Para Sarutobi Kaden, Amegakure sempre foi a sua casa, desde que ele se entendia por gente. Não havia outro lugar do mundo onde ele gostaria de estar. Gostava dos dias chuvosos quase como gostava da sua família, das mulheres que “amou” e das pessoas que perdeu. Não se imaginava em outro lugar, nem ao menos que quisesse, mas mal sabia ele que as coisas mudariam a partir daquele momento. Ele não poderia imaginar o que estava acontecendo em sua própria vila, mas ela estava prestes a ser destruída, sem que ele pudesse fazer nada para impedi-la. De repente, as pessoas da vila começavam a entrar em pânico, como se alguma coisa estivesse acontecendo, algo que eles não sabiam explicar. Kaden saiu as ruas para averiguar a situação, mas não percebeu nada de estranho, no início. Mesmo assim, ele foi correndo para a casa dos seus pais, que também estavam preocupados e igualmente leigos. - Não sei o que está acontecendo, mas devemos permanecer juntos, até que eu seja convocado ou algo do tipo. – sussurrou o mais novo. Eles pegaram um kit de emergência, com algumas roupas que usariam caso fosse necessário, e então caminharam pelas ruas da vila.


    Foi quando um enorme portal se abriu em Amegakure no Sato. - O que é isso? – perguntou o pai de Kaden, que arregalou os olhos de imediato. Não sabia para onde aquele portal os levaria, mas percebia que os moradores e até ninjas da vila estavam adentrando nela. De repente, tudo se tornou luz e ele não conseguia enxergar nada, apenas ouvir um barulho de explosão. Quando abriu os olhos, ele percebeu que estava a quilômetros de distância, numa estrada de terra que levava até a sua vila. Olhou para os lados e viu os seus pais abraçados, enquanto muitas pessoas gritavam e choravam de desespero. Ao virar o seu corpo para trás, Kaden viu o porquê do barulho da explosão: Amegakure no Sato estava destruída. Logo, lembranças fizeram com que ele caísse de joelhos no chão. Lembrava de jogar bola na chuva, dos treinamentos com kunais durante a época da Academia Ninja, a formação do seu time, as missões bem sucedidas, os passeios na vila, os dias chuvosos… No entanto, a última gota de chuva caiu em seu rosto, misturando-se as lágrimas que saiam dos seus olhos. - A vila… – ele não conseguia reagir, de tão atônito que estava. Seu pai o abraçou, e ele podia ouvir o choro da sua mãe. - Levante-se, filho. Devemos partir imediatamente, antes que sejamos os próximos. – puxou o filho com uma certa força, levantando-o. O jovem de madeixa negra logo se lembrou de uma moça chamada Kimiko, com quem tinham um certo envolvimento. Não conseguia encontrá-la no meio da multidão. Teria ela ido embora para algum lugar, ou foi teletransportada ou… Estava morta? Era difícil dizer, e Kaden não tinha respostas para as suas perguntas. - Para onde vamos, pai? Para onde!? – disse com uma certa veemência, em choque com tudo aquilo. - Vamos pra casa, filho. – sussurrou Hiroshi. Eles se abraçaram, assim como a sua mãe, e depois de uns dois minutos, eles começaram a caminhar para longe daquela vila destruída.

    Eles então partiriam para Konoha.

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