Ichigo
Genin

Senju 'Hatake' Kai (ライフコブラ)
O quartel-general da Aldeia da Folha não tinha lá um dos melhores odores que eu já havia sentido em minha vida: parecia que todos aqueles formulários, fichas e papéis já estavam todos tão envelhecidos que haviam impregnado o local com um cheiro muito semelhante ao do mofo, porém um pouco menos insuportável: decidi batizar aquele "perfume típico" como cheiro de velhice. Eu era realmente muito bom em rir das minhas próprias piadas. Mas o que diabos eu estava fazendo ali aquela hora da manhã? Mesmo com o puro desagrado de ser acordado cedo com uma carta remetente a mim, esforcei-me para levantar da cama e ir até onde havia sido requisitado. Ao que me parecia, uma missão de urgência seria repassada à minha pessoa.
O homem responsável pela recepção daquela vez era alto, sem quaisquer fio de cabelo em sua cabeça e uma bela bandagem branca enrolada sob seu olho esquerdo, indicando um provável ferimento recente. — Bom dia, senhor. Me enviaram um pedido por carta para comparecer aqui. Sou Senju Kai. — Apresentei-me enquanto andava calmamente na direção do balcão principal da sala, terminando aproximação com um rápido cumprimento de mão. — Ah, certo. Peço que aguarde um pouco, sua missão será realizada em dupla com outro shinobi. — Informou-me ele com sua voz grossa e rouca, quase amargurada. Apesar do certo timbre ameaçador, sentei-me em uma das cadeiras de madeira e aguardei a chegada do meu mais novo companheiro de trabalho.
Demoraram cerca de alguns minutos a mais até que uma nova pessoa adentrasse pela porta principal da sala: possuidora de cabelos negros curtos na altura do ombro, olhos azulados e corpo extremamente esguio, era minha companheiro de viagem que se proclamava pelo nome de Yukihime. Ao que tudo indicava, sua personalidade era um tanto fria ou ao menos ela tendia a ser mais isolada, evitando longos diálogos ou qualquer coisa do tipo, limitando-se a apenas me cumprimentar com um breve aceno de cabeça e se direcionando ao balcão logo em seguida para receber as informações da tal missão. — Certo, agora que nós dois estamos aqui, qual é o nosso objetivo? — Indaguei ao caolho enquanto permanecia com ambas as mãos dentro dos bolsos: uma espécie de tique nervoso de minha parte.
— Você devem estar se perguntando o porque da necessidade de duas pessoas para essa missão. — Disse o recepcionista enquanto se sentava do outro lado do balcão, entrelaçando os dedos um no outro. — A central da inteligência da vila reconhece a alta capacidade de ambos e por conta disso, estará os enviando em uma missão de espionagem. Desde que o País das Fontes Termais sofreu um ataque daquele monstro gigante que vocês chamam de Kinarra, o país tem se reerguido. — Até o dado momento, nenhuma informação parecia suspeita ou fora do comum, mas seu semblante permanecia sério. — No entanto, nunca mais estabelecemos contato com os responsáveis de lá, e por conta disso, estamos temendo que talvez o local tenha sido tomado por algum tipo de organização ou algo do tipo. Por conta disso, precisamos que vocês nos tragam o máximo de informações possíveis para organizarmos o que pode ser feito com relação a isso.
Terminado o monólogo de informações do velho recepcionista caolho, ele tratou de entregar para minha pessoa um velho pergaminho enrolado contendo um mapa e as principais rotas até o País das Ondas, incluindo aquelas mais seguras e as que eu e Yukihime deveríamos tomar cuidado ao passar por perto. Não se tinha nada extra a se acrescentar por ali, portanto, quanto antes partíssemos para a localidade solicitada, melhor seria, pois eu não gostaria de passar uma noite inteira no meio da floresta com uma desconhecida (mesmo que fosse da própria aldeia). Passaria em casa antes de seguir até o portão para coletar todos os equipamentos necessários, incluindo armamento, comida, mochila e garrafas d'água, pois seria uma longa viagem pela frente.
O portão de Konoha parecia nos convidar a sentar por ali e aproveitar a brisa gelada e aconchegante que a localização próxima das floresta proporcionava, porém, eu e Yukihime tínhamos uma missão a ser feita. Infelizmente, teríamos que deixar as sessões de relaxamento para outra ocasião mais propicia. Era cedo da manhã quando partimos, e até o anoitecer, quando fomos obrigados a parar e montar um acampamento, a mulher não pronunciou nenhuma palavra a mim, como se estivesse evitando qualquer tipo de contato social. Por natureza, me sentia na obrigação de fazer algo a respeito, pois pessoas daquele estilo normalmente costumavam carregar consigo os mais diversos tipos de traumas passados.
Nosso acampamento era composto por uma pequena fogueira feita com gravetos e alguns pedaços de lenha, dois sacos de dormir e alguns ramos de arbustos que usaríamos como espetos para cozinhar alguma coisa: de preferência marshmallows. — Yukihime-san, tudo bem se eu fizer a primeira vigília? Tô realmente sem sono. — A verdade era que o sono estava me corroendo por dentro, mas algo me dizia que aquela garota não recebia gentilezas de alguém a muito tempo, fato esse que me pareceu ainda mais verídico quando a mesma me agradeceu com um sincero sorriso. — A quanto tempo você está atuando como shinobi? — Tentei puxar papo enquanto procurava em meio as tralhas de dentro da minha mochila um pequeno saco com as guloseimas fofas conhecidas como marshmallows.
— Acho que a praticamente seis anos. Comecei quando tinha dez. — Era a primeira vez que eu ouvia a sua voz, e de acordo com meus cálculos, ela era então, apenas um ano mais velha que eu. — E por que você decidiu se tornar uma ninja? — Perguntei a ela enquanto cravava algumas das guloseimas na ponta do espeto e colocava sob o fogo da fogueira. — Ah, meio que obrigação de família, sabe? Meu pai era ninja, meu avô era ninja, o avô do meu avô também. Não pude quebrar a tradição. E você? — Sua expressão, apesar de neutra, conseguia demonstrar um certo tom de melancolia: ter sua vida decidida por terceiros devia realmente ser um fardo e tanto a ser carregado.
O homem responsável pela recepção daquela vez era alto, sem quaisquer fio de cabelo em sua cabeça e uma bela bandagem branca enrolada sob seu olho esquerdo, indicando um provável ferimento recente. — Bom dia, senhor. Me enviaram um pedido por carta para comparecer aqui. Sou Senju Kai. — Apresentei-me enquanto andava calmamente na direção do balcão principal da sala, terminando aproximação com um rápido cumprimento de mão. — Ah, certo. Peço que aguarde um pouco, sua missão será realizada em dupla com outro shinobi. — Informou-me ele com sua voz grossa e rouca, quase amargurada. Apesar do certo timbre ameaçador, sentei-me em uma das cadeiras de madeira e aguardei a chegada do meu mais novo companheiro de trabalho.
Demoraram cerca de alguns minutos a mais até que uma nova pessoa adentrasse pela porta principal da sala: possuidora de cabelos negros curtos na altura do ombro, olhos azulados e corpo extremamente esguio, era minha companheiro de viagem que se proclamava pelo nome de Yukihime. Ao que tudo indicava, sua personalidade era um tanto fria ou ao menos ela tendia a ser mais isolada, evitando longos diálogos ou qualquer coisa do tipo, limitando-se a apenas me cumprimentar com um breve aceno de cabeça e se direcionando ao balcão logo em seguida para receber as informações da tal missão. — Certo, agora que nós dois estamos aqui, qual é o nosso objetivo? — Indaguei ao caolho enquanto permanecia com ambas as mãos dentro dos bolsos: uma espécie de tique nervoso de minha parte.
— Você devem estar se perguntando o porque da necessidade de duas pessoas para essa missão. — Disse o recepcionista enquanto se sentava do outro lado do balcão, entrelaçando os dedos um no outro. — A central da inteligência da vila reconhece a alta capacidade de ambos e por conta disso, estará os enviando em uma missão de espionagem. Desde que o País das Fontes Termais sofreu um ataque daquele monstro gigante que vocês chamam de Kinarra, o país tem se reerguido. — Até o dado momento, nenhuma informação parecia suspeita ou fora do comum, mas seu semblante permanecia sério. — No entanto, nunca mais estabelecemos contato com os responsáveis de lá, e por conta disso, estamos temendo que talvez o local tenha sido tomado por algum tipo de organização ou algo do tipo. Por conta disso, precisamos que vocês nos tragam o máximo de informações possíveis para organizarmos o que pode ser feito com relação a isso.
Terminado o monólogo de informações do velho recepcionista caolho, ele tratou de entregar para minha pessoa um velho pergaminho enrolado contendo um mapa e as principais rotas até o País das Ondas, incluindo aquelas mais seguras e as que eu e Yukihime deveríamos tomar cuidado ao passar por perto. Não se tinha nada extra a se acrescentar por ali, portanto, quanto antes partíssemos para a localidade solicitada, melhor seria, pois eu não gostaria de passar uma noite inteira no meio da floresta com uma desconhecida (mesmo que fosse da própria aldeia). Passaria em casa antes de seguir até o portão para coletar todos os equipamentos necessários, incluindo armamento, comida, mochila e garrafas d'água, pois seria uma longa viagem pela frente.
O portão de Konoha parecia nos convidar a sentar por ali e aproveitar a brisa gelada e aconchegante que a localização próxima das floresta proporcionava, porém, eu e Yukihime tínhamos uma missão a ser feita. Infelizmente, teríamos que deixar as sessões de relaxamento para outra ocasião mais propicia. Era cedo da manhã quando partimos, e até o anoitecer, quando fomos obrigados a parar e montar um acampamento, a mulher não pronunciou nenhuma palavra a mim, como se estivesse evitando qualquer tipo de contato social. Por natureza, me sentia na obrigação de fazer algo a respeito, pois pessoas daquele estilo normalmente costumavam carregar consigo os mais diversos tipos de traumas passados.
Nosso acampamento era composto por uma pequena fogueira feita com gravetos e alguns pedaços de lenha, dois sacos de dormir e alguns ramos de arbustos que usaríamos como espetos para cozinhar alguma coisa: de preferência marshmallows. — Yukihime-san, tudo bem se eu fizer a primeira vigília? Tô realmente sem sono. — A verdade era que o sono estava me corroendo por dentro, mas algo me dizia que aquela garota não recebia gentilezas de alguém a muito tempo, fato esse que me pareceu ainda mais verídico quando a mesma me agradeceu com um sincero sorriso. — A quanto tempo você está atuando como shinobi? — Tentei puxar papo enquanto procurava em meio as tralhas de dentro da minha mochila um pequeno saco com as guloseimas fofas conhecidas como marshmallows.
— Acho que a praticamente seis anos. Comecei quando tinha dez. — Era a primeira vez que eu ouvia a sua voz, e de acordo com meus cálculos, ela era então, apenas um ano mais velha que eu. — E por que você decidiu se tornar uma ninja? — Perguntei a ela enquanto cravava algumas das guloseimas na ponta do espeto e colocava sob o fogo da fogueira. — Ah, meio que obrigação de família, sabe? Meu pai era ninja, meu avô era ninja, o avô do meu avô também. Não pude quebrar a tradição. E você? — Sua expressão, apesar de neutra, conseguia demonstrar um certo tom de melancolia: ter sua vida decidida por terceiros devia realmente ser um fardo e tanto a ser carregado.
HP: 1400 — 1400 CH: 2150 — 2150 ST: 00 — 06
![[Filler] Sob a luz da fogueira Nbf0RTh](https://i.imgur.com/Nbf0RTh.png)
"Eles são capazes de trapacear, roubar, bater na esposa, deixar morrer de fome a velha vovozinha ou matar a machadadas uma raposa pega numa armadilha. Por isso aos homens agrada inventar monstros e monstruosidades: sentem-se menos monstruosos.”
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