Depois de conseguir uma conexão maior com seu elemento de afinidade, Chōsō estava disposto a progredir dentro do próprio vilarejo, desejando galgar novas graduações a partir de seus esforços. Para isso, evidentemente, precisava começar a fazer missões simples, denominadas como ranque D e, tinha como intenção, não só escolher várias de uma só vez, mas como também executá-las em um único dia.

Para isso, ele já estava de frente ao Quartel General do vilarejo, encontrando com o quadro de missões e o responsável por entregar elas aos mais jovens. Escolheu a dedo aquelas que queria realizar, a partir de uma longa lista. A intenção, em suas escolhas, foi, notoriamente, aquelas que conseguiria terminar em pouco tempo.

Saiu do local, após as escolhas, parando próximo a uma viela, recostando as costas sobre a parede de pedra, na intenção de ler as três missões.

—— Patrulha, limpeza e escolta. —— acreditando terem sido boas escolhas, não pode esconder o sorriso em sua face.


Direcionou-se até a parte periférica do vilarejo, a qual conhecia como a palma das próprias mãos, afinal, cresceu entre as vielas pútridas, brincando e se divertindo como uma criança normal, antes do acontecido responsável por mudar sua personalidade. Não seria difícil para o mancebo, julgando seu conhecimento, em escolher o melhor ponto para patrulha, de cima, com visão para todos os lados da periferia, ou quase isso.

Quando chegou, vislumbrou o maior prédio da região, subindo até ele a partir de outros telhados envolta, com diversos pulos conscientes. Dali, assim como havia imaginado, teria o melhor visual da periferia, suas vielas, pequenos comércios, prédios antigos e afins.

Ficou fitando a movimentação grande da periferia, de cima do prédio, próximo do parapeito, tentando usar sua percepção para observar qualquer atividade suspeita. Viu, com o passar dos minutos, algumas crianças agindo de forma estranha, em grupo, próximas de uma venda de frutas. Sabia que crianças roubavam diariamente, às vezes, para sobreviverem, outras, por simplesmente gostarem. Moveu-se rapidamente, descendo do prédio e indo em direção ao grupo, usando a máxima velocidade pertinente no momento.

Quando chegou, pode testemunhar o ato do roubo, onde uma das crianças pegou, enquanto outras distraíram a vendedora, duas maçãs. Chōsō esticou a destra, interrompendo o movimento dela em guardar as frutas, com o semblante frio característico de sua face.

—— Devolva isso. —— ordenou, fazendo com que outras crianças olhassem para ele, assim como a própria vendedora.
—— Vamos, saiam todos daqui, caso não queiram responder pelo crime de vocês. —— e, com a segunda ordem, todos eles fugiram, enquanto que a vendedora agradecia, com um sorriso estampado sobre o rosto.

O iwa-nin voltou para o lugar de vigília, quando foi prontamente abordado por um superior, requisitando o relatório da missão.

—— Não houve nenhum roubo ou movimento suspeito. —— foi sucinto, pegando o pergaminho, entregando para o superior carimbar e guardando em seguida, enquanto ele sumia nas vistas do mancebo. Com uma missão concluída, era hora de partir para a próxima.


Era hora de arrumar, limpar e realizar a manutenção da Academia Ninja. Não havia tempo para me queixar, tão pouco deveria, afinal, se a intenção era galgar novas graduação, naturalmente, precisava passar por missões fúteis e insignificantes como essa.

De frente ao grande prédio, com a fachada determinando ser a academia. O mancebo lembrava, como se estivesse no passado, frequentando o lugar intencionando graduar-se um dia. Entrou, sendo abordado por um dos professores que foi, inclusive, responsável por ser seu professor quando ainda era aluno.

——  Chōsō, que bom vê-lo aqui. Posso te ajudar? —— foi direto ao ponto, afinal, parecia estar ocupado com algo.
—— Eh, claro… vim fazer a limpeza e manutenção da academia. —— o jovem mostrou o pergaminho da missão, deixando que o mais velho conseguisse ler. Ele consentiu com a cabeça, orientando para que Chōsō começasse na principal sala da academia. Lembrando-se exatamente de onde ficava, foi, sem esperar que seu professor lhe instruísse mais.

Começou pegando um esfregão e balde d’água, limpando o chão de madeira da gigantesca sala, visando tirar qualquer resquício de sujeira, assim como marcas no piso. Depois, passou a recolher os gis, guardando-os dentro de uma caixa, assim como limpando o quadro negro também. Em seguida, arrumou as cadeiras e mesas, deixando-as uniformes, uma do lado da outra, em cerca de cinco fileiras.

Passou mais de uma hora arrumando as coisas, até se aproximar do professor, mostrando que estava tudo pronto e limpo. Ele agradeceu, carimbando mais uma missão. Agora, faltava apenas uma e Chōsō, com um sorriso sobre o rosto, continuou.


A última, no entanto, demandava um pouco mais de tempo e foco. Escoltar mensageiros para um vilarejo vizinho, carregando importantes informações, determinava que o grau de dificuldade da missão poderia aumentar, caso ladrões e afins se metessem em nosso caminho.

No portão do vilarejo, o jovem se encontrou com os mensageiros, se apresentando e logo todos partiram juntos. Preferiram utilizar uma estrada típica de comerciantes, intencionando diminuir as horas de viagem, por mais perigosa que a ideia pudesse parecer.

A caminhada durou cerca de quarenta minutos até serem parados por um pequeno grupo de homens mascarados, parecendo bandidos. O Iwa-nin colocou-se à frente do seu grupo e dos bandidos, colocando a destra sobre a frente do corpo, junto da perna esquerda, entrando em posição de luta, intencionando afugentar os corajosos que, obviamente, gargalharam da tentativa dele. Chōsō franziu o cenho, acumulando chakra no próprio corpo e dissipando-o, que logo mesclou-se com o vento ao seu redor, criando três lâminas afiadas, de trinta centímetros de comprimento cada uma. Logo, as manipulações viajaram até os bandidos, em máxima velocidade, atingindo os corpos deles, que, por consequência, caíram agonizando de dor, enquanto o sangue carmesim se misturava e maculava as terras arenosas.

—— Vamos. —— ditou para os mensageiros continuarem e assim fizeram, mesmo que o semblante deles demonstrasse medo.

O restante da viagem foi tranquila, fazendo com que o grupo chegasse antes do esperado, conseguindo entregar as informações, voltando em segurança para Iwagakure no Sato. Ao chegar, o mancebo foi prontamente abordado por um outro superior, que agradeceu os seus esforços, carimbando a última missão.

Voltou ao Quartel General, entregando todos os pergaminhos carimbados, recebendo as gratificações do responsável. Restava ao jovem ir embora, descansar e assim fez.

HP: 000/000  | CH: 1895/1975 | ST: 01/07 | Sakki: 00/50