[Cena - Solo] A Noite dos Corvos

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[Cena - Solo] A Noite dos Corvos
[Cena - Solo] A Noite dos Corvos

Akihito

Tokubetsu Jonin

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Ter 3 Nov 2020 - 15:26

Pacto de Sangue: Corvos [01/05]

Presságio

A baixa luminosidade e o frio daquela noite tornavam difíceis a locomoção, eu saltava de galho em galho, nas árvores de uma das florestas que circundavam a vila. A escuridão era tão forte e densa que se tornava palpável, eu só não havia me perdido completamente porque já tinha passado por ali diversas vezes durante missões anteriores. O desespero e a euforia que eu sentia, no entanto, teimavam em me fazer sair caminho certo. A cada salto entre um galho e outro eu olhava para trás, tentando identificar quem ou o quê me perseguia. Nas rápidas e agoniadas olhadas de soslaio que conseguia dar, apenas via uma densa nuvem negra repleta de olhos vermelhos vindo em minha direção.

Numa dessas olhadelas, me descuidei e acabei tropeçando, procurei me levantar e continuar correndo, mas já era tarde demais. Quando olhei para trás, ofegante, já aceitando o meu destino, fui surpreendido com o gralhar de milhares de corvos que me cercavam e me levavam junto ao seu bando em direção à vila. Foi então que percebi que, de alguma forma, os corvos estavam tentando me ajudar; meu desespero, no entanto, não me permitiu ser ajudado. Comecei a me debater descontroladamente, soltando gritos de desespero. Meus movimentos bruscos fizeram com que os corvos me soltassem, lagando-me a uma queda livre a partir de um altura incalculável. A cada segundo que se passava, mais perto eu me via do chão. Até que, no último momento, imediatamente antes da colisão....
— AAAAAAH! — despertei em minha cama.

251 palavras

1675/1675 || 2000/2000 || 00/04

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Akihito

Tokubetsu Jonin

Ter 3 Nov 2020 - 16:00

Pacto de Sangue: Corvos [02/05]

Convocação de Urgência

Meu corpo estava coberto de suor, assim como o lençol, que estava ensopado.
— Foi apenas um pesadelo, foi apenas um pesadelo! — eu repetia baixo para mim mesmo, como se tentasse me acalmar.
Deitei novamente para tentar voltar a dormir, mas antes mesmo de fechar meus olhos, ouvi o som de batidas em minha janela. Aquela frequência específica, aquele ritmo específico... eu nem precisava olhar para saber que se tratava de um dos falcões mensageiros de Konoha. Me lavantei e fui até a janela para abrí-la, dando o braço para a ave repousar. A cicatriz em suas costas me fazia saber que aquele era o mesmo falcão de sempre, o mesmo que sempre me trazia as mensagens do gabinete, o mesmo que sempre me trazia os chamados para missões.
— Noite difícil, Takumi... — falei, fazendo carinho pescoço da ave.

Peguei o pergaminho que ele carregava em suas costas e o abri, deixando-o tomar se rumo de volta ao remetente. A mensagem era clara e sucinta: Venha ao portão principal imediatamente! No lugar da assinatura havia apenas o selo oficial do gabinete da Folha. Sem perder tempo, me despi de meu pijama, coloquei as minhas vestes de missões, verifiquei rapidamente a minha bolsa de armas e parti para o ponto de encontro.

Chegando lá, encontrei com um Jounin conhecido da Folha, seu rosto parecia de apreensão. Ao me aproximar, não tive nem tempo de cumprimentá-lo, pois o mesmo já foi logo me passando as informações acerca da missão.
— Kanbara, eu não tenho muito tempo para explicações, então serei direto! Um espião roubou um importante pergaminho que estava sob nossa posse. Não sabemos quem ele é, de onde ele é ou quais são as suas intenções. Preciso que você vá imediatamente atrás dele e recupere esse pergaminho a todo custo! Normalmente já teríamos enviado ninjas de mais alto escalão para perseguí-lo, mas por conta de todos os acontecimentos políticos recentes na vila, todos os Jounins estão ocupados com coisas ainda mais urgentes. Por favor, haja com rapidez e cautela!

Sem muitas palavras, consenti com a cabeça e parti rumo ao meu objetivo.

352 palavras

1675/1675 || 2000/2000 || 00/04

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Akihito

Tokubetsu Jonin

Ter 3 Nov 2020 - 16:47

Pacto de Sangue: Corvos [03/05]

Déjà Vu

A baixa luminosidade e o frio daquela noite tornavam difíceis a locomoção, eu saltava de galho em galho, nas árvores de uma das florestas que circundavam a vila. A esta altura o sentimento de déjà vu já era inevitável, pois aquela floresta pela qual eu passava, aquela floresta pela quais já havia passado tantas vezes, era a mesma floresta do meu pesadelo.
— Tsc... Não é hora pra me distrair com isso!

Continuei em meu trajeto, à máxima velocidade que podia, atento a todo som ou estímulo visual possível. Felizmente, diferente do meu sonho, a escuridão não estava tão densa assim e a luz da Lua ainda me permitia enxergar uma coisa ou outra, mesmo que com dificuldades. E foi justamente por conta dessas dificuldades que decidi não confiar apenas em meus sentidos naturais. Realizei uma conhecida sequência de selos e projetei ao meu redor uma esfera de percepção sensorial que me acompanhava e expandia os meus sentidos. E foi por conta dessa barreira que pude perceber que algo me acompanhava.
Sem olhar diretamente para o que quer que fosse aquilo, discretamente saquei uma shuriken de minha bolsa de armas e lancei em sua direção. Apenas então foi que olhei para o meu alvo, a tempo de vê-lo sumindo em uma cortina de fumaça, assim como um clone das sombras.
— Aquilo era... um corvo?!

— Sim, moleque, um corvo! — disse uma voz masculina atrás de mim, antes de me arremessar com um pontapé.
Bati de frente com o tronco de uma das árvores e cai de costas sobre o seu galho, um tanto desnorteado e confuso.
Busquei me erguer e me recompor logo, para não dar mais aberturas ao adversário, mas algo não fazia sentido...
— Como eu não o percebi com meu jutsu sensorial? Na verdade...
Era completamente estranho, pois embora eu o estivesse vendo e ouvindo, não podia senti-lo.
— Por que eu não consigo sentir o seu chakra? Que tipo de técnica é essa?
— Gostou? É uma habilidade nova que aprendi! — respondeu o homem, em total tom de deboche.
— Hmm, então foi assim que ele entrou e saiu da vila sem ser notado... — pensei.

Eu o encarava a todo momento, buscando a menor brecha para fazer minha investida. Nessas olhadas, pude notar um grande pergaminho em suas costas.
— Ei, eu acho que vou precisar levar esse pergaminho aí na suas costas! — falei, com igual sarcasmo.

396 palavras

1562/1675 || 1985/2000 || 01/04

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Akihito

Tokubetsu Jonin

Ter 3 Nov 2020 - 21:47

Pacto de Sangue: Corvos [04/05]

Covardia

Vendo que meu jutsu sensorial seria inútil contra aquele adversário, o desativei para poupar chakra, ativando logo em seguida a minha principal arma: o meu Ketsuryūgan! Meus olhos carmesins incandesciam em meio à escuridão da noite, ganhando grande destaque e tornando impossível não notá-los.
— Uma kekkei genkai? Vou acabar levando dois prêmios pelo preço de um!

A arrogância e prepotência daquele estranho já estavam me deixando irritado, então não via a hora de acabar com aquilo. — Você é muito convencido, sabia? Será que luta tanto quanto fala?
Executando uma rápida sequência de selos, projetei as minhas tão usadas asas de sangue, para então partir em investida direta contra meu adversário. Este não hesitou em vir ao meu encontro, partindo também para um confronto direto. Eu, porém, tinha plena ciência de que combate físico, corpo-a-corpo, era o meu principal ponto fraco, por isso usei aquela investida apenas como um distrator para atraí-lo para um ataque de oportunidade.
Quando cheguei perto o suficiente, uma rajada de ar projetada por minhas asas^[1] fez com que eu me movesse bruscamente para a direita, dando-me a oportunidade de explorar uma abertura na defesa do meu oponente, o qual acertei com um chute em cheio.
— Te peguei! — foi o que pensei, inocentemente.

Ao tentar golpear o ombro do adversário, senti meu pé afundar cada vez mais em seu corpo, como se estivesse chutando algo completamente maleável. De repente, o corpo do meu oponente se dissipou em milhares de corvos que voaram atrapalhando minha visão.
— Você tem certeza disso? — disse o homem, prestes a me golpear novamente. Desta vez, no entanto, eu estava preparado para isso e o surpreendi com quatro tentáculos pontiagudos que surgiram de brotaram de minhas costas.
Em um movimento surpreendente, o tal espião rotacionou o seu corpo, fugindo de ser perfurado de forma fatal, mas não escapando de um dos tentáculos, que chegou a abrir um corte profundo na lateral de seu abdômen. O homem caiu do alto das árvores em direção ao chão, amortecendo a queda com algum jutsu do Estilo Vento, mas ainda "beijando" o solo.
Pairando com minhas asas, fui diminuindo o pouco a altitude, me aproximando dele para dizer:
— Você sempre ataca pelas costas? Tão baixo e tão previsível...

377 palavras

1575/1675 || 1884/2000 || 02/04

Considerações:

Informações:

Status:

Aparência:

Buffs & Afins:

Habilidades Usadas (03):

Técnicas Básicas (00/--):

Jutsus Ofensivos (01/02):

Jutsus Defensivos (00/03):

Jutsus Curinga (00/01):

Kuchyoses (00/01):

Jutsus em Preparo (00/01):

Jutsus Passivos (01/02):

Jutsus Ativos (01/--):

Estilos de Luta:

Bolsa Shinobi Personalizada (24/100 espaços):

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Akihito

Tokubetsu Jonin

Ter 3 Nov 2020 - 22:33

Pacto de Sangue: Corvos [05/05]

A Revoada Negra

Furioso, o homem se levantou e usou um jutsu medicinal para curar o ferimento em seu abdômen. — Ah, era só o que me faltava!
— Seu moleque imundo!! Eu vou arrancar os seus olhos e dar o seu cadáver de alimento para os meus corvos!
O estranho então abriu os seus braços, deixando-se ser cercado por dezenas de corvos que surgiam da escuridão da floresta. A cena era incrível e até mesmo assustadora. Ao ver aquilo, imediatamente lembrei do meu pesadelo de horas atrás, da nuvem negra de corvos que havia me cercado. Refletindo rapidamente, pude lembrar também que no pesadelo, de alguma forma, eu sabia que os corvos não queriam me atacar, na verdade eles estavam tentando me ajudar a fugir do perigo real. — Hmm, parece até piada...

— Isso acaba aqui, moleque! Quais são suas últimas palavras?
Olhando-o de cima — ainda pairando com minhas asas —, respondi:
— Just... fear the dark!
Eu então apontei para ele com o meu indicador, como se estivesse dando uma ordenança, e de repente todos aqueles corvos que o circundavam começaram a ficar inquietos, começaram a desobedecê-lo e por fim, a atacá-lo. Os corvos o bicavam por todo o corpo, arrancando pedaços de sua pele. Não bastando, uma revoada negra, repleta de olhos vermelhos, emergiu das densa escuridão da floresta, erguendo-o e o levando para o alto, para só então largá-lo de lá de cima.
Para aquele indivíduo, a cena era de total desespero; para mim, era completamente cômica. Tudo que eu via era um homem parado, gritando feiamente, debatendo-se e espantando seus próprios corvos, os quais sumiram em uma cortina de fumaça.
— Que patético, ele nem conseguiu perceber que era uma ilusão...
O choque traumático foi tão grande que o homem sucumbiu, desmaiando.

Eu então alonguei minha Manifestação Carmesim até seu corpo, retirando o pergaminho que estava em suas costas e trazendo-o para mim. Meu dever era apenas levar o pergaminho de volta à Vila, mas a minha curiosidade não me permitia levá-lo sem antes dar uma rápida olhada em seu conteúdo. Ao pô-lo no chão e abrí-lo, vi diversos nomes escritos em sangue, junto de suas respectivas impressões digitais.
— Um pergaminho de contrato?

Enquanto lia os nomes do pergaminho, fui surpreendido com o grasnar de um corvo que após rondar por cima de mim, pousou sobre o pergaminho, ao lado de minha mão.
— Ué? Você ficou pra trás?
Como se compreendesse o que eu tinha falado, o corvo respondeu com outro grasnar.
— Bem, é melhor eu levar isso logo! — disse, já começando a fechar o pergaminho.
O corvo, porém, não permitiu, grasnando mais uma vez e dando uma forte bicada em meu polegar direito, ao ponto de tirar sangue deste.
— Ai! Cuidado aí, ow! — e mais uma vez um grasnar.

Era engraçado, pois eu achava que podia compreender o que ele estava tentando "me dizer".
— Um contrato, não é? Bem, vocês realmente me ajudaram no fim das contas! — e pela primeira vez o corvo "consentiu" em silêncio. — Tudo bem então!
Aproveitei o sangue que já jorrava em meu dedo e o usei de tinta para escrever o meu nome no pergaminho, mordendo cada um dos demais dedos da mesma mão em seguida, para gravar as minhas impressões digitais. Quando fiz isso, o corvo então emitiu um último grasnar e por fim sumiu em uma cortina de fumaça.
— Inacreditável! — era tudo que eu podia pensar.

Eu então me levantei para levar o pergaminho e o espião de volta, mas ao pôr-me de pé, voltei aos joelhos.
— Droga, estou quase no meu limite!
De fato, embora curta, aquela batalha havia exigido muito de mim, fazendo com que eu me cansasse muito rápido.
— Está precisando de uma mãozinha? Era aquele jounin de antes, o que havia me dado a missão.
— Você... está... atrasado! — falei, dando pausas para respirar, mas com um sorriso sarcástico no rosto.

650 palavras

1659/1675 || 1796/2000 || 03/04