[Filler de Timeskip] Resgate & Escolta

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Akihito

Tokubetsu Jonin

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Dom 7 Mar - 16:12

[Filler de Timeskip]

Resgate & Escolta

Pra cima, pra baixo, pro lado, pro outro... O movimento pendular daquela embarcação me deixava completamente enjoado, eu não lembrava de ter me sentido assim na viagem de vinda, mas infelizmente este era o único meio de transporte para ir de Mizu no Kuni de volta para Hi no Kuni. Deitado em meus aposentos, eu mirava as ondas do mar através da pequena janela que havia em minha cabine, lembrando dos acontecimentos da missão em Uzushio.

[...]

Foi então que notei uma movimentação estranha no lado de fora, na área comum do luxuoso navio — que tinha sido bancado pelo Mizukage. Pessoas se aglomeravam e gritavam de desespero, dois bandidos haviam invadido a embarcação para saquear os passageiros. Analisando ligeiramente o cenário e vendo que era o único shinobi à bordo, tomei a frente em defesa dos demais. — Quem são vocês e o que querem aqui?
— Não se meta em nossos negócios, moleque! Nós não queremos machucar ninguém, viemos apenas atrás do mensageiro do Senhor Feudal. — respondeu um deles, apontando para um homem corpulento dentre os passageiros. — Ele tem algo que nos interessa...

Eu até perguntaria o que era, mas os dois piratas foram astutos e atacaram antes do que eu imaginava. Tecendo selos de forma síncrona, um deles lançou um Katon: Gōka Mekkyaku e o outro, um Fūton: Ressenpū. — O quê? Eles são shinobis também?! — resmunguei, surpreso, pois acreditava que eram apenas piratas ordinários. Além disso, pareciam habilidosos, pois utilizaram logo de cara um Yūgōjutsu. Agindo rapidamente e me aproveitando da distância, criei um Kage Bunshin que junto a mim usou o Suiton: Suijinchū, criando duas grandes barreiras de água. A colisão entre as técnicas fez uma grande quantidade de vapor d'água emergir, além de chacoalhar a embarcação e levar todos ao chão. — Estão todos bem?! — felizmente nenhum civil havia se ferido. — Droga, não posso deixar isso acontecer novamente, ou iremos naufragar! E foi nesse pequeno momento de preocupação, nesta pequena brecha, que os piratas atacaram. Aproveitando-se da ocultação na névoa criada, um deles apareceu à minha esquerda, atacando-me com um direto no rosto, ao passo que o outro me "rebateu" com um chute, lançando-me para longe dos civis. — Porcaria! Eles são rápidos demais...
Eu mal conseguia ler seus movimentos e seus golpes eram bem poderosos. Dolorido, me levantei do chão e os vi agarrando o mensageiro do Senhor Feudal — pois a névoa já cessava. Enquanto um o revistava, o outro o batia impiedosamente. — Tsc... parem!! Eu ainda estou aqui!
— Tudo bem, se insiste, iremos matar você de uma vez.
— Eles são bem mais rápidos, eu não tenho chances no combate corpo-a-corpo. Além disso, eles estão me pressionando bastante e como possuo pouca stamina, acabarei me cansando logo. Eu preciso por um fim nisso agora mesmo, caso contrário...

Assim que vi que iriam se mexer, iniciei meu contra-ataque. Comecei lançando uma torrente de aves negras em sua direção, eles levantaram seus braços para se protegerem dos corvos, mas isto não seria suficiente para impedir que caíssem em meu genjutsu. Uma vez pegos, eles se veriam aprisionados por correntes de sangue que prenderiam seus braços e pernas, restringindo seus movimentos. Fora da ilusão, os dois estavam imóveis e com um olhar distante. Esta era a abertura que eu precisava. Criei um outro Kage Bunshin, já que o primeiro havia sido dissipado, e atacamos com dois Fūton: Rasengan. O golpe foi certeiro no abdômen, nocauteando-os de imediato e lançado-os longe, quase os derrubando no mar. Os civis foram ágeis, logo amarrando e detendo os homens.

[...]

Quando todos os ânimos se acalmaram, o mensageiro do Senhor Feudal se aproximou e falou comigo. — Muito obrigado, meu jovem! Se você não estivesse aqui, não sei o que seria de nós.
— Tudo bem, não precisa agradecer, mas se me permite perguntar, o que eles estavam procurando?
— Eu sou um mensageiro, a mando do Senhor Feudal do País da Água, estou levando uma carta para o Senhor Feudal do País do Fogo. Nem mesmo eu sei o conteúdo desta carta, mas sei que a boa relação entre os dois países depende desta carta ser entregue o quanto antes. Eu apenas ouvia atentamente.
— Eu não sei como descobriram minha missão, mas se esses piratas chegaram até aqui, provavelmente terão mais no caminho. Por favor, meu jovem, me ajude a entregar esta carta!
Fiquei surpreso com o pedido, eu não esperava aquilo tão de repente, além disso, eu precisava voltar logo para Konoha para relatar todo o ocorrido para Kaden-sama, no entanto...
— Tudo bem, eu ajudo! — se a relação entre os dois países dependia disto, eu estaria ajudando tanto Konoha quanto Uzu, então não teria como negar.

Assim que atracamos em um dos portos de Hi no Kuni, enviei um corvo levando uma carta minha direcionada ao Hokage, relatando meu status, dando breves detalhes sobre o ocorrido em Uzu e explicando que demoraria a retornar, por conta da missão repentina. Em seguida, segui viagem com a caravana do mensageiro.
Eu andava à frente de todos, sempre atento a todos os ângulos, porém, em dado momento alguém lançou uma Kemuridama em nossa direção, mais uma vez me acertando em cheio com um soco na face. Desta vez, no entanto, o soco me fez sumir numa cortina de fumaça. — Achou que eu iria cair no mesmo truque novamente?! — gritei, de cima de uma árvore. Aquele era apenas um clone, eu na verdade estava na retaguarda, observando de longe a situação. — Dessa vez não haverão brechas! Desta vez haviam três shinobis, ainda mais mal encarados que os outros. Antes mesmo deles tentarem se aproximar, utilizei o Kokuangyo no Jutsu para cegar a todos, mascarando meu ataque seguinte. Com poucos selos, fiz emergir um grande fluxo de chakra, que se moldou na forma de grandes tentáculos. Eu então avancei em velocidade contra todos, aproveitando-me de sua cegueira para atacar um a um. Com golpes rápidos e pesados, eu os batia com os tentáculos de sangue, com cuidado para não perfurá-los em pontos vitais. Minha intenção era apenas de nocauteá-los. Era incrível como eles resistiam, desviando de alguns golpes mesmo sem visão, mas sua desvantagem era nítida e logo eles sucumbiram.

Após amarrá-los seguimos até nosso destino, onde a carta foi entregue.
— Qual o seu nome, meu garoto? — perguntou o mensageiro. — Kanbara Chinoike, de Konoha! — respondi.
— Muito obrigado, Kanbara-kun! Sem você eu não teria conseguido cumprir minha missão!
Vendo que toda a situação havia sido resolvida e que todos os bandidos haviam sido entregues às autoridades, finalmente retomei meu caminho rumo à Folha!