Naquela manhã, Hana saiu de casa com suas roupas de treinamento usuais, apesar do frio. Sua mãe sempre gritando "você precisa parar de se esforçar tanto", querendo que a filha ficasse mais tempo em casa e as duas terem mais contato mãe-filha. A adolescência da garota Hatake a estava mudando, não só fisicamente, mas também seu comportamento. Antes tão doce e calma, acatava todas as ordens de seus pais ou superiores; agora, mal dava tempo de ser ordenada a fazer algo. Queria viver por conta própria e a cada dia que se passava ela suportava menos a presença de seus primos chatos enchendo sua paciência.

Com sua Hakkō Chakura Tō embainhada, presa em suas costas, a jovem caminhou pelos frios campos de treinos em uma das áreas florestais de Konoha, até que encontrou uma grande clareira. Ali seria seu ponto de treinos! Rodeada de árvores, alguns bonecos de madeira e troncos cortados estavam dispostos pelo campo próprio para o treinamento dos ninjas da vila. Queria treinar seu taijutsu, atributo ao qual tinha menos habilidade, por isso procurou esse ambiente mais afastado das outras áreas de treinamento.

Com a brisa gélida tocando seu rosto e esvoaçando seus cabelos brancos, Hana se colocou em posição de batalha, com a arma ninja herdada de seu pai em sua mão esquerda e correu em direção a um dos troncos de árvores fixados ao chão, começando com ataques altos, com a Hakkō Chakura Tō. Concentrou seu chakra na palma de sua mão e com um preciso controle o permitiu emanar sobre a lâmina da arma, o que deu-lhe uma coloração branco-prateada, tal como aumentou seu fio. Antes disso, a arma arranhava alguns poucas camadas da madeira; depois, começou a arrancar pedaços a cada golpe.

Cortando tronco por tronco, a jovem continuou seu treinamento com a espada com cerca de uma hora sem descansar e resolveu guardar sua arma para concentrar-se em golpes diretos. Mudando o foco do treinamento, começou a socar, chutar e gar golpes variados nos troncos de árvores. Tinha certa dificuldade quanto a isso devido a sua certa inabilidade, tropeçando hora ou outra, chegou a cair de rosto no chão em um dado momento por causa de sua coordenação motora inferior. Queria melhorar. Precisava melhorar. Continuou seu treinamento, sem parar até que se viu exausta e sem fôlego. Hana se sentou escorada em um dos troncos de árvore aos quais ela golpeava e olhou para suas mãos feridas e tremendo. Sentia dores musculares espalhadas por todo seu corpo, desde os pés até as mãos. Suas coxas latejava, gritando por descanso e inda não era nem meio dia. "Não devia ter passado tanto tempo chutando um tronco de árvore.", sorriu com a cabeça escorada na árvore.

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