[Quest] Flare - Pacto de Sangue.

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[Quest] Flare - Pacto de Sangue.
[Quest] Flare - Pacto de Sangue.

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Nos portões de Iwagakure no Sato, um animal um tanto que incomum podia ser avistado realizando movimentos curiosos. Parecendo estar feliz com alguma coisa, a pequenina criatura locomovia seu corpo na direção de um caminho um tanto que desconhecido.

oi

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Seg 21 Ago - 12:46

Pergunto-me quando isto passou a acontecer, quando que o homem que almejava tão firmemente seu propósito adentrou nesta fraqueza, na solidão e na miséria espiritual. Vê, esse é o problema que viver para um objetivo e nada mais, quando ele é alcançado já não há mais o que se fazer. Mais batalhas, novas pessoas, religiosidade, nada poderia salva-lo disto, o fim de sua jornada não viera por meio da morte ou debilitação e sim pelo apagar de sua chama.

Olhar pelo vidro alto do gabinete era tudo que lhe ocupava a mente, fitar os céus e ouvir o canto dos pássaros, mas ultimamente algo de estranho tomava a imensidão azul pairante no país montanhoso. As nuvens não era mais brancas, muito menos cinzas como em momentos que precediam a chuva, eram totalmente negras, tampavam até mesmo a luz do Sol quando este se esgueirava para se mostrar. Seu local de repouso, seu gabinete, já não tinha mais a luminosidade de antes, assim como o próprio Tsuchikage. Pássaros, claro, não um ou dois, mas uma multidão deles. Era o tomava os céus.

Animais como aqueles não são comuns por aqui, o que não faz sentido algum vê-los em tamanha quantidade a rasgar sobre as cabeças de Iwagakure. O velho homem sabia que não eram meros animais de passagem, era algum sinal, divino ou talvez da própria da natureza, o que também podia ser considerado algo divino. Um mal presságio, presumiu.

—— Não me olhe assim, também posso voar —— disse, assentando-se no chão seco, próximo da criatura que, curiosamente, não seguia o bando pelo ar ——, nem mesmo preciso de asas pra isso —— Finalizou. Já não estava em seu gabinete, caminhara tão paralelo a realidade que agora havia chegado aos portões e se encontrava sentado conversando com um pássaro. Um destino incomum para um dia que princípio lhe parecia tão comum.

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Seg 21 Ago - 19:34

Com o objetivo concluído de chamar a atenção do homem, o pequeno corvo ruía em felicidade, dando cambalhotas no ar. O Tschikage, por incrível que pareça, permanecia conversando com o corvo enquanto este seguia o caminho para as montanhas.

segue ele aí.

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Seg 21 Ago - 19:55

Criatura engraçada, não? Com certeza comeria os restos daquele corpo ressecado e magro caso caísse no chão duro, naquele exato momento, mas ainda sim parecia gostar daquela companhia enquanto caminhava e fazia suas acrobacias pelo ar, talvez tivesse se esquecido de seu bando, talvez fosse um corvo solitário que vagasse por onde quer que o desse na telha, um corvo inteligente, observou Porpora. Inteligente? Com certeza era especial, o simples fato de estar sozinho provava isso, era diferente dos outros, não se encaixava num bando e ele pretendia saber em que façanhas aquele animal se destacava.

Entreteve o Tsuchikage pelos caminhos ingrimes e irregulares que se faziam dentre as montanhas, o fazendo, algumas vezes, tropeçar ou cair por perder o equilíbrio e aquilo, incrivelmente, não havia o deixado nervoso sequer. O solo escureceu-se e o olhar daquele homem imediatamente fitou os céus, como se pressentisse o que acontecia, vendo a nuvem de animais negros passar novamente acima de sua cabeça, pareciam cantar, dançar e falar com o companheiro mais abaixo, embora o animal ao meu lado continuasse seu trajeto rasante adiante na montanha.

Lembrou-se momentaneamente das diversas referências a corvos que conhecia, mas uma em especial se fazia com perfeição em sua memória e ele exclamou com firmeza para o animal.

—— Hugin será o seu nome —— disse ele, com o dedo indicador levantado e uma expressão pitoresca no rosto ——, o que acha, huh?

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Seg 21 Ago - 20:12

O corvo piou e continuou a guiar o homem até o cume de uma montanha, onde jazia um corvo gigantesco, e provavelmente o pai daquele pequeno animal. — Humano, vejo que fora escolhido por Ittõ para compactuar com nossa espécie. Contudo, me pergunto se és digno para ser um de nós. — pigarreou o corvo, logo mais retomando a conversa. — Diga-me, porque se acha capaz de ter-nos sob contrato? — finalizou.

aaaa

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Ter 22 Ago - 13:48

Gigante e brilhante em sua plumas, não poderia ser real. Brandiu rapidamente uma das armas que levava, a maior delas, que repousava em suas costas e tinha a região acima do par de cabos coberta por faixas brancas, não fora algo pensando, uma intuição talvez ou até mesmo um instinto de sobrevivência. A visão daquela criatura realmente era assustadora, mas não por seus aspectos físicos ou coisa do tipo, mas pela grandiosidade de sua existência. Era escuro como a hora mais escura da noite, porém sua bela desenvoltura se parecia mais com a beleza da aurora de todas as manhãs, era realmente difícil para aquele homem controlar as dezenas de impulsos que tomavam seu corpo diante do que nunca fora visto antes. Medo, admiração, outras coisas.

Teve, também por impulso, acredito, a sutileza de se sentar em frente ao animal, cruzando suas pernas e chegando naquela posição de maneira afável e vagarosa, sentindo as pernas que se dobravam acima do solo e o peso do tronco a cair sobre estas. Inclinou um dos ouvidos para ouvir a fala que saia daquele bico escuro e acinzentado, não para ouvir com clareza mas sim para ter a certeza de que era mesmo dali que vinha tal voz, que não estava delirando pelas montanhas.

—— Sou mais do que digno —— assentou, franzindo a testa ——, ser escolhido por esta bela e inteligente ave já não deveria ser o suficiente para provar?

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Ter 22 Ago - 15:56

— Mais do que digno? Garoto... — falou a ave negra, abrindo suas asas. — Você não foi escolhido, não, você simplesmente estava na hora certa e no lugar certo. Se não fosse você, seria outro. — concluiu, fitando-o.

A ave bateu suas pesadas asas na direção do garoto, jogando um vento descomunal contra seu corpo. — Defenda-se. — bradou, por fim.

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Qua 23 Ago - 13:19

Finalmente algo que não era usual de se ver, os questionamentos ao Tsuchikage. Nenhum homem era suficientemente tolo para o fazer, mas aqueles animais não precisavam demonstrar cortesia ou respeito, afinal de contas, eram apenas corvos sem rumo. Deve ser admitido que ele nunca foi de gostar disso, nem mesmo era somente mais um ninja como qualquer outro, tinha problemas em aceitar ordens e problemas maiores ainda em receber questionamentos, o que certamente acabou pro ser agravado quando colocou o chapéu sobre sua cabeça. Pensou em, novamente, dirigir ambas as mãos para suas costas e retirar a grande arma enfaixada, mas respirou fundo e reconsiderou, viu com clareza através da coragem do animal e o aplaudiu dentro de sua mente, já que era orgulhoso de mais para demonstrar aquilo.

—— Recuso sua afirmação, corvo —— respondeu ao animal, erguendo seu queixo mais do que o normal e o tocando, pois uma coceira o irritava ——, não é mera coincidência. A vila é praticamente deserta, devo assumir isto, porém, dentre todos os que nela habitam o escolhido fora o mais forte, o líder e cá estou.

Não teve muito tempo para sua conversa afiada, o pássaro exuberante logo erguia ambas as asas brilhosas e as contorcia no próprio eixo, ventando contra mim.

—— Não preciso —— respondeu à indagação final, mantendo-se parado e firmando ambos os pés no solo, aderindo uma postura marcial em que colocava uma das pernas a frente da outra, criando uma base a qual não podia ser quebrada, dada sua considerável força física.

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Qua 23 Ago - 15:34

— Não pode recusar minha recusa, humano, mas que seja. — falou o ancião, e pai das demais aves que ali se encontravam. Do fumo, um pergaminho desenrolou-se, mostrando seu conteúdo e os demais pactos que ali estavam, ou já estiveram. — Corte seu dedo e marque com sangue esta escritura, e então irá adquirir o pacto com nós, corvos. — instruiu o líder do vilarejo, e silenciou-se.

completa e vaza.

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Qua 23 Ago - 17:20

Um pacto de sangue? Imaginava se aquilo fora pensado desde o início, sentia-se acuado de certa maneira, diminuído pelas façanhas de um animal e tendo violado o seu intelecto. Não era acaso, afinal de contas, e naquele momento ele obteve a certeza que ainda não tinha a respeito de tudo aquilo, a apresentação teatral daquela pequena criatura negra, seus gorjeios e voos rasantes enquanto guiava montanha acima um homem que não hesitou um momento sequer em seguir adiante, a chegada até o pássaro colossal que repousava no cume da montanha. Mas, sua hesitação que aguardara por tanto tempo enfim resolveu aparecer, fazendo-se presente no momento em que a aliança entre os seres de especies completamente diferentes foi oferecida.

Talvez não hesitasse pelo medo ou outro sentimento que o afligia, mas sim pelo fato de que naquele dia o Sol contrastava em perfeição com a silhueta das montanhas ao fundo, deslizava com elegância para baixo, sumindo dos olhares enquanto se escondia em meio aos construtos da natureza. De fato não havia muito a se fazer diante daquilo, quem sabe os animais também não ficassem fascinados ao se virar e olhar o fundo exuberante que tomava o campo de visão de Porpora, quem sabe não ficassem estáticos e imersos naquele espetáculo que, apesar de belo, era corriqueiro.

Recobrou sua consciência e ergueu com leveza um dos braços, que logo desceu abruptamente e se agarrou no cabo de uma das espadas que repousavam na cintura. O som da lâmina ressoando nas paredes da bainha logo foi seguido por uma delicada espetada que deu com a arma na ponta do dedo indicador, inclinando-se para frente enquanto o sangue escorria e o derramando em pingos sobre as escrituras.

—— Essa era a última coisa que esperava acontecer hoje ou em qualquer dia, mas se me servirem —— disse, colocando a mão ensanguentada sobre a cabeça e devolvendo ao seu lugar uma madeixa teimoso que insistia em cair sobre sua testa ——, com esta mesma inteligência que demonstraram hoje, não temerei em afirmar que será uma união harmoniosa. Não concorda?

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Qua 23 Ago - 19:14

@@@@@@

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