Rimuru era relativamente novo no vilarejo e possuía a graduação mínima, por isso, era seu dever realizar as tarefas mais básicas e missões de mais baixo nível até que se graduasse e pudesse realizar missões mais complexas e que trouxessse maiores recompensas.

Ele não se queixava quanto a isso, era a ordem natural das coisas. E embora houvesse visto muitas coisas, feito muitas coisas, ainda se considerava inexperiente e gostaria de aprender mais. Naquela tarde, havia sido chamado para o quartel general, e assim fora de bom grado. Caminhando pelas ruas, seus longos cabelos azulados balançavam com o vento e Rimuru encontrava-se com uma expressão um pouco triste, talvez estivesse entediado.

—— Me chamaram? —— indagou ao adentrar o quartel. Uma secretaria gentil sorriu e apontou para uma sala, indicando aonde Rimuru deveria ir, e ele seguiu. Deu três toques na porta e girou, se apresentando aos superiores. —— Sim, senhor?  —— Um deles olhou para o genin e o entregou uma carta, nela continha as informações. Era uma missão, então Rimuru deu as costas e saiu.

Seu destino agora era o jardim botânico da vila, onde ele ficaria encarregado de substituir uma kunoichi que estava atarefada demais para cuidar das plantas. No entanto, tudo que Rimuru precisava fazer era regá-las e impedir que algum animal ou verme as destruísse. Assim que chegou, trocou de posto com a menina que se despediu às pressas e sumiu de vista. O rapaz sentou-se em uma cadeirinha e ficou observando o céu nublado. —— Estamos mesmo na primavera? —— o clima de Uzushiogakure era sempre muito... frio.

O tempo se passou e era hora de regar as plantinhas, então Rimuru se ergueu de onde estava sentado e direcionou-se com um regador de plantas até as plantações. De seção em seção foi regando as folhas e flores, parando algumas vezes para reabastecer o regador até concluir a tarefa, voltando a sentar-se. As horas voaram, Rimuru olhava com o mesmo olhar triste para o horizonte.

Então, retornou ao quartel e relatou a missão, mas foi acometido com outra em sequência. —— Outra? Certo... —— Aceitou outra missão e partiu de imediato, agora seu destino era para a biblioteca. —— Não lido bem com poeira...  —— Suspirou, eram todas tarefas muito chatas, sentia-se subestimado. Desta vez, seria encarregado de fazer faxina e limpar a biblioteca inteira.

Ao chegar, apresentou-se para a bibliotecária que sabia de sua vinda. E então, começou os trabalhos de imediato. Pegou um pequeno espanador, vestiu uma máscara de pano e começou as esfregar as prateleiras com o objeto felpudo, vendo os montantes de pó serem jogados para cima. Livros, pergaminhos. —— Ainda existem pergaminhos? Achei que fossem coisas do passado... —— com a modernização, arranha-céus e trens, pergaminhos pareciam rústicos, mas tinham sua utilidade afinal.

Continuou sua limpeza, parando para ler alguns títulos que chamaram sua atenção como "o espadachim de carvão" e "o leão, a feiticeira e o armário", leu algumas páginas e só. —— Talvez os leve para ler em casa. —— Prosseguiu limpando as várias prateleiras, que pareciam não ter fim, precisando subir em escadas algumas vezes para alcançar lugares mais altos. Finalmente chegou ao fim, suspirando de alívio pôde retirar a máscara de pano e respirar ar puro outra vez. —— Finalmente!  —— Com isso, seu trabalho estava encerrado.

Apenas retornou ao quartel, relatou o fim da missão e recolheu seus pagamentos.

Considerações:

Outros:

Bolsa de armas: