Cinco logos anos se passaram desde o embate contra Kaguya, combate este que serviu para um desenvolvimento mais profundo do meu ser, tanto fisicamente quanto mentalmente, moldando minhas motivações para poder me tornar mais poderoso e conseguir enfrentar ameaças do nível da minha parente distante. A vivência direta do perigo representado por ela despertou em mim um senso urgente de necessidade de crescimento e preparação. A percepção de que adversários formidáveis existem e podem causar danos irreparáveis me impeliu a buscar um nível de poder e conhecimento que me permitisse estar à altura desses desafios. A motivação de não ser pego desprevenido e de proteger não apenas a mim mesmo, mas também aqueles que amo, é um fogo ardente que queima intensamente dentro de mim.

Esses anos que sucederam foram dedicados a minha imersão nos estudos, uma jornada repleta de desafios, descobertas e um profundo mergulho nos mistérios intrincados da genética. De um campo tão vasto, emergiu uma paixão que me impulsionou a explorar as profundezas da herança genética, decifrando os códigos que moldam a vida. Cada passo ao longo desse caminho foi como desvendar páginas de um livro cósmico, cujas palavras são os próprios genes.

Meu interesse na genética foi despertado pela convicção de que a compreensão dessa ciência pode desvendar os enigmas que a natureza esconde. Cada ser vivo carrega consigo uma história genética, uma narrativa oculta nas sequências do DNA. É como ler uma enciclopédia ancestral que revelava os segredos da evolução, das adaptações e das conexões que interligam todas as formas de vida. Com essa mentalidade que agora me encontro cinco anos depois. Muita coisa aconteceu, mas meu desejo atualmente segue o mesmo: Dominar a área científica; Ah, não falei nada sobre o início do meu dia, não foi? Deveras sem sal, mas tô com um pouco de pressa, sabe? Não tenho muito tempo pra... "Espera, eu tô quebrando a quarta parede?"

Caminharia pelas ruas de Kirigakure no Sato, agora liderada por Chozen, um dos que vi lutar pessoalmente na batalha contra Kaguya com brilho no olhar. Alguns olhares com preconceito, outros não; enfim, meu destino atual é a Ala Médica da vila.

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Adentrando o recinto supracitado, sou bem recebido por poucos, malvisto por muitos. No entanto, o problema é... — Atrasado mais uma vez, Hakari-san. Estava apostando, não foi? — Sou indagado por uma enfermeira, claramente irritada — de forma fofa, inclusive —, denotando que está esperando faz um tempo. — Estava perdido nos meus pensamentos, me desculpe. — Com um sorriso de canto, retruco, dando um leve "pitoque" na sua testa, sendo reagido com um suspiro da mesma. — Vamos começar, Kimiko. — Balbuciaria, cessando toda a raiva da minha companheira, que novamente suspiraria em tom de "Esse cara não tem jeito mesmo".

Mas o que viemos fazer exatamente? De forma resumida: Estudar. Quero mergulhar nas águas profundas do conhecimento científico, desvendando os segredos da Química, da Física e da Medicina, e talvez conseguir transformar minha visão do mundo e minha própria capacidade de moldar a realidade. A motivação para mergulhar nesse vasto e complexo mundo não nasceu por acaso, mas sim de uma revelação que transformou minha perspectiva sobre o poder da mente humana e o impacto que a compreensão da ciência poderia ter no mundo ao meu redor. Tudo começou com uma simples observação da natureza ao meu redor. Eu testemunhava a harmonia das leis que governavam o mundo, a interconexão de fenômenos naturais aparentemente díspares. A curiosidade despertou dentro de mim uma sede insaciável de entender por que as coisas aconteciam como aconteciam. Era como se cada folha que caía, cada raio que cortava o céu, fossem quebra-cabeças a serem resolvidos. No entanto, minha motivação não é apenas intelectual; é uma busca por capacitação. Lembro-me de uma ocasião em que me deparei com uma situação de perigo, onde a aplicação do conhecimento científico teria feito a diferença entre vida e morte. Foi uma lição dolorosa sobre a importância de entender os princípios fundamentais da Química, da Física e da Medicina. A impotência que senti naquele momento deixou uma marca profunda, uma cicatriz que me motivou a buscar o domínio desses campos.

A Química, com sua capacidade de revelar os segredos das substâncias e suas reações, pode se uma ferramenta poderosa em minhas mãos. Eu anseio por compreender os elementos que compunham o mundo, por desvendar as reações que ocorrem à nossa volta. Cada experimento, cada reação química bem-sucedida, pode ser uma prova tangível de que, com conhecimento e habilidade, podemos manipular a própria matéria; A Física, por sua vez, me intrigou com suas leis universais e suas explicações sobre o funcionamento do universo. Desde as leis da gravidade até as maravilhas da mecânica quântica, eu vejo a Física como um guia para desvendar os mistérios do cosmos. A cada conceito que dominar, imagino que sentirei uma conexão mais profunda com o mundo que habito, como se estivesse decifrando o código-fonte da realidade. No entanto, é a Medicina que traz uma dimensão adicional à minha busca. O conhecimento médico, a compreensão da anatomia humana e a capacidade de intervir na saúde e no bem-estar das pessoas, tornaram-se um chamado irresistível. Eu quero ser capaz de contribuir de maneira significativa para aliviar o sofrimento humano, de compreender os mistérios do corpo e de usar esse conhecimento para curar e melhorar vidas. Essa motivação também foi moldada por encontros pessoais com pessoas que sofriam. Testemunhar suas lutas e dores apenas reforçou minha determinação em adquirir as ferramentas para ajudar.

De forma resumida, eu me tornei um jogador no grande jogo do conhecimento, e minha motivação era o motor que me impulsionava a avançar, a explorar e a desvendar os mistérios da Ciência, que caminha de mãos dadas com a Física, a Química e a Medicina, como se unidas elas tivessem o mesmo valor. — Four of a Kind... — Ciciaria, no meio dos meus devaneios. — Como assim? — Indagou Kimiko, com uma expressão de dúvida e uma interrogação sob sua cabeça, tentando entender minha fala. — Ah, nada, desculpe. — Retornaria ao mundo real no susto, sorrindo.

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Cessando meus pensamentos aleatórios, daria início aos estudos junto à Kimiko. Iniciar essa jornada foi como mergulhar em um oceano desconhecido. Cada novo conceito é uma onda que me impele para frente, enquanto eu nado entre as águas claras da Química. A tabela periódica tornou-se meu mapa estelar, e os elementos são as constelações que guiam minhas descobertas. Cada reação química é um mistério a ser desvendado, e cada resultado bem-sucedido se torna uma vitória que me impulsiona ainda mais. Cada falha é uma oportunidade de aprendizado, uma lembrança de que o conhecimento científico não é apenas uma estrada reta, mas um labirinto de possibilidades. Enquanto refletiria acerca dos estudos dessa parte, ingeriria um chocolate. — Se você não comer chocolate dentro de um certo tempo, seu corpo vai reagir negativamente. Isso também é uma reação química. — Murmuraria minha companheira com um dedo no queixo, pensativa. — Nunca pensei por esse lado... verdade. — Diria em resposta, refletindo acerca de sua fala enquanto degustaria o doce, derretendo em meus lábios.

A Física, por sua vez, me convidou a explorar os fundamentos do universo. A gravidade se tornou um parceiro de dança invisível, e os princípios da mecânica quântica me desafiaram a expandir minha mente para além das limitações do senso comum. Equações complexas tornaram-se minhas aliadas, e a experimentação se tornou uma jornada interminável de descoberta. Cada experimento bem-sucedido é como um vislumbre do próprio tecido da realidade, e cada falha é uma recordação humilde de que mesmo os maiores gênios precisam enfrentar a incerteza.

Agora, na busca por conhecimento médico, adentrei os recantos mais sombrios da anatomia e da biologia. O manuseio de cadáveres para experimentos não é uma tarefa fácil, mas a busca pelo entendimento das complexidades da vida justifica cada desafio. Cada dissecação é uma exploração de um novo capítulo no livro da vida, e cada transplante é um ato de coragem e esperança. A manipulação genética abriu portas para possibilidades inimagináveis, enquanto eu me aventuro na fronteira entre ética e ambição. — Isso é um pouco... nojento... — Alegaria minha companheira de estudos durante o manuseio de um dos cadáveres, nitidamente demonstrando um pouco de enjoo, mas preferindo continuar.

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Horas e mais horas se passaram, comigo imerso nas descobertas. A cada novo assunto novo destrinchado, me tornei um aprendiz da natureza, um jogador curioso em um jogo cósmico de perguntas e respostas. As estrelas no céu parecem piscar com conhecimento, e a cada descoberta, eu me sinto mais próximo de desvendar os segredos do universo. Cada nova técnica dominada é um troféu no altar do meu intelecto, uma evidência tangível do crescimento constante. No entanto, essa jornada não foi apenas sobre fatos e teorias. Foi sobre a transformação do meu próprio ser. A cada avanço, a cada barreira superada, eu me via não apenas como um estudioso, mas como alguém que desafiava as fronteiras do possível. Minha visão do mundo se expandiu, e a maravilha do conhecimento científico tornou-se uma lente através da qual eu posso ver a beleza intrincada da realidade.

No fim desse dia, eu não me sinto apenas um usuário de experimentos e descobertas científicas, mas alguém que se apaixonou pela busca pelo desconhecido. É como se eu tivesse desvendado os fios invisíveis que mantêm o tecido do universo unido. E, à medida que o tempo avança, pretendo continuar explorando, aprendendo e criando. Cada novo experimento é uma oportunidade de tocar as estrelas com as mãos, de desvendar os mistérios da vida e da matéria, e de moldar a realidade de maneiras que antes eram inimagináveis. Agora, enquanto o vento sussurra entre as folhas das árvores e as estrelas cintilam no céu noturno, eu me vejo como um jogador no grande tabuleiro do conhecimento. Minha busca incessante por conhecimento não é apenas uma aposta, mas uma jornada de autodescoberta, curiosidade insaciável e a busca por compreender os segredos que o universo guarda. Sou um aprendiz, um explorador e um jogador nesse jogo cósmico, pronto para continuar a desvendar os mistérios da realidade e a criar meu próprio destino através da magia do conhecimento.

— Que cansaço... — Ciciaria Kimiko, nitidamente cansada e bocejando bastante no calar da noite. — Aprendemos muito, hora de descansar, ou quer comer algo? Eu pago. — Faria uma pergunta retórica, levando em conta que ela provavelmente vai aceitar sem nem esperar que eu feche a boca. — Vamos! — Bradaria ela, quase que como num instante recuperando toda a disposição. Com a mesma, seguiria para fora da Central Médica, rumando para comer algo por aí, e depois minha casa.

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