Em poucos minutos, Fumiko foi transferida para o quarto de observação. Nezuko, aliviada e esperançosa, voltou a se sentar no sofá ao lado da cama de Fumiko. Ela queria aproveitar cada momento que podia com a mais velha, agora que ela estava acordada.

– Mizukage-sama, hein? – Fumiko falou com um sorriso no rosto – seu pai estaria orgulhoso de você se soubesse disso – completou.

Nezuko observou sua mãe, Fumiko, com um olhar curioso. A menção de seu pai parecia ter desencadeado algo em Nezuko, uma pergunta não formulada que estava à beira de seus lábios. Fumiko, percebendo o olhar de Nezuko, desviou o olhar, uma expressão de tristeza passando por seu rosto.

– Você quer perguntar sobre seu pai, não é? – Fumiko perguntou, sua voz suave. Ela não olhou para Nezuko, mas a mais nova estava acenando positivamente com a cabeça – posso te pedir pra gente falar sobre isso depois? Quando eu melhorar… – ela repentinamente parou de falar, seus olhos arregalados encarando o nada. Sua mente estava presa nos seus traumas sofridos.

– Mãe? – Nezuko, vendo a súbita mudança na expressão de Fumiko, imediatamente se levantou, preocupada – mãe? – ela tocou o braço de Fumiko, chamando por ela, mas não houve resposta. Rapidamente, Nezuko correu para o corredor, pedindo a um dos médicos que passava para chamar Mizuki.

Em menos de dois minutos, Mizuki chegou e começou a examinar Fumiko. Ela verificou os sinais vitais da mulher, procurando qualquer indicação do que poderia estar errado. No entanto, apesar de sua busca minuciosa, a médica não encontrou nada fisicamente errado com ela.

– Não há nada fisicamente errado com ela – Mizuki disse finalmente, olhando para Nezuko – eu não sei o que houve com ela, mas pode ser que esteja reagindo a algum trauma emocional ou psicológico – a história do que aconteceu com Fumiko ainda não tinha sido contada aos médicos, a Otsutsuki era inteligente em perceber isso – vamos continuar monitorando-a e fazer o possível para mantê-la confortável.

– Certo… – Nezuko e voltou para o lado de Fumiko, segurando a mão de sua mãe em um gesto de conforto.

– Você precisa descansar – a médica estava parada na porta, encarando a Mizukage – tem dias que você não sai desse hospital, só durante meia hora na parte da manhã – continuou falando, revelando que estava vigiando a Hyuga – assim quem vai ficar doente é você – completou.

– Como eu saio e deixo minha mãe aqui? – suspirou.

– Tem a Shinobu pra ficar acompanhando ela também – Mizuki andou até Nezuko – vou pedir pra chamá-la e você vai pra casa dormir – ela encarava a Mizukage.

– Tá me dando ordens agora? – Nezuko perguntou achando a situação engraçada.

– Ordens médicas – a Otsutsuki sorriu e se retirou do quarto.

A Mizukage suspirou, ela sabia que a médica estava certa. Ela observou enquanto a respiração de sua mãe se estabilizava e o suor em sua testa começava a diminuir. Nezuko segurou a mão de Fumiko, aliviada ao ver que sua mãe estava voltando ao normal. Menos de uma hora depois, Shinobu chegou pronta para cuidar de Fumiko, permitindo que Nezuko pudesse voltar para casa e descansar.

Após três dias de cuidados e observação no hospital, Fumiko finalmente recebeu alta. Foi um momento de alívio e alegria, pois ela poderia finalmente voltar para a segurança e conforto de sua casa nova..

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