinação e foco. Estava pronta. Kojiro, levantou-se de onde estava e foi até o canto da cama. Pegou um pequeno pincel com um pouco de tinta preta e desenhou na palma de sua mão direita uma símbolo parecido com uma ventoinha. Mostrou-a para a Uchiha.

— Esta marca será o seu futuro ou a sua morte. A partir de agora, você está sozinha. — Tão logo falou, Kojiro apontou a palma da mão para o peitoral da kunoichi que estava sentada sobre seus joelhos ao lado da pequena mesa. Segundos após o velho sussurrar alguma palavra que ela não conseguiu entender, Takara sentiu uma queimação em seu peito seguida de uma dor descomunal. Depois de um longo e agoniante grito, ela desmaiou.

Sua luta interna pela vida começou.

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Eu acompanhei absolutamente toda a movimentação de Kojiro com meus olhos o seguindo para todo lado. Muito em parte por curiosidade de como aquele processo seria feito, mas ainda por no fundo ainda estar receosa daquilo tudo. O tempo que ele levou para preparar o dito ritual foi o suficiente para o surto de coragem se dissipar e eu começar a questionar minhas decisões. Acho que se eu tivesse outro surto de coragem eu teria dito que na verdade não queria mais me submeter aquilo, mas como isso não aconteceu eu me mantive intimidada de simplesmente mudar de ideia. Meus olhos se fixaram nas mãos de Kojiro quando ele me mostrou aquele símbolo desenhado. Era diferente do que eu vi no seu pescoço, como uma versão em que as linhas são mais finas e menos em forma de vírgulas. Me distraí por breves segundos analisando aquela marca e foi quando ele apontou aquilo na minha direção. Eu senti primeiro uma ardência incomoda no peito e até passei a mão no local por cima da roupa mesmo. A essa altura minha expressão já demonstrava o desconforto com aquilo. No momento seguinte a dor se intensificou de uma maneira que eu apenas arregalei os olhos e gritei tanto pelo susto quanto pelo sofrimento que me foi induzido. O grito saiu como uma forma de tentar aliviar aquela sensação insuportável e ainda assim não foi o suficiente, porque a última coisa que lembro foi da minha visão escurecendo e eu caindo para trás.

Quando eu acordei eu estava naquele laboratório... Aquele maldito laboratório que assombra os meus sonhos desde que me entendo por gente. Normalmente eu estou rodeada de grades como se fossem um berço e observo toda a movimentação ali dentro até alguém me tirar dali. Daquela vez parecia diferente porque por algum motivo eu não estava dentro do berço, eu estava fora. Observando tudo de outro ponto de vista como se eu fosse realmente outra pessoa naquela cena, eu recolhi um amontoado de papéis e analisei cada um deles. As palavras estavam borradas, mas eu senti como se realmente tivesse entendido algo. Quando me virei e caminhei pelo ambiente eu pude notar diversos tubos gigantes cheios de água. Não, não só cheio de água, como cheios de gente também! A visão ficou turva quando eu me agitei mentalmente e então ainda como observadora eu segui por um corredor à direita. A sala que veio a seguir era por demais familiar para mim e foi quando eu avistei ao longe um berço. O meu berço.

A visão da cena mudou de repente e eu me vi novamente como apenas uma criança esperando pela ajuda de alguém. Essa pessoa de casaco se aproximou de mim e pela primeira vez na minha vida eu pude ver o seu rosto. A minha surpresa naquele momento foi ver que na verdade... Aquela pessoa era eu. Eu me senti de alguma forma desesperada por ver o meu próprio rosto, embora ali fosse de alguma forma mais velha e madura. Ainda assim eu sabia quem era, e na posição da criança sendo observada aquilo parecia não significar boa coisa.

— É culpa sua. — meu eu mais velho disse — Seus pais morreram tentando te esconder de nós. Se você não existisse, eles ainda estariam vivos. É tudo culpa sua. — ela acusou por fim e eu sequer entendi o que estava acontecendo. Eu já tinha percebido há algum tempo que meus pesadelos na verdade eram memórias muito ruins. Eles pouco me revelavam, apesar de tudo, mas naquele momento foi como se minha mente tivesse conseguido acessar todos os detalhes do meu passado. O lado ruim é que agora aquilo tudo estava sendo escancarado para mim e eu definitivamente não estava preparada.

Era a primeira vez que eu acessava uma memória sobre o paradeiro de meus pais e isso era para ser um momento feliz. Mas não foi... Porque eu simplesmente descobri que eles não tinham me salvado naquele fatídico dia porque já tinham sido mortos antes. Por minha causa. Ainda cercada daquelas grades, elas pareçam crescer conforme eu senti a primeira lágrima descer pelo meu rosto. De repente eu não era mais uma criança, eu era eu mesma ali, a Takara Genin em busca do seu lugar no mundo. Me encolhi em algum canto daquela prisão enquanto pessoas de jaleco branco e rosto enevoado me observavam. "Foi tudo culpa sua" era a única coisa que eles diziam, por vezes ao mesmo tempo e por vezes uma por cima da outra criando um coro atormentador. Com as mãos cobrindo as orelhas, eu fechei os olhos e torci para aquele pesadelo acabar. E ele acabou.

Mas somente para dar lugar a outro.

Quando eu abri os olhos novamente eu não estava mais naquele laboratório. Estava em um porão que eu rapidamente reconheci. É óbvio, como eu poderia não reconhecer o lugar onde eu matei alguém? Eu não queria estar ali, então rapidamente corri para as escadas que levavam até a saída daquele lugar. Para meu desespero elas estavam trancadas. Mas não deveriam estar, ou pelo menos não estavam da última vez. Eu tive a impressão das paredes estarem se fechando devagar quando voltei correndo para o centro daquele lugar. Eu tentei procurar por chaves ou qualquer coisa que pudesse facilitar minha fuga, mas então eu senti algo segurando o meu tornozelo e tentei dar um pulo para longe em meio a um grito de surpresa. Aquilo que me segurou foi forte o suficiente para impedir que eu me afastasse e quando olhei para baixo quem estava ali era Kanechiro, o homem que precisei matar pela minha sobrevivência. Ele estava todo ensaguentado e com um aspecto de decomposição. Ainda assim tinha força o suficiente para me prender sem sair do lugar.

— É culpa sua. — ele disse — Se você tivesse notado os sinais mais cedo eu não teria conseguido te sequestrar. Eu poderia ainda estar vivo se você não fosse tão burra. É tudo culpa sua. — o homem acusou por fim e foi impossível não me sentir completamente desesperada. Eu queria correr dali, fugir para bem longe e nunca mais voltar. Suas palavras atingiram o meu coração cheio de dúvidas. Sim, eu me questionava todas as noites se eu realmente não tinha outra saída a não ser matar alguém. Eu ainda tinha pesadelos com aquele porão e neles eu me via matando Kanechiro. E de novo. E de novo. Aquela culpa ainda estava dentro do meu coração e eu simplesmente não conseguia superá-la.

As paredes começaram a se fechar novamente e eu por um momento tentei fugir novamente, mas percebi que não conseguia mesmo me mover. O chão tinha se tornado como areia movediça e eu fechei os olhos quando as paredes se aproximaram o suficiente para impedir que eu conseguisse me mover. Eu tinha... Desistido?

Quando abri os olhos novamente eu estava em um local de escuridão infinita exceto por foco de luz vindo do céu que iluminava o meu corpo. Eu consegui me mover embora com extrema dificuldade, como se um peso sobre a parte inferior do meu corpo me impedisse de ser mais rápida. Foi quando tive a compreensão de que estava em algum tipo de rio. Quando olhei para baixo realmente era água ali me rodeando. Eu caminhei sem rumo por um bom tempo até parar para olhar para trás. Quando eu o fiz eu vi aquilo: um rastro vermelho que ficou para trás por onde passei. Inicialmente parecia apenas tinta, mas quando eu o toquei com um dedo aquele cheiro forte de sangue se intensificou e de repente toda a água tinha se tornado escarlate. Uma chuva vermelha também começou e o nível do mar de sangue começou a subir.

Eu continuei caminhando sem rumo na tentativa de escapar dali. O sangue que pingava pelo meu rosto dificultava a visão e o cheiro era tão forte que se tornou nauseante. A partir de um momento consegui ver outros dois focos de luzes e de repente senti esperança. Me esforcei ao máximo para alcançá-los, mas na medida que eu ia para frente eles pareciam se distanciar de mim. Fiquei tentando alcançá-los pelo o que se pareceram horas. O sangue acumulado ao meu redor já estava quase passando do meu pescoço quando as luzes ao longe se apagaram. Fiquei ali parada como se de repente tivesse perdido todas as esperanças, mas as luzes voltaram a se acender. Agora bem na minha frente, eu pude ver o que ela estava iluminando. Do lado esquerdo um casal com o corpo se decompondo (que eu rapidamente entendi serem os meus pais) e na direita Kanechiro no mesmo estado. Eles abriram a boca devagar e começaram a repetir aquelas palavras que pareciam golpear minha mente como um martelo. "É tudo culpa sua". "É tudo culpa sua". "É tudo culpa sua".

— NÃO!

Eu gritei em plenos pulmões. Foi um grito na esperança de calar as suas vozes, mas também uma forma de liberar toda aquela angústia e culpa acumulada no meu coração. Eu não pedi para que nenhuma dessas coisas tivessem acontecido. Como isso poderia ser culpa minha? Meus pais morreram me protegendo porque me amavam. Como eu poderia sentir culpa por isso? E Kanechiro... Ele era um pedófilo que se aproveitou de minha inocência. Ele mereceu o fim que teve. Em todo caso, essas mortes que supostamente causei foram por querer viver. Como eu posso ser culpada de não querer morrer?

— Sim, eu quero viver. Eu VOU viver, custe o que custar! — decretei com convicção.

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A jovem Uchiha passou três dias e três noites desacordada. Despertara na manhã do quarto dia, com dores por todo o corpo, principalmente no centro do peitoral, onde a marca estava. Kojiro estava no fogão preparando alguma refeição enquanto ela se levantava. Não ficou nem um pouco surpreso ao ver a jovem quase sentada em sua cama. Desligou o fogo e se aproximou.

— Muito bem, você sobreviveu. Estou surpreso com contigo. Eu duvidava de sua determinação no começo, mas vejo que estou errado. — Voltou-se até o fogão e encheu um prato com uma sopa que só tinha caldos. — Aqui coma, deve estar faminta. — Sentou-se ao seu lado. — Você completou o primeiro estágio, mas por agora você não possuí controle sobre tal marca. Em um momento de necessidade ela deve despertar e te dar uma força surpresa, mas não se engane que ela estará te ajudando. Muito pelo contrário, esta força vem da tentativa dela de dominar o seu corpo. Mantenha o seu espírito fortalecido sempre. Quando seu corpo se recuperar, você pode começar os treinamentos para passar a ter mais controle sobre ela. Mas, por hora, aproveite que acordou e se livrou do breve sofrimento. Parabéns!

Daquele momento em diante Takara tinha um poder que, talvez, poderia suprir suas falhas. A determinação e a coragem da jovem, determinaria se ela seria capaz de controlá-lo ou não. Mas, por tudo que passou naqueles poucos dias, o velho Kojiro que ela era a pessoa certa para confiar a maldição da terra.

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Despertei em um grito como quem acabou de sair de um pesadelo — não que eu não tivesse de fato saído de um. Ofegante, eu senti como se eu tivesse parado de respirar por horas e me senti desesperada por mais ar conforme meus pulmões pediram por isso. Por impulso do momento eu acabei me sentando de uma vez só. Minha mão direita repousou no meu peito conforme minha respiração voltava ao normal. Esse mero movimento foi suficiente para eu sentir uma dor aguda irradiar por todo o braço que movimentei, me obrigando a encolher o corpo para não gritar ainda mais. Aquele ardor intenso no meu peito não me permitiu esquecer o motivo de eu estar naquele lugar. Na verdade, toda a dor que eu sentia pelo meu corpo parecia estar irradiando daquele ponto que eu lembro de anteriormente ter sido alvo do jutsu de Kojiro. Meus olhos também precisaram de um tempo para se acostumar com a luz. Dos borrões que avistei ao meu redor somente um parecia com a silhueta de uma pessoa, por isso assim que ouvi a voz do velho eu pude saber que ali se tratava dele.

Apesar de ter ouvido tanto o som do prato sendo colocado na mesa à minha frente quanto o aviso de Kojiro, eu levei ainda alguns minutos para finalmente começar a me mover. Isso só foi possível quando a dor pareceu diminuir e eu acabei me arrastando para mais perto do prato com muito cuidado. Era como se qualquer esforço desnecessário naquele momento fosse me causar ainda mais sofrimento, então optei por me precaver. Respondi as afirmações do homem apenas acenando a cabeça de leve. O balançar para cima e para baixo indicava que eu tinha entendido tudo o que ele estava dizendo.

Eu não tinha percebido em um primeiro momento como eu estava com fome. Assim que encostei a sopa quente na minha língua e pude sentir o seu sabor foi como se todo o meu corpo finalmente tivesse despertado. Agora com mais energia ainda que devagar, eu me permiti aproveitar daquela refeição adequadamente. Só quando terminei eu ousei mover a boca para falar. Uma dor latente se alojou na minha garganta, mas não era forte o suficiente para me impedir de me comunicar.

— Eu vou dominar esse poder. — eu disse baixinho por ainda estar fraca. O meu coração, por outro lado, estava cheio de confiança — Você vai ver.

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