"Como caralhos.. Isso realmente funcionou?" Normalmente, uma pessoa agradeceria pelo fato de ter sido capaz de escapar de um golpe mortal realizado por uma pessoa com o psicológico claramente instável. Felizmente(ou não), eu não sou o tipo de pessoa que curte, bem...sair de situações desesperadoras sem algum tipo de ferimento ou algo do tipo: cortes, queimaduras, o que quer que seja. Mania, fetiche ou quem sabe uma mente perturbada seriam explicações plausíveis, por mais que a resposta ainda seja uma incógnita. - Hm..Acho que ele não sabe onde estou.. Isso é bom..Não pra ele, obviamente.. - murmuraria, sem demonstrar receios de ele estar ouvindo. Se ele fosse mesmo capaz de tal feito, não estaria falando sozinho feito um doido - na verdade, estaria sim - sobre Jashin, julgamentos, e toda essa babaquice. " Bem..Se ele ama tanto o "deus" dele ou o quer que seja, vou fazer com que ele o conheça pessoalmente. " pensei, levando a mão pelo lado de fora até a minha bolsa de armamentos, conferindo se eu poderia contar com todas elas.

Agora, ignorando um pouco o "eu" e partindo para o "todo" em que minha pessoa se encontra, eu tentaria, minimante, memorizar o terreno. É claro que estava de noite, mas meus olhos, a muito tempos sem serem expostos à luz, acostumaram-se com a escuridão. - Seja o que Jashin-Sama quiser.. - murmuraria, ironicamente, no mesmo instante em que me abaixaria, flexionando os joelhos. Passaria, suavemente, a mão direita pelo solo próximo a mim, na esperança de encontrar uma pedra ou qualquer material capaz de reproduzir um ruído. Assim que a(o) encontrasse, eu procuraria tacá-la na direção mais vantajosa para mim: uma em que meu oponente se encontre de costas para mim. Feito isso, eu daria sequência à minha estratégia que, em minha percepção, tinha tudo para dar certo ou mais ainda para dar errado.

Sem tardar em minhas ações, eu utilizaria uma técnica previamente mostrada, a Dança da Camélia. Contudo, eu modificaria o osso do úmero de ambos os braços a fim de que eu, desta vez, moldasse duas "espadas ósseas" ao invés de somente uma. Eram relativamente finas, porém pontiagudas. E engana-se quem acha que elas não são boas para cortar, por mais que suas capacidades de perfuração fossem mais visíveis. Após isso, eu colocaria ambas em minha boca, de lado, segurando-as com os dentes, no mesmo instante em que realizaria o selo de mão do "carneiro", o selo do Shunshin no Jutsu. Feito o movimento de mão(e chakra estivesse envolto nas solas de meus pés), eu seguraria os ossos(um em cada mão) e daria um "salto" horinzontal na minha maior velocidade, a fim de surpreender meu oponente pelas costas. Caso minha aproximação fosse efetiva, eu tentaria cravar meus úmeros em seu crânio, um de cada lado. Além disso, eu tacaria as pernas para frente, ostentando minha agilidade aguçada para que, com um dos pés, eu fosse capaz de usar as costas do meu oponente de apoio para que, com um rodopio, eu retornasse a uma distância consideravelmente segura.    

Uau..Quem diria que um simples ataque, realizado de uma maneira um tanto quanto imprudente, seria capaz de não só derrotar, mas matar meu oponente. - Que sensação...ótima! - berrara, quando sentiu que seus úmeros haviam penetrado com proficiência o crânio do oponente, destruindo seu cérebro e, consequentemente, levando-a à morte. - Não..Levante! Ainda não foi o bastante, maldito! - Ver aquele corpo "sumir" à minha frente, deixou-me levemente curioso. Quem era aquele desgraçado? O que ele queria? No fim, eu percebi uma coisa: - Foda-se. Um corpo não vai responder minhas perguntas. Aliás, parece que o "deus" dos ateus venceu a sua divindade de merda. - disse, dando um sorriso de canto de boca. Por mais que eu odiasse admitir, acho que a missão finalmente havia valido a pena: eu tive a chance de matar uma pessoa. Irônico dizer, mas acho que matar era o que me fazia viver. 

Deixando isso de lado, eu ainda tinha que concluir a missão. Cacete..Eu sequer me lembrei da planta enquanto eu lutava! Respirei fundo, tentando manter a calma. Matar é bom, mas ter dinheiro para comprar o pão de cada dia pode ser considerado importante, também. Eu me dirigia para o local em que a luta havia tido início. - ou, pelo menos, era o que eu esperava. - Assim que eu encontrasse a planta verde com folhas avermelhadas, estando esta rodeada por outras plantas e flores de outras cores, eu tornaria a voltar para Kumogakure. Não importa quanto tempo aquela "busca pela planta" fosse demorar, eu só sairia de lá com ela. - Porra..Matar alguém é mais fácil que isso...

- Vem aqui, sua desgraçada! - disse, furioso. Por a missão ter um "tempo limite", quanto mais cedo eu a cumprisse, melhor seria. A mesma, aparentemente, se encontrava em um poço. Eu, pelo menos, acreditava que aquele era o local onde minha batalha com o Jashin havia tido início e, portanto, as chances de eu me enganar sobre a planta a ser pega "variavam" de zero a nulas.

- Minhas mãos estão sujas com sangue, acha mesmo que enfiar a mão nessa merda para te pegar é um problema? Tsc, por favor! - À medida que eu falava, mais ficava aparente minha loucura. Afinal, que tipo de pessoa em plena sanidade conversa com uma planta que está.."de boa". Sem tardar, eu pegaria a planta que eu procurava, a verde com certos "adornos" avermelhados. Feito isso, só uma coisa passava pela minha cabeça: finalizar a missão.

Bem..Qual seria a forma mais efetiva de pegar uma erva sem sujá-la de sangue? Utilizar a boca, é claro! Com o tanto de merda que escapava de minha boca, sujar meus lábios com um pouco de terra ou sujeira não era lá um problema. Pegar uma doença e morrer, então..Quem quer viver para sempre, não é mesmo? - Espero que essa planta valha isso. - disse, apoiando as mãos no chão e enfiando minha cabeça no poço, até que enfim pegasse a planta e a cortasse, suavemente, com os dentes. -Izae, carai! - proferi, ou pelo menos tentei, levantando-me.

Estando completamente sujo, o que seria um peido para quem estava todo cagado? Simplificando, eu sairia correndo, em minha maior velocidade, com aquela maldita planta ainda "presa" em minha boca. Eu não tinha tempo para ser gasto com coisas fúteis e, portanto, era necessário que eu me apressasse. Assim que eu chegasse na casa/local onde o general do quartel ninja se encontrava, eu lhe(ou para um de seus subordinados) entregaria a planta, sem tardar. - Dinheiro. - falaria, por fim. Terminada a missão, eu voltaria para minha casa.