Hoje é o dia da Prova de Força, um evento que todos em Iwagakure, desde o mais jovem genin até o mais experiente jounin, aguardam com expectativa e respeito. Enquanto caminho em direção à arena, sinto o peso das expectativas sobre os meus ombros, mas também uma faísca de entusiasmo arde dentro de mim.

A Prova de Força é um ritual anual e um rito de passagem. Realizada sob o olhar atento do Tsuchikage, não é apenas uma competição, mas uma celebração da nossa herança — uma vila forjada nas rochas e endurecida pelas adversidades. As ruas estão repletas de ninjas e cidadãos que se juntam para assistir ao evento, e à medida que me aproximo do local, a multidão densifica-se, os murmúrios de excitação elevam-se como uma tempestade distante.

Na arena, uma enorme pilha de pedras gigantes espera cada competidor. Estas não são rochas comuns; são minerais infundidos com chakra, recolhidos das profundezas das montanhas que cercam a nossa vila. Levantar uma destas rochas é provar que se é digno do título de shinobi de Iwagakure.

O Tsuchikage, um homem cuja presença é tão imponente quanto as montanhas que governa, faz um sinal e a competição começa. O meu nome é chamado, e enquanto avanço, sinto cada par de olhos focados em mim. Engulo em seco, tentando manter a compostura. Coloco-me diante da primeira rocha, uma massa cinzenta irregular que parece zombar da minha determinação.

Inspiro profundamente, concentrando o meu chakra nas mãos enquanto as coloco sob a enorme pedra. Posso sentir a energia pulsante da rocha, como se estivesse viva. Com um grito feroz, canalizo tudo o que tenho nos meus braços e pernas, e a rocha começa a ceder — lentamente, dolorosamente — até que, com um último esforço sob o rugido da multidão, ergo-a acima da minha cabeça. A sensação de triunfo é efémera, pois a verdadeira prova está apenas a começar.

Avanço para a próxima rocha, maior e mais intimidadora. A cada nova pedra, a tarefa torna-se mais árdua, e sinto o meu corpo protestar contra o abuso. Mas não é apenas uma questão de força física; é uma batalha de vontade, uma prova de quão profundamente posso escavar na minha própria resiliência e determinação.

Finalmente, restam apenas eu e outro ninja, cada um diante da última e mais desafiadora rocha. Ele é um adversário formidável, conhecido pela sua força bruta, mas eu tenho algo que ele não possui — uma razão para vencer que vai além do título ou da glória.

Com cada fibra do meu ser a gritar em resistência, agarro a rocha final. Ela é mais pesada do que tudo que já levantei, mas à medida que a elevo, algo dentro de mim liberta-se. Não é apenas a rocha que estou a levantar; estou a elevar as minhas esperanças, os meus sonhos e a honra do meu clã.

Quando a rocha finalmente se estabiliza acima da minha cabeça, um silêncio reverente cai sobre a arena. Então, como uma única entidade, a multidão explode em aclamação.

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