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Lua Minguante
Arco 01
Ano 25 DG
Outono
Pouco mais de cinco anos se passaram desde a queda de Kaguya e tudo mudou. Novos líderes foram coroados, novos conflitos nasceram e as chamas da revolução foram ouvidas pelos desertos — e a independência chegou para Sunagakure. Aliados a um novo Senhor Feudal, a nação voltou a se erguer, iniciando melhorias que chamaram atenção de muitas pessoas no mundo inteiro. No entanto, nem tudo é o que parece ser e um mal antigo parece estar à espreita…
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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Os acontecimentos dos últimos dias borbulhavam as bocas do Arles. A morte de Madame Sayo fez com que até a Kaballah enaltecesse o estado de alerta com o misterioso recado deixado em seu corpo e com a forma explícita que o jornal havia divulgado aquela informação. Ouki encontrava-se abalado com a proximidade que a foice da morte ventou na face de seus sentimentos; isolou-se de seu grupo místico, de seu esquadrão militar, de seu ciclo social, focou-se na vingança. Tinha informações dadas a ele no último encontro com Sayo e ali, em pé frente a sua porta no meio do Arles, escutando toda aquela música e a agitação cigana -para a qual nunca havia luto-, encontrava-se determinado à encontrar culpados.

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@Ouki
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Alguns poucos dias haviam se passado e o fatídico acontecimento daquela noite já havia se espalhado pelas ruas do Arles e até mesmo trespassado pelas paredes da Kabbalah, gerando ainda mais boatos. Para muitos o fato de Madame Sayo me procurar e logo em seguida aparecerem noticias sobre sua morte era no mínimo incriminador, então decidi que deveria resolver o caso antes que minha integridade fosse colocada em cheque, o que me levava ao ponto de início de tudo: as ruas do Arles. - Kayn... Quais suas pretensões afinal? - Não fazia ideia, mas antes de ter a vida ceifada a anciã já havia me alertado de seus planos em uma última profecia - Mas acima de todas as pessoas, logo eu? Kayn, você tomou a decisão errada e será punido... - Ninguém brinca com Ouki Shin, todos sabem disso e esse erro não seria perdoado.
A própria Kabbalah possuia maneiras severas de lidar com transgressores, mas eu preferia fazer a minha própria maneira - Como uma boa e velha vingança nfufufuf - então me joguei a fundo no caso afim de encontrar o cartomante e mais respostas; iniciando minha busca no mesmo local onde o crime havia sido cometido; a casa da velha bruxa.


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Copérnico se enroscava às pernas de Ouki a cada passo dado. Havia entrado naquela imensidão de monotonia, nada aparentava ter acontecido ali, nada terrível; apenas a costumeira bagunça como se Sayo ainda estivesse perambulando por ali com sua bola de cristal. O local obviamente havia sido limpo. Será que alguém já tinha passado por ali antes do talismã da Kaballah? Torcendo para que ali houvesse resquício para a posterioridade, Shin acreditava que quando se tratava da Madame nada era formado com pontas soltas. Ela tinha como saber sobre sua morte e as decorrências disso, o que a impediria de deixar rastros para Ouki? Nfufufu Sayo e seus truque. Um livro. Nada. Dois livros. Nada. Três livros; uma chave. Parecia muito com bronze, provavelmente mais uma das quinquilharias da velha, mas não se pode subestimar a inteligência.

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@Ouki
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A estranha calmaria proporcionada pelo local me traziam ainda mais lembranças daquela noite, era como se pudesse sentir a presença de minha antiga tutora no local; ali mesmo, sentada afagando o irritante copérnico enquanto bisbilhotava a vida de alguém pela bola de cristal, mas ao invés disto nessa noite haviam apenas eu e o bichano na residencia. - Então copérnico, quem foi? nfufufufu - Questionava o animal de forma retorica enquanto o trazia para próximo de meus rosto, o levantando com uma das mãos no couro cervical do felino. - Me diga Copérnico, por entre essas duas pequenas bolas de cristal, teria você visto algo? - Ainda que fosse cômico era trágico, aquele pequeno animal poderia muito bem ser a ultima testemunha visual do ocorrido, como também um dos últimos a ter contato com Madame Sayo -  Se ao invés de cercar-se de gatos e livros inúteis tivesse permanecido na Kabbalah, isso jamais teria acontecido - Suspirava enquanto pousava Copérnico no piso amadeirado.

Já faziam alguns minutos que havia iniciado minha procura por provas por entre as grandes instantes empoeiradas, tais quais comportando inúmeros livros. Me incomodava perceber a organização e estado daqueles objetos uma vez que eles me faziam perceber que sequer houve uma reação, Madame Sayo simplesmente não lutou, ela apenas aceitou seu destino. Mascando chiclete enquanto tateava por entre sumários, títulos e páginas não demorou muito tempo para que me deparasse com um titulo familiar; O livro que madame apontou para que eu lesse naquela fatídica noite. - Nfufufu sua maldita bruxa - Abria suas páginas, confirmando minhas memórias ao me deparar com um chiclete grudado em sua contra capa e de forma surpreendente encontrar uma chave junto a este - Mesmo depois de morrer você continua a me surpreender velhota nfufufufuf -

O objeto de bronze era maior que chaves comuns - Um forte indicativo do quão velha era a quinquilharia - e não tinha como parte correspondente nenhuma instante, gaveta ou porta presentes no local; em vez disso abria um bau velho e enferrujado em um canto da sala. Pousava a espada que carregava comigo ainda embainhada em cima da mesa principal do comodo e em seguida arrastava o bau para o centro da sala; para então abri-lo e encontrar a famigerada bola de Cristal de Madame Sayo - Então, era isso que queria que eu encontrasse velhota? -


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Dentro do misticismo que envolve a cultura que escorre e transborda pelos becos do Arles, diz-se que a bola de cristal é tão poderosa pois sua forma esférica centraliza o fluído dos cristais que nela habitam, canalizando energias temporais para que se possa ter uma clarividência do mundo exterior. Ouki havia sido educado escutando os dizeres de Sayo. "Existem coisas no tempo que transcendem nosso entendimento." E geralmente suas frases mais marcantes vinham quando o branco dos seus olhos se manifestava na sala e o futuro se revelava à ela. Agora não existia mais Madame, mas ainda existia futuro, embora que manchado pelo sangue do passado. Copérnico não deixava Shin em paz, até o shinobi ser abduzido pela imagem que se projetou na superfície translúcida do globo.

Uma nuvem de papéis com signos peculiares tomou conta da sala de Madame Sayo. Copérnico agitou-se, arriçando os pelos de sua cervical. A velha não demonstrou reação. -Quanto tempo minha amiga. A voz era grave e parecia emergia de algum ponto oculto daquela vastidão de folhas que circundavam o recinto de forma ininterrupta. Sayo permaneceu quieta. -Conheço Copérnico, ele não aprontaria com sua velha língua. Ao passo que a risada ecoava, Kain se materializava. Frente à velha seu chapéu e vestimentas vermelhas se concretizavam no ar, formando sua imagem sentada na cadeira. -Bem vindo Kain. Ao que devo essa desonra de tê-lo em meu lar novamente. Ele fumava uma mescla de ervas finas vinda de uma região do oriente, enrolada de forma cuidadosa em papel de arroz e que tinha seu aroma doce impregnando o ar. -Não faça piadas Sayo, vim até para que você me cante canções de glória sobre o futuro. Suas pernas cruzaram-se. Aconchegou-se no assento. -Assim como eu, você não sobreviverá para comemorar o aniversário de Santa Sara Kali. Nem mesmo nossa padroeira lhe passara a mão pelos cabelos. O sorriso diabólico já era marcante na face do executor, mas se alargou ao ouvir o nome daquela festividade que acontecia anualmente em comemoração à cultura cigana. -Não há glória para você Kain.

Ouki estremeceu ao ver a forma como Sayo havia sido morta a sangue frio, tomada por papéis enigmáticos e por aquela mensagem em sua carne que já havia lido no jornal. A visão gravada no aparato de cristal era claramente uma memória jogada para trás para que alguém a pegasse e traçasse algum passo. Ao que tudo indicava, Kain estava interessado no poder de observação temporal da velhota, e ao notar sua irredutibilidade resolveu deixar seu recado à Kaballah. Um cheiro doce tomou conta do local.

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Antes mesmo que pudesse enunciar novas palavras a bola de cristal de Madame me introduzia a um ultimo truque - e também a ultima artimanha feita em vida pela velha bruxa - Meus olhos permaneciam vidrados e estarrecidos perante a aquela tenebrosa visão - Pare de drama, o que está vendo afinal? - Aquela mesma casa, aquele mesmo cômodo que eu dividia com Copernico sendo dividido por Madame Sayo e Kayn, sim aquela era a ultima profecia de Madame Sayo - Mostrar a mim seus últimos instantes de vida - - Incrível, e você pode me surpreender mais uma vez nfufufufufu -

As imagens a mim providas não só confirmavam minha suspeita acerca de Kayn, como também alastravam por todo meu amago um sentimento de agonia. Ainda que fosse um homem frio, não era pra ser dessa forma; Madame Sayo foi uma mulher da paz, não uma guerreira - e como havia deduzido anteriormente - ela sequer havia tentado resistir a seu assassino, tudo que ela fez foi agonizar até a morte naquele mesmo local no qual eu me sentava nesse momento. E naquele mesmo momento, assim que senti o cheiro doce no ar eu também soube que não estava mais sozinho com copérnico no local - Apareça Kayn. - Brandava afim de por um fim em tudo.


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Ouki era inteligente o suficiente para entender a atmosfera que o cercava. Alguma coisa ali não era a mesma; Copérnico continuava ali, os livros, a bagunça ancestral de Sayo, porém, aquele cheiro [...] Era diferente dos incensos normalmente utilizados pela velha, parecia muito mais natural, o ambiente fechado enaltecia cada vez mais a intensidade das ervas finas de odor marcantemente adocicado. Uma onda de papéis tomou conta do lugar. Um estrondo; móveis e objetos voaram por toda parte. Shin que por um instante se encontrava livre agora, após invocar a presença do sujeito era trancafiado por sua técnica. Mãos e pernas envoltos em origamis enquanto o restante do corpo permanecia livre. Forçava movimentos mas parecia inútil. -Vejamos o que temos aqui. Você era só um garoto, quem diria... Kayn surgia em um amontoado de matéria branca alguns metros distante de sua presa, ao lado da porte. -Parece que mordeu a isca. Seu cigarro artesanal era longo e a tonalidade marrom combinava com o vermelho de seu chapéu e vestimentas. -Meus pássaros me informaram sobre você. Cantaram no meu ouvido sobre problemas, mas agora, olhando de perto, não vejo tanto assim.

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O incenso doce não era em nada como algo que Madame Sayo usaria e em conjunto com a inquietação de copérnico me antecipavam instintivamente sobre o cenário que estava a se formar no comodo - Ele está aqui? Mas já? - Havia sido apenas um chute, mas a suposição seria confirmada antes mesmo de meus olhos conseguirem identificar algum invasor, assim que a voz forasteira ecoava pela sala. Com algum senso de imediatismo meus olhos tacitavam por entre as prateleiras e janelas em busca de sua origem. Assim que o som das palavras propagava pelo ar o agitado Copérnico também se movia correndo para esconder-se atrás do bau que antes carregava a bola de cristal - Hmpf Gato covarde - na mesma sequencia em que como tão misteriosamente a voz havia surgido ela se fazia desaparecer, dando ao ambiente alguns segundos de silencio, para então substitui-lo pelo intenso som do atrito de papeis. Vindo de diversos lugares espalhados por todo comodo , folhas de livros sendo agitadas e prateleiras tremendo ante a presença que se materializava ali comigo e com copérnico tendo os próprios papéis como origem. Assim que sua forma se estabilizava o som de papeis também ficava em segundo plano, ofuscado pelo som do bater de palmas. - Vamos, você merece alguns aplausos, foi bela introdução eu diria - ainda que nada de fato impressionasse Ouki Shin -Uma armadilha? Para mim? Que tolice. - Enunciava enquanto mantinha a mesma postura inerte sob a cadeira mascando goma.

- E então Kayn, resolveu poupar-me o trabalho de ir atrás de você? O que é isso? Algum tipo de suicídio nfufufufufuufu - Meus olhos imediatamente se arregalavam em uma nova expressão. Seria sorte? O homem no qual procurava aparecia ante a mim em uma oportunidade única - poupando-me de todo o resto e indo direto a diversão -  Então, que truques você tem preparado Kayn? Não me decepcione por favor, ouvi coisas boas sobre suas habilidades na Kabbalah: afinal cresci ouvindo que era como uma versão ainda melhor de você, devia se orgulhar. -



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-Não decepcionarei garoto! Você foi uma pedra no meu sapato [...] Não, na minha mente; durante muito, muito tempo. Sayo falava demais do seu potencial quando estávamos juntos. Permaneceu inerte. -Eu via sua habilidade desenrolar-se mesmo estando alguns cargos distante de você dentro da Kaballah. Um gesto de mão. As folhas que prendiam Ouki começaram a subir pelo seu corpo mumificando-o sentido sua cabeça. -Sayo guardava elogio-os para si. Eu sempre escutei o que aquela velha falava... Sempre! Por isso sempre te mantive no meu radar. A voz de Kayn era áspera e não demonstrava pesar por mata-la. -A Kaballah é um grande atraso para os avanços de nossa estirpe Ouki. Eles monopolizam nossa sociedade. Os papéis apertavam-se enquanto ainda não alcançavam seu destino. -Sayo não entendia isso, quis se opor à uma oferta que inúmeras vezes lhe sugeri.

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Meus ouvidos se encontravam atentos as palavras de Kayn, e enquanto podia também mantinha ambos os olhos vidrados no homem. O velho cigano promovia ódio contra a Kabbalah em seu discurso quando este era subitamente ofuscado pelo som dos papeis. Movimentando-se em minha direção ao sinal de seu precursor, eles se agarravam a meu corpo, apertando-se cada vez mais, pouco a pouco suprimindo meus movimentos no que em instantes iria se tornar uma tentativa de asfixia - Um jutsu realmente interessante, mas ainda sim não era o bastante... -

Sem nenhuma outra reação aparente eu apenas permanecia ali, estático sentado no mesmo local. Não havia som algum, tão pouco movimento que luta-se contra a força do enxame; e era nesse instante que Kayn deveria entender que eu era uma realidade, e não apenas uma promessa. - Nfufufufufu - O murmúrio irrompia por entre os papeis que pouco a pouco tocavam o chão, desfazendo-se como na água - Pobre Kayn, sozinho e sem ninguém. Ofuscado pelo brilho de um jovem prodígio como eu, e revoltado para com sua própria estirpe nfufufufuf de maneira desesperada - Enunciava enquanto me levantava derrubando ao chão os poucos papeis que ainda tentavam me suprimir.

- Um bom mágico nunca revela seu truque - Sim, é verdade, mas nesse caso posso fazer uma exceção. A habilidade de Kayn se fazia inútil contra mim naquela situação. Ainda que Ciganos tenham suas crenças eu possuía conhecimento genuíno acerca de chakra, e não era difícil entender como ele o utilizava para manipular papeis a seu bel prazer - Talvez fosse até capaz de replicar, e aderir com alguma prática - No mesmo momento em que minha pele foi tocada todo o chakra que havia embuido naqueles papeis fora sugado e o jutsu de Kayn inutilizado - Como um livro aberto na chuva -

Virava de costas para Kayn enquanto meus olhos tacitavam pela sala em busca de Copérnico, uma vez que o encontrava afagava o bichano que ainda se encontrava apreensivo com o visitante. - Sabe Kayn, eu concordo com você em alguma coisas, mas existem algumas crenças das quais não posso abdicar. No dia em que decidiu que cruzaria comigo, você premeditou uma morte tola, e amadora - Enunciava na medida que pegava copérnico no colo ainda durante o monólogo para em seguida virar o corpo na direção de Kayn. Não foi necessário mais que um olhar para lançar uma  - ardilosa - técnica de paralisia corpórea ainda mais rápido do que seu corpo poderia ousar desaparecer - ou reaparecer, assim como fez para entrar na sala -  cordas imaginárias cujo até mesmo um animal selvagem poderia ser subjugado eram jogadas contra Kayn, que por certo estarrecia com a visão de meu próximo movimento -Um pequeno sinal com o dedo indicador -  E como em um truque de mágica a espada que antes repousava sob a mesa ao lado da bola de cristal criava vida, levitando para fora de sua bainha e cortando o ar de encontro com o coração de Kayn em um movimento preciso de duração fímia. - Queime no inferno Kayn. -


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