
Se encontrando com o Diabo
Objetivos: 100 Status | Perito Armamentista (1) Kenjutsu
Palavras: cerca de 1840
Já se fazia um mês que ele estava vivendo com aquele homem, nem sabia ao certo como foi que ele não o matar ou denunciá-lo, talvez seja pelo fato dele apenas matar pessoas, algo que atualmente é menos malvisto que canibalismo. Estavam caminhando para algum culto ou coisa parecia, com certeza era um lugar onde teria alguém que não queria morrer, morrendo em nome do seu Deus. O seu benfeitor não era muito de falar, já que em quase um mês só haviam trocados frases simples, ele parecia analisar Heshikiri o tempo todo, da forma de como falava até mesmo o jeito de caminhar. Seus olhos ávidos estavam mais maravilhados que abismados pelo que o encontrou fazendo quando se conheceram, no meio de sua alimentação, comia feito um animal aquela pessoa morta recentemente na qual foi jogada em um lugar ermo, o que parecia algum tipo de mausoléu no meio de uma floresta, possuía uma bela arquiteturas com gárgulas ao redor.
O jovem Kamishiro estava se alimentando bem devido a repetidos corpos que encontrara em lugares deste tipo nos últimos meses, parecia até algum tipo de rastro. Quando o homem o viu aquela selvageria abriu um lago sorriso e falou: —— Que criatura abençoada, venha comigo e me ajude a destruir a vida nesta terra. Você assim como Ele se alimenta da morte. —— Aquelas palavras eram estranhar de se ouvir, nunca imaginou que receberia aceitação de qualquer pessoa desde que se separou de sua família. Essa era uma chance em um milhão, não perderia a oportunidade de parar de se alimentar em cemitérios, em um tom calmo e sem demora o ghoul responde: —— Claro... —— Buscava transmitir confiança mesmo que com poucas palavras, queria demostrar firmeza. Mas palavras não seriam o suficiente para convencer aquele homem, tranquilamente ele caminha até chegar bem próximo do garoto, coloca a mão esquerda sobre seu ombro direitos e com um rápido movimento envia uma estaca de metal preta em seu estomago, repete o movimento mais duas vezes. A criança começa a tossir sangue e em seguida cai ao chão o homem o observando diz: - Não basta apenas suas palavras, alguém impuro como você só a vontade do Grandioso Jashin para salva-lo – Passando um tempo o corpo do garoto ainda estava imóvel, parecia realmente morto, não somente por causa dos golpes, mas até antes disso ele está esquelético com uma pele tão pálida que parecia que não saia ao sol a anos, decepcionado o jashinista dá as costas e começa a sair do mausoléu onde o encontrou.
Pouco passos após o homem sair, ele escuta um barulho da entrada daquele mórbido e esquecido mausoléu, mesmo que ainda sem está completamente curado o garoto como a andar em direção a ele enquanto falava: - Isso é provas o suficiente para me considerar abençoado? – Arregalando os olhos e novamente abrindo um grande sorriso o responde: —— Sim! Que sorte a minha de ter achado um irmão! —— Se aproximando de Heshikiri ele tira uma espécie de sobretudo e cobre o corpo sujo do garoto, se apresentando ele fala: —— Você pode me chamar de Sílaba, é assim que todos me conhecem. —— A princípio estranhou muito o nome que aquele homem se chamava, mas achou compreensível, já tinha ouvido falar sobre os seguidores de Jashin, não ouviu boas coisa e aquela pessoa estava muito bem vestida, parecia ser alguém da nobreza, pessoas assim buscam sempre fugir ou evitar que seus nomes sejam ligados a fama negativa, então adotar um pseudônimo era totalmente plausível. Foi levado por Sílaba até uma propriedade escondida próxima a vila de Kumogakure, era um local de difícil acesso e mais parecia um enorme calabouço, a construção parecia ser recende de modo que ainda dava para ver materiais de construção largados em seu interior.
Desde de então ficou em repouso e se alimentando dentro daquele covil, com um mês sendo nutrido e cuidado por ele que aparentemente não trazia mais ninguém além de cerca de seis empregados extremamente silenciosos. Nesse período essa foi a primeira vez que saiu de lá, mas já sabia o que faria, nos livros que leu enquanto repousava quase todos eram sobre o mesmo assunto, o culto a Jashin, diversas forma de realizar rituais e rezas. Além de que foi informado previamente que iria participar de uma iniciação, das poucas vezes que falou com Sílaba, só foi sobre a religião em si, salvo uma vez que foi questionado de onde viera, respondeu apenas o seu país de origem pois já fazia tanto tempo e aconteceu tanta coisa que sua cabeça parecia não saber ao certa qual dos vilarejos em que viveu foi o seu local de nascimento. Saíram a pé, mas ao caminhar uma considerável distância encontraram uma carruagem nada modesta, Sílaba entrou dentro da mesma, porém não deixou que Heshikiri fizesse o mesmo, deixando ele na frente junto ao chofer. Observando o caminho, viu que adentraram na vila de Kumogakure sem problemas algum, ele parecia algum tipo de magnata, foram a uma área residencial de luxo, viu mansões enormes que não podia imaginar sequer a existência. O local que estavam indo mesmo sendo dentro da vila parecia extremamente isolado e ao entrarem naquela grande construção monstruosa tornava o lugar ainda mais suspeito, mesmo que todo o jardim estivesse extremamente bem cuidado, todo o lugar estava deserto, passou cerca de 15 minutos da entrada até a mansão e não viu uma única pessoa, nem na portaria pois os portões simplesmente abriram quando eles chegaram. Na entrada daquela enorme residência, o chofer desceu e abriu a porta da carruagem para Sílaba sair, ele também desceu, estava muito intrigado com toda aquela situação.
Entrando na mansão ficou um pouco mais aliviado, mesmo que ainda surpreso com o que viu. Abrindo as portas ouviu um barulho de metal se chocando e passos rápidos, seu benfeitor adentrou tranquilamente sem se importar com aquele barulho, entraram em um salão enorme, as paredes eram brancas e havia diversos pilares por todo o lugar, e no final do salão uma enorme escada que se dividia em duas e lavava para o andar de cima, o lugar era tão grande que não dava para ver de onde estava saindo o barulho continuo do metal se chocando. Caminhando junto ao chofer, Sílaba fala para esperar naquele salão e que não iria demorar muito, deixando a criança sozinha naquelas instalações. Extremamente curioso sobre a origem do barulho ele começa a vasculhar todo aquele lugar, que mesmo sendo enorme ainda era escarço em decoração, demorou um tempo para ele encontrar a origem, mas viu que eram duas mulheres, uma de cabelos longos e loiros, levemente ondulados assim como o dele e a outra era um pouco menor e seus cabelos eram curtos e Chanel ao estilo dos anos 20. Ambas eram muito esbeltas, se movimentavam tão rápido que ele nem conseguia acompanhar com os olhos, só escutava o barulho das espadas que seguravam, enquanto tentava ver o combate os sons cessam de forma abrupta, segundo de alguns segundos de silencio absoluto, quando ele nota ela duas estão uma de cada lado dele, apontando as suas espadas ao seu pescoço. A moça de cabelos curtos o questiona: —— Você é o novo bichinho dele? —— Infelizmente ele sabia do que se tratava, estava se referindo ao homem que o levou aquele lugar, respirando fundo ele fala: —— Isso é forma de se tratar um convidado? —— A moça de cabelos longos logo começa a gargalhar, a de cabelos curtos volta a falar: —— Que fofinho, ele acha que é o convidado, já que é assim, acho que não vai fazer desfeita com o seu anfitrião lhe recusando um pedido, caro convidado. —— A outra moça que estava rindo lhe joga uma espada aos seus pés e faz um gesto como se fosse para ele pegar a espada e isso ele faz.
Segurando firme ele olha para a sua mão e vai percorrendo até a ponta da lamina, a espada possuía uma aparecia que remetia a espadas europeias utilizadas por cavaleiros, sem muita demorara a jovem de cabelos curtos faz um fino corte em seu ombro e toma uma posição de combate, Heshikiri não fica surpreso, mas bastante excitado, atiçando seu doujutsu, as garotas ficam admiradas com os olhos do garoto, nunca haviam vista algo assim antes. Ela começa pegando muito leve, o suficiente para ele ir acompanhando, quando ela acerta um golpe muito forte e derruba o garoto. A outra enquanto assistia ficava dando concelhos ao jovem despreparado, informando como corrigir sua postura e segurar a arma, mesmo sendo difícil ele consegue prestar atenção no que ela fala e ainda conseguir se defender da outa que estava lhe atacando, mesmo sabendo que ela estava pegando muito leve com ele. Conforme vai ouvindo a garota ele vai melhorando seu desempenho, afinal nunca teve problemas em aprender algo, conforma a luta de espadas vai acontecendo ele vai melhorando aos poucos, até que em um movimento de sorte ele acaba atingindo o rosto da sua oponente que não esperava que o garoto melhorasse tanto no progredir do confronto. Extremamente irritada ela bate o pé no chão e muda sua postura, agora parecia feroz e totalmente diferente de como estava antes, se movimentando de uma forma que ele nem conseguia enxergar ela acerta um golpe bem no seu estomago, sangue começa a sair pelo canto da boca, com um sorriso tímido ele olha para ela nos olhos, agora mais que nunca as suas pupilas estavam em um vermelho mais vivido que o sangue, de suas costas saem dois tentáculos e seguram a lamina que perfurava o seu corpo, porém antes que o combate pudesse continuar Sílaba grita ao longe: —— Então é ai que você está meu caro! —— A garota puxa facilmente a lamina de volta e a larga no chão, começa a caminhar em direção ao homem e fala: —— Só estávamos mostrando o nosso lazer ao seu jovem protegido. —— Com uma expressão séria responde: —— Claro, só não sei se o que seria lazer para você, seria tão prazeroso a ele. —— Heshikiri retrai os tentáculos que rasgaram suas novas roupas, em seus olhos novamente está o límpido azul.
Sem falar uma única palavra Sílaba começa a caminhar em direção a saída, a criança então sem pestanejar começa a segui-lo. Quando conseguem uma boa distância a moça de cabelos longo grita para eles: —— Você é chato demais, sabia? —— O garoto ficou em dúvida para quem ela falou aquilo, notou também que o homem estava segundando uma grande maleta de metal, saem dali de forma tão silenciosa como entraram. Chegando novamente ao covil da mesma forma de como saíram, descendo da carruagem um pouco longo e indo o resto do caminho a pé, Heshikiri ficou de certa forma feliz com o fato de ninguém ter questionado ele carregar aquela espada, quando chegaram Sílaba sumiu em meio aqueles corredores e ele foi ao seu quarto ainda segurando a espada, pensando no que havia sido instruído mais cedo pelas garotas ele começa a repedir os movimentos simulando uma batalha de sombra, torna disso um habito diário.
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