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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Primavera
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
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Convidado
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── ..até porque, não me lembro de ter te ensinado a ser um mandrião. ── As palavras ainda eram indiscerníveis, mas a voz certamente era familiar. Finalmente, abri meus olhos com o brusco abrir de cortinas. Quem era aquela silhueta indo para lá e para cá? Ah, sim, meu mestre, Haseo. E onde eu estava? Em meu quarto, deitado na minha cama. Faz sentido. Mas estas coisas nunca deveriam estar interligadas, certo? Por que o meu mestre estava no meu quarto? Isto é estranho. Eu me esqueci de algo ou... ── Ah, merda! Perdão, mestre! ── Expliquei-me, enquanto levantava inopinadamente. ── Olhe a boca, rapaz! Ou além de um molenga você também virou um marginal? Só pode ser o fim de minha carreira como mestre do templo. ── Retrucava o ancião. Normalmente, o meu descanso era no primeiro dia da semana, entenda bem. Então, quando cheguei em casa na noite do dia anterior, minha única preocupação seria dormir até o mais tarde possível. Então, passou-me de maneira completamente despercebida a atividade extracurricular que eu teria junto de meu mestre hoje. Então sim, se você está se perguntando algo como “é sério que esta é a história que você quer contar dos seus dias de infância?”, sim, realmente é esta. Mas não porque eu me atrasei para meu compromisso importante, nem porque o meu mestre teve de me acordar dentro de meu próprio quarto dentro de minha própria casa e fazer com que eu me arrumasse às pressas para acompanhá-lo em nossa designação, não. Na verdade, a importância desta história repousa sobre as consequências que dormir até tarde e acordar com o rosto carrancudo de meu mestre trouxeram. Posso dizer que realmente existem males que vem para o bem, mesmo que eu não pudesse compreender esta frase naquela época. Provavelmente é porque eu não sabia que encontraria uma das pessoas mais importantes de minha vida naquele dia.

[...]

── Sim, é claro que eu me lembro do compromisso em si! ── Continuava justificando-me para o meu mestre, embora, agora, estivéssemos caminhando nos calmos arredores de Kumogakure. Trajávamos o clássico manto marrom sob uma túnica com camisa e calças por baixo, todas com uma coloração levemente esbranquiçada e mantidas por um cinto marrom. É interessante que todos os tecidos utilizados são muito baratos, já que os primeiros fundadores dos templos da Força vieram de um continente pobre, e, portanto, esta tradição era mantida. Não obstante, éramos ensinados, também, que estas roupas simples e confortáveis refletiam o juramento de todo templário a uma vida de modéstia e humildade. ── Sim, sim mestre. A mestra Aayla me informou que faríamos um serviço comunitário. ── Continuei, replicando as severas investidas de meu mestre. ── Bem, desta vez será um pouco diferente. ── Disse-me, sabendo exatamente quais palavras emitir para que minha curiosidade efêmera fosse capturada. Mas já nos conhecíamos há alguns meses, e eu sabia exatamente como continuar este joguinho de palavras para me manter no lado vitorioso: bastava eu parecer compenetrado e responsável; o total oposto de quem eu era naquela época, se me permite confessar. ── Entendo, mestre. Não iremos entregar suprimentos para as cidadezinhas, então? ── Questionei, contendo a minha ansiedade enquanto fantasiava alguma resposta impossível como “não, hoje construiremos o seu sabre de luz”. ── Bem, iremos entregar suprimentos, sim. Mas será aqui mesmo, em Kumogakure. ── Concluiu, adicionando duas colheres de confusão à minha curiosidade. ── Aqui em Kumogakure? ── Repeti, ainda tentando entender a situação em que nos encontrávamos. ── Mas eu pensei que todas as pessoas que morassem aqui tivessem meios de adquirir o seu próprio alimento e as suas próprias roupas, não, mestre? ── Inquiri, legitimamente curioso. ── Nem todas, jovem En. Nem todas. ── Replicou meu mestre, entendendo que estas palavras me explicariam o suficiente para aquele momento. Como você pode imaginar, ele realmente não me conhecia naquela época ainda.

Desta forma, ambos ─ aluno e mestre ─ continuaram a caminhar em direção ao depósito do templo, onde coletariam suprimentos suficientes em uma caixa para realizar as entregas. ── Não. Hoje só realizaremos uma entrega. ── Diria Haseo para seu aluno indagador, deixando-o completamente confuso agora. Talvez por isto, ou talvez porque havia previsto que seria bombardeado por mais cem perguntas até que chegassem ao seu destino, o mestre resolveu iluminar mais um pouco seu aluno: ── Nós vamos para um lugar especial, hoje. É importante, também, que você mantenha o devido respeito quando chegarmos lá. ── Entoou, com um olhar tão carrancudo que demonstrava que ele sabia com quem estava lidando. Mas, na verdade, mesmo que não parecesse, o jovem aluno gostava deste importante trabalho; “há mais felicidade em dar do que em receber”, recitava um dos poucos provérbios que haviam sido gravados na memória do garoto. E ele vivia de acordo com este ensinamento, entendendo o prazer que existia em gestos de humanitarismo. As pequenas caixas de madeira tinham alças para que fossem acopladas em uma pessoa como um tipo de mochila feudal, e era assim que Haseo e seu aluno, Enmei, percorreram todo o trajeto até o local de sua missão. Este, por sua vez, era uma mansão grande sobre uma colina insolitamente esverdeada, um bioma raro no País do Relâmpago. A construção, por sua vez, gozava de algumas características muito diferentes das demais construções que Enmei havia visto: arcos em ogiva, abóbadas em cruzaria e arcobotantes, termos estes que ele só realmente compreenderia anos mais tarde. A mansão, então, parecia uma catedral gótica saída diretamente dos livros que o menino havia começado a gostar.

Acho que fui capaz de manter minha compostura, talvez apenas arregalando um pouco meus olhos ou abrindo a minha boca um pouquinho. E, mesmo que estes pareçam sinais de surpresa, não refletiam nem metade da admiração que eu senti por aquela construção, devo declarar. Era muito grande, e parecia ser muito antiga também. Mas, acima de tudo, era muito bonita. Possuía uma elegância incomparável, e o desgaste que o tempo trouxe sobre algumas partes de sua estrutura pareciam apenas realçar a sua beleza, como uma arte Kintsugi. Os leves sons dos passos de meu mestre por cima da calçada escura que perscrutava a grama me tiraram de meus pensamentos, devolvendo-me para a realidade. ── Não fique aí olhando. Vamos entrar. ── Convidou-me, entendendo que eu já havia gostado daquele lugar. Acelerei os meus passos para retornar para o lado do mestre Haseo enquanto ele me dava mais detalhes a respeito do lugar em que estávamos: ── Existem alguns destes lugares espalhados por todo o país. Eu estar te mostrando um destes lugares e estar te contando sobre a existência deles mostra o quanto o templo confia em você, En. ── Ressaltou com sua grave voz antes de continuar. ── Kumogakure é um vilarejo muito grande. A maior potência do país. Desta forma, é comum que famílias refugiadas, desamparados e fugitivos inocentes busquem abrigo para estes lados. ── Explicou, embora isto levantasse mais dúvidas em minha mente do que respostas. Antes que eu começasse a formular perguntas, entretanto, obtive mais explicações: ── Uma das fundações dos ensinamentos da Força é a generosidade abnegada. Então, em um esforço de mostrar favor aos desfavorecidos, os cavaleiros templários de tempos antigos erigiram várias destas construções em lugares escondidos. ── E, realmente, era um lugar escondido o suficiente; estávamos dentro dos limites de Kumogakure, mas em um lugar difícil de se achar e sem movimento nenhum. Já fazia cerca de trinta minutos de caminhada que eu não havia visto mais ninguém. Neste ponto da conversa, eu presumi já ter entendido tudo. ── Então nós vamos entregar suprimentos a estes refugiados? ── Perguntei, certo de que havia entendido nossa situação. ── Sim e não. ── Me foi respondido, ressaltando a parte que eu detestava de respostas abstratas.

── Todas estas mansões são especiais, pode-se dizer. São abrigos para pessoas que chegaram aqui quebrantadas e desamparadas. ── Continuou explicando, agora parando de frente para os grandes portões escuros que separavam o restante do lugar da paisagem que o envolvia. ── Mas pode-se dizer que esta aqui é ainda mais especial. – Olhei para meu mestre com um olhar que o impelia a explicar-se. ── Embora você tenha sido uma exceção, já que foi dado ao templo basicamente desde o seu nascimento, não é o único com talentos excepcionais e que se manifestam em seus primeiros anos de vida. ── Disse Haseo, com um olhar que pulava de mim para os portões e depois para as janelas e portas da mansão. ── Você teve sorte de nascer em Kumogakure. Mas, outras crianças, não. ── Ensinava, enquanto semicerrava seus lábios e realizava um gesto afirmativo com sua cabeça, cumprimentando à distância um homem que se aproximava. Era esguio, mas ágil embora idoso. Trajava roupas tão diferentes quanto a casa de qual saía, e, na verdade, seus trajes sociais possuíam o mesmo tom de cinza que a grande construção, também. ── Mestre Haseo! Pois bem, esta é uma grande honra para nós! ── Tomava a iniciativa de dialogar o velhinho de aparência branda, enquanto abria os portões para que entrássemos. A sua atenção se voltou para mim quando passei diante dele. ── Minha nossa! Seria possível que o grande mestre superintendente Haseo finalmente tenha escolhido um Padawan para lecionar? ── “Padawan” significa aluno. Porém, mencionar esta palavra evidencia que ele conhece a linguagem usada dentro do templo. ── Não o elogie tanto, Watari. Ele já faz isso o suficiente por conta própria. ── Redarguiu meu mestre, fazendo com que eu o olhasse com severidade. ── Bem, bem. ── Esforçou-se em mudar de assunto o gentil mordomo. ── As crianças estão muito bem. Creio que ficará feliz em ver o crescimento de todas elas! ── Animou-se em falar. Caminhávamos, agora, em direção às grandes portas escuras que se erguiam após alguns degraus de escadaria. Ainda me lembro o quão ansioso e curioso eu estava naquela época enquanto subia as escadas e me aproximava das portas. Não sei ao certo o que eu esperava ver, mas com certeza era algo tão fantasioso quanto o sabre de luz que eu sonhava em empunhar naqueles dias.

HP: 500/500 ─ CH: 900/900 ─ ST: 00/05
Anonymous
Convidado
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neve & centelha

Um trecho da aflição que me incomodava ecoava diretamente do abismo devorador das minhas lembranças. Era complicado isso, ter tão poucos anos vivenciando os detalhes do mundo, sejam bons ou ruins, e parte deles ser levada em um instante repentino. Talvez a engrenagem estragada desse processo todo seja a coceirinha na mente que a experiência trouxe consigo, algo sempre lutava para emergir e tomar fôlego antes de ser consumido pela dor de cabeça alastrada como vento forte, impiedosa e possessiva com as fraquezas no seu caminho.  

Deixei o pincel cair quando a mão tentou alcançar futilmente a dor, mas a testa barrou o trajeto. Corri os olhos rapidamente ao encontro do lobo, enrugando o sobrolho o suficiente para que o mandasse ficar quieto antes mesmo de começar a falar, sabe-se os deuses como.  

ー Procurar ajuda iryō da Nuvem não seria tanta burrice assim. ー Por mais que o grave acentuado e a calma em uma voz não sejam características muito sociáveis entre si, era a exata sensação que o vibrar da garganta do lobo trazia aos bons ouvidos. Às vezes conseguia me enganar e soar com a estranheza de quem ouve pela primeira vez.  

ー Isso porque você ainda é ingênuo quando o assunto é sociedade e comportamento humano – descarreguei o pesar fingido das sobrancelhas e peguei o pincel do chão – Se eu mesmo tenho desconfianças a meu respeito sabendo das coisas como elas são, não espero nada menor que o dobro disso de qualquer oficial.  

Tentei fazer o foco voltar a fluir pela tela, mas os pensamentos foram altos o bastante para domar as cordas vocais.  

ー E se eu for uma armadilha do inimigo?! ー voltei a buscar a profundidade dos olhos de Rá, dando-lhe a visão de um sorriso curioso e desafiador.  

Sobre O Lugar não convém todos os detalhes nessa história, apesar de que o que será contado carrega informações provavelmente não contados por mais que duas pessoas antes de mim. Não dessa forma, pelo menos. Chamo-o assim – O Lugar – por ser a maneira mais fácil de se referir quando queremos manter a discrição do lugar para onde vamos ou de onde viemos, além de ser um costume informal, mas rigidamente cultural, nenhum dos acolhidos pela casa deixar escapar o nome verdadeiro do que servia como lar e família. Àqueles que aprendem ver e ouvir, os nomes das coisas podem dizer muito sobre quem ou o que eles pertencem. Também fui tomado pela estranheza de repetir “lugar” incontáveis vezes um dia desses, até não reconhecer a palavra como normalmente deveria.  

Como um organismo vivo, O Lugar funcionava fragmentado em funções específicas para cada um que compunha o sistema. Os acolhidos deveriam dedicar-se aos seus cronogramas e atribuições da casa sem qualquer brecha para displicência, tendo três horas diárias de luz solar para tratar de questões pessoais e mais três para treinamentos específicos. As minhas três para coisas pessoais acabaram prematuras com o sinal perturbando meu chakra e me arrastando de volta aos deveres de sensor do Lugar.  

ー Ainda faltam cinco minutos, será que devo me preocupar com esses dois se aproximando? ー perguntei ao lobo enquanto já preparava a tela para ser descartada e juntava as tintas e pincéis.  

Três fungadas no ar e os dois cheiros estranhos se mostraram nítidos e chamativos ao focinho de Rá.  

ー O velho provavelmente já os sentiu a quilômetros. Não sei porque ele ainda te coloca pra cuidar disso ー o tom do animal foi tão despreocupado quanto seus músculos se espreguiçando e tirando-o do conforto que o chão aquecido pela lareira trazia.  

ー Ele pode ser bom, mas não deixa de ser velho e pouco resistente. Vamos.  

A única forma de andar apressado pelas pedras que se estendiam como chão dos corredores do Lugar sem fazer barulho, seria tirando do pé qualquer coisa sólida calçada. O ecoar dos passos avisava para cada um dos cômodos atrás das inúmeras portas que eu estava passando, apressado e curioso, sempre acompanhado das quatro patas companheiras de ritmo e talvez de curiosidade. No final do caminho um parapeito interno de mármore, retorcido e entalhado em ramos e algumas flores esporádicas, alto o suficiente para quase alcançar meu peito, já que não desfruto de uma altura tão grande quanto eu gostaria. Ele protegia de uma queda de três metros, talvez, que daria ao salão de entrada se você sobrevivesse. Naquele horário as aberturas ornamentais do teto livrariam o caminho para a luz que vinha de trás me escurecer ao ponto de me tornar uma silhueta, negra e quase indecifrável se os olhos de quem mirasse da entrada do Lugar não fossem tão bons quanto os meus. Sempre majestoso e impassível, Rá sentou ao lado sem conter a curiosidade acerca de quem entraria.  

Era comum recebermos visitas vez ou outra durante o mês, geralmente elas resumiam-se em dois propósitos: oferecer oportunidade a um de nós por nos destacarmos em alguma coisa ou por simples necessidade, ou para entregar doações e oferecer algum tipo de serviço. Independentemente do que se tratava, elas sempre capturavam a atenção de todos os acolhidos. Além da curiosidade estampada na minha presença debruçada no parapeito, esperando para que entrassem logo, meus ratos de tinta faziam companhia a outras crianças dispersas pela amplitude gigantesca e detalhada do salão de recepção, algumas incapazes de serem vistas sem o devido costume a nossa rotina. Dois ou três animais representavam os companheiros que por algum motivo não puderam estar ali.

ー Quem você acha que vai dessa vez? ー perguntei quase sussurrando e fui silenciado por um “shh” ainda mais baixo.

HP [650/650] | CH [1300/1300] | ST [0/5]

Considerações:
Equipamentos:
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Convidado
Assim que as grandes portas de mármore cinzento se abriram diante de meu frágil e pequeno corpo, senti que estava sendo gradativamente puxado para algum outro tipo de dimensão paralela. Na verdade, para a minha mente de seis anos de idade, esta explicação provavelmente pareceria plausível; é uma mansão de arquitetura nunca antes vista que repousava sobre uma colina no meio do nada, afinal de contas. Antes que esta teoria e muitas outras resvalassem para dentro de minha pequena cabeça, contudo, as informações que meus olhos me revelaram sobrepujaram qualquer outro pensamento eminente. O seu interior era tão ímpar quanto as belas características que capturaram a minha atenção do lado de fora: O mármore que vinha da porta como que “caminhava” pelo chão de madeira escura, compondo, posteriormente, alguns balcões, mesas e escadarias. Tudo, desde a divisão de cômodos até a maneira em que os móveis eram posicionados era completamente diferente. Indubitavelmente, este tipo único de decoração contribuiu grandemente para que eu sentisse como se estivesse entrado em um lugar mágico. Sorri com o canto de minha boca ao me lembrar de um livro que li quando criança, a “Mansão Wammy para Amigos Invisíveis”, e fiquei esperando, a qualquer momento, algum tipo bizarro de touro lilás com dentes caninos protuberantes chamado Eduardo pular para fora de alguma porta diretamente na minha frente. Ao invés de um touro fantasioso, contudo, o que pulou em minha direção foi uma pequena menininha. Assim que as portas se fecharam, um silêncio pacificador instalou-se sob todo o local, e poucas coisas podiam ser ouvidas além dos passos de meu mestre e de Watari. Agora, eu também podia ouvir alguns sussurros vindos da porta em que a pequena criaturinha saiu, embora eu não pudesse discernir muito bem o que estava sendo dito. Com um sorriso amistoso e ciente de que havia sido fisgado por minha fraqueza por pequenas garotinhas, aproximei-me com cuidado. ── Olá! ── Tentei soar convidativo o suficiente, flexionando levemente os meus joelhos para aproximar a nossa altura. Como toda garotinha, ela era tímida, mas conseguiu devolver-me o sorriso, mesmo que breve, enquanto olhava ressabiada para a porta de onde saiu. Aproveitei este pequeno momento para vasculhar os meus arredores em busca de meu mestre, embora ele não estivesse em mais nenhum lugar em que meus olhos pudessem alcançar. Será que este lugar era mágico, mesmo, e eu acabei me esquecendo de que era, vítima de um feitiço?

── Meu nome é Enmei. ── Continuei, mesmo não tendo obtido nenhum cumprimento que passasse de um breve sorriso. Agora, me sentei no chão, entrelaçando as minhas pernas, já que a menina não parecia querer levantar também. ── Escreve-se com “Guerreiro” e “Urso”. ── Descrevi os kanjis que eram utilizados para compor o meu nome; um velho costume de Kumogakure. ── Será que posso saber o seu nome? ── Instiguei, esticando a minha mão esquerda para afastar uma mecha de seus cabelos dourados de um de seus olhos, pendurando-o por detrás de sua orelha. ── H..arumi... ── Finalmente me disse, ainda mais tímida. Outro sorriso de sua parte, contudo, me indicava que eu poderia estar indo pior. brRRrrRR. O ronco de seu estômago alardeou-se por todo o corredor, e o silêncio predominante apenas ressaltou o som. Parcialmente cerrando seus lábios, os olhos verdes de Harumi saltaram para longe dos meus enquanto suas mãos cobriam a sua barriga. ── Bem lembrado, estômago da Harumi-chan! Eu estou morrendo de fome. ── Aproveitei o momento, lembrando-me de que eu não estava carregando um peso imenso em minhas costas para nada. Tirei uma alça e depois a outra de meus ombros, posicionando a pequena mochila rudimentar entre mim e a menininha. Rapidamente trocamos olhares enquanto eu a abria, e me certifiquei de que sua atenção estava sendo mantida cativa por meu pequeno teatro. Assim que abri o recipiente, retirei duas pequenas tigelas tampadas de dentro. Coloquei uma das tigelas próxima de mim e, a outra, próxima dos pés descalços de minha nova amiga, mesmo que ela não soubesse de seu novo título ainda. ── Bem, temos sorte, Haru. ── Manter a conversa ativa, mesmo que fosse de maneira unilateral, era importante. ── Parece que eu tenho exatamente duas porções de Gyūdon hoje! ── Entusiasticamente anunciei, retirando de dentro de minha mochila, também, dois pares de hashi para que pudéssemos comer. Posicionei o dela sob a sua comida ainda tampada, e mergulhei os meus dentro da comida de uma vez. Comi uma pequena porção, devolvendo os meus talheres ao prato enquanto triturava a carne com mordidas repetidas. ── Mmmmm. ── Entoei. ── Surpreendentemente, está delicioso, Haru. Não está com fome? ── Despreocupadamente inquiri, rebuscando por mais alguma coisa dentro de minha mochila. Enquanto minha visão periférica revelava a menininha esticando as suas mãos para pegar a sua comida, retirei mais alguns embrulhos e enlatados e os coloquei à minha direita, para dentro da porta em que ouvi os murmúrios que agora haviam se silenciado. ── Você tem amigos, Haru? ── Perguntei sem fitá-la, evitando minar a sua coragem em começar a comer. ── Bem, se você tiver, estas aqui são para eles, sim? ── Concluí, indicando com o meu queixo as porções do lado de dentro da porta. Dentro de vinte segundos, os quatro embrulhos haviam sumido para dentro do cômodo por mãozinhas leves. Sorri novamente. Eu amava este trabalho.

Acreditei que estava fazendo progresso com a menina que havia me chamado a atenção até então. Consegui fazê-la sorrir e, agora, trocávamos poucas palavras enquanto saboreávamos nosso Gyūdon. Pude descobrir poucas coisas: Ela havia gostado do apelido “Haru”, estava preocupada com um “Artemo” e havia adotado Watari como seu, em suas próprias palavras, “vovô salafrário”. Já que eu não podia fazer muitas coisas com a primeira e a última informação, resolvi investigar a única possibilidade que me restava: ── Quem é Artemo, Haru? ── Interpelei, tentando replicar o meu tom despreocupado de antes para que minha curiosidade não transparecesse com tanta intensidade. A boca de Harumi dançou para um lado e depois para o outro de seu rosto enquanto olhava para cima, evidentemente tentando confabular uma resposta. ── Ele não está aqui há muito tempo. Ele não fala com a gente... ── Confessou com sua doce voz que conseguia tornar fácil de ouvir tudo que ela falava. ── Ele desenha muito bem! ── Continuou, num pequeno surto de energia positiva e com um lindo sorriso que me acalentou o coração. ── É mesmo?! Agora fiquei curioso. ── Tentei simular sua animação para mantê-la sorridente e feliz, embora este esforço tenha aparentemente sido em vão. Um ou dois segundos depois de me ouvir, um ar desamparado tomou seu semblante. ── É difícil ver ele. ── Conformou-se, lançando dúvidas em minha mente, também. Como pode ser difícil ver alguém que mora sob o mesmo telhado que você? Ah, como eu era inocente naquela época. ── Bem, Haru! ── Soltei a minha própria onda de animação desta vez, capturando a atenção de seus olhos novamente. ── Se você me apresentar os seus amigos, prometo que vamos ver o Artemo daqui a pouco. Ele deve ser legal. Que tal? ── Acontece que você só pode alimentar energia o suficiente para uma criança. Caso contrário, ela se transforma em um pequeno diabrete que parece tentado a testar os limites de sua paciência. E, para o meu detrimento, eu tinha bastante paciência.

[...]

Pleck. Pleck. Pleck. Pleck. Enmei e seu novo grupo de amigos subiam as longas escadas de mármore, e pareciam eufóricos. Na verdade, o ninja do templo de Kumogakure mantinha certo controle sobre sua animação, como que se estivesse demonstrando-a apenas para deixar as outras crianças felizes. Harumi estava montada em suas costas como se o segundo kanji de seu nome significasse “cavalo” ao invés de “urso”, enquanto Tenma, um garoto estranhamente talentoso em bater carteiras guiava-o impetuosamente por puxá-lo por uma das mãos. Zoro, por fim, seguia os três correndo em círculos em volta de Enmei como se um surto de açúcar estivesse o controlando. ── É ali, Enmetsu! No final do corredor! ── Bradava Tenma das mãos leves. ── É Enmei!! ── Repontava o mais alto entre eles e que agia como um líder que não escolheu ocupar o cargo. Respirou fundo e avançou lentamente, já que a visão da porta no final do corredor parecia uma continuação dramática de um filme de suspense, se não fosse os chutes na bunda que recebia de Zoro para que chegasse “logo na maldita porta!”. Knock knock knock, bateu Enmei. ── Olá! ── Saudava, antes de colocar a sua mão na maçaneta e girá-la, permitindo que a luz que vinha do corredor ─ tudo que ele representava ─ invadisse a escuridão que bailava dentro do quarto isolado ─ tudo que o seu habitante representava, embora nenhum dos dois soubessem de seus papéis. Ainda.

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