[Infiltração] The Reaper itself

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[Infiltração] The Reaper itself
[Infiltração] The Reaper itself

Convidado

2/10/2018, 11:23

O clima estava o mais ameno possível permitido pela estação naquelas regiões montanhosas; o processo de evaporação não era visível através de tremulações no ar circundante e vez ou outra podia até mesmo sentir uma brisa estapeá-lo no rosto e balançar suas vestes. Mas, apesar de tudo isto, estava seco, muito seco. Sua garganta havia se tornado uma via áspera na qual a saliva custava a descer e não sem uma dor excruciante; era como engolir uma pedra. A dor, entretanto, o ajudou a se esquecer da ansiedade que manifestara ainda debaixo da segurança do grande arco de Konohagakure, antes de atravessar o colossal portal e mergulhar em territórios além do País do Fogo, sem saber ao certo onde chegaria com sua jornada e quando chegaria. Agora, conforme avançava vendo nada mais do que montanhas e árvores sem folhas, acreditava estar perto de uma das grandes nações, parte das três que sobreviveram a essa era de constante e reincidente caos. A Pedra.
No avanço de sua caminhada, onde percebeu estar com os lábios rachados e as vestes empapadas de suor, provavelmente tendo transpirado toda a água contida em seu corpo, chegou ao desespero. Havia cruzado com vários viajantes, comerciantes em grande maioria, mas nunca cogitara roubar a água que levavam sempre a vista, em cantis amarrados à cintura; até então. Uma ameaça simples e direta: água ou a vida. Mas restava ainda, naquele corpo velho e frágil que abordou, alguma coragem e ele tentou atacar Shizuke com suas mãos cadavéricas, tentando estrangula-lo. Onde restava a coragem faltava-lhe a força; os dedos em torno do pescoço do jovem espadachim em muito se assemelhavam com velhos galhos podres, incapazes até mesmo de arranha-lo. Teve de quebrar o pescoço daquela pequena figura com as mãos nuas, terminando com sua vida cansada. Não havia outro jeito! bradou para si mesmo, quando o remorso ameaçou aflorar no instante seguinte. Que mais poderia fazer contra um velho teimoso como aquele? Argumentar com o mesmo? Ao menos agora tinha suprimentos suficientes para seguir em viagem. Virou o cantil, deixando a água escorrer até sua boca, demorando-se naquela posição com o cantil acima da testa e a boca erguida quase horizontalmente para beber do líquido. E então, o cadáver. Uma vez mais se pegava naquele ato desprezível e desumano, mas sempre que a consciência o acometia só lhe restavam as mãos embebidas com sangue coagulado e o gosto ferroso em sua boca. A morte o acompanhava desde as situações mais banais e mundanas até os extremos de seus episódios, não havia escapatória ao que parecia, estava fadado a ser engolido eternamente nesta espiral.
A paisagem não se alterava nunca, para onde quer que olhasse haviam pedras, de todos os tamanhos e formatos, montanhas servindo como plano de fundo em seu campo de visão.
Outro viajante? Pensou ter visto, mas não passou de sua mente lhe pregando uma peça. Deveria manter-se são, mesmo que necessitasse de ceifar outra vida para isso; ali, naquele deserto de pedra, deveria colocar sua vida acima das outras, não importando o quão profundamente desejasse uma mudança de seus hábitos.
Após um longo tempo viu algo erguer-se diante de seus olhos, quando percebeu estar não mais numa área deserta cujo solo se estendia por todo o horizonte; uma formação de montanhas se erguia de ambos os lados, sufocando-o com suas sombras colossais que escureciam a passagem. Mesmo assim, sabia que havia vida em algum lugar próxima, a mudança de paradigma o indicava disso. Seu animo renovado juntou-se então às energias que tinha reposto com a refeição, atirando-se cada vez mais no território delimitado. Alguns picos de aparência incomum, não natural, começaram a despontar em seu campo de visão, ainda longes embora completamente visíveis. Mas a aproximação o revelou o que eram de verdade; construções do homem, prédios pontiagudos feitos com as rochas encontradas naquela região; um vilarejo, vida. Mas não havia, percebeu, maneira de atestar a identidade do local, fosse grande nação ou não, Iwagakure no Sato ou um mero oásis de pedra.
Naquele momento, com a visão da civilização precipitando-se sobre ele, erguendo-se cada vez sobre o horizonte até alcançar a completa nitidez e totalidade, parou. O que faria agora? Abriria caminho com sua espada até que não restasse uma alma viva sequer? Não. Estava cansado de lutar, cansado de matar, cansado de colocar sua vida em risco pelo prazer efêmero de envolver suas mãos no punho de couro e inclinar um pedaço de ferro forjado contra corpos frágeis; cansado de caçar sua própria comida. Cansado de seguir ordens.
Só lhe restava então adentrar ao cair da noite e passar despercebido pelos guardas; como ANBU da Folha tinha ciência de uma barreira sensorial que protegia sua vila como uma redoma, caso houvesse algo semelhante neste local em breve saberia, assim que tentasse ultrapassar os portões. Viera longe demais para desistir e, além do mais, Hipátia-sama lhe confiara esta missão (a mesma pessoa mesmo que ele acusava de o ter manipulado e utilizado como ferramenta).
Quando a noite caiu avançou em direção ao complexo de prédios pontiagudos, envolto num manto negro que o fazia fundir com a noite e desaparecer de olhares curiosos, caminhando apressada embora discretamente através das sombras, movendo-se como o vento frio de início da madrugada.
Uma vez são e salvo dentro dos muros da vila, no conforto e na poeira de uma moradia abandonada, poderia então pensar no fazer a seguinte; esboços já povoavam sua mente e entre tudo que pensara abordar a Tsuchikage diretamente parecia ser a opção mais sensata, mas também cogitava saquear túmulos e laboratórios. Mais do que tudo isso, infiltrar-se com sucesso era provar para si mesmo que poderia ter a sua disposição táticas além da violência.

Shizuke: Hp: 625; Ck: 900; Sta: 0/5; Vício: 0/3.

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Jōnin

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2/10/2018, 20:59

HP: ❲ 2.400 • 2.400 ❳ CH: ❲ 5.575 • 5.575 ❳ SM: ❲ 0 • 400 ❳ ST: ❲ 00 • 07 ❳

Yamiko estava realmente muito desapontada e desiludida com tudo aquilo. Seus pensamentos, confusos e nocivos a seus ideais, aprendidos com sua mãe durante toda a sua vida, colocavam-na em xeque. O que fazer? Atacar os possíveis futuros foragidos e prevenir o mal de uma vez por todas? Talvez apenas deixar que Iwa se destruísse por si mesma, o que já teria acontecido desde a bagunça que foram os mandatos de Tsuchikages anteriores.

Ainda estava muito irritada, pois via tudo em tons de cinza desde a descoberta da morte de sua aluna. Mesmo sendo bem mais que meros cinquenta, todos continuavam sendo tons de cinza. A incerteza nebulosa vivenciada pela kunoichi só era rompida quando uma figura bastante estranha passava por ela no portão da vila. Mesmo com a espada gigante se mantendo silenciosa, pois nada lhe chamava atenção, a Ishikawa observaria aquilo. O homem sim chamava muita atenção, pois o que um encapuzado e mascarado faria por ali aquela hora.

_Espere... Quem é você? Em Iwa, faz muito calor para andar por aí assim... Encapuzado... Diria para chamar atenção do homem, antes mesmo que ele pudesse por os pés na vila. Sempre haveria a hipótese de um propenso criminoso se recusar a se identificar, então, caso fosse isso, ela o seguiria, com atenção redobrada, sem o perder de vistas para evitar quaisquer problemas naquele vilarejo.

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Convidado

3/10/2018, 11:14

A noite era calma sob a brisa fresca que anunciava a iminente queda na temperatura do ambiente; pássaros e demais animais já não estavam por perto, mas, naquele clima seco e sem vida Shizuke duvidava que alguma vez houvessem estado. Ninguém estava em seu caminho e, sendo assim, o trajeto em direção a vila se fazia completamente deserto e pacífico, a mesma maneira que tentava projetar sua mente no dito momento. Mas algo rompera a calmaria; uma voz se precipitando sobre seus ouvidos antes mesmo que ele alcançasse a parte interior do vilarejo de prédios pontiagudos. A maneira abrupta que esse imprevisto o assaltara elevou sua frequência cardíaca, enchendo-o de adrenalina. Mesmo assim não transparecia em seu rosto o susto, pois a máscara o salvava de acusação de suas emoções. Um guarda? A voz feminina lhe dizia que não, mas isso não clarificava suas intenções.
Manto e máscara, como esperara passar despercebido de maneira tão suspeita? Retirou o primeiro de sua cabeça, revelando seus longos cabelos que caiam ombro abaixo e se aproximavam de seu peito. A máscara contrastava com o negro de suas mechas.

— Prefere assim? — disse, com sua voz macabramente alterada pela maneira como a máscara obstruía a fala. — De todo modo, fui descoberto. Desejo falar com o Tsuchikage, represento Konohagakure e os interesses da Nanadaime.

Shizuke: Hp: 625; Ck: 900; Sta: 0/5; Vício: 1/3.

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Jōnin

3/10/2018, 23:37

HP: ❲ 150 • 150 ❳ CH: ❲ 2.767 • 5.575 ❳ SM: ❲ 0 • 400 ❳
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A Tsuchikage apenas observava aquele mascarado depois de ele tirar o capuz e fazer algo que parecia ser uma brincadeira. Boba a brincadeira, não estava melhor coisa nenhuma. Não era de bom tom, a Hokage mandar um ninja ANBU à Iwa no meio da noite. Sem dizer nada, em um primeiro momento, a líder da Pedra trataria de seguir com suas coisas em outro momento e em outro lugar.

Já estava fora do gabinete a muito tempo e precisava retornar para lá. Especialista em técnicas de clonagem, simplesmente se duplicaria. Ainda que a pessoa defronte fosse um ninja tido como elite, seu chakra não parecia grande coisa, afinal a espada gigante nas costas da kunoichi não demonstrou nenhuma reação, em nenhum momento. Era bem diferente quando estava com sua irmã mais velha. *Faria um selo de mão especial, na frente do busto, criando uma clone de si mesma*

Ambas tinham se misturado e uma delas seguiria na direção do centro da vila. A outra manteria atenção no visitante com a expressão bastante séria. _Não é de bom tom um mascarado chegar em um horário tão impróprio para uma visita... Mas o que Konoha deseja com Iwa, depois de nos ignorar em dois chamados de ajuda anteriores?

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Convidado

4/10/2018, 10:50

Recebeu com indiferença o fato de ter sido deixado para um clone; em fato, a nefasta ideia de de introduzir violentamente sua lâmina naquela duplicata cruzou sua mente vezes e vezes, mas o garoto fora sábio o suficiente para expulsa-la. Se realmente desejasse a paz deveria abraçar aquele caminho em todas suas ações, das pequenas e insignificantes até as que, como essa, poderiam ser o estopim para causar uma alteração nas relações diplomáticas entre Iwa e Konoha.

— Eu me lembro somente de ninjas da Nuvem quando pedimos por ajuda. E agora estou aqui para oferecer ajuda em nome da Folha, então digo que estamos quites. Mas um mero guarda não poderá tratar de tais assuntos, leve-me ao Tsuchikage.

Shizuke: Hp: 625; Ck: 900; Sta: 0/5; Vício: 2/3.

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Jōnin

4/10/2018, 22:16

HP: ❲ 150 • 150 ❳ CH: ❲ 2.767 • 5.575 ❳ SM: ❲ 0 • 400 ❳
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Era óbvio que por se tratar de um clone das sombras era impossível para qualquer um, ainda com poderes oculares formidáveis, perceber qual seria a original, pelo próprio funcionamento do jutsu em que a Tsuchikage era especialista. As palavras dele denunciavam sua total ignorância a respeito da identidade da kunoichi que o interceptou no portão. Aquilo não merecia a mínima importância da garota, que cruzaria os braços indiferente ao mascarado.

_Então pense melhor e lembre-se que foi Mordred de Iwa quem derrubou a Jashinista que matou seu líder anterior... Faltará muito para que sua vila possa se considerar quite... Na verdade, mesmo julgando o mascarado a sua frente irrelevante de incontáveis formas, ela resolveu dizer aquilo para deixar extremamente claro que o débito da vila da Folha era muito maior do que a suposta ajuda oferecida. _Você está falando com a Tsuchikage. Não me diga que sua líder é tão descuidada que nem lhe alertou que quem você procura é uma kunoichi! Diga logo o que Konoha pode oferecer de ajuda à minha vila... Não tenho tempo a perder com palavras vazias... Obviamente ela não tinha gostado do tom das palavras do mascarado, especialmente por ser agressiva.

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Convidado

6/10/2018, 11:23

— Não importa — retorquiu de imediato. — O que importa é: Estou aqui para auxiliar na caça aos fugitivos de Iwa e em troca você ajudará com os de Konoha; informações do bingo book e o que mais souber, vou querer tudo o que possuir. E ao fim irei cataloga-los através de amostras dos respectivos DNA. — Acendeu um cigarro retirado de seus bolsos, expulsando deliberadamente a fumaça em direção à Tsuchikage. — Essa é a ajuda de Konohagakure, aceite ou recuse.

Shizuke: Hp: 625; Ck: 900; Sta: 0/5; Vício: 3/3.

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Jōnin

6/10/2018, 15:30

HP: ❲ 150 • 150 ❳ CH: ❲ 2.767 • 5.575 ❳ SM: ❲ 0 • 400 ❳
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O plano usurpado lançado pelo mascarado era simples cooperação em caça de foragidos. Já era o que Yamiko pretendia fazer logo na sequência, não era a toa que já tinha convocado os demais para uma reunião para caça de nukenins. Afinal de contas, a maior ameaça da atualidade era um nukenin de Konoha e aquilo era chamativo.

_Então sua grande senhora resolveu fazer alguma coisa em relação aos nukenins da sua vila... Quem diria! Falaria com ar de superioridade, depois da fumaça passar por ela. _Iwa tem dois nukenins, que caberá então a vocês caçar... A Raikage, Korra, e um cão sarnento chamado Gouden Jager... Este é usuário de taijutsu e velocidade, mas seus ataques são ridiculamente fracos que não foram capazes nem de estremecer minhas defesas mais frágeis na vez que nos enfrentamos. Um ninja de elite da Folha não deve ter qualquer dificuldade com isso. Capaz de ele fugir do combate, já que já se mostrou bastante covarde. A recompensa por este é 1,2 milhões de ryous... A outra, como já disse, é a Raikage, então terá bastante problemas para capturá-la... Ela tem um monte de cachorrinhos subservientes e tolos que a protegeriam... Pela nukenin líder da Nuvem, a recompensa é de 10 milhões...

*Daria um passo para trás e se viraria de costas para o ninja da Folha, caminhando lentamente na direção da vila* _Mande sua líder enviar o Bingo Book da sua vila e iremos caçar os lixos que fugiram de lá. No mais, você pode ir embora de Iwa agora... Não tem mais nada a tratar aqui, já que já cumpriu sua missão de falar com a Tsuchikage. Tenha uma boa noite!

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Convidado

7/10/2018, 08:35

Ao fim da fala da Tsuchikiga torceu o cigarro em seus dedos, atirando-o contra o chão e pisando sobre o mesmo, apagando sua chama esvaente. Deu de costas e partiu, haviam notícias a serem dadas para sua governante.

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