Minha meta é sempre aprender. Por esse motivo vim até a floresta nessa tarde. Precisava treinar minha velocidade, um espadachim lento é uma piada. A floresta estava escura exceto por alguns lugares onde a luz do sol atravessa as folhas e clareava um pouco. Concentrando o Chakra em meus pés, escalei uma árvore, não era muito alta comparada as outras, estava na média. Corri pela árvore até um de seus galhos onde com uma mão segurando o tronco, me equilibrei, então fui soltando a mão lentamente até me acostumar. Levei a mão em minha bolsa e retirei uma kunai, segurando firme em minha mão direita, fiz uma marca no tronco dessa árvore. Meu treinamento seria esse, iria correr, de galho em galho, realizando cortes em seus troncos, e então voltar aqui, fazer o mesmo, até que isso se torne normal para mim. Fiquei de pé no galho e comecei, o primeiro não estava tão longe, não tive dificuldade, pulei para ele, jogando a kunai para a mão esquerda, pois o tronco do galho estava á minha esquerda, para não ter que mudar a postura e perder velocidade, realizei um corte de cima para baixo marcando o galho, sem perder tempo, fui para o próximo. Essa era uma árvore mais alta, então tive que começar dos galhos mais baixo, os galhos eram mais finos, difíceis de se equilibrar. Pulei para o primeiro, olhei de canto de olho para o de cima, e me movi rapidamente para ele, e então para o próximo, sem perder velocidade, até o ultimo galho da mesma árvore, que das que eu tinha visto, era a maior. Pulei para o ultimo galho dessa árvore e cortei, um corte vertical, senti a kunai rasgando o velho tronco, a árvore devia ter lá para os seus 400 anos, me desculpei mentalmente e continuei.

Já tinha passado da árvore mais alta, agora podia apenas me concentrar na velocidade, pois eram praticamente do mesmo tamanho, mudando apenas a distancia. Então fui de árvore em árvore, o mais rápido que consegui, pulando, e cortando, cortando e pulando. Já havia contando mais de trinta árvores com as marcas da kunai, já havia começado a fazer os movimentos instintivamente, sem pensar. Mas era apenas o começo. Continuei aproximadamente por mais duas horas, até que parei para descansar em um dos troncos e olhei para trás. Tinha árvores marcadas onde meus olhos podiam enxergar. Dobrei o braço que estava com a kunai em mãos, e me preparei para arremessa-la para o caminho onde tinha passado. Arremessei e logo em seguida corri atras da kunai que fora arremessada. No meu subconsciente sabia que era praticamente impossível conseguir apanha-la ou até mesmo ultrapassa-la mas corri do mesmo jeito que corria as duas horas que haviam passado, instintivamente. A kunai sibilava seguida pelo de meus pés mudando de galho em galho, em minha visão, o objeto não se distanciava tanto, porém se alguém olhasse de baixo, veria a lamina cada vez se distanciando mais. Corri até que a lamina se fincou em um tronco, bem longe de onde havia arremessado. Retirei a kunai e refiz a mesma coisa. Por mais duas horas.

No final, me encontrei exausto no chão da floresta, olhando para as árvores, todas marcadas pelos cortes e algumas pela kunai que havia se fincado. Meus olhos foram fechando lentamente. Mal sabendo que por cima daquelas folhas das árvores, já era noite.