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O medo poderia ser uma arma incrível, e era isso que Takane Guang sentia, a apreensão de ter noticias de sua mãe que até então era considerada morta a consumia por dentro, se fosse verdade, porque ela não teria se encontrado com Takane quando teve a oportunidade?
Porque abandona-la e deixa-la sozinha a própria sorte.

A carruagem dos mercadores finalmente havia chegado a aldeia designada, a missão de Takane e Megumi havia se encerrado ali, a um dia de viagem do local especificado pela carta, se tudo ocorresse bem, elas estariam no local de encontro onde Ishin teria mais informações.

---Takane... quero que fique atenta, a nossa missão com o mercador acabou... mas algo me diz que aquele ninja que nos atacou não veio pelos mercadores.— Disse Megumi.

---Mas porque acha isso Meg-chan? O mercador foi ate ferido na ocasião---

A Chunin usou as rédeas para fazer com que o cavalo pudesse andar mais depressa, estavam próximo da fronteira com o pais da pedra, e já era possível ver a diferença de ambientes assim que a carroça seguia seu rumo, as arvores aos poucos iam se tornando cada vez mais escassas nos campos tornando-se um lugar rochoso e pedregoso.  

---Porque nenhum dos ataques foi direcionado a mim... ou mesmo foi usado apenas como distração para te acertar... aquela flecha não tinha outros alvos a não ser você---

Takane fechou o cenho e se aproximou da chunin.

---Esta se esquecendo do mercador, ele quase morreu—

--Aquilo provavelmente foi usado como distração para conseguir fugir, já que ele viu que não teria chances de um segundo ataque--- Concluiu a Chunin.

---Mas porque eu seria o alvo? Não me lembro de ter feito mal a ninguém...—

Um silencio perturbador se instaurou no local, onde so era quebrado pelo cantar das cigarras e do rítmico trotar do cavalo.

Foi quando as duas ouviram sobre sua cabeça o zunir de centenas de flechas sobre suas cabeças, Megumi não teve tempo de usar sua técnica de futton o que soobrou para Takane que movimentou-se rapidamente e fez os selos de mãos onde projetou uma esfera de luz ao seu redor, as flechas kikaram contra a barreira, que impediu que tanto elas quanto o cavalo fossem atingidos.

Ela olhou para tras, para ver se Megumi estava bem, e não estava, a barreira não se expandiu a tempo de protege-las completamente e uma das pontas da flecha atingiu o braço da Chunin, que caiu no sobre o chão de madeira da carruagem.

Sentiu seu coração acelerar, a raiva tomar-lhe a razão, ela mordeu os lábios e gritou, gritou com todas as forças do coração, foi nesse momento que sentiu sua irmã lhe puxar para dentro de si mesma, Taika, não queria que sua irmã se envolvesse em um circulo de ódio que ela mesma sabia ser inquebrável.

Moveu os dedos e os estralou, calma, como um lago desceu da carruagem, sem se preocupar com a chunin, não poderia gastar seu tempo.

---Não se preocupe usei uma flecha paralisante, meu único alvo e você--- Gritou uma voz masculina entre as arvores.

--E quem disse que estou preocupada? Uma Chunin ser pega por uma flecha, isso e digno de riso.--- Deu mais um passo pra frente agora se concentrava para poder ouvir de onde o som vinha, ou melhor de onde a próxima flecha viria, fez alguns selos com as mãos, mas não ativou sua barreira, queria esperar até o ultimo instante, era necessário para atacar a presa.---Um coelhinho quer matar um lobo... ---

Taika gargalhou.

---Eu não tenho nada contra você... mas me pagaram muito bem para levar seu corpo.--- Disse o ninja oculto nas sombras.

Takane puxou uma de suas Kunais e lançou na direção do som, mas não atingiu nada a não ser um tronco de arvore vazio.

---EU TAMBEM NÃO TENHO NADA CONTRA VOCE COELHINHO... POIS BEM, A CENOURA ESTA AQUI... VEM PEGAR ELA---Dessa vez uma única flecha avançou contra a chunin imbuída em chakra katon ela girou intensamente até se partir contra a barreira.

Como disse antes, minha pequena presa.

Taika se controlou podia ouvir bem o desespero do shinobi que tentava correr e procurar um lugar que pudesse se esconder, mas não teve tempo para uma segunda ação ou mesmo procurar abrigo, Taika avançou, seu corpo se despedaçou em milhares de fragmentos de luz, e em um único instante ela estava em cima do tronco da arvore onde um homem de meia idade se escondia.

--te peguei---

O shinobi não teve tempo de se esconder, não teve tempo de pensar, apenas de ver uma esfera de luz iluminar todo o lugar e ele gritar pela quantidade de luz que foi emitida em apenas um instante.

---Meus olhos eu não consigo ver nada.---

Taika aproveitou-se daquele breve momento para puxar uma das flechas da aljava do homem e acerta-lo no braço, não precisou de um segundo corte para que ele caísse paralisado no chão.

---Não se preocupe... eu sou uma boa menina... ---A gennin riu com sarcasmo e cortou a perna do homem que apenas gemeu de dor, era possível ver em seus olhos o tremendo desespero apesar dele mesmo não poder se mover.

----Takane e Megumi sempre me perguntaram porque queria aprender Iryou-ninjutsu, na verdade salvar pessoas, ajuda-las--- Ela pegou a ponta da flecha e passou lentamente sobre a perna do homem, um fio vermelho escorreu --- EU SO QUERIA APRENDER A USAR IRYOU NINJUTSU PARA PODER TORTURAR A PESSOA E REGENERA-LA QUANTAS VEZES EU QUISESSE---

Ela então enfiou a lamina da flecha na perna do mesmo e retirou com tudo, havia aprendido sobre o corpo humano suficientemente bem para saber quais pontos atingir quando queria fazer alguém sofrer.

Se concentrou, no ferimento, seu chakra ondulava entre o verde e o azulado, era realmente difícil curar ferimentos mesmo dos mais superficiais, se errasse a dose, as células entrariam em morte prematura e ela teria que raspar a ferida e reabri-la para poder usar de novo o jutsu de cura.

--A e verdade, olha fique ai, não podemos deixar que desmaie enquanto brincamos de medico e paciente... e temos que dar um jeitinho nesses dedinhos, não quero um tecnica surpresa--Ela levantou-se e foi em direção a uma pedra, não tinha força para carrega-la por isso arrastou a com certa dificuldade e então pos a mão do homem sobre a rocha. ---JÁ OUVIU A HISTORIA DO URSINHO---

Ela ergueu a pedra pontiaguda  e então lançou com violência contra um dos dedos do home.

---ESSE URSINHO FUGIU DE CASA...---- Mais uma pancada era possível ver os dedos da mão se descolando dos ossos e o sangue carmesim banhando a rocha, o homem rugia de dor, houve vezes em que ele simplesmente parecia desmaiar, foi quando Megumi usava uma das drogas da caravana para mante-lo “esperto” ---Itosuki essa droga e forte, ela pura e muito divertida, sabe foi feita para fazer shinobis ficarem acordados, mas um dos maiores problemas foi que o shinobi não conseguia “apagar” ou mesmo desmaiar, agora que esta acordado podemos continuar a brincadeira ---ESSE URSINHO FOI ATRAS DO DESAPARECIDO.---

Ao final, as mãos do homem estava destruída sem nenhuma possibilidade dele usar qualquer técnica ou mesmo seu arco, no entanto, Megumi não ligava para isso, ela sentia apenas raiva daquele homem que ousou entrar em seu caminho, e para cada corte que ela fazia a Guang o usava como experimento para cura-lo e volta-lo a torturar com cortes menores.

--Me cansei... sabe Ninja-kun... essa brincadeira foi divertida, amei seus dedos, mas ta na hora de ser um pouco mais gentil com você, ela se aproximou e usou a Kunai para cortar a garganta dele, sem piedade, sem risos  no final, apenas um corte bem feito na horizontal.

Moveu seus dedos cheios de sangue sobre os lábios, tingindo-os com o sangue do shinobi.

--Agora descanse em paz.---

Ela então procurou nos bolsos do ninja deveria haver algum tipo de antidoto para a paralisia, todo ninja sempre carregava consigo o veneno e a cura, até que achou um pequeno frasco, com um liquido azulado.
Sabia muito bem como testar em outra pessoa com certa segurança, procurou até encontrar um ninho de passarinho entre as arvores, pegou o mesmo e injetou sobre os filhotes e esperou, não houve reação, o que dava ao menos a chance de ser um antidoto para a paralisia, estava cansada, no limite do seu corpo quando se aproximou da chunin e injetou nela um pouco da cura. os olhos de Megumi se moveram, era um bom sinal, ela estava acordada e talvez em poucas horas poderia reaver o movimento do corpo.


Foi quando sentiu uma alfinetada nas costas, uma simples zarabatana enfincada entre as suas costelas fez com que a gennin desabasse inconsciente.
Taika abriu os olhos assim que o efeito da droga ia passando, sentiu-se presa com os pulsos e pernas amarradas por fortes pulseiras de couro, ela tentou olhar ao redor, sua visão estava embaçada, seus olhos ardiam com a luz de uma lâmpada que estava em cima dela, tudo ao seu redor estava escuro, e o pior ela estava nua sobre a mesa de cirurgia. Um homem que Taika conhecia bem emergiu das sombras.

--Calma minha filha, tudo isso vai acabar logo---

--Ishin seu desgraçado o que pensa que esta fazendo.---

O homem se aproximou de Taika seus olhos maliciosos deslizaram sobre o corpo nu da menina.

--Seu desgraçado... onde pensa que está tocando... eu vou te matar...---

--Não se preocupe, nunca faria algo com você... sabe depois de anos que perdi minha filha descobri que os cálculos do chefe realmente estavam certos, que poderíamos realmente injetar a alma de alguém em outro corpo.---

Taika Riu.

---Todo mundo o tempo todo, só pensa em me usar como ferramenta ---Ela guspiu no homem
---Mas sabe sua filhinha morta, deve estar muito melhor no paraiso do que ao lado de um desgraçado como você.---

O rosto do homem se contorceu em raiva, e sua mão atingiu com força contra o rosto da gennin, seus lábios agora estavam tringidos com seu próprio sangue.

---Cale a boca... eu refiz os cálculos conseguirei traze-la de volta no seu corpo, tentei varias formas, varias crianças, só você foi compatível----

Taika riu, um riso amargo, estava no fundo desesperada, não conseguia se livrar daquelas amarras e tudo que podia fazer e ver aquele homem injetando vários tipos de drogas no organismo da gennin, seus batimentos cardíacos se aceleraram, seguido de uma dor intensa em cada célula do seu corpo, seus braços, pernas, pele tudo doía de uma forma que a própria gennin não conseguia explicar.
Se sentiu aliviada por sua irmã estar desmaiada, por so ela sentir aquela dor que alimentava ainda mais a sua raiva.

--Calma estamos apenas começando---

Ele injetou outras drogas, dessa vez o único ato de respirar se tornou difícil, seus pulmões e sua cabeça pareciam que iam explodir, sentiu seus órgãos revirarem enquanto o seu corpo se debatia com violência contra a maca, uma ou duas vezes ela sentiu que havia perdido a consciência, quando o homem voltava a injetar novas drogas.
A primeira mudança veio com a coloração dos cabelos, esses que eram o símbolo e orgulho das duas irmãs tomaram uma coloração branca assim como suas sombrancelhas, sentia que sua vida passava em fleches rapidos a medida que seu coração disparava e seus pulmões tentavam inutilmente tragar ar para as células em colapso.

Ela mordeu a língua, não podia perder mais a consciência, já havia passado por isso antes, quando ainda era criança.

---Não pode resistir por muito tempo.---

O homem então fez alguns selos de mão, o chão da sala de cirurgia brilhou em um azul celeste, Taika resistia com todas as forças que possuía contra aquela estranha energia que tentava invadir seu corpo, e destruir as duas irmãs, aquele não era seu chakra, não era o chakra daquele homem era de outra pessoa.

Em questão de instantes, antes que Taika perdesse o controle de sua própria alma, de sua própria personalidade de si mesma que uma explosão arrancou as portas da sala de cirurgia, lançando o homem e todos os equipamentos médicos com violência contra a parede adjacente.

---você... mas você... deveria estar morta---

Os olhos de Taika estavam embaçados, sua mente uma bagunça, ela não teve tempo de ver ao o certo quem havia salvado com tamanha violência, mas de longe ouvir duas vozes que se perdiam em sua mente, uma delas era a de Megumi a outra era de uma mulher que Taika não conhecia, mas que no fundo era familiar.

---Desculpe por não ter chegado antes minha filha, mas agora mamãe esta aqui para te resgatar---