Seus olhos rolaram pelo pedaço de papel algumas vezes até que todo o conteúdo deste fora absorvido por seu cérebro, o que não demorou mais que alguns minutos. Kai enrolou o pergaminho novamente, e arremessou-o longe, deixando-o de lado;  o jovem uchiha caminhou um pouco para esticar as pernas, e parou próximo de uma montanha para iniciar seu treinamento.

Diferentemente do fogo - qual o jovem já dominava - o trovão não dava forma em seu uso, na verdade, sequer era criado. Chisaki tentou manipulá-lo por mais algumas centenas de vezes, falhando em todas. O Uchiha havia falhado em dominar seu segundo elemento, pelo menos inicialmente: todavia, ele não parou de tentar, persitiu até que os sinais das faíscas prostraram na ponta de seus dedos. Era um avanço. Kai continuou repetindo os movimentos que lhe foram instruídos pelo pergaminho de outrora: movimentou as mãos e até mesmo o corpo, mas nada acontecia, apenas faíscas pulavam de seus dedos. Kai parou por um instante e tomou o pergaminho para si novamente, estudando-o um pouco mais para descobrir onde errava, afinal, um prodígio que não conseguia manipular um segundo elemento não era um prodígio de verdade, muito menos um Uchiha.

...

E foi no cair da noite que o ninja notou seu erro: diferentemente do fogo, onde o chakra é convertido no próprio corpo, o raio era convertido a partir das próprias mãos do usuário. As técnicas cujo elemento é expelido pelo próprio corpo, o processo é o mesmo, mas aquele não era o caso. Com isso em mente, o jovem Uchiha tentou mais algumas dezenas de vezes até obter domínio completo sobre o elemento, criando-o como um passe de mágicas. Chisaki manipulou o raio diversas vezes até garantir que realmente havia domado o próprio como domara o fogo, e só quando sentiu isso, deu fim ao seu treinamento.

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Desde seu último treino, o jovem Chisaki vem pensando em como fortalecer-se ainda mais para conquistar o mundo, dessa vez, o garoto pensou em aprimorar suas capacidades no elemento do raio, o que cairia como uma luva dado o despertar do mesmo. Dito isso, o jovem saiu de sua casa de tardinha, e então rumou para o campo de treinamento do seu vilarejo para de fato começar a dominar o trovão.

Já no campo, o Uchiha começou seu treinamento: o rapaz iniciou o uso do seu elemento, aplicando-o e manipulando-o em diversas situações. Iniciou, é claro, com um pequeno raio criado na palma da mão, e depois arremessou-o. Tentou também manipulá-la em campo, movimentando o mesmo como numa dança onde ele era seu par e ele não podia errar um movimento, do contrário, sairia eletrocutado. Parou por alguns minutos para recuperar o fôlego, e então voltou ao treino. Manipulações, técnicas, formas, tudo e mais um pouco ele fazia para tornar um só com o elemento, o que não era tão difícil; era um prodígio afinal. Algumas horas se passaram, e o garoto, suado e fedido, continuou no breu da noite a dançar com seu trovão, ignorando tudo ao seu redor.

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Quando parou repentinamente, notou que sua maestria para com o raio já estava maior do que outrora, ou seja, estava apto para tornar-se um perito elemental. Todavia, continuou a praticar mais um pouco, apesar de exausto. Kai inspirou profundamente, enchendo os pulmões de ar, para logo depois expirar. Era hora de treinar com uma técnica de verdade, ou pelo menos, algo similar à uma: ágil, o jovem ninja da rocha teceu alguns selos e mirou numa pedra à sua frente, apontando um dedo para esta: desse mesmo dedo houve um disparo de um trovão que cortou a rocha no meio, fazendo o Uchiha sorrir de orelha a orelha.

O treino de Kai estava concluído, restava-lhe apenas ir para casa, o que o jovem fez após dormir naquele lugar.

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