[Rastreamento] Passos inesperados.

Não havia modo para encontrar Sanada. Dentro de toda aquela árdua trajetória shinobi, seguindo como poucos as pegadas do caos e o cheiro de morte que permeia o ar, nunca me deparei com ser tão resguardado em suas sombras quanto aquele Jashinista. Cruzamo-nos poucos dias antes de batermos em retirada daquelas terras; alcançando voos que para mim e para King vinham sendo os mais altos já alcançados. Era o terceiro ou quarto cigarro sobre o mesmo ponto do chão, e já havia tentado chama-lo através da porta de aço algumas vezes, no entanto, nenhum sinal de sua massa tenebrosa. "Talvez não resida mais por esses lados." Havia me acolhido em um treinamento intenso na vez anterior, quando deparou-se com um Reken totalmente adoecido e inexperiente ao que tangia aquela marca deixada para trás após o sequestro nas minas próximas de Iwagakure; o modo como havia auxiliado no controle de todo aquele chakra subscrito em meu corpo e alheio ao meu poder natural e genético me convenceu o suficiente de suas capacidades. No entanto, saber onde eu estava quando o passado ocorreu não queria dizer que encontraria as respostas que o presente necessita. Meus passos seguiram o beco e minha estrutura já não se importava mais com toda aquela chuva incessante e velha conhecida, cuspida pelos céus de forma tão inexplicável quanto o que nos gera vida e o fruto da alegria humana. -Jashin recompensa aqueles que seguem seus passos. A voz era oriunda do meu flanco esquerdo e alguns metros para trás, como se eu tivesse passado por algo sem notar sua presença; e isso raramente ocorria. "Sanada!"

-Soube dos homens que tomaram Iwa. Sua voz era soturna e sua presença parcial entre as sombras do edifício. Maníacos se reconhecem, e aquela figura era uma de ímpeto tão violento e sádico que confrontava em graus elevados comigo. -Interessante que um deles me lembrou muito você, Reken. As descrições que deram era que a Morte portava asas brancas. Sorri. Ele não era direto, tinha na subjetividade sua maior arma e utilizava daquilo para arrancar até suas feridas mais sombrias. -Eu meu irmão de fronte nos dispomos nessa incursão, não deve ser novidade para você. Ele impunha sua presença como um demônio e aquele nosso diálogo, se interrompido, cessaria grande mau na terra. -Vim até Amegakure como resposta à uma invasão. A fumaça que cobria o campo entre nós não foi o suficiente para esconder o movimento mínimo de atenção que vi por trás de seus óculos alaranjados. -Preciso de auxílio, Sanada. Irei dominar a Chuva sob comando de Iwa, no entanto, preciso saber o que anda acontecendo por aqui. Sua capa escarlate abriu de dentro para fora, fazendo com que a mão enluvada do homem passasse a gesticular junto da frase que jogaria sobre meus colo. -As coisas andam típicas desde que partiu. Temos somente uma pessoa nova nas redondezas que pode chamar sua atenção, mas tudo que ronda esse homem são rumores. Gargalhei. -Ninguém é tão cercado de rumores quanto você. Ele ponderou. -Ele parece ser diferente, algo que vale a pena ser visto com seus próprios olhos. Pisei sobre o fumo abraçado pela poça. -Tudo bem, e onde encontro este homem? Sua mão recolheu-se à capa novamente. -Dizem estar morando em um velho castelo nas extremidades da vila. Não sei onde exatamente, no entanto, não deve ser difícil de encontrar algo tão grande em uma vila não tão grande assim. Um som veio do beco transversal ao nosso e deteve minha atenção por um breve momento. -Não sabe de mais... Contive o sorriso comigo mesmo. "Típico." Sanada havia sumido e novamente lá estava eu, sozinho no ventre do destino; no entanto, desta vez carregando um norte. Um suspiro intenso guiou-me rumo à nova etapa daquela estadia.

CH: 4025/4025; HP: -/-; ST: 0/6

considerações:

Itens e afins:

Convidado

Sáb 18 Jan 2020 - 18:27

Ok.