[FORJA] Paloferro

A forja de Allannia Grey está localizada no bairro mais nobre do Centro da Vila, elegante por fora, mais parecia um casarão tradicional para os leigos que passavam, sendo excessivamente comum. Adentrando o recinto, os visitantes conseguiriam ver a decoração simplista do local. Produzido inteiramente de tijolos pesados, o ambiente está rodeado por imensas decorações metálicas que se projetam do teto, servindo como suporte para prateleiras, mecanismos para acionar o forno ou meras decorações. Contam-se os antigos viventes que durante dezenas de anos, todos os novos proprietários formavam os elos e anexavam ao teto, sendo tal feito uma arcaica caracterização das tradições destes indivíduos.

O imenso forno no fundo do Salão é acionado e regulado por correntes, havendo um suporte para as mãos dos utilizadores, facilitando na empreitada. Fechado e pouco ventilado, o ambiente é naturalmente quente quando o instrumento está em utilização, retendo enorme quantidade de calor. Quando não está sendo utilizado, a temperatura gradativamente cai, gerando um local frio e escuro. Não há lâmpadas, tampouco redes elétricas. Toda e qualquer forma de iluminação parte do fogo incitado, ou de tochas arcaicas, havendo diversos suportes para as mesmas dispersos pelas extremidades do recinto. Em suma, a primeira impressão causada é de um estabelecimento rústico, deixado para trás na linha do progresso. Um reflexo de seu vilarejo, quando assumiu.

Mesas de Pedra são a área de serviço da Ferreira, sendo tão escuras quanto carvão, sendo um típico de material que não parecia nem mármore, nem o ébano. Tapetes vermelhos ocultaram o piso áspero e empoeirado, e ocasionalmente morcegos e mariposas visitavam o local, ocultos entre as sombras, apenas observando. A proprietária não se importava com a presença dos visitantes, exceto os insetos voadores, frequentemente caçados. Ratoeiras estavam alocadas estrategicamente, de modo que seja possível lidar com a proeminente ameaça dos roedores que tentavam fazer da área um refúgio particular. Uma única torneira é utilizada para a higiene, sendo localizada na posição oposta ao forno. Há somente um "banheiro", sendo uma espécie de latrina na qual os presentes necessitam depositar seus dejetos num buraco, ou balde, caso seja sua preferência. O odor é frequentemente desagradável, mesmo após diversas lavagens, pois abaixo dele todos os resíduos são armazenados numa fossa improvisada.

Alguns armários de madeira escura e velha servem como cofre particular da Forja, embora seja preferível utilizar as diversas prateleiras em casos de extrema necessidade, devido a presença de alguns cupins na mobília, mesmo após serem constantemente erradicados. Toda a soma dos fatores combinada proporcionam um aroma e sensação distinta aos que passam mais do que alguns minutos rodeados de tantos fatores adversos, sendo algo totalmente contraditório ao que seria vivenciado nas residências da maior parte dos cidadãos, exceto os mais pobres. A irônica particularidade de Paloferro, é ser o último reduto humilde de um bairro nobre, famoso por ser tão silencioso que parece abandonado. Muito se deve às paredes grossas, capazes de ocultar os sons para bisbilhoteiros do lado de fora. É um lugar perfeito para alguém com segredos trabalhar, ou reservado em demasiado para preferir uma zona mais sociável. Apesar de todas as desvantagens, entregava a tão almejada privacidade.

”Armazenamento de Matérias-Primas (13/50):

Última edição por SraCandyCandy em 16/2/2023, 19:02, editado 1 vez(es)

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SraCandyCandy

Meishu Tsuchikage

5/2/2023, 23:17

Allannia Grey

HP:2725/2725
CH:2917/2917
ST:02/07
CN:000/400
Palavras:417

Quando chegaram, Rauros teve de esperar do lado de fora, assim como o próprio Ray, solicitando que ele ficasse do lado de fora, e se comportasse na presença de Leoa, pois ela trocaria as roupas. Por suas vestes serem valiosas, mesmo simplistas, preferiu evitar que fossem estragadas enquanto realizasse a manutenção supracitada. As afirmações do Hatake ficaram em sua mente, e eventualmente dialogariam sobre as questões levantadas por ele.

Após as informações serem passadas, trancaria a porta para garantir que qualquer tentativa deste abrir a porta na surdina fossem frustradas, despindo as vestes sem maiores preocupações. Após estalar os dedos, criaria uma manipulação do Elemento Fogo de Rank-C, espalhando inúmeras fagulhas flamejantes, com o intuito de acender inúmeras tochas simultaneamente, iluminando o ambiente. Depositaria as roupas na estante mais limpa que encontrasse, embora maior parte destas estivesse predominantemente empoeiradas. Num caixote seguro, localizado na mesa, haviam algumas de suas vestes de trabalho. Um avental longo, uma calça de couro e uma camiseta de algodão descartável. Tudo que precisava.

Mudando o visual um pouco, e prendendo o cabelo com cuidado, preparou-se para sua árdua tarefa. Antes de abrir a porta novamente, decidiu conjecturar uma de suas ideias. Mentalizando o plano, e moldando todo um protocolo a ser seguido, criou um único Clone através de seu “Kage Bushin no Jutsu”. Em seguida, ele utilizaria o “Henge no Jutsu”, assumindo a aparência de uma elfa idosa ligeiramente similar à própria Allannia, embora envelhecida. Contendo a risada, seguiram até a porta, onde a entrada seria aberta pata que o rapaz entrasse.

— Ray, essa é a minha avó, Allana Grey, a Sandaime Tsuchikage. Vó, esse é o Raymond Hatake. Ele veio aqui para consertar uma armadura — encenou, observando uma Rauros silenciosa franzir o cenho — Agora você pode entrar, e lembre de bater com a porta quando passar. Coloque sua armadura na mesa, e espere que faremos tudo — sorriu-lhe, seguindo para o interior do estabelecimento, onde prepararia as chamas.

— Você é alguma coisa da minha neta, rapazinho? Uma pena que não tenha uma balinha para oferecer, meus dentes não estão em bom estado e acabo evitando guloseimas — exibiu os dentes estragados num sorriso distorcido. O aspecto físico da suposta idosa era aterrorizante. Ela vestia o chapéu de Tsuchikage, e o mesmo avental da própria Allannia, sendo uma simulação convincente caso averiguada por um indivíduo por inteligente — Não tenha vergonha, pode entrar e se incomodar. Peço perdão pela bagunça desde já — e então ela seguiu, auxiliando a “neta” em suas ações.

Rauros, a Leoa
HP: 1000/1000
CH: 1000/1000
ST: 00/05

Clone A (“Allana Grey”)
2917/2917

Emme

”Aparência”:

”Henge no Jutsu”:

”Trajes:

”Allannia e Rauros”:

”Clã e Kekkei Genkai”:

”Equipamentos”:

”Qualidades e Defeitos”:

”Jutsus Utilizados/Ativos”:

”Databook”:

”considerações”:

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Hazuray

Tokubetsu Jonin

6/2/2023, 08:41

Allannia demonstrou-se bastante otimista em relação aos comportamentos da besta, fiquei impressionado ao saber que ela realmente acredita que a Rainha dos Demônios Felinos não tinha algum plano maléfico para fazer comigo ou qualquer pessoa do bem enquanto ela demorava do outro lado da porta. Pensei em dar uma espiada, será que encontraria a Tsuchikage trabalhando no local? Mas deixei a curiosidade de lado. Não quis dar as costas para uma inimiga declarada tão perto de mim.

Tentei ignorar a felina e torci para que a mesma não puxasse assunto comigo.

[...]

Finalmente a porta se abriu e a irmãzona já estava trocada. Não imaginava que demorava tanto para trocar uma simples muda de roupas, mas talvez o tempo tivesse se estendido por causa da companhia do lado de fora. Passei pelos corredores, entrando no local assim que Allannia me recebeu e apresentou sua avó, a própria Tsuchikage em carne e osso. Bom, mais osso do que carne.

— Haha! A vovó Tsuchikage está mesmo acabadinha, é exatamente como pensei!

Sorri, alegre. Segui as instruções de Allannia e carreguei a armadura até o local indicado. Então me virei para a Tsuchikage.

— A irmãzona e eu somos amigos! Acredita que ela me ajudou a salvar a vida de duas garotas? E ainda me curou o rosto. Não imaginava que ela fosse tão inteligente.

Cochichava para a velhinha, não estava muito a fim de falar esse tipo de coisa diretamente para Allannia, talvez soasse um pouco estranho. Tive sorte dela não parecer ter problemas de audição como muitos idosos. Então, daria espaço para ambas trabalharem na minha armadura sem que eu atrapalhasse. Enquanto isso, observaria o local com um ar curioso, mexendo em alguns equipamentos que não devia e quase derrubando outras coisas. Depois me dei conta do mal cheiro que ainda estava, mesmo que estivesse curado, ainda cheirava uma mistura um pouco complicada de esgoto, fumaça e suor.

— Será que a irmãzona não teria uma banheira aqui? Acho que meu cheiro pode acabar nocauteando as duas antes mesmo de conseguirem dar um jeito na armadura.

Sorri, sem graça da minha situação.

875/875
1.070/1.175
0/4

Informações Gerais:

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SraCandyCandy

Meishu Tsuchikage

6/2/2023, 12:50

Allannia Grey

HP:2725/2725
CH:2917/2917
ST:03/07
CN:000/400
Palavras:584

A duplicata disfarçou suas opiniões acerca dos comentários de Raymond, embora estivesse incomodada com o fato de confirmar suas suspeitas. O Chūnin estava esperando de fato uma idosa no recinto, e os termos utilizados, por mais inofensivos e acidentais que fossem, eram no mínimo duvidosos no ponto de vista da mesma. Ele aparentava não se importar com hierarquias, e agia como se todos fossem parte de sua família, atribuindo adjetivos de certa proximidade afetiva em relação às “desconhecidas”. Tal comportamento intrigante chamou sua atenção, mas a Clone se limitou a sorri e anuir com a cabeça.

Allannia acionou as chamas, puxando a corrente responsável por acionar o mecanismo de ignição. Imediatamente, o ambiente outrora gélido começou a atenuar sua temperatura, retendo o calor após alguns minutos desde sua ativação. Abanou o pescoço com a canhota, limpando o suor que escorria de sua testa. Dirigiu-se aos armários, onde buscou suas ferramentas, abaixando-se para encontrar todos os utensílios. Buscou a enorme bigorna, depositando com facilidade a pesada massa metálica na mesa, emitindo um sonoro ruído no processo. Allannia era forte fisicamente, embora aparentasse ser vulnerável.

Primeiro, preparou o aço quente para produzir as peças necessárias na reposição da armadura, colocando o metal para derreter e eventualmente colocar no molde. Enquanto aguardava, pôde ouvir os questionamentos de Raymond acerca de uma “banheira” no estabelecimento, ou algum local onde este pudesse se limpar. Havia percebido certa imundície no odor do rapaz, mas ignorou sem muitos problemas. Estava acostumada com cheiros desagradáveis, e quando não tomava banho, não era muito diferente dele.

— Uma banheira você não encontrará aqui, e o sanitário não é bem o que você deve estar esperando — começou, recitando em um tom divertido — Mas, você pode se limpar na pia. Mas espere um pouco, irei lavar as mãos — dita a sentença, higienizou os dedos e a palma cuidadosamente. Havia sujado ambas ao pegar os itens sem nenhum tipo de proteção.

Buscou as luvas guardadas, permitindo que ele fizesse o que fosse necessário, sem maiores preocupações. Não sabia se ele teria coragem de realmente se lavar na frente de uma mulher, mas isso não a incomodou tanto, pois não estava vendo.

Após concluída a etapa inicial, coletou os pedaços com uma pinça, depositando os mesmos em uma chapa. Utilizando de uma talhadeira, cortou alguns pedaços para melhorar serem adequados em sua operação, enquanto sua cópia auxiliava martelando a armadura, pouco a pouco corrigindo as fissuras e imperfeições.

Embora fosse tentador acrescentar algum aspecto trocista nesta, focou em esculpir precisamente o modelo original desta, sentindo certa dificuldade inicialmente em trabalhar o material, devida a enorme complexidade do modelo. Não era uma armadura qualquer, sendo necessária uma precisão elevada por parte da elfa. Apoiada por uma lupa, observou alguns detalhes minuciosos antes de realizar as correções, de modo que aberturas ínfimas ou falhas não fossem deixadas para trás.

— Está terminado — comentou, após pelo menos cinco horas de trabalho. Gesticulou para que o mais jovem se aproximasse, pois seria necessário que este provasse a armadura e se certificasse de estar corretamente ajustada — Diga como ficou, você pode vestir ela agora. Tenha mais cuidado com suas coisas, deu um trabalhão — deslizou o pano áspero por sua face, removendo os resíduos acumulados em sua epiderme. O avental estava tão sujo quanto, e a camisa outrora branca estava escura quando terminou.

Observaria o rapaz atentamente, e quando este se vestisse, ficaria próxima, examinando o equipamento. Não deixaria nenhum detalhe escapar, e a depender de suas afirmações, seguiria com o planejamento.

Rauros, a Leoa
HP: 1000/1000
CH: 1000/1000
ST: 00/05

Clone A (“Allana Grey”)
2917/2917

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Tokubetsu Jonin

6/2/2023, 13:21

VII

Fui para o local onde havia uma pia e deixei que Allannia usasse a torneira primeiro. Não era muita coisa, mas já devia ser o suficiente para fazer o básico da higiene que meu corpo implorava. Então, removi o manto e a jaqueta negra, ficando apenas com as calças. A água da torneira estava perfeita, água fresca e natural, até um pouco aquecida por causa do calor. Quem se importaria de tomar um banho de torneira no verão? Talvez fosse melhor se tivesse uma mangueira. Esfreguei bem a cabeça, removendo as cinzas do meu cabelo, então esfreguei o rosto, o os braços da mão até os cotovelos. Minha calça ficou um tanto molhada por causa da água. Entrei em um pequeno dilema, ser alguém que pareceu molhar as calças ou andar de bermuda com corações ilustrados.

Tirei a calça e voltei a ficar de bermuda. Já havia passado essa vergonha antes e não seria lá tão ruim de passar por ela novamente. Aproveitei a pia e comecei a lavar minhas roupas, usei o pouco do sabão que tinha no local para esfregar bem. Já que a armadura ainda levaria um bom tempo para ficar pronta e esfriar, acho que minhas roupas já estarão secas.

[...]

Algumas horas depois, me certifiquei de colocar as partes acolchoadas das vestes, para então provar a armadura novamente. As duas tinham feito um trabalho incrível, e o melhor. Nada de patinhas de gato! Não consegui conter um enorme sorriso sincero ao me ver usando a armadura novamente. Coloquei todas as minhas vestes secas por cima e já parecia pronto para uma nova missão.

— A vovó e a irmãzona fizeram um trabalho de primeira com essa armadura, parece ainda melhor do que quando a vesti pela primeira vez.

Fiz uns movimentos de alongamento ainda na oficina, abaixando e levantando, saltos e simulações de golpes com a espada. Então, encararia a situação de Allannia, estava quase tão suja quanto eu quando cheguei. Quase.

— Se for tomar um banho de torneira também, já adianto que acabou o sabão.

Sorri.

— Creio que com o buraco que a irmãzona fez na minha carteira, é melhor eu já procurar por um novo trabalho. Espero poder incomodá-las novamente no futuro, adorei a companhia de vocês.

Com exceção a leoa é claro. Ainda preciso descobrir uma forma de me livrar dessa fera. Espero que ninguém tenha percebido minhas más intenções com a felina.

— Se tiver alguma coisa que a irmãzona precise, não hesite em pedir!

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SraCandyCandy

Meishu Tsuchikage

6/2/2023, 21:31

Allannia Grey

HP:2725/2725
CH:5834/6750
ST:04/07
CN:000/400
Palavras:718

A satisfação do rapaz aqueceu seu peito, sorrindo timidamente após os elogios. Removeu o avental, colocando este sobre a mesa. Não seria mais necessário, considerando que o rapaz parecia satisfeito com o serviço. Teria se livrado das roupas, caso estivesse sozinha. Diferentemente do rapaz, que havia sido ousado em lavar o corpo em sua pia, Allannia não seria capaz de se trocar na frente de um homem. Franziu o cenho, estranhando a proposta duvidosa. Não conseguia discernir se ele estava realmente falando sério, ou estava se divertindo às suas custas.

— É estranho que me imagine tomando banho em uma pia — após alguns segundos tentando manter a carranca, não resistiu. A gargalhada dada em seguida fora tão sonora que a própria Rauros levantou a voz para chamar pela Grey — Eu estou bem, Rauros. Raymond é um sujeito engraçado — sorriu, boba — Fui convencida, quero que você aceite trabalhar para mim. Pode se despedir dele, Senhora Allana Grey — olhou de soslaio para a Clone, que não conteve o sorriso.

— Eu não acredito que você realmente caiu nisso — e então ela desapareceu, após Allannia realizar um Selo Único para dissipa-la.

— Era um clone. Meu nome é Allannia, do Clã Grey. Sou a Sandaime Tsuchikage — removeu as luvas, depositando ambas dentro da caixa — Decidi fingir que era outra pessoa para testar suas reações, e aprender mais sobre você. Confesso que estou um tanto surpresa. Você é diferente da maioria dos ninjas que conheci. Se isso é algo bom ou ruim, precisarei descobrir sozinha — encarou a face do rapaz, cujos fios de cabelo combinavam com os seus.

Allannia soltou os cabelos, deixando caírem livres abaixo de seus ombros. Geralmente o fazia quando queria ser mais natural e espontânea, e demonstrar sinceridade. Quando os cabelos estavam soltos, e o seu coração calmo, ela poderia se sentir confortável em ser quem ela realmente era, livre de quaisquer amarras. Por alguns minutos, ela conseguia ser livre. Até chegar o ponto que a determinação acabava, e todas as emoções restritivas surgiam de uma só vez.

— Não somos muito diferentes. Seria estranho lhe dar a resposta naquela hora, no gabinete, pois estava avaliando você. Após passar algum tempo na sua presença, e analisar algumas de suas atitudes, pude perceber que não aparenta ser uma encenação barata. É um pouco estranho que seja tão receptivo comigo sem nem ao menos considerar minha posição ou influência no vilarejo. Além de sequer saber quem sou. Sinceramente, não sei o que pensar — fez uma careta, expondo seus pensamentos de maneira cautelosa — Valorizo bastante minha vida, também. Mas diferente de você, quero proteger a vila com todas as forças que eu tiver. Eu não quero morrer por ela, e talvez não vá tão longe, mas irei batalhar para assegurar o futuro de meu povo. É isso que uma líder faz. Eu acho, pelo menos. Não estou muito tempo neste cargo — deu os ombros. Embora esteja desenvolvendo características de uma típica governante, não possuía um espírito de liderança notório — Uma sombra deve estar por trás da vila, e nenhuma pode esperar existir sem uma luz para refletir num corpo. A luz são as pessoas, e a representação física, é a vila. Preciso zelar por ambos fatores, pois antes de nós, nossos antepassados assim o fizeram. Inúmeros heróis deram suas vidas por um “lugar”, como você citou. Tantas histórias, memórias e tradições são carregadas nesta terra. Se não houver pessoas para sangrar por ela, como podemos esperar dar um futuro para as novas gerações? — discursou, num tom severo. Não era seu objetivo repreender o ponto de vista do garoto, tampouco fazer com que se sentisse diminuído. Allannia, mais do que gostaria, compreendia como ele se sentia. “Por qual motivo eu deveria derramar sangue por um lugar, também? Ele pode ser reconstruído, caso destruam. E as pessoas podem simplesmente se mudar. Mas eu seria uma hipócrita se fizesse isso. Eu estaria defendendo os desertores”, pensou antes de concluir — Bem, de todo, você precisa pagar. 28 mil ryōs pelo reparo, e mais quatro milhões pelos meus serviços. E se quiser um emprego. Pode trabalhar nesta forja limpando a bagunça e como vigia. Pretendo guardar umas coisas de valor nela, vai ser bom ter alguém para cuidar enquanto eu estiver fora. Como recompensa, nenhuma taxa adicional será cobrada, e poderá encomendar um armamento — propôs, aguardando uma resposta.

Rauros, a Leoa
HP: 1000/1000
CH: 1000/1000
ST: 00/05

Emme

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Hazuray

Tokubetsu Jonin

6/2/2023, 22:10

Saída

— Confesso que não foi meu primeiro banho na pia, as pensões compartilhadas e as fazendas podem dar alguns ensinamentos duros de sobrevivência. — sorri, tentando fazer disso uma piada.

Não esperava por uma oferta de trabalho, não depois de ser levemente extorquido, mas assim eram as coisas, não posso reclamar por pagar caro algo que não sei. Talvez eu pudesse aprender um pouco mais trabalhando na força, mesmo que seja algo simples como reparar minha armadura ou manter minha espada afiada.

— O que!?

Perguntei surpreso, um pouco em choque de primeira, mas então, não consegui conter a gargalhada. Ela havia me pegado de jeito, jamais imaginaria que a irmãzona fosse a própria Tsuchikage, precisarei dar o troco algum momento, mas dessa vez eu perdi.

— Então quer dizer que estava me analisando? Eu sabia que você e aquela criatura maligna estavam tramando algo! — continuei rindo sem me segurar, gostava desse tipo de piada, mesmo quando eu era o alvo.

Ela parecia ter muito a falar, então deixei que a falasse, observando atentamente o que a irmãzona Tsuchikage tinha a dizer. É natural que pessoas de alto poder se sintam bem em passar ensinamentos aos mais jovens, então decidi ouvir. Suas orelhas pontudas se mexiam enquanto falava, tentei ignorar, mas acabei ficando um pouco desatento observando seus traços finos e delicados, era realmente diferente, mas não era algo ruim.

Seu discurso deu margem a um pequeno intervalo de reflexão que me deixou um pouco tonto, jamais imaginei que pudesse passar tantas coisas a se preocupar em um cargo de Tsuchikage. Então não deve ser apenas poder, é necessária uma certa delicadeza para tratar assuntos mais complexos. Tentei parecer concordar com o discurso, mesmo que eu não estivesse completamente de acordo ou preparado para sua compreensão completa. Finalmente o discurso teve fim e a vi falando de negócios novamente.

— Sua proposta me alegra em partes, irmãzona — tentei encontrar a melhor forma para negociar, talvez ela estivesse pensando que eu sou rico por causa do bom equipamento.

— Concordo em oferecer meus serviços como ajudante e vigia, posso ficar de olho em tudo o que você quiser. No entanto, desejo que esse trabalho não tome minha liberdade por completo e precisarei de um desconto um pouco maior. Serei seu funcionário e cliente fiel, será melhor fazer um preço mais justo — informei.

— Dessa vez concordarei com o valor do reparo. Deixaremos as negociações para os próximos trabalhos.

Comecei a pegar minhas coisas, ficando pronto para sair a qualquer momento. O dinheiro ficou em cima da bancada e embaixo de um suporte para não deixar as notas voarem.

— Será bem divertido vê-la trabalhando novamente, voltarei essa semana para discutirmos o contrato.

Acenei, partindo pela porta da frente.

875/875
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Meishu Tsuchikage

16/2/2023, 18:58

Allannia Grey

HP:2725/2725
CH:6750/6750
ST:00/07
CN:000/400
Palavras:246

Rauros auxiliou a carregar as cargas, armazenando as matérias-primas contidas dentro do caixote em suas costas. Os bens valiosos estavam amarrados por algumas cordas, e mesmo mal-humorada, a felina não reclamou durante o percurso nenhuma vez. Servir sua proprietária não lhe causava desagrado, sendo compreensível quanto suas limitações humanas. Ledo engano. A Grey somente não havia carregado nenhum dos bens para preservar suas unhas.

Assim que chegou ao seu estabelecimento, desamarrou a carga e conduziu ela sozinha até o depósito. Teve cuidado para não danificar a tintura das unhas, tampouco permitir que algum pedaço fosse partido. Rauros era enorme demais para passar pela entrada, aguardando no entorno por sua volta. Não demorou mais do que alguns minutos, até que pudesse encontrar os locais correto e assegurar a segurança destes. Caso algum criminoso tentasse furtar alguma de suas propriedades, precisaria vasculhar cada centímetro na expectativa de deduzir onde estariam.

Finalizados os procedimentos, Allannia meramente retornou para seu Palácio, agindo como se nada houvesse acontecido. Adquiriu os minérios através do capital contido em seus cofres públicos, tal como teria realizado uma manobra para ter em mãos as Gemas raras. Não se sentia bem em usufruir de coisas que teoricamente não deveriam ser suas, mas os seus propósitos altruístas justificavam seus atos duvidosos, em sua mente. A esperança de estar fazendo tudo em prol do fortalecimento do vilarejo e a segurança dos seus motivava os seus passos, até quando aparentava estar seguindo por linhas tortuosas. E vis.

Rauros, a Leoa
HP: 1000/1000
CH: 1000/1000
ST: 00/05

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