Zeitgeist

Ano 60 DG
Naquele ano que meus pais me deixaram... no ano em que me tornei solitário. Lembro-me bem como era antigamente. As pessoas unidas, conversando e felizes. Eramos uma otima familia. Oque mudou? Bem, isso eu ja não sabia mais. Antes de me tornar shinobi meu pai me disse uma vez, que eu deveria me tornar homem primeiro. Mas, oque é ser homem? Largar seu unico filho com um filhote de cachorro por ai a fora, como quem não quer saber de mais nada?
Eu tinha apenas 8 anos na época. Andei pelas ruas junto com Chronos a procura de algum lugar pra ficar; mas quem iria aceitar um hospede que esta ali apenas para sugar de seus suprimentos? A época era dificil. Fiquei dias sem comer, depois de um certo tempo, passei a comer a comida que achava no lixo e dividia com Chronos, o meu fiel amigo. Ele era só um filhote na época e não tinha como me ajudar como hoje em dia. Aquele ano foi dificil, passei metade do ano andando pelas ruas vagando por algum emprego, mas ninguem empregava um garoto com um cachorro, ambos fedendo a lixo. E lógico, era impossivel eu me dispensar de Chronos; havia me apegado muito a ele. Foi então que conheci uma mulher que me ajudou. Era uma velha senhora que trabalhava numa vendinha pequena e que todo dia me trazia um pouco do que sobrava para comer. Dizia ela que havia muitos filhos e por isso não me adotava para levar pra casa. Mas aquilo ja era suficiente para mim, alguem que me ajudava. Muitas vezes eu havia sentido fome, mas aquela comida nos ajudou durante dias e mais dias. Até que ela veio a falecer. Na época ninguem havia nos avisado, mas com seu sumiço, uma hora caiu a ficha e percebemos que aquilo era regalia demais para nós.
Meu cabelo ja estava começando a crescer demais e ficar comprido, o cheiro de comida era cada vez mais dificil de se achar, apenas no lixo. Foi quando comecei a perceber que nosso cheiro ja era igual ao do próprio lixo; talvez por isso ninguem nos ajudava.
Certa vez, um garoto me perguntou se eu era cego. Ele cheirava a aço e eu lhe disse aquilo. Surpreso por saber que ele segurava em suas mãos uma kunai ele me levou até a academia ninja, onde fui apresentado as pessoas. Era tantos cheiros diferentes, todos pareciam cheirar bem, menos eu e Chronos. Foi quando comecei a morar na casa daquele shinobi, nunca soube seu nome. Afinal, nunca precisei. Eu sentia seu cheiro de longe. Ele me deu lugar para tomar banho, comer e lavar minhas roupas. Me ensinou a usar meu faro para andar entre as pessoas e saber oque elas faziam. Me ensinou a lutar e a fazer diversas coisas como limpar a casa, lavar roupas, cozinhar. Até que um dia chegou a noticia de que ele havia sido morto em uma missão, aquilo acabou comigo. Quando fui em seu funeral não consegui chegar muito perto, o cheiro do cadaver me dava nausea, por saber que era ele. Em casa, fiquei dias chorando pela perda. Mas me lembrei dos dias felizes que haviamos passados juntos. Ele havia sido como uma familia para mim, durante um ano dificil.
Ano 61 DG
Foi o segundo ano sem minha familia verdadeira. Com a morte de meu "pai adotivo", Chronos e eu haviamos ganhado uma casa e eu aprendido a me cuidar sozinho. Na escola eu não conseguia ler então tinha dificuldades para aprender ja que sempre fui cego. Havia poucos livros em braile naquela época e ler não era algo muito facil para mim. Aprendi então a sentir a tinta no papel e tentar decifrar oque estava escrito. Deu certo por um bom tempo e me ajudou bastante.
Chronos havia crescido muito e agora era um grande cão de guarda e meus olhos. Andava ao seu lado respirando pela boca pois eram muitos cheiros para se sentir, oque com o tempo fui mudando e deixando para lá. Aprendi então a sentir o cheiro da terra, das pessoas passando ao meu redor, das panelas, dos ingredientes que eram usados nos comercios, o cheiro do dinheiro, de uma kunai. Tudo isso ficara gravado em minha mente. Não precisava enxergar pra me tornar um ninja. Bastava ter a Chronos ao meu lado, que tudo ficaria certo. Ele me ensinava bastante também. O senso de direção que eu havia que seguir para chegar no local necessario. Foi assim que desenvolvi um otimo senso de direção, podendo chegar a qualquer lugar sozinho sem esbarrar em ninguem. Era uma grande vitoria para mim, na real, era uma vitoria gigantesca. Naquele ano, aprendi também a caminhar sem precisar de Chronos ao meu lado. No inicio foi bem dificil, afinal era quase impossivel pra mim andar entre as pessoas de maneira cega, mas quando aprendi a farejar direito, se tornou comum andar sozinho pelas ruas. Então dividiamos as tarefas. Enquanto Chronos pegava as tralhas em alguns lugares, como os equipamentos que iriamos precisar, eu tentava ir ao lugar correto para conversar com o dono das vendas para me ajudar com um pouco de comida. Então trocavamos comida, por equipamentos e coisas que encontravamos. Não foi um ano muito facil também.
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