Smoker levou o canudo de sua garrafa à boca e sugou o líquido aquoso que jazia dentro do recipiente plástico. O sabor o saciava, dava certo prazer ao consumo. Era um de seus vícios, junto do estranho gosto que tinha por fumar.

Não ficou nada feliz quando, no balcão de recebimento de missões, lesse o pergaminho que lhe fora entregue. Sua tarefa era calçar as ruas de bairros próximos, o que para ele era o reflexo da péssima gestão que assolava seu vilarejo desde a saída de Kurichiro do poder. Não pestanejou em aceitar o serviço, pois sabia que a escalada seria demorada e teria artifícios como o que estava se sujeitando no momento. Deu um último gole n´agua antes de acoplar sua garrafa no cinto da calça por uma haste e então saiu.

Assim que chegou próximo do local determinado pelo papel que lhe havia sido dado, percebeu que não era o único a ter sido designado para a missão. Diversos outros ninjas trabalhavam no calçamento das vias do vilarejo. Smoker colocou a mão na massa, não se preocupava em se sujar com o sedimento que era utilizado para fixar os blocos sólidos no solo, mas se certificava de fazer isso de forma rápida e melhor que todos os outros que o acompanhavam na empreitada.

Passou o resto da manhã trabalhando. O tempo gasto pelo garoto foi suficiente para que todas as ruas fossem calçadas de ponta a ponta, ao passo que os outros ninjas tentavam seguir o ritmo de Smoker e consequentemente aumentando a produtividade.

Spoiler:

O sol ainda não havia se posto quando Smoker regressou ao balcão de recebimento de missões junto com o batalhão de genins que havia calçado as ruas de Iwagakure. Sua próxima missão era, em sua visão, tão inútil quanto a primeira, mas novamente vinha em sua cabeça que se tratava apenas da escalada que passaria rumo a seu objetivo ambicioso. A nova tarefa do ninja da pedra era cuidar da biblioteca da vila, o que, para ele, novamente tratava-se do reflexo de uma má gestão.

Entrou na biblioteca, não sem antes tomar mais do líquido divino que carregava em sua garrafa plástica com canudo. Gostaria de acender um cigarro enquanto estivesse naquele trabalho, como fizera mais cedo, mas uma placa o impediria de fazê-lo.

Os livros estavam completamente empoeirados, alguns desgastados e outros eram ilegíveis com o efeito dos tempos que estavam lançados ali. Aquele diagnóstico era tomado somente com o passar dos olhos; o bibliotecário, um velho de cara fechada recebeu Smoker com uma voz sisuda e foi respondido de forma igual, pelo genin, fato que gerou certo conflito momentâneo de ego entre ambos.

Smoker se colocou a separar livros bons e livros avariados. Os bons seriam recolocados às prateleiras, enquanto os demais seriam alocados em uma pilha para que pudessem ser transcritos para uma nova edição, de forma que o conhecimento não se perdesse.

Ele não se despediu quando terminou o serviço. Bateu a porta e rumou para casa, pois era noite.

Spoiler:

Bolsa de Armas (60):