[RP - Solo] A brisa que se torna tempestade.

Ocasionalmente me punha na biblioteca de Iwa com o intuito de compreender melhor a natureza do chakra e seus derivados. Assim como qualquer aluno comum na academia ninja, aprendi os conceitos básicos dessa energia, contudo o básico não servia se buscasse alcançar o objetivo de me tornar um forte shinobi. Já sabia da existência do chakra elemental, por isso tinha interesse em domina-lo, já que é o primeiro passo a se dar na busca de meu proposito. Contudo, não havia conseguido encontrar informações o suficiente para tal, como informações do funcionamento ou do treinamento para aperfeiçoa-lo. Ainda sim, consegui informações variadas sobre o conceito básico da energia natural e neutra. Como por exemplo: Que são divididas entre a energia corpo e a espiritual, onde a primeira energia se postava presente nas células e músculos, enquanto a segunda era adquirida através do treinamento e experiência. Com isso, ao canalizar, fundir e expelir – através de selos ou derivados – utilizamos os conhecidos jutsus. Apesar dos conceitos, não consegui encontrar um método de treino efetivo a qual possa moldar e controlar chakra de uma melhor maneira, a não ser a ensinada pela academia, que seria através dos jutsus. Mesmo assim, acreditava que possuía um jeito melhor de aperfeiçoar esse domínio diante dessa energia, além de apenas expeli-la aleatoriamente. Então me decido a enviar uma das cartas semanais ao meu pai com o intuito de pedir novamente a Senhor Matsuda que me ajude com esse treinamento.

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Kurlzz

Genin

Dom 14 Abr - 23:05

Cerca de três dias posteriores à mensagem enviada por mim, estava novamente na biblioteca e finalmente através de livros conseguiria ter mais informações sobre a afinidade elementar. Como por exemplo, a possível relação genética entre o usuário e as afinidades de chakra. Com essa informação acabei por me empolgar, por que talvez pudesse ter herdado do meu pai estas características. O que me fazia imagina-lo com todos os tipos de elementos possíveis, apenas aumentando minha ansiedade sobre o assunto. Vagava e divergia por horas em meus pensamentos sobre minha natureza, e possivelmente a do meu pai. Já conseguia imaginar as diversas aventuras realizadas por eles, com uma diversa combinação de jutsus e ações. As cartas enviadas por ele outrora, começavam a se tornar imagens vividas em minha cabeça, o que apenas alimentava a minha infantilidade para um senso de mundo próprio. Tudo isso apenas servia como motivador para continuar com meus estudos, para continuar com minhas buscas e torcer para que Matsuda realmente tornasse a me ensinar as mais derivadas cosias a partir de seus treinamentos, mesmo que sejam um pouco exagerados às vezes. Após idealizar sobre assunto por um longo tempo, finalmente retorno a realidade e me dirijo de volta a minha casa.

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Kurlzz

Genin

Seg 15 Abr - 1:06

Quando começo a me aproximar de meu recinto, mesmo ao longe consigo notar a silhueta de uma figura familiar, este ser estava em frente à porta à espera de alguém. Então gradativamente consigo perceber os detalhes desse Senhor, o que me trás um sorriso no rosto, já que meu pedido na carta foi atendido. Sinto-me recebendo um presente de aniversário que havia insistido muito para ter. Logo me ponho a sua frente com esse vasto sorriso, normalmente teria vergonha de agir dessa maneira, mas as situações passadas com esse velho já haviam feito ter perdido essa timidez há muito tempo. Ele me olha com uma cara de quem não está muito empolgado, mostrando o completo oposto de mim e o que já tinha demonstrado antes, até que se profere:
- Não comece a sorrir demais. – Ele coloca a mão no rosto – Droga, o que eu não faço pelo seu pai?
Eu acabo estranhando um pouco esse tratamento, já que anteriormente teria feito meus treinamentos de bom grado e questiono:
- Ãhn? Qual o problema, Senhor Matsuda? Anteriormente você não teve problemas em me ensinar.
Então ele retruca:
- Claro, antes eu só precisava te deixar sofrer sozinho enquanto observava. – Essas palavras acabaram por me irritar de certo modo, mas ao repassar pela minha mente, acabei por achar graça e até que combinava com sua personalidade. Então ele começa a marchar ruma alguma direção enquanto diz – Vamos logo, não quero perder mais do meu tempo aqui! – Apenas aceno com a cabeça e sigo-o.

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Kurlzz

Genin

Seg 15 Abr - 3:07

Depois de uma caminhada cansativa, chegamos ao um campo aperto. Havia algumas arvores espalhadas por ele, um calmo riacho cortava esse campo ao meio. Era realmente um lugar de se admirar, além de ser a primeira vez que pusera meus pés neste local. Logo demonstrando minha empolgação, instigo Matsuda:
- Então, vamos começar descobrindo a minha natureza Elemental!
Este que olha pra mim com um olhar de desaprovação, ele então segue em minha direção e segura o meu pulso. Após esses movimentos, o velho me ordena a concentrar o meu chakra num ponto especifico – no caso, na palma de minha mão – então faço como o ordenado. Uma áurea fraca e quase nula destaca os cantos da minha palma, o que apenas reforça o olhar de desaprovação de Matsuda, que então diz:
- Você ainda não está preparado ainda, não consegue moldar e manipular seu chakra decentemente. Vá para o rio, utilize o Suimen Hokō no Gyō e apenas retorne quando tiver com total estabilidade, obviamente estarei lhe observando o tempo todo.
Não compreendo bem o motivo, sem sombra de dúvidas queria uma explicação completa, mas acabo recuando e acabo por não forçar meu questionamento para fora. Inspiro fundo e por seguida expiro. Novamente então me ponho a obedecer a suas regras, indo em direção ao riacho.

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Evidentemente me irrito com a situação, apesar de não expor esses sentimentos. Era exatamente para fugir desse treinamento metódico e repetitivo que queria fugir, mas isso mostrou que não há para onde fugir se tratando disso. Dirijo-me então a borda do riacho, observo a sua profundeza e a água limpa, dá total visibilidade demonstrando se tratar de algo relativamente raso. Concentro então um pouco de energia de meu chakra na sola do meu pé direito, então levemente o coloco sobre a superfície, o que acaba por afundar levemente. Foco então um pouco mais de energia, criando uma áurea ao redor do meu pé mais visível, o que cria um pouco mais de estabilidade não permitindo que meu pé afundasse. Repito assim com o esquerdo. Continue a movimentar-me até o centro do riacho, fazendo o mesmo exercício anterior de levar a minha energia até o fundo dos meus pés. Sempre tinha feito treinamentos sobre o jutsu simples e básico, nada que levasse mais de minutos. Com tudo, ter que me concentrar em aumentar a estabilidade, acabou por aumentar minha velocidade de concentrar o chakra e ter mais noção da porcentagem necessária. Diferente de anteriormente que tinha a necessidade de arriscar a proporção, apenas de ter a noção do fluxo de água, consigo tornar compatível a do meu chakra, criando uma rápida estabilidade, conseguindo andar normalmente como se estivesse em um terreno sólido. Quanto mais tempo passo dentro da água, mais aprimoro minhas habilidades e chego até o ponto de correr, até que:
- Chega! É o suficiente, você pode voltar ao solo.
Paro de andar pela superfície do riacho, voltando então à terra firme, indo em direção ao Senhor Matsuda.

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Ele novamente pega meu pulso e não diz uma palavra, mas sem delongas, consigo raciocinar qual seria o seu objetivo. Então começo a concentrar meu chakra na palma de minha mão, que diferentemente de antes, é um tom azul bem mais vivido e cintilante, não apenas marcando o contorno da mão, mas sim por inteira. Então num tom mais animado, possuindo certo orgulho em seu semblante, Matsuda fala:
- É, acho que está bom o suficiente.
Após essas palavras, o velho retira algo do bolso e me entrega uma espécie de papel, voltando a proferir:
- Agora finalmente podemos descobrir a sua afinidade elemental. É algo bem simples, está vendo esse papel que lhe entreguei? Ele é especial, foi feito através de uma arvore que é cultivada e alimentada por chakra. Portanto é extremamente sensível, assim reagindo a qualquer sinal de chakra. Pedi para que aprendesse sobre a manipulação da sua energia por um motivo simples: Nada adiantaria saber sua natureza, se você não soubesse o básico da manipulação e não conseguisse evoluir essa afinidade.
Eu gostaria que ele explicasse antecipadamente suas decisões, fazer escolha por livre espontânea vontade como foi o caso do parasita, realmente me tira do sério. Só que apesar de tudo, não posso negar que ele é um bom tutor.
- Agora preste atenção, lhe explicarei como funciona para descobrir sua afinidade...

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Assim o Senhor Matsuda inicia sua explicação para a descoberta sobre as afinidades elementais:
- É simples: Fogo o papel irá queimar até virar cinzas; Vento o papel será cortado em dois; Relâmpago o papel irá amassar; Terra virará farelo; Água obviamente ele ficará molhado. Vamos, comece.
Posteriormente a sua mensagem explicativa, seguro firme o papel especial me entregue e então concentro o meu chakra, até que em questão de segundos ele se divide em dois. Assim descobrindo que o meu elemento era vento, o que me trás euforia em finalmente descobrir meu elemento. Até que Matsuda afirma:
- É como esperado... Seu elemento é igual do seu pai.
A minha euforia acaba apenas por aumentar e me sinto extremamente entusiasmado com tudo isso. Finalmente descobri minha natureza e a de meu pai. Só antes mesmo de poder imaginar o meu progenitor em suas aventuras e batalhas, o Senhor Matsuda volta a falar:
- Vamos iniciar o seu treinamento, não há por que estender isso. – Ele então aponta para uma folha em cima de um arvore qualquer – Quero que você a pegue-a, coloque entre suas palmas e parta ao meio com seu chakra elemental.
Talvez pela minha energia positiva acabo por fazer pouco caso disso, então logo pego uma folha qualquer, colocando- a entre as palmas de minha mão e começo a concentrar minha energia.

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Após alguns segundos, abro a junção de minhas palmas para ver o resultado e a folha está completamente intacta. O velho sorri, e eu simplesmente não compreendo. Tento outra vez, mas novamente falho. Mais uma tentativa, mais uma falha. Não consigo compreender, foi tão simples com o papel especial, não deveria ser tão difícil, estou colocando muito mais chakra e simplesmente não está funcionando. Enquanto me quebro em pensamentos, Matsuda parece se divertir com a situação. Tento mais algumas vezes e não há resultado, até que ele decide parar de caçoar da situação e então me dá uma diga:
- Não adianta adicionar uma quantidade extravagante, se trata de eficiência e dá forma que você molda o seu chakra.
As suas palavras acabam por ser uma luz para minha cabeça, que acaba por ingerir a dica. Novamente tento e apesar de certa dificuldade, consigo corta a ponta da folha, mesmo não sendo exatamente no meio. Cerro meu punho como um sinal de trabalho cumprido, mas o velho interrompe:
- Parabéns por isso, mas não é o suficiente, quero que você corte o suficiente para que isso se torne algo tão simples como respirar para você.
Mesmo relutante, a premiação é grande demais para abrir mão aqui. Então se inicia o ciclo de dias de cortar folhas ao meio e de concentrar o chakra, até ficar sem energias restantes. Depois de cortar pouco mais de mil folhas em três dias seguidos, consigo controlar essa habilidade como se fizesse parte do meu corpo. Matsuda dá então seu último discurso antes de sumir:
- Eu lhe dei o entendimento da sua afinidade e como controla-lo, entretanto, diferente do seu pai, não conheço a ponto de te ensinar jutsus. Portanto, isso fica com você e seus livros. Boa sorte, garoto! Eu irei voltar para minha cama.
“Então é isso que você não pode esperar para fazer e é tão ocupado?”, apesar desse pensamento, eu fico extremamente grato ao Senhor Matsuda por ter me dados os mais diversos treinamentos e agora aperfeiçoado minha afinidade. Assim que ele some de minha vista, junto minhas coisas e também vou a caminho de meu leito.

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@ aprovado (preito Elemental)