Recentemente, um grupo de agricultores chegou até a vila, trazendo um pedido. Alguns animais estavam atacando suas fazendas, matando o gado e pisoteando as plantações. Na última noite, segundo o informativo da missão, uma criança foi atacada e morta durante a madrugada.

A ausência de qualquer suspeita da presença de atividades shinobi classificava a situação como de nível D, o mais básico possível. Por esse motivo ela fora entregue a um genin a paisana, que havia acabado de retornar para a aldeia.

Lua olhava para o papel em suas mãos, com um sorriso nervoso enfeitando os lábios. Caçar animais não era exatamente o tipo de atividade que ele esperava receber a essa altura. Suspirou, dando de ombros e apenas aceitando seu destino, decidido a encerrar aquilo da forma mais breve possível.

Sem demora, foi até o local indicado. Já era noite, o que seria útil. Segundo os relatórios, os ataques sempre ocorriam a essa hora.

— Aqui, bichinho, vem me pegar — murmurou. Com uma ideia em mente, o jovem Chinoike ativou seu doujutsu, o que fez seus olhos brilharem em vermelho. Usando as habilidades do Ketsuryūgan, fez com que uma fina camada de sangue saísse para fora de seu corpo através do antebraço esquerdo, formando uma esfera com as dimensões de uma bola de golfe.

Olhou para aquilo por alguns instantes, contemplando a beleza do líquido carmesim, antes de explodir a bolinha, espalhando seu sangue para todos os lados. Então aguardou.

Em alguns minutos, já começou a ouvir a movimentação na relva, e logo a figura de três lobos surgiram. Eram grandes, maiores que qualquer cão que o garoto já havia visto, todos de pelagem escura em tons que iam do cinza ao marrom.

— Olá, garotos — disse em resposta aos rosnados. Se aproveitando do fato dos três animais o estarem encarando diretamente, o Chinoike, com um meio-sorriso de canto, lançou sobre eles seu Genjutsu: Ketsuryūgan. Assumindo controle sobre suas mentes primitivas, ele os deixou com um único comando a seguir: Matem uns aos outros.

Imediatamente os animais se atacaram, com as poderosas mandíbulas se fechando contra a carne. Sangue jorrava em um espetáculo de brutalidade, enquanto o jovem assistia, levemente entediado. Controlar a mente de animais selvagens era tão fácil que ele considerava um desperdício de chakra.

No fim restava apenas um, mancando, com múltiplos ferimentos pelo corpo. A garoto foi até ele, que sob o controle de seu genjutsu se tornava dócil, e acariciou sua cabeça. Então, sem aviso, enfiou uma kunai pelo pescoço do animal, o matando.

E, simples assim, estava feito.
Se demorando alguns instantes para se limpar em um riacho próximo, o garoto retornou para a vila, para entregar o relatório da missão cumprida.

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