[CAPÍTULO] "A morte é apenas um presságio"

Zsuzsanna Zaharina Zenith, uma kunoichi capaz que um dia conheceu a nobreza de Kumogakure, agora enfrentava as quentes ruas de Kayabuki no verão. Seu semblante outrora radiante agora refletia a luta diária pela sobrevivência. Sob os restos dos trapas que ela trouxe de seu vilarejo de origem, buscava compaixão entre os transeuntes, mas era recebida com olhares indiferentes e passos apressados. A classe elevada dos indivíduos da localidade custava a reconhecer suas dificuldades, taxando sua desgraça como uma atribuição característica de suas escolhas. “Como se eu pudesse ter alguma opção”, Zaharina teria dito para si mesma, mas as frustrações não a abalaram nem por um instante. Havia mais força nela do que aparentava, uma convicção quase inabalável.

Constantemente estendia as mãos cansadas em súplica, quando era negada não apenas ajuda, mas até mesmo o reconhecimento de sua humanidade. Os murmúrios da cidade, antes melódicos, tornaram-se acusatórios, rejeitando a presença de Zsuzsanna como se fosse uma sombra incômoda. As palavras vazias que escapavam de seus lábios eram como sussurros perdidos na cacofonia urbana, ecoando sem encontrar eco nos corações insensíveis. As noites eram implacáveis, e o frio cortante penetrava suas vestes esfarrapadas, enquanto a solidão se tornava sua única companhia. Zsuzsanna Zaharina Zenith, outrora esquecida pelos que passavam, agora encontrava na dureza das ruas a sua cruel realidade, onde a esperança se desfazia como fumaça diante do vento impiedoso da indiferença. Estava sozinha, pois mesmo Tibbers custava a reconhecer ela como uma companhia agradável, agindo por conta própria na maior parte do tempo.

Tibbers
HP: 350/350
CH: 350/350

Emme

”Aparência”:

”Equipamentos”:

”Qualidades e Defeitos”:

”Jutsus Utilizados/Ativos”:

”Databook”:

”considerações”:

”Links Comprobatórios”:

Ficha de Personagem :

Leyley

Nukenin A

8/2/2024, 15:11

Zsuzsanna Zaharina Zenith

HP:375/375
CH:2325/2325
ST:00/05
Vila:Desertora
Palavras:469

Se fosse uma pessoa comum em seu lugar, haveria de ter enlouquecido, seja pela fome ou em razão das fortes dores musculares que iria contrair após vagar por tantas horas em busca de sustento. Zsuzsanna estava arruinada, e mesmo que escolhesse se vender para sanar a própria miséria, não obteria ganho algum nisso. Outrora uma mulher esbelta e cheia de si, os momentos passados desde que abandonou a nuvem a fizeram se tornar uma sombra do que fora outrora. A escuridão consumia seu âmago dia e noite, mas as leis rígidas de Kayabuki impediam que fosse morta ou cometesse crimes hediondos durante a sua estadia na região. Era mais razoável para as autoridades uma pedinte decrépita em seus domínios do que uma assassina de altíssima periculosidade, pois, afinal, se ela acabasse morta em razão da fome, nenhuma responsabilidade seria atribuída à cúpula. Seria o destino reservado para uma apátrida, uma consequência do seu fracasso como kunoichi. Uma mácula no mundo ninja.

As esperanças começavam a se esvair quando ela sentou-se de costas para uma viela, fitando o chão áspero com um olhar vazio. Havia pouco em Zaharina os atributos necessários para ultrapassar todas as barreiras impostas pelo regime, abstrações projetadas somente quando os seus olhos se fechavam para um longo descanso, quase interminável, e despertavam novamente diante de um destino por vezes pautado em vergonha, excentricidade ou sangue. Diferentemente “delas”, a original não passava de um estorvo. Ela sequer conseguia compreender as próprias falhas, tampouco resolvê-las por conta própria. Quando pensava que sanaria seus problema, outros ainda piores costumavam ser oriundos de suas decisões subsequentes. Um reflexo típico de sua inaptidão.

Os olhos não marejavam, mas mesmo assim a sua visão estava turfa. As mãos trêmulas, a boca ressacada e o corpo fragilizado. Ela estava a beira do colapso, mas não era como se tudo estivesse acabado. Zsuzsanna ainda respeitava, mesmo que com dificuldades, e o cabelo ressecado e imundo era estranhamente caloroso quando cobriam sua face e ocultavam o semblante deplorável por trás dele. Por mais forte que fosse, não duraria muito tempo naquele estado. A morte era postergada com a sua força de vontade, ou talvez pelos restos descartáveis consumidos nos resíduos deixados pelos residentes do vilarejo neutro. Não se importava com qual fosse a razão, ela insistia em permanecer viva enquanto fosse capaz de resistir a morte.

E foi então que a mão estendida em sua direção pôs fim ao seu lamento. Quando ela estendeu a cabeça, enxergou os raios de esperança ofuscar os olhos acostumados com o cinza ou o negro. Não sabia dizer se havia passado tempo demais sem olhar de cabeça erguida e portanto o sol machucava os olhos esverdeados, ou se a maresia que escorria pelas bochechas era o reflexo de uma sensação abandonada quando partiu de seu lar: felicidade.

Tibbers
HP: 350/350
CH: 350/350

Emme

”Aparência”:

”Equipamentos”:

”Qualidades e Defeitos”:

”Jutsus Utilizados/Ativos”:

”Databook”:

”considerações”:

”Links Comprobatórios”:

Ficha de Personagem :