O dia finalmente chegou, Takura e Kojima iriam para o País do Ferro onde em alguns dias seria o julgamento. Kagura planejou uma grande comitiva dos homens mais fortes de Suna que escoltariam a carruagem até o País do Ferro, com 16 homens a frente, no meio e no fim da carruagem. Dentro Kojima e Takura um sentado de frente para o outro ambos com as mãos e pernas presas por correntes que anulava chakra, ao lado de um cada dois homens sentados de guarda e na frente e atrás dois homens de pé mantendo a vista sobre os dois, comandando a carruagem dois homens, um de assistente e o outro no comando das rédeas.

- Suna uma vez mais está em desgraça e a culpa é de vocês. – Kojima chegava a sorrir. – Foram os poderosos que nos deu poderes para fazermos o que fizemos, apenas fomos pagos por um serviço. – Takura permanecia em silencio, mas isso de certa forma tinha suas verdades, os poderosos que ainda estavam em Suna presos foram os que mais influenciaram Takura a fazer o que fez. – Provavelmente serão enforcados. – Takura então finalmente falou. – Não... - - Oque? – O guarda a questionou. – Seremos mortos pelas mãos dos Hattoris, isso já foi decidido no momento que eu prendi aquele homem. – Kojima debochou dela. – Mas o Senhor Shion teve pena da senhora, não acho que seus garotos iriam desobedecer a um desejo do pai. - - Eu vi nos olhos dele, eu já estava morta, ele só não fez ali porque não gostaria que eles o vissem quem ele realmente é, eu vi a cabeça daquele homem, ele tem prazer na morte. – Kojima deu um sorriso disfarçado de medo. – Estamos ferrados... – Takura encostava suas costas no canto da carruagem e apenas relaxava. – Espero que ele seja rápido, ele sempre foi cavalheiro com mulheres. –

A carruagem se afastou alguns quilômetros de Suna quando de repente a movimentação parou, um dos guardas que estava dentro começou a perguntar. – O que está acontecendo aí fora? - - Tem algumas pessoas no caminho. - - Ele não esperou ate chegarmos lá. – Takura dizia em lamento. – O que? É Hattori Shion? – Kojima perguntou assustado. Gritos de batalha eram ouvidos, homens caindo aos poucos, homens pedindo reforços. Após alguns instantes os homens que protegiam a carruagem por dentro também saíram para ajudar, mas também foram mortos, a frente da porta de saída Takura viu algo que a intrigou. – Gelo? – Algo veio caminhando em passos lentos, ele estava ao lado da carruagem, ele parecia cantarolar era um som calmo, Kojima suava apavorado, Takura olhava para fora aguardando seu algoz, quando ele enfim apareceu. – Você? – Ela arregalava os olhos.

-  Faz 6 meses Takura...  - - Shaka! – Kojima começou a se desesperar. – Espera... esse é Shaka? Aquele Shaka? ESTAMOS MORTOS! ESTAMOS MORTOS! – Em seguida Hanataro apareceu. – Senhora... - - Então é aí que você estava. – Shaka apontou sua mão e as correntes foram desfeitas. – Venham. – Takura se levantou ainda assustada, mas tentava manter a pose, Kojima por outro lado se tremia todo, ao tocarem os pés no chão Shaka disse de uma forma intimidadora. – Só para que fique claro, eu irei matar vocês dois.  – Ambos os dois arregalaram os olhos, Kojima caiu de joelhos aos pés de Shaka implorando por sua vida, Takura se mantinha de pé o encarando. – Por favor, por favor não me mate, eu faço tudo que você quiser. – Kojima continuava implorando enquanto Shaka e Takura conversava. – Então vamos terminar logo com isso. – Takura o intimidava, não estava muito afim de ficar enrolando. – Calma, tenho uns esclarecimentos a fazer para você. – No meio dos gritos de Kojima Shaka se irritou, pegou ele pela cabeça e quebrou o pescoço dele largando o corpo dele no chão. – Criatura irritante... – Takura respirava fundo tentando se manter firme. – Esclarecimento? - - Vamos começar pelo principal, você viu não viu?  – Ela arregalava os olhos. – Sim. - - Não era você, nunca foi você. Se você confiava que aquele futuro era o seu futuro, está completamente enganada, aquela mulher de asas era Lilith.  - - Não... eu tenho certeza, aquela era eu, eu mato Hattori Shion, eu vou sobreviver a você eu vou sobreviver a tudo isso, eu vi isso. – Shaka sorria com deboche. – Deixa eu te mostrar algo.  – Korra vinha caminhando acompanhada de duas crianças e após um longo tempo finalmente Takura demonstrou alguma reação. – Como você? O que vai fazer com eles? - - HAHAHA, aí está, AI ESTA!!!!  – Ele começava a rir insanamente. – AI ESTÁ A EXPRESSÃO QUE EU QUERIA!  – Takura começava a se desesperar, tentava negociar. – O que você que Shaka eu te dou qualquer coisa, eu tenho sangue dos Greys, eu sei tudo, eu consigo te ajudar a matar Shion, é isso que você que quer, não é? Eu te ensino eu te levo até a vitória por favor. - - Agora sim.  –

Toda a arrogância que Takura tinha antes foi embora, ela acreditava cegamente que ela seria a mulher que mataria Shion, Takura achou que ela seria a Deusa que mudaria todo o mundo, mas a pobre idiota se perdeu em meio as visões, Katsura Grey irá arrancar o coração de Hattori Shion, isso já foi predestinado, mas saber desse futuro não é o suficiente para fazer Shion desistir, ele vai ate o fim para trazer a sua amada de volta, mesmo que isso custe a sua vida.

Shaka colocou sua mão direita no rosto da mulher. – Veja só como a vida é curiosa, meses atrás eu estava de joelhos em sua sala, eu tive dificuldades em derrotar seu campeão e agora você está aqui implorando o meu perdão.  – Ele estalou seus dedos esquerdo e uma pequena explosão aconteceu ao lado das crianças, imediatamente Takura gritou. – NÃO! – Hanataro se aproximou dela. – Senhora, você é a pessoa mais esperta que eu conheço e ainda não percebeu? Ele já decidiu a uns 10 minutos. – Shaka sorriu se virou para Korra, segurou firme mantendo os olhos de Takura abertos para Korra e as crianças – Devore!  – Korra agarrou os filhos de Takura e começou a devora-los ali mesmo, Takura se debatia, gritava desesperada com os gritos e a visão da criatura de Shaka se alimentando sem nem se importar, Hanataro chegou a virar o rosto de lado um momento e fechou os olhos, mas ainda assim era difícil não se incomodar com todos os gritos, Shaka continuava sorrindo. Enfim Korra terminou e se levantou completamente suja de sangue. – Está aqui está satisfeita Mestre, obrigada. –

Takura caiu no chão completamente arrasada, seu mundo caiu e enquanto isso Shaka ria insanamente, quando ele se virou de costas Takura se levantou  tentando ataca-lo com sua técnica que subjugou Shion, ele acertou um soco no rosto dela derrubando a mulher, ele a pegou pelos cabelos a ergueu um pouco e começou a explicar o que viria daqui pra frente para ela. – Em todos os meus anos de conquista, violência, massacres. Nunca foi pessoal, mas eu digo agora o que estou prestes a fazer com sua teimosa e irritante vila, eu vou gostar, eu vou gostar demais.  – Dito isso sua mão atravessou o centro do peito da mulher arrancando sua espinha, o que sobrou ele deixou para Korra devorar.

Ainda era tarde quando Suna foi agraciada com a presença divina de seu algoz, Kagura esperava Shaka sobre o novo gabinete. Shaka do céu já localizava a mulher e se aproximou dela. – Boa noite nova Kazekage, excelente trabalho que você tem feito pela vila.  – Kagura não deixava de notar o sangue nas roupas de Shaka. – Este sangue? – Shaka olhava para o sangue e sorria. –  Isso?  – Apontando para a direção. – Eu e meus companheiros acabamos de executar Takura, então fique tranquilo o trabalho está feito.  – Ele abriu um sorriso de lado. Kagura sabia que Shaka seria problemático, mas ele parecia não ligar para a mulher e se virou de costas erguendo sua mão para o céu. – O que faz aqui Shaka? - - Bem um pouco de história, Okina foi selada e com isso apareceu uma segunda lua, eu quando cheguei nesse abençoado mundo roubei tudo que ela tinha, no entanto ainda sobrou pequenos resquícios do poder dela, na época eu não tinha forças para isso, mas tudo mudou. – Ele começou a sugar força da segunda lua e seu poder foi crescendo, Kagura tentou impedir, mas já era tarde demais. Shaka encerrou o ritual se virou para ela. – Deixe-me testar uma coisa.  – Ele abriu os braços olhando diretamente para Kagura, uma aura amarela porem rodeado de um chakra negro e coberto por outro vermelho circulou seu corpo, ele criou uma serie de feixes de luz que circulou o corpo de Kagura. –  EXTINÇÃO ESTELAR!  – Ao fim da técnica não sobrou nada do corpo da mulher, ele ficava com aquele olhar insano e satisfeito. – Eu conseguir... Eu conseguir... EU DOMINEI A TÉCNICA MAIS PODEROSA DELE!  – Korra e Hanataro ficaram de boca aberta com aquilo, não sobrou absolutamente nada, nem vestígio do chakra, Kagura foi apagada da existência.

- Por que parar por aqui?  – Ele lançou o mesmo chakra poderoso na lua a despedaçando. – E TUDO SE TORNARÁ NADA!  – A segunda lua se estilhaçou em vários pedaços caindo ao redor do mundo inteiro, em Suna caiu um pedaço tão grande que foi capaz de subjugar a vila inteira, no restante do mundo caiu pedaços em cada vila, pedaços suficientes para causar uma grande catástrofe em cada vilarejo.

Esse foi o fim de Sunagakure, Suna por anos viveu às custas da força de um homem, homem que alertou dos perigos em mexer com sua família, Shaka foi a Suna hoje por motivos pessoais, mas lá no fundo ele queria defender a honra de seu sangue. Com sangue Suna cresceu e com sangue Suna pagou seus pecados. A história de Suna termina aqui, no entanto o que acontecerá com o restante do mundo? Este é o fim do arco dos Remanescentes.