Imatsu após um grito, posiciona suas mãos aos respectivo lado, sobre o colchão coberto com um lençol de elástico azul, no qual pega impulso para levantar o seu tronco, observa a sua frente, com afeição de desespero, como se tivesse visto alguém sendo abusado sexualmente ou algo pior, olha ao seu redor, do seu lado direito, lhe chamou a atenção a cortina de tecido longo vermelho, cobrindo a janela de madeira de carvalho, que esqueceu de fecha-la antes de dormir, em seguida olhando para o porta retrato, acima da mesa de cabeceira de itaíba, ao lado da cama, com a foto de si abraçado ao seu irmão Isirus ao centro e no fundo da imagem luzes vermelhas e amarelas ofuscadas, ainda ofegante, começa a se recuperar lentamente do susto e continua a se situar em seu quarto, ao olhar para frente, vê seu reflexo no espelho da penteadeira de carvalho de pau de ferro e ao seu lado esquerdo, seu armário de cedro, de duas portas com puxadores de cor acinzentado e sua porta lisa de madeira, semiaberta, com um molho de chaves penduras sobre uma chave na fechadura de alumino de cor dourada.

Ainda sentado sobre o acolchoado, com a mão direita apoiada e a esquerda limpando as remelas de seus olhos, feito isso, consegue ter clareza em sua visão, que antes estava embaçada, tranquilizado ao perceber que tudo estava em seu devido lugar, pensa "o que aconteceu?", em seguida tendo um flashbacks de seu sonho. Esta ele e seu irmão mais novo, a noite em um festival da vila, não se lembra o que seria esta festança, de repente tudo ficou preto, somente o reflexo dos dois irmãos que continuam a caminhar, um ao lado do outro, em seguida Imatsu se vê ensanguentado, sem os membros inferiores e Isirus a sua frente, se lamentando e pedindo desculpas.

- Que pesadelo louco, realmente preciso parar de ler estas histórias do Hijut, na pagina oito do jornal. - em um monologo, se lembra de um storyteller, que mistura suspense e terror em seus contos, do jornal que vende nas ruas de konoha. Olha para o relógio sobre o criado mudo, o ponteiro maior esta sobre o numeral cinco e o menor entre os numerais dois e três, poem se a deitar, fecha os olhos e tenta força o sono, mas diante de toda aquele desespero, não consegue nem se quer cochilar, logo se levanta, calça seu chinelo e segue as escadas.

Isirus ao despertar com um grito, pisa com seus pés sobre o colchão, pegando impulso e saltando da cama, caindo com as costas e quadril sobre assoalho de madeira. Sentado sobre o chão, olha ao seu redor, tudo esta em seu devido lugar, assim como no quarto de seu irmão, tenta associar o que e de quem poderia ser este grito, quando percebe que veio do quarto de seu irmão e não somente isso, que o grito foi do próprio Imatsu, com seu pijama de cor verde abacate, levanta-se ligeiramente em direção ao quarto de seu irmão, antes pegando sua bandana, amarrando-a sobre sua testa durante o caminho. A porta encontra-se semiaberta, mas decide bater três vezes.

- Imatsu, esta ai? - em seguida abre a porta e não encontra seu irmão, apenas os lençóis por dobrar e o coberto caído sobre o chão. - Nossa, que estranho, Imatsu não costuma deixar essa bagunça, deve ter acontecido alguma coisa. - com a mão direita alisando o queixo, observando o cenário do quarto e pensando em inúmeras possibilidades do que poderia ter acontecido, quando se assusta com um barulho vem no andar de baixo da casa, associando a algo metálico caindo sobre o chão, logo vindo em mente a cozinha, segue então em direção ao arruído.

Antes de entrar na cozinha, caminha lentamente com a ponta do pé sobre o piso de madeira lustrado, apoia-se com a mão direita na parede que divide a sala e a cozinha, e com a esquerda, atravessa o vão retangular, apalpando com a mão, o outro lado da parede, procurando sentir o botão do interruptor, para ascender a luz, conseguindo sentir, aperta-o e logo se faz luz no ambiente escuro da cozinha. Nota-se alguns frios, um pacote de pão pulman e um pote de manteiga aberto, este último com uma faca acima, com a lamina suja de manteiga, sobre a mesa, coberta por uma toalha de pano azul florida e arredor os eletrodomésticos e a louça, mas nada de encontrar seu irmão mais velho.

- Imatsu, aparece ai vai, para com essa brincadeira? - disse enquanto entra na cozinha, mantenho a lerdeza em seu caminhar, em direção a mesa, pensou "ele deve ter acordado e feito uma boquinha, foi apenas isso", observa novamente ao seu redor, "mas se ele só fez isso, cadê ele então?", de repente uma mão agarra seu ombro esquerdo, vindo por detrás, o garoto se mantem o corpo imóvel, enquanto a sua cabeça gira em direção ao local pressionado.

- Eae! - dizia Imatsu, com um pequeno pedaço de pão na boca.

- Você tem algum problema? - o jovem ninja dizia, enquanto se virava e agora de frente ao seu irmão. - Que grito foi aquele no quarto? E porque não respondeu quando te chamei? - com o tom de voz elevado.

- Calma ai, rapaizinho! - contestava após ter mastigado e engolido o pedçao de pão engordurado com manteiga na boca. - Eu estava ali atrás na dispensa procurando o leite, pois o da geladeira acabou, não respondi pois estava mastigando, é feio falar de boca cheia sabia? Agora referente ao grito, tive um pesadelo, acordei assustado, mas nada muito grave, não consegui dormir depois, desci até a cozinha para comer algo. - elevando com  a outra mão o galão de leite.

- Ah, entendi. Nossa, estou ficando paranoico, tantas coisas que vemos em missões, que comecei a pensar que você foi sequestrado ou alguem invadiu a casa. - suspirando aliviado.

- Que nada, fica em paz! Bora comer? - apontava para a mesa, com os ingredientes para fazer variedades de lanches.

- Tu acha mesmo, que irei dispensar uma boquinha? - ambos sentam-se a mesa.

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