Trajetória

|Ação de Harumi - ON|

Era só mais um dia típico dentro de Konohagakure, pelo menos para a maioria dos moradores e transeuntes dentro do nosso vilarejo. A maioria das pessoas estava imersa sobre as atividades normais – que envolviam desde simples e cotidianas compras sob a feira até mesmo sob a manutenção e visita dos pontos turísticos dentro de Konohagakure. Eu não estava tão afastada dessa mesma rotina fixa que se submergia entre os populares apesar de ter me habituado com aquele ritmo desde que eu havia me tornado Gennin. Não haviam preocupações maiores que os meus encargos repassados pelos superiores de Konohagakure, atribuída com missões que variavam desde ajudar gatos indefesos a descerem de árvores a até mesmo pintar e ajudar a reconstruir as paredes e muros destruídos desde a invasão dos jashinistas dentro do vilarejo. Não haviam informações e nem muito menos estava sobre o nosso alcance numa escala informativa sobre os eventos que rodeavam e se propunham a acontecer dentro dos entornos de Konohagakure. Eu era apenas uma Gennin. Estava totalmente insondável das ações e do que se passava dentro do vilarejo e talvez meu conhecimento não transcendesse o nível de outros moradores sob as circunstâncias gerais. Tudo que sabíamos desde então é que houvera um ataque recente, mas que Konoha estava aos poucos se reestruturando e reerguendo-se através dos destroços, como muitas vezes havia feito em anos anteriores. Eu não me diferenciava muito do meu vestuário habitual, com a exceção de que estava com todo o material do meu equipamento à disposição desde que havia cumprido minha última missão de escolta. Vagueava pelas ruas de Konohagakure acompanhada apenas do meu olhar sorrateiro e analítico entre dezenas de rostos ao nosso redor. Sempre procurando uma forma de sair daquele ciclo de normatividade. Sempre tentando sair das sombras e de poder ajudar efetivamente o meu vilarejo. De poder ser útil para a maioria das pessoas que nos contornavam. De poder fazer com que elas sentissem orgulho dos Shinobis. A história de Albus de certa forma havia me sensibilizado. A visita ao passado também fez com que eu refletisse bastante.

Meus olhos vaguearam-se por uma figura devidamente apressada com contornos de preocupação e anseio que percorria por todo aquele trecho como se sua vida dependesse disso. Estávamos num segmento que envolvia uma região entre a periferia e os portões de Konoha, frequentada tanto por moradores quanto por Shinobis constantemente. Lógico que num mar de normatividade, um homem com a devida precipitação nas suas passadas chamou-me a atenção ao ponto de eu imediatamente cortar a direção que eu seguia rumo a mais um treinamento para que eu o acompanhasse, numa longitude que girava em torno de dez a quinze metros dado que naturalmente deveriam coexistir pessoas nesse vão. Seguir um homem desconhecido dentro de Konoha não teria o menor sentido para mim seguramente, mas a forma como ele se portava impaciente na sua caminhada e sua aparente aceleração fizeram com que ele se acentuasse no meio do aglomerado de pessoas que andavam no mesmo ritmo. E muitas das minhas ações eram feitas na base da impulsividade. Minha curiosidade era aguçada com a velocidade dele e pelos nuances que o caminho que ele trilhava me reluzia, indicando que ele se direcionava para os portões do vilarejo e muito provavelmente poderia se tratar de um Shinobi e/ou um samurai na minha visão. Nossa distância não me permitia ver detalhadamente nenhum tipo de adorno nele e nem de fato identifica-lo consecutivamente como um ninja por causa das roupagens. Na medida que meus passos foram avançando sobre ele e consequentemente me aprofundando quase no mesmo caminho, eu sugestionei em meu próprio pensamento que talvez ele estivesse tendo ausência de fôlego por conta da corrida e/ou do cansaço. Eu estava longe de ser alguém que estava apta a diagnosticar, mas ele me transcendia uma aura de afobação por algum motivo e/ou justificativa tanto pela forma da qual andava apressadamente. Minhas mãos se localizavam sob as alças da minha mochila ao ponto de segui-lo descaradamente, quase que deixando explícito que acompanhava passo a passo os movimentos de sua perna e mesmo que este se movesse consideravelmente bem, eu conseguia (dentro daquela velocidade) acompanha-lo com certa estabilidade. Dependendo dos próximos passos dele eu talvez seria impedida de sair do vilarejo e/ou até seria barrada por estar seguindo-o, mas mesmo assim eu não remediava, embora não tivesse coragem e nem audácia o suficiente para aborda-lo ali. E nem mesmo um argumento decente para explicar porque eu estava o acompanhando.
 
 

Considerações:

 

Jutsus Usados:

Bolsa de Armas: