Iwagakure já estava se estabelecendo com o novo poder. Civis já aceitavam a ideia e permitiam-se acreditar que era melhor assim. Que King e Reken talvez fossem os melhores a se ter no poder. A ditadura já parecia ser o melhor poder possível para a Pedra. Vilarejos rivais, porém, cientes da mudança decidiam testar Iwagakure. Shi deveria honrar seu apelido, afinal, recebera informações de que um Vilarejo rival está armando um ataque contra a Pedra.

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@Sly
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Algo tão rotineiro quanto aquele velho wisky em meu copo, era meu olhar que movia peças imaginárias sobre Iwagakure através da extensa vidraça do quarto. O tempo ali durante a madrugada era reconfortante; acompanhado de tabaco e toda a solidão que a vida me servira. Aquele era o suntuoso quarto que havia arrumado para ficar desde que chegamos, tratava-se de um local seguro entre os edifícios rochosos mais altos da cidade; dali, podia ver o gabinete de King e vislumbrar um vilarejo tão próspero quanto minha imaginação podia projetar. "Daqui, temos que alcançar o Centurion." Havia apelidado aquele projeto de defesa territorial por possuir tal característica, era de fundamental importância naquele momento e entre tragos e goles, podia migrar por ideias distantes de glória. Ban e Akira saíram em missão, algo que tanto eu quanto meu irmão de guerra sabíamos que poderia traçar um novo rumo para o que fazíamos ali. "Eles não irão falhar." Era mais sádico do que carismático o meu pensamento, afinal, eles haviam recebido o recado.

A chuva era anunciada ao longe pelos trovões enquanto movia-me discreto pelo solo, encostando à esquina onde se localizava minha residência. Ao longe uma figura enigmática, seu sobretudo bailava com o vento que anunciava a tempestade e a porcelana em sua face entregava suas motivação. -O que trouxe pra mim, Kayjin? De dentro do casaco sua mão enluvada sacou um envelope. -Estão planejando uma invasão. É uma forma de ataque político pelo o que fiquei sabendo, antes que você e King se estabilizem direito. Apanhei o papel e sorri, tive certeza que ele também, por trás daquela máscara escarlate que o ocultava. -Ótimo trabalho. Faça com que essa informação chegue até a inteligência, enquanto isso irei me adiantar. Abaixou o crânio mas não o ergueu em afirmativa, antes mesmo sumiu em fumaça. "Ótimo!"

Meu corpo era rápido e se movia entre rochas enquanto avançava ao Oeste. "Acabou tornando-se inevitável, então." Quando resolvi descer, antes que a raiva da noite atingisse seu ápice e os céus cuspissem sua revolta, foi quando Kayjin me encontrou. "A informação é confiável e o trabalho tem que ser feito esta noite." Ele era um ótimo informante e a pessoa chave que vinha mantendo minha conexão ativa e adiantada ao sistema interno do vilarejo. "É especialmente bom eu me adiantar nesse caso." Conhecia Amegakure, meu passado por aquelas terras, sua chuva incessante, a doença que ainda me abatia mas que lá levou-me por terra; a Chuva havia deixado muito mais marcas em minha mente do que sua umidade sobre meu corpo. A facilidade tomada naquela ocasião eram o fato de ambos os locais fazerem fronteira, e as rotas que me guiavam mais rapidamente até toda aquela industrialização eram geralmente as utilizadas por animais das montanhas; trilhas selvagens utilizadas como atalho, afinal, minha saúde ainda não havia se restabelecido e esperava chegar em poucas horas tendo fôlego para uma ofensiva.

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Atacar o vilarejo de imediato talvez não fosse o melhor a ser feito. Não agora. Se simplesmente destruísse a vila da Chuva e fizesse civis sucumbir, o mundo provavelmente entraria em desacordo com Iwagakure. Desavenças não eram bem vindas no início do mandato de Shi e King e, sendo assim, a melor alternativa era infilltrar-se e buscar provas de que Ame estava armando contra Iwa.

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@Sly
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O tempo passado ali havia sido conturbado. Encontrei-me com King em seu gabinete antes de rumar à Chuva, ao sermos procurados por Ban e Akira me vi frente a lembranças daquele local. "Estar aqui é uma ironia da vida." Movia-me de forma esguia pelos mesmos becos que outrora carregaram meu corpo enfermo. Retornar hoje, pouco tempo após partirmos; debilitado porém, centrado, era glorioso. Mirava com cuidado o caminho e ocultava-me pelo gorro que me cobria, utilizando-me da Desumasuku -conquistada no dia de nossa partida daquele vilarejo, e nunca vista naqueles arredores- para evitar ser reconhecido. O fato de levar à Jashin todos aqueles que confrontava; e até mesmo os que não cruzavam estes trilhos, me dava uma certa vantagem quanto à identidade. No entanto, nada era absoluto. Meu destino era único: O cassino. "Ame Casino se bem me recordo." Lembrava sua localização, fora o local onde atingi um nível de evolução em específico de uma forma inusitada para alguém que vive em combate e politicagem. "Continua icônico."

O beco e sua escuridão que me ocultava era frontal à fachada de meu destino. Pilares de pedras polidas sustentavam uma marquise igualmente trabalhada em rocha; era do tipo diferente da que temos no vilarejo, era acinzentada como granito. Sua parede externa era composta da mesma forma: Saliências formadas por pequenas pedras encaixadas umas as outras. O segurança a porta não era o mesmo da vez anterior mas o local estava visivelmente cheio como nunca. Me fiz oculto em uma transparência que supera a natureza inerente ao camaleão. Completamente invisível atravessei a rua; "Havia me esquecido como tudo é deserto por aqui." As coisas daquele lado da fronteira se resumiam muito a locais internos, já que todos os dias a chuvas caia de forma incessante dos céus. O segurança não tardou a dar uma brecha para a passagem da jovem e bela mulher, eles não eram shinobis, afinal, tinham que cuidar apenas de bêbados e o fato do cassino ser voltado para apostas de atividades ninjas, atraia muitos militares para o local buscando testar sua força e beber alguma coisa. O som era abafado do lado de fora, porém, ao adentrar, a recordação da vez anterior na qual ganhei do grande Campeão vieram como uma onda. E fluido como a água e translucido como o mar, avancei ao banheiro. Era algo que precisava ser feito caso eu quisesse me mover de forma mais livre por aquela redondeza. "Pelo menos alguns devem ter algum desenho da minha aparência." Os pensamento fluíam enquanto madeixas rubras caíam sobre a água sanitária no vaso. Com o auxílio de uma kunai, retirava aos montes o cabelo longo que possuía deixando-o o mais curto possível naquela ocasião -no final, restavam fios vermelhos e espetados aos montes e reduzidos à um dedo-. "Talvez ajude."

O porcelanato utilizado para ocultar minha face era posto no bolso interno do casaco que ocultava de forma satisfatória as lâmina que carregava comigo. Meus olhos fitavam o ambiente buscando encontrar o grupo certo. Bebericava o whisky; velho companheiro para todas as ocasiões. Não podiam ser experientes demais, tinham que ser jovens empolgados que pudessem cuspir qualquer tipo de informação útil e que me levasse à algum lugar. Ame Cassino era o local certo, afinal, tinha bebidas, mulheres, jogos, e toda a esbórnia que esse montante gosta. Livre de qualquer coisa que ocultasse meu rosto, buscava me mover de forma discreta entre multidões alheias ao seu redor, inertes em sua diversão e prazer momentâneo. "Achei!" O jogo que assistiam era clássico ali no cassino: Arremesso de kunais. Assistiam à disputa próximos do bar e eu sentei-me próximo deles, me posicionando de costas. -Por favor, mais um whisky. As luzes que piscavam de forma incessante do lado de fora do quadrilátero central onde ocorria o confronto entre os arremessadores me dava uma certa vantagem para escutar parte abafada do diálogo dos três jovens com insignias de Ame. "Nunca havia visto militares carregando bandanas por aqui." Acendi um cigarro e divaguei meu pensamentos naquela conversa de maneira profunda, entre goles e tragos. -Vocês vão ao quartel amanhã? Provavelmente era um grupo novo que estava sendo treinado. "Posso imaginar que sejam de turmas diferentes." No entanto, aquela frase única que havia fisgado do mais baixo dentre eles me deu por satisfeito após ouvir mais alguns minutos de conversa ao vento e interceptada pelo locutor sobre o palco. "Então eles efetivaram a ativação de um quartel militar! Ou será que já estava estabelecido mesmo quando passamos por aqui?"

Esse tipo de construção geralmente se situa próxima do prédio da liderança política do local; acaba se tornando um teor estratégico de defesa, após estabelecer sub-bases em pontos chaves de proteção do território. Apostando nessa teoria rumei entre as vielas industrializadas sentido a região mais central de Amegakure, local onde outrora havia visto um prédio chamativo o suficiente para corroborar minha aposta. E não tardou para que, após cruzar entre esquerdas e direitas, novamente encontrassem meu destino; desta vez saindo de forma lateral ao grande edifício. Agachei-me e flexionando as articulações foram necessários alguns saltos para que atingisse o topo da construção ao meu flanco esquerdo; dali a visão era panorâmica e total. Oculto pela face do Shinigami e o capuz analisei os arredores do que suspeitei ser o edifício central do vilarejo e após uma rápida analise me deparei com o tipo de construção inconfundível. "É incrível como os edifícios militares são todos idênticos." O erro do Punho de Ferro é a uniformidade. Algo lá era estranho, todas as luzes estavam apagadas exceto pelos refletores externos que intimidavam os civis. "Interessante."

Meu corpo se desfez em papéis e avançou de forma tranquila e silenciosa sobre as luzes miradas ao solo até alcançar uma janela entre aberta no último andar do prédio concretado. O corredor era escuro, frio e envolvente; os origamis uniram-se de maneira orgânica dando origem ao meu corpo no centro do local. "Não há ninguém nem fazendo guarda?" A lógica era o que me guiava para agir da forma mais incisiva naqueles momentos. Buscava a sala do comandante daquela divisão atrás de informações, não parecia normal aos meus olhos encontrar shinobis no cassino e não encontra-los em sua base. A porta de madeira ao final do corredor não me surpreendeu, embora o que tenha realmente me pego de surpresa tenha sido o que havia encontrado na gaveta daquela vasta mesa de madeira maciça. "A Cúpula - 'Ao Norte o que lhe Oculta lhe Abriga" Aquela carta com um selo oficial era suspeita o suficiente para que aquela frase não soasse apenas como poesia, mas sim como um enigma sobre a localização de algo ou alguém. "Essas palavras maiúsculas." Algo ali me soava razoavelmente estranho. Sentei-me sobre a poltrona central da sala e permaneci em silêncio, inerte em minhas linhas neurais. "Ao norte?" Não fazia sentido algum sem um ponto referencial claro naquele momento, era apenas um apontamento vago caso fosse algo concreto. "E se a referência for o próprio quartel?" E então as coisas começaram a fazer sentido. O que havia ao norte de onde eu estava naquele momento? O grandioso edifício com suas chaminés preponderantes que até então vinha levantando alguma suspeita sobre ser do atual líder de Amegakure.

Podia observa-lo da parte superior do quartel; oculto pela noite, pela chuva e pela distância. Me restavam dúvidas a serem sanadas antes da incursão; O que era 'A Cúpula'? Eu havia entendido o que ela ocultava, o QG de quem o via vindo do norte. No entanto, quem ou o que ela abrigava. "Isso ta ficando estranho." A fumaça do cigarro se perdia em meio a chuva.

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Os tragos profundos permitiam que a ansiedade de Reken fosse amenizada, o vislumbre total de Ame também era confortável e de certa forma nostálgico, por mais que a visita atual não fosse num cenário muito positivo. O jogo de palavras da carta ainda batucavam na mente de Shi, que continuava a tentar desvendar o mistério por entre a charada quando, por fim, lembrava-se da frase que ouvira no Cassino: "Vocês vão ao quartel amanhã?"... e se aqueles ninjas estivessem se referindo a tal cúpula? A angústia e ânsia o fazia caminhar e refletir por entre os corredores do prédio. A escuridão só era clareada pelo ponto de luz que seu cigarro causava mas o Shinobi certamente daria seu jeito de analisar perfeitamente todo o lugar. Notaria que logo atrás de si havia uma longa mesa redonda, envolta por diversas cadeiras. Desceria um lance de escadas e perceberia que havia uma sala ampla, com uma pequena mesa e um microfone, no fundo. Aqueles garotos certamente não eram pessoas passíveis de participar de uma cúpula que aparentava ser tão importante, e então, o que fariam ali no quartel? Haveria alguma palestra naquele andar? Ou seria onde todos os militares receberiam as ordens e ouviriam a estratégia de invasão? Inquieto subiria novamente e notaria que as cadeiras não estavam perfeitamente colocadas ao lado da mesa, duas ou três estavam um tanto quanto afastadas e na mesa havia copos vazios; aquele local havia sido habitado momentos antes.

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@Sly
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Meu corpo era a massa escura e solene que vagava uniforme pelo interior do edifício. Me parecia um local então, igualmente inabitado e as suas escadas de concreto me remetiam ao interior de qualquer outra construção de Ame. "Patéticos." O corredor ao término dos degraus alongava-se extenso; abraçado pela noite e toda o seu silêncio mortal à psique. Invadi a intimidade daquele local até alcançar aquela sala. "No mínimo interessante." O microfone ao fundo era o destaque. "Me parece um auditório ou algo do gênero." Mesmo imerso em trevas vislumbrava o local com certas ressalvas. "Parece que algo ocorreu aqui." Aquele ambiente não me cheirava bem, assim como toda a situação que via desenrolar-se diante de meus olhos. Voltei-me para trás e com passos acelerados migrei pela noite novamente, fazendo me guiar pelo caminho que me levara até ali.

Atingi uma sala posterior que me surpreendeu ainda mais com sua disposição. Aquela mesa central feita em madeira e as cadeiras negras em sua órbita, eram notáveis. As paredes carregavam apenas quadros e os cantos poltronas e criados mudos. Era de uma elegância ímpar e em ímpeto me lembrava o quarto de hotel que servia-me de residência. "Aqui certamente é a Cúpula." Aquilo tudo corroborava minha tese. No entanto, uma anterior surgiu; "Copos?" Não só eles me eram estranhos, como também as exatas três cadeiras deixadas de maneira recém abandonadas. "Não faz tanto tempo." E de fato, tudo levava a crer que não fazia tanto tempo que aquele local havia sido deixado por quem quer que fosse que estivesse utilizando-o. Um encontro muito sério ocorreu naquele recinto e naquela altura me restava aproveitar o pouco tempo que separava os fatos para vasculhar o local atrás de provas que me levassem à algo mais conclusivo; no entanto, o caminho era aquele. Kayjin dissera que eles partiriam no dia posterior para o ataque, isso me dava algumas horas antes que as tropas se movimentassem. "Tenho que utilizar a vantagem de estar dentro da base inimiga." Mirei primeiramente as gavetas daquele recinto e posteriormente vaguei novamente pelo edifício. "Já demonstraram comunicar-se por papel anteriormente." Corria atrás de algo e cada por aberta e sala inspecionada com minúcia tinha o intuito único de uma vertente de informação.

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A busca tinha certa continuidade e Shi nem mesmo percebia o passar do tempo. O céu já não era pintado pelo preto, mas clareava-se num tom azul marinho, demonstrando que o sol estava prestes a dar as caras. Nenhuma notícia ademais sobre a cúpula, exceto uma singela pista: havia um mapa caído logo abaixo da mesa. Era Iwagakure. O líder Anbu da Pedra daria início ao seu planejamento. Rumaria para um ponto estratégico ou esperaria o amanhecer, escondido de alguma forma no quartel?

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@Sly
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Aquela cartografia entregava os planos inimigos em sua forma abstrata de se observar. Sentei-me à mesa abandonada, dispondo daquele mapa a minha frente sobre o tampo de madeira. "Tudo indica que este local reunirá novamente mais pessoas antes de partirem em retirada para o ataque." Suspirava. Olhava o entorno enquanto aceitava que as sobras do tempo haviam me reservado o aguardo. "Certamente pessoas de alto escalão irão vir para cá antes de darem a ordem. Se houver um atentado contra eles, mesmo que todas as tropas não estejam aqui, irão prorrogar o ataque." O que me mantinha entre o degradê orgânico que provinha da manhã que escalonava aos poucos o céu nublado, era a certeza de que ali ainda reuniriam-se os alvos certos hora ou outra; não poderia abandonar posição tão vantajosa. Já havia reconhecido o local com certa exatidão, o tempo passado ali fora o suficiente para anotar adendos estratégicos sobre o local. De mim desprenderam-se inúmeros folhar esbranquiçadas que bailaram à fraca luminescência que insistia em invadir de fora para dentro; tais origamis carregavam consigo kibaku fuuda antes aconchegados em minha bolsa de armamentos. Prenderam-nos em pares aos pontos cegos da mesa onde anteriormente ocorrera a reunião e as cadeiras que habitavam na sala. "Ainda faltam preparativos."

Pelos corredores o intuito e o movimento de meu corpo era mecanicamente o mesmo: Os papéis desprendiam-se de mim levando consigo inúmeros selos explosivos e prendendo-se à pontos chaves do alicerce daquela estrutura que formava o Quartel General de Amegakure. "Ninguém tenta me derrubar, seus filhos da puta." Presumia que os pontos altos, dobradiças e vãos onde os selos eram postos dificultariam ainda mais sua possível percepção. Tudo era uma questão de atenção; eu não sabia a forma como aconteceria aquele encontro no dia seguinte nem como se daria, mas tinha a certeza de que haveria pelo menos algum tipo de conversa ente lideranças estratégicas e conselheiros importantes buscando alinhar alguns passos para a invasão, afinal, era o mais inteligente a ser feito por uma vila tão ambiciosa em busca de um conflito contra a Pedra. Tendo isso em visto busquei minar de forma calculista e pensada todos os pontos possíveis daquele ambiente externo a sala, e então, quando o sol iluminava a chuva no primeiro terço da manhã, tornei para o recinto.

Ali restava-me apenas aguardar. Após descer as escadas encontrava-me próximo ao microfone no piso inferior, sentado em uma cadeira naquele ambiente que igualmente a toda o local, tinha uma ou outra semente de minha maldade como fruto de combustão. Alerta à chegada de meus convidados a companhia do cigarro era o suficiente enquanto a janela aberta atrás de mim permitia o frescos matutino.

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A tropa aproximava-se do quartel, marchando como verdadeiros soldados. Estavam ansiosos para os preparativos da invasão. Os Shinobis adentrariam primeiro, acompanhados pelos principais líderes de Ame; Shinobis mais poderosos, que ocupavam a retaguarda do grupo. Subiriam o lance de escadas, diretamente para o local onde  a morte, ou Shi, os aguardava. Os mais importantes subiriam diretamente para a sala da cúpula.

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@Sly
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"A chuva nesse lugar nunca me soou como tristeza. Escuta-la através da janela era algo solitário, quase meditativo. Sempre me perguntava o que fazia chover de forma tão frequente naquelas terras e nem mesmo minha lógica tão aguçada alcançava essas razões. "Elas esbanja neutralidade." Sorri. Era desconfortável demais aguardar; estava acostumado com o movimento frequente e a busca pela ação quando esta não me vinha por própria vontade. A manhã avançava e podia ver conforme o quadrado luminoso sobre o chão negro em habitado de penumbra, se movia em direção à parede. Era tão metódico que havia perdido as contas de quantas vezes havia memorizado e contabilizado novamente a localização dos explosivos implantados; a utilidade deles era primordial para a etapa final do plano que tinha em mente. Os primeiro ruídos no andar de cima foram o que me chamaram atenção; vários passos vindos como ecos através do corredor, descendo a escada através da sala e chegando até meus ouvidos. Seguido me atentei ou ambiente externo e a marcha indiscreta de um batalhão vislumbrante e determinado em patrulha naquele horário. Eram liderados por alguns outros homens de fardas distintas, no entanto, sem condecorações aparentes. "Surgiram muito rápido!" Talvez tivessem se agrupado em algum lugar de maneira prévia; não importava, deveria tomar alguma providência.

Os passos que vinham ecoando pelos corredores alcançaram o cômodo superior, e meu corpo antes sobre aquela cadeira dispersa ao acaso, agora, com a mesma tendo retornada ao seu local anterior, havia me manifestado em uma quantidade reduzida de origamis e me fixado abaixo de um assento. Aquele ponto era sigiloso, ocultava as poucas folhagens brancas que compunham meu corpo, era o ponto cego da cadeira mais próxima ao microfone. Ciente de que possivelmente não seria localizado com tanta facilidade, voltei minha atenção àqueles que agora adentravam a sala, soube de prontidão quantos eram e pude notar, na forma como caminhavam, o rumo que iriam tomar. "Certamente costuma ter uma espécie de hierarquia até na ordem para sentar em reunião." Esperava que houve, ou o Plano B cobriria as brechas. Meu intuito, antes de mais nada, era obter informação e qualquer tipo de documento ou testemunho era bem vindo naquele momento. Os homens sentavam-se cada qual em seu lugar, balbuciando entre si acerca da invasão; no entanto, todos pareciam esperam um outrem, este que ainda não estava ali e que mantinha todos inertes em seus lugares e extremamente disciplinados mesmo sem sua presença.

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A inteligência de Reken era formidável, como imaginava, o líder entrou depois. Sentou-se, e alegre, anunciava: Os dois primeiros já estão próximos de Iwa, será o primeiro ataque terrorista. A notícia chocava Shi. A Pedra já estava prestes a sofrer um ataque que iria preceder a invasão. O Shinobi deveria acabar com aqueles e correr o mais rápido possível atrás dos outros dois.

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@Sly
Missão rank S: 6/8
Qualidade (2): 6/8

Mesmo completamente disperso em papéis e oculto aos olhos dos traidores, podia observar parte do movimento da sala. Meus olhos manifestavam-se em uma parcela de origamis naquele amontoado sob a cadeira e dali pude analisar; o sujeito que sentou-se afrente aparentava vestir-se militarmente, assim como seu igual e à direita. Pelo menos era o que a vestimenta da cintura para baixo, com aqueles coturnos sujos de lama demonstravam. "Devem ser a ponte entre os escalões e o conselho." E certamente eram, pois o que sentou-se sobre a cadeira na qual mantinha minha identidade em abrigo ocultou minha visto; era um manto que cobria a parte da frente do campo de visão e garantia o seu nível hierárquico e com quem costumava misturar-se. "Analisar inimigos pelos pés. Quando?" Ao nosso lado algo que vagava entre aqueles dois extremos, não tão formal e aparentemente um militar pouco acostumado com a vida dura. Suas botas lustradas e calças engomadas não eram as mesmas que vi antes vestidas pelos outros sujeitos. "Um conselheiro talvez? Setor administrativo?" O pronunciamento que veio logo acima de mim surpreendeu-me. Talvez tenha perdido tempo demais ali, porém, tinha que fazer valer de certa vantagem tamanho esforço. Tinha duas cartas na manga e estava na hora de utiliza-las.

Meu corpo era rápido. Minha recuperação finalmente parecia ter chegado ao fim; ter vindo à chuva muito tempo atrás em busca de cura e hoje, poder doutrinar seus líderes como primeiro ato de prosperidade após passar pela provação, seria realmente gratificante. Uma onda de papéis abraçou a cadeira na qual escondia-me tão sorrateiramente; sobre ela havia um homem, meia idade, seus cabelos negros e a pele branca pelo tempo nublado naquelas terras. As folhas o abraçaram por completo e avançaram pela janela enquanto, de maneira simultânea, os outros residentes ali foram alvejados por poucos origamis remanescentes no recinto. "Preciso alcançar Iwa!" O papel que cobria a boca do homem que antes havia ousado discurso tão tolo não era tão grande, porém, suficiente para cala-lo. Alçávamos voo acima do quartel quando uma enorme explosão provinda daquele construto de concreto surgiu; fora como uma bola de fogo o engolindo e fazendo com que uma onda de fumaça e destruição o abraçasse em destruição.

-Prazer, eu sou a Morte das suas terras. Permanecia disperso em papéis e a voz provinha alheia de um eco de todos os origamis que cercavam o homem. Rumávamos para Iwagakure, porém, necessitava da exatidão do local e usaria aquele sujeito para descobri-lo. -Onde estão seus homens? O pepel que cobria a boca do homem já não estava mais lá e nós alcançávamos alturas longe de socorro. -Tenho mais explosivos armados em todo o seu vilarejo, se não contar vamos ver de camarote o sol brilhar em Ame.  

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— Eles atacariam os portões — diria a vítima, assustado — a outra tropa atacaria pelos fundos, a noite. — Então este primeiro ataque seria apenas uma distração, seria feito para chamar a atenção da segurança para os portões, um jogo estratégico. Reken chegaria na Pedra em pouco minutos, com sua velocidade descomunal. Ao chegar próximo, não seria difícil notar a presença dos dois inimigos: Veria que um enviava um dragão contra as estruturas, enquanto o outro correria em direção aos portões, com uma espada.

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Suiton: Suiryūdan no Jutsu
Rank: B
Requerimentos: Nenhum.
Descrição: O usuário coleta uma grande quantidade de água e a transforma em um dragão gigante, que é lançado no alvo com poder formidável. Esta técnica pode ser realizada usando uma fonte de água pré-existente, ou ser amassada no estômago do usuário e expelida pela boca, sendo que esta última requer mais habilidade. A quantidade de água usada é proporcional à habilidade do usuário.

@Sly
Missão rank S: 7/8
Qualidade (2): 7/8

O medo é como uma doença; ele permeia os seus órgãos, lhe desestabiliza, muitas vezes -até mesmo com tipos específicos de pessoas- há uma tendência à fraqueza psicológica em frente a ele. É algo que quando chega e se torna real, faz com que tudo o peso arranhe suas costelas. Aquele sujeito demonstrava fraqueza além do simples medo que tremia sua epiderme firmemente fixada entre os origamis. "Isso me da algum tempo entre ambos os ataques." Era o que imaginava. Pelo o que o sujeito indicava o alvo era simples, tratava-se de uma mera distração, e anteriormente eu mesmo já havia destruído; visavam portões principais. Conhecia bem o caminho e vagar pelo ar era uma vantagem formidável. Aquele ser mumificado tinha o rosto amostra e agora que havia falado o suficiente, voltava a ter a boca vedada; voava de maneira alheia e alguns metros afrente, como um torpedo, enquanto o seguia com o corpo tangível da cintura para cima.

Não tardou até o ambiente que antes estendia-se como cordilheiras de pedras que nos guarneciam com tanto respeito e zelar, fosse tornando-se levemente aos poucos ao passo que no horizonte notava os muros de Iwagakure formarem-se tão empoderadores quanto jamais foram. "São dois." Nossa altitude baixou e meus olhos varreram o local. As típicas sedimentares com suas segmentações de cores não devam tantas opções de camuflagem, embora ainda fosse possível; no entanto, ao nos aproximarmos ainda mais das estruturas do vilarejo, observei o que temia. "Filhos da puta." Fora de imediato! Visualizei ambos à minha frente no momento em que iniciavam suas investidas simultâneas. Não havia muito o que ser feito ali sem ser evitar o primeiro efeito colateral as estruturas da vila. Minha posição era vantajosa e no momento que vi o tecer de selos do homem que posicionava-se de costas para mim, com seus curtos cabelos negros, direcionei o sequestrado em sua direção e uma quantidade razoável de papéis direcionados aos portador da lâmina; a velocidade com que foi feito o lançamento era realmente grande, porém, não pareceu ser o suficiente. Um animal milenar composto inteiramente de água era lançado na direção de nossos domínios; no entanto, já estava preparado. Esperava que daqueles selos surgisse uma investida e posicionando-me em um voo acima do invasor, cuspi uma torrente de fogo visando interceptar em umidade e vapor aquela ofensiva.

Dos papéis que antes haviam partido na direção do espadachim, viria a nostalgia. Havia algo no empalamento que me encantava, não sei se eram as vísceras e sua relação com o externo ou o simples sofrer do vivo que se vai de forma gradual. Doze estacas surgiriam em posições distintas buscando acerta-lo de baixo para cima, atravessando-o o corpo.

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Todos ataques foram efetivos. Restava a Shi adentrar ao Vilarejo e comemorar o sucesso bebendo bons drinks.

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@Sly
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Qualidade (2): 8/8

Era incrível como as coisas sempre seguiam aquele mesmo curso inegável. Meu corpo tocava o solo enquanto o som abafado de um gemido agudo e carregado de dor rompia o excesso de vapor que me envolvia. "O acertei." A explosão escutada minutos antes, seguida do lençol púrpura que avançou pelo ar me deu certeza de que os mortos contabilizavam três e que meu dever naquele instante havia sido concluído. Era tedioso ver a graça daquele arco-íris formar-se conforme as gotículas decompunham-se do ar e minha visão alcançava o que era oculto. O homem possuía uma estaca que lhe atravessava o corpo, saindo pelo crânio como um chifre. Os outros tinham seus restos espalhados aos quatro cantos que podia observar. "Bom, um dos líderes já se foi." Sujo do sangue rival, retirei do maço um cigarro e o acendi, guiado por passos que me retiravam daquela posição. "Talvez seja a hora de aplicar uma retaliação ao Vilarejo da Chuva." Em suma, uma conversa do gênero já havia ocorrido anteriormente antes de Ban e Akira serem enviados para as terras vizinhas; no entanto, não esperávamos tal ataque. "Preciso acelerar os planos." Certamente King escolheria esperar, mas um debate ou aguardo não cabia ali. Eu havia estado nas linhas inimigas e infiltrado escutei seus planejamentos, não tardaria até a próxima investida, e após esta, uma guerra eminente. O inteligente era aproveitar aquele quartel general recentemente em ruínas e as forças enfraquecidas para subjugar o território vizinho aos nossos gostos.

Meu corpo traçou um destino certo pela incontável vez através daquele caminho. Rumava novamente em direção à Amegakure, decidido à toma-la e anexa-la ao nosso território. "Pensando bem, sempre gostei de lá." Os tragos alastravam o percurso em fumaça e o cheiro impregnante de fumo. "Preciso encontrar Sanada, antes de tudo." O velho mestre Jashinista havia me auxiliado com a maldição que carregava comigo e esperava que pudesse me dar o auxílio cabível naquela etapa. Necessitava de um líder para aquelas terras. "Será que ele ainda se esconde no mesmo buraco?" Eu realmente estava preso àquele destino e fadado aquela vida, e no fundo, amava toda aquela miséria de espírito.

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