O fim da tarde estava frio quando Kazumi recebeu uma mensagem, a ave bicava a janela de seu quarto para chamar atenção. Ele abriu a janela e pegou a mensagem, não sem antes dar um leve carinho na cabeça do pássaro, se despedindo de seu mais recente amigo.

Tratava-se de uma missão, dessa vez de Rank C, onde aparentemente o genin deveria se infiltrar e achar um besouro em uma ilha próxima sem chamar atenção. Infiltração era uma coisa a qual Kazumi não sentia tanta dificuldade graças a suas habilidades Yamanaka, mas encontrar um besouro, definitivamente ele nunca se imaginou caçando um. Kazumi temia um pouco pela sua missão, ele não possuia muitos jutsus de camuflagem agora que pensou direito, a caltela deveria ser sua aliada em cada segundo da sua jornada.

Ele preparou-se para a viagem, optou por usar um disfarce de turista com um casaco de frio verde. Ele também não usaria sua bandana inicialmente, a fim de não chamar a atenção dos Nukenins da área. Se despediu de sua família e foi em direção às embarcações da vila para tentar conseguir um transporte para a ilha onde o inseto habitava. À medida que andava, ele pensava nas formas mais diversas de conseguir esconder seus passos, lembrava de jutsus úteis e fazia a contagem de seus equipamentos ninja.

Palavras: 220

Atributos:

Jutsus Utilizados:

Bolsa de Armas (20/20):

Qualidades e Defeitos:

- Aprecio bastante a sua preocupação, meu senhor. Agradeceria muito se pudesse me guiar, preciso fazer algo neste local.

Minhas mãos tremiam, a sensação que passava por minha espinha alertava meus instintos e diziam somente uma coisa, “tenha bastante cuidado”. Discrição seria minha aliada principal, e usar ela de forma burra provavelmente levaria a minha morte. A forma como o bom jangadeiro falou sobre o lugar somente mostrava que já existia uma opinião popular sobre a ilha, o que me deixava mais nervoso ainda.

[...]

Era noite, a escuridão cobria a floresta que habitava a ilha, o som da natureza noturna  trazia uma sensação de silêncio e furtividade, mas ao longe, avistei logo de cara duas figuras um tanto agressivas fazendo uma possível ronda aos arredores. Eles estavam portando armas brancas, sinal de que eram, provavelmente, usuários de Taijutsu, uma escola ninja a qual eu não domino muito bem, provavelmente minha maior fraqueza. Pensei em criar uma estratégia de imobilização para tentar acessar a mente deles, mas isto me tiraria
do elemento surpresa e sairia completamente dos limites impostos pela missão. Levando em conta esses aspectos, seria mais inteligente encontrar um lado da ilha com uma segurança um pouco menos rígida. Devido a tal fato, eu resolvo entrar em contato com meu guia.

- Vamos dar a volta, precisamos encontrar um local mais seguro, não apresse muito o passo para não chamar atenção e nem batermos em nada, vou diminuir um pouco a visibilidade. Você estava certo quanto ao perigo deste lugar.

Faço alguns selos e puxo o ar profundamente, quando solto, uma névoa fina e leve se dissipa da minha boca e avança em direção às margens da ilha, o intuito era encobrir minha entrada. Tento ao máximo, com uso do meu controle de chakra, fazer com que a neblina se manifeste de forma natural, mantendo certa visibilidade próxima a embarcação mas dificultando-a ao longo da margem. Após o uso deste método furtivo, eu iniciaria uma varredura de 675 metros a fundo na ilha através do Kanchi, tentando sentir a localização dos chakras mais fortes, a fim de criar uma rota segura e controlada para minha invasão, evitando ao máximo os Nukenins.

Após realizar a varredura e me sentir pronto para entrar na ilha, eu olhei novamente para o jangadeiro.

-Muito obrigado meu senhor, sua ajuda foi incrível até aqui. Seria muito bom se o senhor esperasse um pouco por mim, mas mantenha-se escondido e um pouco afastado da encosta, caso precise fugir rápido. Se não puder me esperar, encontrarei outro jeito de sair. Não vamos avançar mais para não corrermos o risco de batermos em uma pedra ou nosso transporte ser visto.

Ele daria um tapa sutil nas costas do velhinho, como um até logo com sinais de adeus.

-Te agradeço muito.

E sairia andando pela água, em direção a ilha, tendo certeza de que aquele bom homem estaria seguro para sair do local, ou ficar ali sem ser atacado.

Eu preciso ter total atenção por onde ando, assim como atenção aos movimentos dos nukenins. A ilha pode estar protegida com inúmeras armadilhas, por isso cautela no andar e observação deveriam ser minhas principais aliadas, ainda por cima, minha visibilidade poderá estar um pouco prejudicada, por isso eu me moveria de forma cautelosa. Aproveitei a água do mar para molhar um pouco seus cabelos, a fim de esconder minhas mechas loiras brilhantes, eu também sujei um pouco minhas roupas "turísticas" de lama, para dificultar qualquer identificação por cheiro e me deixar mais camuflado pela escuridão da noite.

Bom, agora, como vou encontrar um inseto pequeno, no escuro, no meio de uma ilha recheada de assassinos?

Iniciei uma procura um tanto duvidosa de início, estava tentando mais me habituar ao local do que necessariamente encontrar um inseto em específico, afinal, manter meu Kanchi ativo era desgastante, exigia que eu parasse um pouco para respirar às vezes, além disso, eu precisava sempre me afastar das zonas mais iluminadas e evitar contato direto com meus inimigos, atividade bastante desgastante.

A medida que entrava mais fundo na floresta, sempre me camuflando na escuridão pelos arbustos e árvores, comecei a ouvir uma série de bater de asas em uma direção específica, mas existia um problema sério nisso, grandes concentrações de chakra estavam dispostos em quadrados, como se estivessem patrulhando alguma coisa. Me aproximei lentamente, com calma e dentro do meu tempo, aproveitando a camuflagem ambiente, assim pude ver várias gaiolas com insetos presos, todos com as mesmas características daquele que fora descrito na missão, estavam em posse dos Nukenins.

- Se já não estava ruim o suficiente, agora azedou.

Percebi que deveria fazer uma estratégia muito inteligente e concentrada, para que ao fim da noite eu não fosse notado e saísse com pelo menos um daqueles insetos, melhor ainda seria fazer com que todos adquirissem a liberdade, e talvez essa fosse a ideia principal.

Tirei um tempo, pensei bastante, fiz um levantamento dos movimentos de meus inimigos ali pela região usando minhas habilidades sensoras, mais uma vez criei um esquema mental a fim de direcionar uma rota de fuga para quando a situação apertasse, após alguns minutos, cheguei na minha conclusão.

Eu não podia entrar em combate direto com tantos shinobis, certamente morreria se fosse encontrado, e além disso, existiam vários nukenins em patrulha. O único motivo pelo qual eles não me encontraram ainda é o fato de suas guardas estarem baixas, mas depois que eu me movesse, teria que sair o mais rápido possível dali. A não ser, é claro… Se eles acreditassem que tinham um problema interno, como uma revolução ou traição.

Eu usarei 3 Kage Bushin e os posicionarei em cada um dos pontos cardeais das armadilhas, eles manterão uma média de 10 a 13 metros de distância dos nukenins mais próximos à abertura das gaiolas. Quando estivessem em posição, eles iriam preparar uma espécie de armadilha com galhos, bombas de luz e fios de aço. Estas armadilhas se assemelhavam a uma catapulta e lançariam as bombas pelo espaço em forma de arco, bem acima do nukenins, quando o fio de aço fosse cortado. Após o preparo, os clones esperarão um momento adequado para lançar um jutsu Yamanaka, o Shitenshin Bushin no jutsu, assim, imperceptivelmente, tomarão controle dos 6 nukenins mais próximos das gaiolas. Os clones posicionarão seus corpos de forma escondida e camuflada antes de usar o jutsu, para ter certeza de que não serão achados.

Após se habituarem ao corpo recém possuído, um dos homens controlados começaria a sussurrar entre os demais.

-É uma injustiça isso, trabalhamos tão duro, e não recebemos nem metade do preço desses insetos.

Os clones ficariam em silêncio por um tempo, até que outro nukenin possuído dissesse:

- Isso é verdade. Merecemos mais, foda-se essa merda.

Com o clima de revolução instalado, eu, o original, lançarei 1 bomba de luz e 1 de fumaça pelos galhos e folhas, cada uma delas jogada em linha curva na forma de um arco, acima dos nukenins, depois iria usar Shunshin no Jutsu, juntamente com minha velocidade base, para chegar às demais armadilhas, cortando os fios de aço com uma kunai e lançando as outras bombas. Enquanto isso, os clones, posicionando os rostos de forma a não serem cegados, iriam abrir as travas das armadilhas, gritando a plenos pulmões vários xingamentos e palavras de baixo calão.

A intenção era criar um clima de confusão, fazendo por um momento os Nukenins não entenderem o que estava acontecendo com seus amigos, e principalmente, atacar uns aos outros por achar que seus colegas tinham preparado aquela armadilha, sendo as bombas de luz armação deles.

Flashes de luz, pessoas correndo, insetos voando para todos os lados devido a luz e gritaria, provavelmente terminaria com uma bagunça generalizada realizada pelos próprios companheiros. Os clones não seriam muito ambiciosos, o plano era arriscado demais para tentar abrir todas as quatro gaiolas, a intenção seria abrir somente as três primeiras e mais próximas, com um dos corpos possuídos dando cobertura ao outro que estaria abrindo e/ou quebrando as contenções.

Por fim, eu tentaria em meio a bagunça, pegar um inseto que viesse em minha direção, usando uma das ampolas que possuo para restringir sua movimentação, após o caos realizado, eu fugiria floresta adentro, me aproveitando da discórdia local e do meu Kanchi para encobrir minha fuga e desviar de possíveis nukenins no caminho até a embarcação.

Palavras: 1334

Adicionais:

Apesar do meu erro, consegui criar distrações suficientes para fazer com que meus inimigos ficassem atordoados. A missão estava cumprida, mas através da minha habilidade sensora, consegui identificar 2 esquadrões se aproximando de mim, um de cada lado. Eu precisava ser rápido se quisesse sair dali.

Quando finalmente estava me preparando para sair, ouvi uma coisa que me chamou bastante atenção. Os nukenins comentaram sobre uma caixa que deveria ser levada para o barco, não pude deixar de ficar curioso, aparentemente o conteúdo era tão importante quanto os insetos se não mais, deveria eu dar uma olhada?

Felizmente, em questão de meio segundo, minha sensatez falou um “NÃO” extremamente alto, que reverberou sobre a minha cabeça. Logo percebi os motivos: Eu estava cercado, os inimigos estavam à beira de perceber a minha presença, e o mais importante, a missão demandava sigilo absoluto. A faca e o queijo estavam na minha mãe, eu não podia colocar isso em risco por uma caixa sem saber seu conteúdo, minha vida estava em jogo.

Aproveitando os últimos segundos de atordoamento dos inimigos, usei o Shushin no Jutsu novamente e parti em direção a meu transporte para fora da ilha, esperava com todo meu coração que o sábio homem que havia me transportado ainda estivesse seguro, me esperando.

Eu usarei meu Kanchi para continuar a observar a movimentação de meus inimigos, bem como iria usa-lo para reconhecer a assinatura de Chakra do homem que me trouxe a ilha, assim seria fácil não somente localizá-lo como também saber se ele estava acompanhado, ou até mesmo, se alguém usando Henge no Jutsu não estaria se passando por ele. Andei pela floresta com os nervos a flor da pele, olhava para cada canto, ainda procurando por armadilhas, era estranho não ter identificado nenhuma.
Ao me aproximar da encosta, novamente, eu usaria o jutsu da névoa para encobrir minha presença enquanto estivesse em campo aberto, ou seja, na margem da ilha, sem a proteção e encobrimento das árvores.

Assim que chegasse no bote, caso estivesse tudo em ordem, cumprimentaria o idoso, agradeceria pela espera, e usando alguns selos, usaria meu Suiton: Suiten Hōfutsu  para criar uma onda abaixo do barco, a fim de acelerar nossa partida para longe dali.

Palavras: 370

Considerações:

Atributos:

Jutsus Utilizados:

Bolsa de Armas (20/20):

Qualidades e Defeitos:

Apesar do sucesso de minhas estratégias e tentativas, as coisas acabaram por sair do controle. Não fui capaz de dosar minhas forças, jamais usei tanto chakra e muito menos, tanto esforço físico. Quando finalmente parecia que eu sairia da ilha, terminei apagando e ainda por cima, fui acertado por uma flecha, o ardor da dor correu pelo meu corpo, tentei me abrigar atrás da vela do barco, tudo girava, meus músculos contraiam com a dor do ferimentos e a quantidade de esforço posto neles. Graças aos bons deuses, fui capaz de ver o homem idoso que me acompanhava seguro e bem, ele salvou a minha vida e me tirou daquele lugar, eu seria eternamente grato.

Uma mulher me ajudou a recompor meu corpo e estancar o ferimento, suas mãos eram ágeis, e ainda sem analisar minhas condições, ela perguntou sobre o inseto. Que insensibilidade…

- Consegui libertar todos os insetos, tem um guardado em uma ampola no meu bolso, assim como a missão requisitava. Infelizmente, ao tentar sair da ilha, fui atingido, e está doendo muito! Pegue o inseto, e por favor, ajude aquele homem idoso a se proteger! Ele salvou minha vida!

Mais por cansaço do que necessariamente pela flechada, Kazumi apagou por um tempo, caindo em um sono profundo.

[...]

Assim que acordei, percebi que ainda era madrugada, a dor havia passado, haviam faixas cobrindo meu ferimento, meus músculos conseguiam responder corretamente. Ainda dava para sentir certos sintomas de sobrecarga, mas eles eram bem mais leves agora.

Fui incumbido de uma nova tarefa, voltar a ilha e descobrir para onde a caixa tinha ido, seria ainda melhor saber o que tinha dentro. Por mais que quisesse protestar, afinal não estava nas minhas melhores condições, eu era um dos poucos shinobi capazes de ler mentes, só precisava pegar um nukenin fora do eixo e vasculhar sua cabeça atrás de informações, esse seria meu plano de ação principal.

Levantei, mexi um pouco o braço, tentei não gastar muitas energias e parti a procura de alguém que me levasse a ilha. Será que o homem idoso que salvou minha vida estaria disposto a me ajudar novamente? Acho que é melhor procurar outra pessoa...

Palavras: 363 Palavras

Adicionais:

Já era manhã, eu não me sentia muito bem para falar a verdade, preferia mesmo era não estar fazendo uma missão seguida de outra de forma tão afoita, mas tinha que resolver minha situação. Ninguém estava disponível para navegar até a ilha, minha única possível saída era usar um barco um tanto quanto decadente. Meu ferimento deu uma pontada, senti o mundo girar mais uma vez, aparentemente eu estava ainda mais fraco.

Segui para o barco, ele não parecia aguentar muito mais aventuras, talvez fosse melhor começar a procurar por um meio de transporte alternativo quando chegasse à ilha. Dessa vez eu estaria sozinho e em um transporte capenga. Teria que remar, ou, de preferência, não desmaiar no meio de um jutsu.

Dava para sentir que minhas forças estavam um tanto baixas, eu teria que ser muito inteligente na forma de usar o resto da energia que possuo, para não falhar na missão. Tentei observar o que tinha de tão errado no barco, se havia algo que eu pudesse fazer para aumentar a sua durabilidade..

Resolvi usar aquele bote assim mesmo, caso aguentasse chegar pelo menos próximo as margens, eu poderia simplesmente andar até o interior da ilha. A névoa dificultava a visão, por isso, novamente, eu teria que navegar com bastante cautela.

Ao chegar próximo da ilha, percebi que a guarda estava mais forte. Precisava encontrar um local para invadir, novamente. Antes de me aproximar muito da margem, ainda encoberto pela neblina do local, resolvi usar meu Kanchi para identificar uma área menos abrigada. Também tentei observar se havia algum lugar com vantagem geográfica para a minha invasão. Entrar no mesmo lugar duas vezes seguidas exigia extrema cautela, mas lembrei que meu objetivo era conseguir informações, e a melhor forma seria lendo a mente de um inimigo ou explorando a ilha.

Eu também tentaria ver se havia alguém um pouco mais afastado ali por perto, isolado, talvez uma presa mais fácil de ser capturada.

Palavras: 339 Palavras

Considerações:

Atributos:

Jutsus Utilizados:

Bolsa de Armas (15/20):

Qualidades e Defeitos:

Tentei dar a volta pela ilha, a segurança estava pesada, invadir parecia complicado. Naveguei escondido pela neblina, dei a volta pela ilha, observava todos os lados, mantinha meu Kanchi ativo o máximo que conseguia, mas graças a minha condição instável, precisava me esforçar para focar na habilidade sensora corretamente.

Após algum tempo, finalmente achei um homem separado do rebanho, era uma oportunidade tão perfeita que suspeitei da possibilidade de se tratar de uma armadilha, afinal, todos deveriam estar afoitos com o meu último ataque. Contudo, aquela também era a oportunidade perfeita para resolver a missão e sair rapidamente.

Não perdi tempo, avancei furtivamente por trás do homem, usando Shushin No jutsu. Tentei me posicionar ao limite do alcance da minha técnica, a fim de afetar meu inimigo com meu Shinranshin no Jutsu. Caso eu o pegasse em meu jutsu, ainda escondido de seus olhos, eu o forçaria a bater a cabeça em uma árvore até que ele desmaiasse, acredito que caso ele não tenha tempo para perceber que estava sobre efeito de um jutsu, sendo pego de surpresa, acabe por ceder ao desmaio antes de se dar conta do que verdadeiramente estava acontecendo.

Após isso, posicionaria minha mão em sua cabeça para usar meu jutsu de leitura de mentes e finalmente conseguir as informações necessárias. Terminando enfim os requisitos da missão, eu usaria o restante das minhas forças para encontrar um barco em melhores condições que estivesse desabrigado, isso caso não houvesse inimigos por perto. Sendo um porto, acredito que não seja tão difícil. Eu precisava sair dali imediatamente, antes que desmaiasse novamente, meu corpo já reclamava de dor devido ao esforço.

Palavras: 272 Palavras

Considerações:

Atributos:

Jutsus Utilizados:

Bolsa de Armas (15/20):

Qualidades e Defeitos: