[Cena — Solo] O Segundo

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[Cena — Solo] O Segundo
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AKCL

Tokubetsu Jonin

Conforme seu corpo se revelava para fora da entrada de seu esconderijo, o luar atingia as partes metálicas que cobriam o corpo de Izuku, refletindo dele uma aura roxa, característica do material que o cobria. Ele observou a falha no solo que transformava a entrada de seu lar em um esconderijo perfeito e, flexionando levemente suas pernas, saltou para fora dela, atingindo finalmente a areia fina do deserto. Seus punhos serrados, diferente da armadura em si, refletiam em um intenso dourado. Longe de seu irmão e irmã, tudo o que restava para Izuku era a escuridão em seu peito, abraçando-a como a escuridão da noite que o recebia naquele instante. Encarou a lua cheia e suas estrelas, traçando, com o indicador destro, um desenho lento nos céus, abaixando o braço até apontar para onde desejava chegar. Naquela direção estava Sunagakure no Sato, o local perfeito para encontrar alguém digno de concretizar algo que desejava a um tempo. Seus olhos transmitiam nada além de frieza, e assim seus passos eram carregados de uma calma congelante. A armadura impedia que o Lee sofresse com o intenso frio, mas seu rosto ainda era alvo dos ventos que sopravam no deserto. A areia sequer se movimentava com o seu pisar.

A viagem até Sunagakure não era algo que conseguiria fazer em uma única noite e, conhecendo os caminhos, haviam pequenos locais que poderia parar e buscar abrigo. Em suas jornadas, alguns acampamentos foram encontrados, e estes locais era exatamente o que Izuku procurava neste momento. Havia se afastado algumas boas horas de Dokutsu, e estava próximo das antigas rotas comerciais do deserto, antes do expurgo que havia atingido o mundo. Atualmente utilizada por mercenários, o renegado não se importava em encontra-los durante o caminho, desde que fossem uteis para seus desejos.

Suas pernas forçavam a subida de uma enorme duna de areia, levando o renegado a uma alta posição no deserto, podendo enxergar o horizonte de uma forma mais clara. O vento naquele ambiente se tornava ainda mais forte, levando os fios negros de Izuku para trás, assim como grãos de areia que se erguiam do solo até a altura de seu rosto. O renegado foi obrigado a tampar levemente sua vista enquanto observava o restante do caminho. — Ali, finalmente... — Avistou de longe um acampamento, aparentemente abandonado. Aproveitou-se da altura e da inclinação da duna para deslizar até o fim, ganhando velocidade e tempo para se aproximar sem delongas do objetivo. Lá, vasculhou o local, certificando-se de que estava realmente abandonado. Uma das cabanas havia conseguido suportar as tempestades de areia durante tempos em pé, e estava em um bom estado para o renegado descansar. Entrou, retirando sua foice das costas, sentando-se em uma amontoado de pele animal, ajeitando a foice entre suas pernas e observando a entrada, enquanto relaxava o corpo e deixava o som do deserto lhe agraciar a audição.

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AKCL

Tokubetsu Jonin

Sex 2 Set - 10:35

Enquanto o renegado descansava, do outro lado do deserto um grupo de homens se movimentava dentro do vendaval que se formava ao Noroeste do País do Vento. — Senhor, tem certeza de que estamos indo no caminho certo? — Todos vestiam roupas semelhantes, destas que protegiam todo o corpo contra a areia, principalmente a região dos olhos, utilizando óculos especiais e mascaras faciais. Contudo, aquele que era chamado com tanta formalidade não trajava nenhum tipo de proteção, apenas tampava parcialmente sua vista com o braço, evitando que os grãos de areia adentrassem em seus olhos. — Teme algo, soldado? Eu conheço muito bem a região... e conheço bem minha linhagem. Meu sobrinho não será problema algum... eu sei como captura-lo. — A voz grossa e imponente atravessou o restante do deserto até se aproximar do acampamento onde Izuku estava a descansar. O renegado não sabia, mas King Lee se aproximava cada vez mais de sua posição e, naquele momento, sua pausa para o descanso era o que determinava se eles se encontrariam ou não. King Lee, era, além de um importante renegado do clã, parente direto de Izuku, sendo seu tio e único parente próximo vivo. King ansiava, desde sua juventude, pelo controle absoluto dos Oito Portões de Chakra e, desde que Izuku era um Genin, sabia do potencial do garoto, e obter seu corpo para estuda-lo poderia ser a chave para adquirir os meios de sobreviver ao Portão da Morte. — Eu esperei muito por isso... Izuku. — Os passos firmes de King subiram a duna de areia e, ao longe, utilizando um binoculo, observou o acampamento do jovem renegado. — Espalhem-se por todo o acampamento, mas não matem... haha, o que eu estou dizendo... vocês não vão conseguir nem arranhar o garoto. Atraiam ele até mim. — Ordenou, apontando para o alvo. Todos os homens deslizaram pela duna, avançando até o acampamento.

Esticou as pernas e sentiu os músculos se enrijecerem na posição em que estava. Flexionou os joelhos para se levantar, apoiando o braço direito nas pernas e empurrando para cima, agarrando o cabo da foice com a canhota, usando-a como um segundo apoio para se levantar com mais facilidade. Não tinha noção de quanto tempo havia se passado desde que fechou os olhos para descansar da viagem, mas seu corpo estava bem o suficiente para continuar até Sunagakure. — Merda... eu perdi tempo demais descansando... — Reclamando em voz alta, mal sabia que naquele momento já se encontrava completamente cercado. A escuridão da noite fazia as sombras de seus oponentes algo difícil de se detectar. Ao menos quinze capangas de King já se preparavam para avançar contra a cabana de Izuku.

Lentamente, cinco homens sacavam suas laminas com movimento curtos e lentos, ao modo que o cintilar fosse evitado. Sabiam a posição do Renegado por conta de suas reclamações em voz alta e, sem hesitar, os cinco saltavam de uma única vez contra a cabana. Por dentro, o instinto e a velocidade inata de Izuku eram suficientes para perceber a mudança no tecido da cabana e, rapidamente, agarrando o cabo de sua foice, girou o corpo com toda sua força, utilizando das três laminas do armamento, de forma horizontal, para atingir toda a área ao seu redor. Os cincos homens foram arremessados para longe, desfazendo toda a cabana, que caia cortada ao meio. — Tsc... o País do Vento se tornou um paraíso para caçadores? — Provocou, observando que seus atacantes haviam sobrevivido. De longe, King observava toda a ação, esperando o momento certo para avançar.

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AKCL

Tokubetsu Jonin

Sex 2 Set - 15:14

Os homens afastados pelo golpe de Izuku retomavam sua postura defensiva, enquanto outros se posicionavam para auxiliar. King ria no topo da duna, observando a movimentação de seus soldados, mesmo tendo a plena noção de que suas habilidades eram extremamente inferiores a de Izuku. — Vamos homens... cansem ele... — Riu sussurrando para si mesmo, apertando o binoculo em seus olhos. Izuku suspirou e sua armadura voltou a refletir o luar em um tom roxo. Seus olhos traçavam um caminho por todo o acampamento, contando mentalmente a quantidade de homens que estavam a sua volta, em um rápido movimento com o pescoço. — Quinze... — Concluiu em seguida, apertando ainda mais o cabo de sua tripla foice. — Dai Yon Tomon KAI! — Pronunciou em voz alta a abertura do Quarto Portão de Chakra, influenciado pela realeza que fluía em seu sangue, transformando toda a técnica em um tom rose, elevando o formato de seus cabelos, que também assumiam a mesma cor da aura que o cobriu. Os olhos de King se arregalaram no horizonte, observando que Izuku estava em um nível do que ele não esperava. — É isso! Ele pode ser a chave! Hahaha, finalmente eu serei invencível... — Alegre, largou o binoculo e deslizou pela duna, avançando até seus homens.

A transformação de Izuku era carregada em raiva e frieza, de tal forma que sua coloração havia se tornado a representação destes sentimentos, por isso a coloração rose era predominante. O cabo de sua lamina foi apertado com ainda mais força e, em um movimento subimento, o renegado da névoa avançou contra cinco dos homens, desferindo um corte horizontal com sua foice. Apesar de rápido, os oponentes conseguiam responder se afastando, porem, não imaginavam a extensão do cabo, que continuou avançando mesmo com Izuku cessando seus passos. A lamina por fim os cortou na região da perna, incapacitando quaisquer movimentos pela profundidade dos cortes. Não morriam, mas o o sangramento daria conta de leva-los dali em alguns minutos. — Tomem cuidado com aquela arma, estejam prontos para que ele faça aquilo novamente. — Coordenou um dos que ainda estavam em pé. Izuku se virou para trás, girando novamente o corpo, mas o mesmo movimento não funcionava duas vezes, eles desviavam mesmo com a extensão de sua foice. — Foram bem treinados... — Provocou, sorrindo com o canto dos lábios.

Uma presença densa surgiu pelas costas do renegado. — Foram treinados por mim, Izuku... — A voz de King atravessou os tímpanos do renegado e seu corpo foi atingido em cheio, com um golpe certeiro em suas costas, com a ponta dos dedos do inimigo provocando seus músculos e pondo um fim instantâneo em seu Hachimon. O Lee foi lançado alguns metros para frente, com uma dor intensa o cobrindo, mas com resistência conseguia voltar a ficar em pé, cambaleando. — Com um... só golpe? — Questionou a si mesmo, enquanto sua visão embaçada ia retornando ao normal. Os capangas se afastavam do campo de batalha, dando abertura para que King agisse sozinho. — Você cresceu... está até parecendo com o seu pai... — Provocativo, King sabia como atingir o seu sobrinho. — Você... está vivo? Droga. — Reclamou. A postura de Izuku foi retornando com o tempo e King permitia que seu sobrinho o fizesse, pois sabia que seu golpe havia deixado sequelas. — Não... ouse falar dele... você o abandonou. É para isso que eu me tornei a justiça... para eliminar vermes como você. — Serrou os punhos. — Dai Roku no Keimon KAI! O-o que? — Arregalou os olhos quando a abertura do sexto portão falhou.

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AKCL

Tokubetsu Jonin

Sáb 3 Set - 9:49

— O que foi que você fez comigo? — Izuku se enfurecia, agarrando sua foice com a destra, jogando-a levemente para trás de seu corpo, preparado para avançar contra King. O mais velho começou a rir, colocando ambas suas mãos na frente da barriga, segurando seu próprio corpo. — Hahaha, como você é ingênuo. Eu sou um Lee, sua criança! Eu sei os segredos dos Oito Portões como ninguém neste mundo... e vim atrás de você para conseguir superar o Portão da Morte. Nada vai me impedir. — Como um verdadeiro vilão de obras cinematográficas, King tagarelava seu plano infalível para todos ali. O Renegado da Névoa emitia um sorriso, segundo para não gargalhar. — O portão da morte? — Fechou seus olhos e por um momento foi transportado para o dia em que havia visto o brilho avermelhado em seu pai. — Você não sabe nada sobre ele. — Abaixava o tom de voz, que saia arranhado de suas cordas vocais. — E você não sabe nada sobre mim... Shichi Tenk.... HAa..... — Impedido, a abertura dos Portões do Paraiso também foram alvo dos ataques de King, que demonstrou ter uma velocidade igualável com a de Izuku, socando-o na região do estomago, interferindo em toda sua respiração, esta que era a chave para acessar tal técnica.

Afastado alguns metros, Izuku sentiu parte de seu sangue subir pela garganta, forçado a cuspi-lo em uma massa densa e preocupante. — Merda... — Um filete avermelhado descia pelo canto de seus lábios, propicio para que ele molhasse o polegar e com velocidade executasse alguns selos de mãos. Saltou novamente, batendo a palma de sua mão em pleno ar, consumido pela fumaça da técnica de invocação. Aproveitando a abertura, os pesos em seus pernas eram consumidos com um Fuinjutsu, livrando-o e entregando mais velocidade a seus movimentos. — P-Pina... preciso que se atente a todos ali... E-eu preciso de tempo para reunir energia natural. — A dragão azul revelou seu corpo rápido de dentro da fumaça, sobrevoando o campo de batalha ao comando de seu invocador. Graças a seu Kanchi, ela monitorava o inimigo para Izuku e retornou, pousando em seus ombros. — Você precisa fazer isso enquanto o enfrenta!! Ta doido é? Ele não vai deixar você ficar paradinho não, menino. Você não precisa parar... você é um com a energia natural... seja em movimento ou não. — Explicou.

King sorria ao ver que seu sobrinho havia conseguido até mesmo um contrato de invocação, superando a tabu dos Lee. O gigante barbudo avançou contra o garoto sem piedade, mas, graças ao livramento de seus pesos, Izuku podia acompanha-lo melhor, e, devido a agilidade inata de seu corpo, era capaz de ler seus movimentos, e evita-los nos últimos instantes, mas sua mente estava focada nos arredores e não havia brechas para revidar. — Pina! Não está dando certo! — Focado em não ser atingido, era como se ele não conseguisse sentir a energia natural ao seu redor e, a cada segundo que se passava, mais perto de ser atingido ele estava.

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AKCL

Tokubetsu Jonin

Sáb 3 Set - 20:28

King não deixava brecha alguma para que Izuku pudesse se concentrar apenas na energia natural ao seu redor, tão pouco concentrar sua respiração que, atrapalhada pelo golpe que o atingiu no estomago, estava impedida de faze-lo acessar os Portões do Paraíso, da mesma maneira que um golpe em suas costas o fez perder a conexão com seus Oito Portões de Chakra. Graças as técnicas sensoriais de Pina, a pequena dragão azul invocada pelo renegado, a posição dos inimigos não o surpreendia, por mais que todos os homens deixassem King agir por conta. Os punhos pesados do familiar de Izuku não eram capazes de atingi-lo, não se o mesmo continuasse em sua forma base. Um sorriso encheu o rosto barbado do outro, que se afastou rapidamente com um salto quando Izuku tentou revidar ao notar uma abertura em sua postura. — Hm, por pouco. — Provocou, observando Izuku atentamente. O olhar do jovem renegado transmitia seu cruel esforço para se concentrar na energia ao seu redor, começando a senti-la, a puxa-la, mas em uma quantia muito distante de tornar possível o acesso ao Modo Sábio. — Vamos lá menino, você consegue! — Pina o guiava. — Eu irei ganhar um pouco de tempo. — A dragão levantou voo dos ombros de Izuku e avançou em sua máxima velocidade contra King. — Pina, não faça isso! — Izuku estendeu sua mão para tentar agarrar a pequena, mas já era tarde.

Naquela pequena brecha, Izuku estava parado, focando sua mente na energia ao seu redor. O tempo ganho por Pina era precioso, e fazia o renegado se conectar melhor com o deserto, com todos os grãos de areia, com a energia draconiana que subia por seu corpo. Contudo, ao observar, King agarrava o pescoço fragil de Pina, rindo e observando seu sobrinho. — Você vai mesmo, sacrificar esse serzinho? Eu sabia que havia se tornado um Nukenin a um bom tempo, mas não achei que seu orgulho tivesse sido jogado no lixo. Hahaha, posso quebra-la como um graveto! — Provocativo e vilanesco, King forçava cada vez mais seus dedos contra o pescoço da pequena dragão. — N-não... n-não se preocupe, Izukin... E-eu... — O folego e a consciência de Pina lutavam para mantê-la acordada e viva. Os olhos do Nukenin ferviam, seu corpo emitia um feixe roseado, mas o esforço ainda era em vão para os Oito Portões. Izuku, mesmo assim, avançou contra King.

— Você acha que... o que? — King estava prestes a debochar de Izuku, que rapidamente avançava para defender Pina. Nos arredores do acampamento, diversos clones o Nukenin surgiam emergindo da areia. Da mesma maneira, o chakra de Izuku se alastrava pelo campo, lançando, com o pouco que era capaz, uma força ilusória para paralisar os movimentos de seu tio. Pina era seu foco, a forma da pequena dragão estava em sua mente. O montanha dos dragões, o poder daqueles seres celestes, a energia de seus corpos, a força da natureza, tudo caminhava com Izuku, focado exclusivamente em salvar sua amiga. Os olhos do garoto se encheram com uma tonalidade avermelhada em seus cantos, um risco único se formou em sua iris, sua força se elevou, sua velocidade, e, com os punhos levantados, desferiu um soco em seu tio, visando o proveito de sua paralisia, somado aos clones que faziam seus capangas temerem. Quando o punho de Izuku encontrou o corpo de King, o homem foi retirado do Genjutsu, ainda preso nas limitações que o Clã Lee possuía. As mãos de King tiveram uma brecha e Pina recompôs sua postura e folego, escapando de seus dedos. Izuku, por fim, forçou ainda mais seu braço, completando o movimento do golpe, e nele disparando uma intensa rajada de energia natural, lançando o homem a uma longa distancia, rompendo as cercas do acampamento e afundando-o na areia. Os capangas, tremendo e temendo, recuavam para onde King havia pousado, desacordado, com partes de seu corpo quebradas, tomando-o nos braços e recuando. Izuku ofegava, caindo de joelhos e se sentando, sentindo o chakra natural sair de seu corpo rapidamente. — P-Pina? — Observou os arredores, até a dragão pousar em sua cabeça, aninhando-se em seus cabelos. — Eu... eu disse que ia conseguir... — Com a voz cansada, a pequena parecia adormecer, e assim Izuku permitiu que ela retornasse com segurança a seu reino. Levantou-se com o auxilio de sua foice, caminhando para longe dali, desejando terminar o quanto antes sua ida até Sunagakure.

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